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Relatório Estágio Supervisionado em Língua Portuguesa

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1. Dados do(a) Aluno(a)
	Dados Gerais
	Nome
	Pedro Henrique de Arêdes
	RGM
	14253216
	Curso
	Letras Português – Inglês (Licenciatura)
	Instituição
	E. E. Cel. Francisco Gomes Campos
	Disciplina
	Estágio Supervisionado em Língua Portuguesa
	Ano/semestre de realização de estágio
	2017/1
 
2. Introdução:
 Nos dias atuais, a educação é considerada como uma das moires influências para o desenvolvimento, e como consequência desse progresso é evidente o avanço do país em todos os aspectos. O Estágio Curricular Supervisionado tem um significado indispensável no desenvolvimento do ensino-aprendizagem de docentes, pois, vivenciar a realidade do professor em sala de aula com os alunos é que, o futuro educador compreenderá as experiências necessárias para exercer sua formação acadêmica. Desse modo, a observação é um instrumento que nos permite analisar as mudanças que vem ocorrendo em contato com a realidade sociocultural e escolar. É o momento de compartilhar diversas situações do contexto escolar: o trabalho em sala de aula; a interação entre professor e aluno; a metodologia e os recursos utilizados pelos professores. O estágio oportuniza aprender a observar, identificar e questionar os problemas, a buscar informações, trocar experiências e a relacionar seu objeto de estudo com o cotidiano do seu trabalho.
 3. Caracterização da Escola
A Escola Estadual Coronel Francisco Gomes Campos está localizada no distrito de Itamuri, zona rural da cidade de Muriaé, Minas Gerais. É uma instituição de ensino pública e está vinculada à 23ª Secretaria Regional de Ensino do Estado de Minas Gerais com sede na mesma cidade em que se situa a escola. As modalidades de ensino ofertadas são o Ensino Fundamental I (anos iniciais, 1º ao 5º ano), Ensino funda mental II (anos finais, 6º ao 9º ano) e Ensino Médio (1º ao 3º ano), para os níveis Regular e EJA (Educação de Jovens e Adultos).
 A escola ainda em questão, usufrui de oito salas de aula, um laboratório de informática, uma quadra poliesportiva, biblioteca, almoxarifado com recursos de multimídia, três banheiros, uma sala para supervisão e professores, secretaria e diretoria. As salas de aula são arejadas, com três ou quatro janelas, dois ventiladores, mobilhas novas de carteiras, lousas adaptadas para o uso de pincel tônico e um quadro à parte direcionado aos trabalhos feitos pelos alunos. Uma delas é usada como sala de recursos, direcionada à crianças e jovens com laudos de déficits de aprendizagem e necessidades especiais. O laboratório de informática possui mais de vinte computadores, alguns com problemas e fones de ouvidos estragados. A quadra poliesportiva é coberta, porém possui um espaço inferior ao necessário para práticas físicas, esportivas e de projetos. A biblioteca possui bons exemplares da literatura e um espaço direcionado à leitura, mas com uma pequena oferta de obras e exemplares. O almoxarifado possui um grande número de recursos de multimídia como televisão, aparelhos de DVD, cabos de áudio e vídeo, notebooks e aparelho data show, onde grande parte não funciona ou deixa a desejar em seu uso. Os banheiros e a cozinha são sempre conservados limpos e organizados. A sala reservada para a supervisão e professores possui um espaço considerado razoável para que ambos a usem. A secretaria e a diretoria contam com um arquivo organizado, computadores modernos, máquinas de xérox novas e impressoras em bom estado e uma delimitação apropriada.
 4. Perfil dos Professores
Neste estágio foram realizadas 203 horas nos 6º ao 9º anos do Ensino Fundamental, e nos 1º ao 3º anos do Ensino Médio. 
Foi acompanhado 03 professores.
Os dados sobre o perfil de cada professor estão no quadro abaixo:
	Professor (a) 
	Ano 
que atua
	Formação 
	Tempo de
docência
	Tempo de trabalho 
nesta escola
	Denilza de Paula Pereira Cidrini
	6º ano
	Licenciatura Plena em Letras
	6 anos
	Primeiro ano
	Luciane Aparecida de Souza
	7º, 8º, 9º e 2º anos
	Licenciatura Plena em Letras
	4 anos
	Primeiro ano
	Roseclea Silva Dias Ribeiro
	1º e 3º anos.
	Licenciatura Plena em Letras
	5 anos
	Primeiro ano
5. A prática pedagógica do (s) professor (es):
A partir da observação das aulas dos professores, é possível descrever algumas práticas pedagógicas que foram utilizadas nas aulas e vivências com os alunos. A seguir, cada professor acompanhado é identificado, e são descritas algumas destas práticas, que foram mais significativas ou frequentes nas observações realizadas.
	Professor (a): Denilza
	Ano: 6º
Ao observar a prática pedagógica do professor acompanhado, pudemos perceber que o mesmo utiliza como prática: uma didática em que a docência se torna importante no processo de aperfeiçoamento profissional e que contribui para o desenvolvimento de métodos que envolva o aluno no processo ensino-aprendizagem, para que o mesmo possa refletir em sua vida. 
No que diz respeito às observações, às aulas e ao professor, de um modo geral, podemos destacar os seguintes pontos: As aulas se baseiam teoricamente no uso do livro didático (Nossas Palavras) onde se trabalhou atividades relacionadas à leitura e a escrita e utilizou atividades impressas elaboradas pela professora com finalidade de retomar e fixar o conteúdo repassado. Ela ainda faz o uso de exercícios complementares seguidos da correção nos cadernos. Na sala de aula, a mesma se mostra comprometida com o ensino e se empenha para desenvolver as atividades de acordo com a realidade dos mesmos.
	Professor (a): Luciane
	Ano: 7º, 8º, 9º e 2º
Ao observar a prática pedagógica do professor acompanhado, pudemos perceber que o mesmo utiliza como prática: buscar métodos dinâmicos e inovadores, elaborados de acordo com a necessidade dos alunos e seus problemas de indisciplina usando a favor dos mesmos.
No que diz respeito às observações, às aulas e ao professor, de um modo geral, podemos destacar os seguintes pontos: o papel do professor é de mediador e orientador entre o aluno e o objeto de ensino, com a realização de outras diversas atividades extras na sala de aula, no espaço da biblioteca. É feita uma avaliação diagnóstica, observando o desenvolvimento de cada aluno quanto às atividades ministradas nas aulas.
	Professor (a): Rosiclea
	Ano: 1º e 3º
Ao observar a prática pedagógica do professor acompanhado, pudemos perceber que o mesmo utiliza como prática: envolver os alunos nas atividades, persuadindo-os a realizar as tarefas de uma maneira mais prazerosa resultando no interesse em executá-las. A linguagem usada é simples e inteligível pelos mesmos.
No que diz respeito às observações, às aulas e ao professor, de um modo geral, podemos destacar os seguintes pontos: o professor se mostra flexível, o conteúdo é apresentado de forma dinâmica que motiva e valoriza a participação dos alunos. O educador se torna formador e formando, pois, se preocupa com a capacidade de aprendizagem, busca exercícios adequados ao nível de cada turma e utiliza recursos multimeios que elucidam seu plano pedagógico, o que permite construir uma interação aluno-professor.
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6. Reflexões sobre o estágio de observação e participação
Toda prática pedagógica realizada pelo professor em sala de aula, nas situações de ensino e aprendizagem, deve ser orientada por uma reflexão teórica, que para ele é significativa e direciona sua ação docente.
Considerando este aspecto, abaixo é apresentada a descrição de uma prática relacionando-a com uma reflexão crítica que se baseia nos estudos e nas discussões realizadas no ambiente virtual de aprendizagem.
Considerando a carga horária do estágio, é possível destacar e refletir sobre mais de uma atividade.
	REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE A REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO DE OBSERVAÇÃO E PARTICIPAÇÃO
O tema ou atividade que mais chamou atenção nas observações realizadas foi: Classificação de Sílabas.
Este tema ou atividade foi escolhido por que: 
Remete a percepção quanto ao número e classificação das sílabas, ao conhecimento e formação de novas palavras por derivação através do uso da língua em campos diversos.
Esta atividade foi desenvolvida da
seguinte forma pelo (a) professor (a): 
Antes de iniciar a atividade, o professor faz uma breve explicação da mesma de forma a orientar os alunos, retoma conceitos básicos da classificação de sílabas trabalhada em sala de aula (separação e classificação de sílabas, derivação e formação de novas palavras). Após isso, distribui jornais e revistas e pede para que os alunos recortem e colem em uma folha de papel ofício cinco palavras que lhes chamaram mais a atenção. Depois de coladas, é feito o exercício de classificação de sílabas, de acordo com o número de cada palavra escolhida. O uso do dicionário é feito para o conhecimento do sentido e significado, e a anotação de palavras que se assemelham as da atividade pelo processo de derivação. Ao final, é feito uma apresentação onde cada aluno apresenta à turma suas palavras e a finalidade com qual foram utilizadas.
Observando esta atividade, é possível identificar que alguns conteúdos trabalhados e discussões realizadas nas disciplinas do curso, no ambiente virtual de aprendizagem, justificam e fundamentam a atividade descrita, tais como: Ensino e Metodologia.
Uma aula se constrói pautada em uma metodologia. Porém, este evento não se define apenas por sua forma ordenada, mas como potencial de realização para o saber. Como os métodos não se limitam, parte dos professores tentam definir o método que melhor se adequa em suas aulas.
 Muitas são as questões que englobam os métodos, e todas elas possuem respostas pautadas no conhecimento empírico e na vivência cotidiana das escolas. O professor que define seu o método, o executa a partir de uma ética. Em Ética e Método, Garcia (2012[2007]), faz uma releitura de Espinosa, e nos mostra que todo método propõe uma ética que o fundamentará. Encontramos aqui dois tipos de ética que podem direcionar a metodologia de um professor: a que se baseia no devir, muito usada nos dias que vivemos, e a ética como imagem da vida, que se solidifica na filosofia de Espinosa.
 Através da ética pautada no devir, o professor se encarrega de buscar soluções parar os mais variados problemas que se passam no mundo contemporâneo a partir da educação:
Talvez não fosse necessário dizê-lo, mas essa tem sido a dinâmica da crítica educacional, a crítica como ódio ao estado de coisas, produzindo culpabilidade no docente, que “deve” isto, “deve” aquilo, que deve, desesperadamente, procurar o método salvador, fadado, por definição, a produzir mais ressentimento e má-consciência. (GARCIA, (2012[2007]), p. 159).
Na busca de uma tangente, o docente se vê obrigado a impor contra sua vontade por um sistema cheio de regras, mas ao mesmo tempo neutro, e que dita como deve ser executado o ensino, funcionalidades e objetivos. O professor usa uma metodologia pautada em leis que devem ser cumpridas, e não de forma politicamente correta que é a disseminação do saber o qual promove o conhecimento. A ética que se baseia como imagem de vida está fundamentada na forma livre do pensamento, onde não há necessidade de obedecer a algo. A partir dessa visão, o método é construído de forma ética e não moral.
Fica posto que uma percepção metodológica de expressão de singularidades afasta-se, nesse caso, de fins morais, uma vez que produz a si mesma. (GRACIA, (2012[2007]), p. 158).
 Uma ética que faz valer uma sociedade melhor que promove um método voltado a liberdade, que eleva a qualidade do ensino e que não apoia um “método professoral”, bem como diz Garcia. Fica claro que não existe aula sem metodologia, e que esta possui sentido quando se origina de um conceito ético. A ética seguida advém da razão do professor, o que não quer dizer que se deve deixar o uso de métodos na ética que se considera, pois dessa forma a metodologia pode contentar a necessidade real para a aula.
Considera-se importante a observação desta atividade para o desenvolvimento da prática do professor, entendendo que a mesma contribui para a formação docente, porque: o ensino da gramática nas escolas deve estar relacionado ao desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita. O importante não é deter conceitos, mas conhecer as regras que regem a língua dentro do contexto de estudo. As regras gramaticais devem ser ensinadas a partir da reflexão e contextualização do uso da língua, que nessa visão se entende como um caminho eficiente para aprendizagem. A gramática é vista como um objeto que é possível analisar, formular e contrapor hipóteses dispondo de poucos recursos, não deixando também de assumir seu papel científico como teoria quando se faz necessário o ensino da metalinguagem. Independente da visão adotada, é importante o professor considerar a dimensão ética do que será objeto de estudo, quando o mesmo se dará na formação do aluno.
7. Reflexões sobre o estágio de Regência
Durante a realização do estágio, além das observações e participações do estagiário nas aulas do professor que o acompanha, há também a possibilidade de realização da regência.
Nesse caso, o estagiário assume a responsabilidade integral da atividade, iniciando com o planejamento, desenvolvimento da atividade proposta e realizando uma reflexão crítica acerca do seu desempenho como professor.
O Estágio de Regência contempla também alunos dos cursos de Licenciatura que já exercem profissionalmente a docência. É possível, de acordo com a legislação, utilizar este exercício como parte da carga horária exigida no estágio.
Nesse caso deve haver uma reflexão sobre a própria prática, descrevendo suas atividades no quadro abaixo.
Neste estágio foram realizadas 72 horas de estágio COM aproveitamento de atividades de docência.
	REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE A REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO DE REGÊNCIA
O tema da atividade ou aula desenvolvida na regência realizada foi: Interpretação de Texto.
Este tema foi escolhido porque: Amplia o conhecimento das regras do sistema linguístico.
A atividade foi organizada e planejada por mim da seguinte forma: Proporcionar a interação e participação do aluno nas atividades em sala, onde o mesmo possa ser capaz questionar, analisar, e argumentar de forma lógica, dando-lhe a oportunidade da contextualização dos conteúdos de Língua Portuguesa com suas experiências cotidianas, em realidades diferentes.
O desenvolvimento da atividade junto aos alunos ocorreu da seguinte forma: Discutir os temas abordados nos textos, compreender e fazer uso de informações contidas nos temas dos textos apresentados, assimilação de temas e exercícios para fixação do tema dado.
Ao refletir sobre as ações e a atividade aplicada, minha percepção sobre a aula desenvolvida é a seguinte: Em síntese, os alunos apresentaram resultados positivos em todas as atividades desenvolvidas. O objetivo foi capacita-los a interpretação textual, fazendo compreender os temas abordados, a manifestar suas opiniões e expressá-las nas modalidades oral e escrita.
8. Considerações Finais
 Este é o momento em que o estagiário pode se colocar perante todas as observações e situações vivenciadas durante a realização do estágio.
 Sabemos que as relações interpessoais são muito importantes dentro da escola e devem fazer parte do processo de ensino e aprendizagem, assim como das ações da equipe gestora.
As relações interpessoais observadas, entre os membros da equipe gestora, os professores, professor-aluno, entre aluno-aluno, ou mesmo a família, acontecem da seguinte forma: Entendemos que o bom profissional é aquele que não se perde no tempo, que busca sempre se aperfeiçoar. O educador deve estar buscando de forma contínua novas formas de transmitir o conhecimento, e ter consciência de que é responsável pela formação de pessoas. É preciso criar e renovar técnicas para que os alunos não se tornem meros repetidores do conteúdo aprendido, mas construtores de novos conhecimentos. Devemos nos pautar na verdade em todos os aspectos, pois, estar em uma sala de aula remete-nos a uma experiência diferente a cada dia, a qualidade do trabalho desenvolvido depende de nosso comprometimento. A aprendizagem adquirida em meio à realidade dos alunos nos faz crescer profissionalmente,
e estes por sua vez nos tem como exemplos para suas vidas futuras. 
O estágio é momento importante da preparação do professor e deve contribuir efetivamente para a formação docente, sendo a realidade escolar um dos fatores primordiais para a aprendizagem, junto a alunos e docentes formados, os quais acompanhamos o seu trabalho e que nos permite identificar falhas no processo de ensino como forma de evitar erros futuros, servindo como base para a formação de professores da disciplina de Português. Os resultados obtidos durante a experiência de realização do Estágio Supervisionado em Língua Portuguesa foram satisfatórios, no que diz respeito a motivação dos discentes, a aulas bem elaboradas, e ao objetivo de disseminar o conhecimento. Ainda nesse contexto, o professor em formação deve reconhecer a importância da disciplina de estágio, imprescindível para o aprendizado e formação de novos profissionais da educação e que contribui em melhorias, mudança e transformação do cenário escolar.
Com o fechamento deste relatório, nas reflexões e contribuições aqui descritas, pode-se perceber a importância do estágio na formação docente, assim como o crescimento propiciado tanto nas teorias discutidas nas disciplinas do curso, quanto nas vivências e convivências na escola, nos diferentes momentos do processo de ensino e aprendizagem.
Muriaé, 18 de junho de 2017.

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