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SISTEMA ARTICULAR ARTICULAÇÃO OU JUNTURA CONCEITO Os ossos unem-se uns aos outros para constituir o esqueleto. Esta união não tem a finalidade exclusiva de colocar os ossos em contato, mas também a de permitir mobilidade. Sendo que esta união não se faz da mesma maneira entre todos os ossos, a maior ou menor possibilidade de movimento varia com o tipo de união. A conexão entre qualquer parte rígida do esqueleto quer sejam ossos ou cartilagens empregamos o termo juntura ou articulação. CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES DE ACORDO COM A ESTRUTURA Possuem certos aspectos estruturais e funcionais em comum que permitem classificá-las em 3 grupos: 1. ARTICULAÇÕES FIBROSAS: São as junturas nas quais os elementos que se interpõe às peças que se articulam é o tecido conjuntivo fibroso denso e a grande maioria delas se apresenta no crânio. A mobilidade nesta juntura é extremamente reduzida. 2. ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS: Neste grupo de junturas o tecido que se interpõe é cartilaginoso: cartilagem hialina- sincondroses; sínfises – a cartilagem é fibrosa. Em ambas a mobilidade é reduzida. 3. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS: São as articulações que permitem grandes movimentos. As superfícies ósseas são recobertas por cartilagem hialina com união através de cápsula e ligamentos. A cápsula articular forma a cavidade. Cavidade com presença de líquido (sinovial). CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES DE ACORDO COM A MOBILIDADE 1. SINARTROSE: É uma articulação imóvel. 2. ANFIARTROSE: É uma articulação levemente móvel. 3. DIARTROSE: É uma articulação livremente móvel. Todas as diartroses são articulações sinoviais, apresentando muitas formas diferentes e permitindo diversos tipos de movimentos. ARTICULAÇÕES FIBROSAS Articulações que permitem pouco ou nenhum movimento. Sinostoses (suturas) Sindesmoses SINOSTOSES (SUTURAS): Não possuem movimento (sinartrose). União através de tecido conjuntivo fibroso denso. Articulações entre os ossos do crânio: Denteada Serrada Escamosa Plana Esquindelese: ossos do crânio (etmóide / vômer / esfenóide) Gonfose: dento - alveolar SINDESMOSES: Possuem pouco movimento (anfiartrose). Unidas por tecido conjuntivo fibroso denso (ligamentos interósseos). Locais: rádio/ulna e tíbia/fíbula. ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS SINCONDROSES: Não possuem movimentos (sinartrose). Unidas por cartilagem hialina. Locais: articulações das costelas com esterno e discos epifisiários. SÍNFISES: Possuem movimentos leves (anfiartrose). União através de disco fibrocartilaginoso. Locais: discos intervertebrais / disco interpúbico. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Articulações que permitem grandes movimentos (diartroses). Superfícies ósseas recobertas por cartilagem hialina com união através de cápsula e ligamentos. Cápsula articular: cavidade com presença de líquido sinovial. CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS: 1) Plana: as superfícies articulares são planas ou ligeiramente curvas, permitindo um suave deslizamento entre elas. Um exemplo característico é a articulação sacroilíaca. Outros exemplos são as articulações dos ossos do carpo e do tarso que em conjunto, permitem uma mobilidade considerável. 2) Gínglimo (dobradiça): movimentos de flexão e extensão (cotovelo). São monoaxiais (permitem apenas um grau de movimento). 3) Trocóide: neste tipo, uma das superfícies articulares é cilíndrica, permitindo a rotação em um eixo único de movimento longitudinal ou vertical (monoaxial). Um exemplo clássico é a articulação rádio-ulnar proximal, responsável pelo movimento de pronação e supinação do antebraço. Cabeça do rádio Ligamento anular 4) Elipsóide (condilar): uma das superfícies articulares é elíptica; estas estruturas permitem flexão, extensão, adução, abdução, mas não a rotação. São biaxiais (permitem dois graus de movimento), e um exemplo é a articulação rádio-cárpica e a ATM. 5) Em Sela: a estrutura da superfície articular apresenta uma concavidade num sentido e convexidade em outro, como um cavaleiro sentado em uma sela. A articulação carpometacárpica do 1º dedo é um exemplo disto. É considerada biaxial, e realiza a circundução (mover o polegar em um círculo). 6) Esferóide: apresentam segmentos esferóides que se encaixam em receptáculos ocos. Este tipo de articulação permite os movimentos triaxiais (três graus de movimento) e, portanto, os de maior variação. O ombro e o quadril permitem movimentos de rotação, circundução, flexão, extensão, adução e abdução. MEMBRANA SINOVIAL Definição: Condensação de tecido conjuntivo areolar que reveste internamente a superfície da cápsula fibrosa; Estrutura que define o espaço intra-articular; Revestimento aos tendões que passam através da articulação e as margem livres das estruturas intra-articulares (ligamentos e meniscos). LÍQUIDO SINOVIAL Definição: Essencialmente um dialisado de plasma sanguíneo, com adição de proteínas e mucopolissacarídeos – o ácido hialurônico. Características: Claro, de cor amarela pálida; Não se coagula – fibrinogênio / protombina; Quantidade entre 0,5 e 4 ml. Composição: Substância viscosa relacionada à presença de proteína hialurônica. forma complexo macro-molecular contendo grandes quantidades de ácido hialurônico denominado tb de hialuronato/mucina. Funções: Auxiliar na lubrificação das articulações; Suporte de carga; Prover a nutrição de aproximadamente 2/3 da cartilagem (hialina) articular avascular. CÁPSULA ARTICULAR Características: Camada externa – constituída de tecido conjuntivo fibroso denso não- modelado (fibra colágena); Os ligamentos e a cápsula periarticular são aproximadamente uniformes em aparência histológica, composição química e organização tecidual; As proteínas fibrosas constituem 90% do peso bruto do tecido (colágeno e elastina). Funções: Manter a posição dos ossos que compõe a articulação; Guardar a estabilidade da articulação. LIGAMENTOS Constituídos de fibras de colágeno dispostas paralelamente (tecido conjuntivo denso modelado). Características: Maleáveis e flexíveis para permitir liberdade de movimento; Fortes, resistentes e inextensíveis para não ceder à ação de forças; São fortes tanto quanto os tendões e possuem ainda pequena elasticidade (tecido fibroelástico). BOLSAS Estruturas com a função de proteção articular / muscular / óssea, facilitando o movimento de músculos e tendões entre proeminências ósseas. Tipos: Sinoviais / Serosas. Distribuição: subcutâneas / submuscular / subtendínea. TENDÕES Feixes fibrosos brancos, brilhantes, que fixam os músculos aos ossos. Variam em comprimento e espessura. Podem ser: Arredondados. Achatados. MIOLOGIA É parte da anatomia que estuda os músculos e seus anexos. O que são músculos? São estruturas anatômicas que apresentam a capacidade de se contrair, sob estímulos. VENTRE é a parte carnosa, constituída por fibras musculares que se contraem. TENDÃO é a parte não contrátil e esta localizado nas extremidades dos músculos. É composto de tecido conjuntivo resistente e esbranquiçado. Tipos de músculos: Quanto à situação os músculos esqueléticos dividem-se em: a) Superficiais ou Cutâneos: estão logo abaixo do tegumento e apresentam no mínimo uma de suas inserções na camada profunda da derme, estão localizados na cabeça (crânio e face), no pescoço e na mão. b) Profundos ou Subaponeuróticos: são músculos que não apresentam inserções na camada profunda da derme e na maioria das vezes se inserem em ossos. Quanto à Forma: a) Longos:quando o comprimento predomina sobre a largura e espessura. Ex: Bíceps. b) Largos: quando duas medidas se eqüivalem (comprimento e largura predominam sobre a espessura). Ex: Rombóide. c) Curtos: as três medidas se eqüivalem . Ex: Quadrado Femural. c) Leque: fibras em forma de um leque. Ex: Peitoral Maior. d) Mistos: quando não entram na classificação de longos, largos e curtos. Quanto à Direção: a) Retilíneo: músculo que não muda sua direção, converge somente numa direção. Pode ser reto, oblíquo ou transverso. Ex: Reto Femural e Sartório. b) Reflexo: músculo que muda sua direção durante seu trajeto. Quanto à Origem e à Inserção: a) Origem: quando se originam de mais de um tendão. Ex: Bíceps, Tríceps e Quadríceps. b) Inserção: quando se inserem em mais de um tendão. Ex: Bicaudados - dois tendões (Fibular Anterior) e Policaudados - três ou mais tendões (Flexor Longo dos Dedos do Pé). Número de Músculos: De acordo com Sappey, são 501 músculos: * Tronco: 190 * Cabeça: 63 * Membro Superior: 98 * Membro Inferior: 104 * Aparelho da vida Nutritiva: 46 Peso dos Músculos: Em média 3/7 do peso (sexo masculino), mas pode se tornar até 50% do peso em fisioculturistas ou ainda, segundo os avaliadores, para atletas de elite que façam algum tipo de treinamento intenso por mais de 4 horas diárias. Está porcentagem diminui com a idade. Nomenclatura: Há dois métodos de estudo dos músculos: a) Fisiológico: corresponde a ação do músculo: elevador da mandíbula e extensor dos dedos. b) Topográfico: corresponde a região onde estão localizados: músculos da cabeça e do braço. Grupos Musculares: São em número de nove: * Cabeça * Pescoço * Membros Superiores * Tórax * Abdômen * Região Posterior do Tronco * Membros Inferiores * Órgãos dos Sentidos * Períneo Anexos dos Músculos: a) Aponeurose: é uma membrana que envolve grupos musculares. b) Fáscia: envolve o músculo. c) Bainha Fibrosa: são arcos fibrosos que formam canais osteo-fibrosos. d) Bainhas Sinoviais: são membranas delgadas que lubrificam o deslizamento da tendão. e) Bolsas Serosas: bolsas que separam os músculos. Local de Inserção dos Músculos: a) Ossos b) Cútis c) Órgãos d) Mucosa e) Cartilagem f) Fáscia g) Articulações Classificação Funcional dos Músculos: a) Agonista: quando um músculo é o agente principal na execução de um movimento. b) Antagonista: quando um músculo se opõe ao trabalho de um agonista, seja para regular a rapidez ou potência da ação deste. Músculos que movimentam o cíngulo do membro superior SISTEMA NERVOSO CENTRAL, NERVOS ESPINAIS E NERVOS CRANIANOS MEDULA ESPINAL Está bem protegida no interior do canal vertebral da coluna vertebral. Os ligamentos vertebrais, as meninges e o líquido cerebrospinal fornecem proteção adicional. R: No espaço subaracnóideo Anatomia Macroscópica da Medula Espinal R: Do SNP Estrutura Interna da Medula Espinal R: Um corno é uma área de substância cinzenta e um funículo é uma região de substância branca na medula espinal Os cornos contêm os corpos celulares dos neurônios sensitivos somáticos e autônomos e os corpos celulares dos neurônios motores somáticos e autônomos. Os funículos são massas de axônios mielínicos e amielínicos de neurônios sensitivos, interneurônios e neurônios motores. Cada funículo contém um ou mais tratos, que são diferentes feixes de axônios com origem ou destino comum e informações semelhantes. Os tratos sensitivos (ascendentes) conduzem os impulsos nervosos na direção do encéfalo. Os tratos motores (descendentes) conduzem os impulsos nervosos do encéfalo em direção à medula. Funções da Medula Espinal e Reflexos Espinais A substância branca funciona como vias expressas para condução de impulsos nervosos. A substância cinzenta recebe e integra a informação que chega e que sai, sendo também um sítio de integração de reflexos. Um reflexo é uma seqüência rápida e involuntária de ações, que ocorre em resposta a um estímulo específico: Reflexo espinal: integração na medula espinal. Ex.: r. patelar Reflexo craniano: integração no tronco encefálico. Ex.: movimentos de acompanhamento dos olhos ao ler. R: Os axônios dos neurônios sensitivos constituem parte da raiz posterior, ao passo que os axônios dos neurônios motores constituem parte da raiz anterior. NERVOS ESPINAIS Os 31 pares de nervos espinais são denominados e numerados de acordo com a região e o nível da coluna vertebral de que eles emergem (ver Figura 10.2). R: Todos os nervos espinais são mistos (têm componentes sensitivos e motores), pois a raiz posterior contendo axônios sensitivos e a raiz anterior contendo axônios motores se unem, para formar o nervo espinal (ver Figura 10.3). Distribuição dos Nervos Espinais Os nervos espinais dividem-se em vários ramos formando redes que são chamadas de plexos. Os principais plexos são o cervical, o braquial, o lombar e o sacral (ou lombossacral) (ver Figura 10.2): O plexo cervical supre a pele e os músculos da parte posterior da cabeça, do pescoço, da parte superior dos ombros e o diafragma. Os nervos frênicos, que estimulam o diafragma a se contrair, originam-se do plexo cervical. Uma lesão na medula espinal acima da origem dos nervos frênicos pode causar insuficiência respiratória. O plexo braquial constitui o suprimento nervoso para os membros superiores e uma série de músculos do pescoço e do ombro. Entre os nervos que se originam no plexo braquial estão os nervos musculocutâneo, axilar, mediano, radial e ulnar. O plexo lombar supre a parede abdominal, os órgãos genitais externos e parte dos membros inferiores. Desse plexo, originam-se os nervos ilioinguinal, femoral e obturatório. O plexo sacral supre a região glútea, o períneo e os membros inferiores. Entre os nervos que se originam desse plexo, estão os nervos glúteos, isquiático e pudendo. O nervo isquiático é o mais longo do corpo. Os nervos espinais T2 a T11 não formam plexos. São conhecidos como nervos intercostais e vão diretamente às estruturas que eles suprem, incluindo os músculos entre as costelas, os músculos abdominais e a pele do tórax e do dorso (ver Figura 10.2). ENCÉFALO Partes principais e Revestimentos Protetores O encéfalo é um dos maiores órgãos do corpo, composto de aproximadamente 100 bilhões de neurônios e 10 a 50 trilhôes de neuróglia, com uma massa de cerca de 1.300g. R: O bulbo do encéfalo conecta-se à medula espinal. R: O LCS é formado nos plexos corióideos e reabsorvido através das granulações aracnóides para o sangue, no seio sagital superior da dura-máter. Suprimento Sangüíneo Encefálico e Barreira Hematoencefálica Embora o encéfalo compreenda somente cerca de 2% do peso corporal total, ele requer aproximadamente 20% do suprimento de oxigênio do corpo. Se o fluxo sangüíneo ao encéfalo for interrompido, mesmo brevemente, pode ocorrer perda de consciência. Os neurônios encefálicos que são totalmente privados de oxigênio por quatro minutos ou mais podem ser permanentemente lesados. O suprimento sangüíneo do encéfalo também contém glicose, a principal fonte de energia para as células encefálicas. Se o sangue que penetra no encéfalo tiver um baixo nível de glicose, podem ocorrer confusão mental, tontura, convulsões e perda de consciência. Líquido Cerebroespinal (Liquor) O LCSé um líquido incolor e transparente, que transporta oxigênio, glicose e outras substâncias químicas necessárias, do sangue para os neurônios e a neuróglia, removendo os resíduos e substâncias tóxicas produzidas pelas células do encéfalo e da medula espinal. Esse líquido circula pelo espaço subaracnóideo, em torno do encéfalo e da medula espinal e através de cavidades do encéfalo, conhecidas como ventrículos (Figura 10.7). Os locais de produção do LCS são os plexos corióideos que são redes especializadas de vasos capilares nas paredes dos ventrículos (Figura 10.7). Cobrindo os capilares do plexo corióideo, encontram-se células ependimárias que formam o líquido cerebroespinal a partir do plasma sangüíneo, por filtração e secreção. Do quarto ventrículo, o LCS flui para o canal central da medula espinal e para o espaço subaracnóideo que circunda a superfície do encéfalo e da medula espinal. Gradualmente, o LCS é reabsorvido no sangue, por meio das granulações aracnóideas, que são projeções digitiformes da aracnóide- máter, drenando primeiramente para um espaço denominado seio sagital superior (Figura 10.7a). Normalmente, o volume do LCS permanece constante, de 80 a 150mL, pois é absorvido tão rapidamente quanto é formado. Tronco Encefálico Bulbo Os dois núcleos principais são o centro cardiovascular, que regula o ritmo e a força dos batimentos cardíacos e o diâmetro dos vasos sangüíneos e o centro respiratório bulbar de ritmicidade, que regula o ritmo básico (freqüência) da respiração. Os núcleos associados às sensações de toque, pressão e vibração estão localizados na parte posterior do bulbo. Outros núcleos, no bulbo, coordenam os reflexos da deglutição, vômito, tosse e espirro. Ponte Alguns núcleos, na ponte, são os sítios de transmissão dos sinais para os movimentos voluntários, que se originam no córtex cerebral, para o cerebelo. Mesencéfalo A parte anterior do mesencéfalo consiste em um par de tratos grandes, chamados pedúnculos cerebrais, os quais contêm axônios de neurônios motores que conduzem os impulsos nervosos do telencéfalo (cérebro) para a medula espinal, o bulbo e a ponte, bem como os axônios de neurônios sensitivos que se estendem do bulbo ao tálamo. Os núcleos do mesencéfalo incluem a substância negra. A perda destes neurônios está associada à doença de Parkinson ( dopamina e acetilcolina ). O núcleo rubro funciona juntamente com o cerebelo, na coordenação dos movimentos musculares. As duas protuberâncias superiores são os colículos superiores, responsáveis por vários arcos reflexos, como o reflexo pupilar e reflexos que comandam o movimento dos olhos, da cabeça e do pescoço, em resposta aos estímulos visuais. Os dois colículos inferiores transmitem os impulsos nervosos dos receptores para a audição, o reflexo de sobressalto e movimentos repentinos da cabeça e do corpo que ocorrem quando você é surpreendido por um barulho alto. Formação Reticular Sistema de ativação reticular – SAR (rede entre substância cinzenta e branca) que consiste em axônios sensitivos que se projetam para o córtex cerebral. Quando o SAR é estimulado, muitos impulsos nervosos se difundem para amplas áreas do córtex cerebral, resultando um estado de vigília chamado consciência. A inativação do SAR produz o sono, um estado de inconsciência parcial do qual um indivíduo pode ser acordado. Diencéfalo Tálamo O tálamo desempenha um papel essencial na consciência e na aquisição do conhecimento, que é denominado cognição. O tálamo contribui para as funções motoras, transmitindo a informação do cerebelo e dos núcleos da base para as áreas motoras do córtex cerebral. Também transmite os impulsos nervosos entre as diferentes áreas do telencéfalo (cérebro). O tálamo auxilia na regulação das atividades autônomas. Hipotálamo Suas principais funções são as seguintes: 1) Controle do SNA 2) Controle da hipófise 3) Regulação dos padrões emocionais e comportamentais. Juntamente com o sistema límbico, o hipotálamo regula os sentimentos de raiva, agressividade, dor e prazer, além dos padrões comportamentais relacionados à excitação sexual. 4) Regulação do comer e beber. 5) Controle da temperatura corporal. 6) Regulação dos ritmos circadianos e estados de consciência. O hipotálamo estabelece os padrões de vigília e sono que ocorrem em um horário circadiano (diário). R: Os núcleos da base estão localizados no telencéfalo e são compostos de substância cinzenta. Glândula Pineal Em razão de secretar o hormônio melatonina , a glândula pineal faz parte das glândulas endócrinas. A melatonina estimula a sonolência e contribui para o estabelecimento do relógio biológico corporal. Cerebelo O cerebelo compara os movimentos pretendidos, programados pelo córtex cerebral, com os que estão realmente ocorrendo. Ele recebe, constantemente, os impulsos sensitivos de músculos, tendões, articulações, receptores do equilíbrio e receptores visuais. O cerebelo auxilia a uniformizar e coordenar as seqüências complexas de contrações dos músculos esqueléticos, regula a postura e o equilíbrio, e é essencial para todas as atividades motoras habilidosas, desde apanhar uma bola de beisebol até dançar. Telencéfalo O telencéfalo constitui-se do córtex cerebral (uma borda externa de substância cinzenta), de uma região interna de substância branca cerebral e de núcleos de substância cinzenta mergulhados profundamente no interior da substância branca. Sistema Límbico Esse sistema é às vezes denominado “encéfalo emocional”, porque desempenha uma função primária em um espectro de emoções como a dor, o prazer, a docilidade, o afeto e a raiva. Embora o comportamento seja uma função de todo o sistema nervoso, o sistema límbico controla a maioria dos seus aspectos involuntários relacionados à sobrevivência. Lateralização Hemisférica O hemisfério esquerdo é mais importante para a linguagem falada e escrita, a habilidades numéricas e científicas, a capacidade para usar e compreender a linguagem dos sinais, e o raciocínio, na maioria dos indivíduos. O hemisfério direito é mais importante para a percepção musical e artística, percepção espacial e de configurações (padrões), reconhecimento fisionômico e conteúdo emocional da linguagem, e geração de imagens mentais de visão, som, toque, gosto e olfato. Memória A memória é o processo no qual a informação obtida por meio da aprendizagem é armazenada e recuperada. R: A fissura longitudinal do cérebro separa os hemisférios cerebrais direito e esquerdo. R: A área somatossensitiva primária localiza as sensações somáticas. SISTEMA ESQUELÉTICO ESQUELETO: Conjunto de ossos unidos por cartilagens e articulações CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO Para melhor estudarmos o esqueleto humano, dividiremos o mesmo em duas partes: AXIAL e APENDICULAR. Esqueleto Axial - Composta pelos ossos da cabeça, pescoço e do tronco. Esqueleto Apendicular - Composta pelos membros superiores e inferiores. A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas escapular e pélvica. TIPOS DE OSSOS OSSOS LONGOS EX. Fêmur, úmero, rádio, ulna, fíbula e falanges. OSSO CURTO É aquele que apresenta equivalência das três dimensões. Ex: os ossos do carpo e do tarso. OSSO LAMINAR OU PLANO Comprimento e Largura equivalentes, predominando sobre a espessura. Ex: ossos do crânio como o parietal, o frontal e o occipital, a escápula e os ossos do quadril. OSSO IRREGULAR Apresenta uma morfologia complexa que não encontra correspondência em formas geométricas conhecidas. Ex. vértebras e osso temporal. OSSO PNEUMÁTICO Apresenta uma ou maiscavidades de volume variável, revestidas de mucosa e contendo ar. Estas cavidades recebem o nome de sinus ou seio. Estão situados no crânio: seio frontal, maxilar, etmóide e esfenóide. OSSOS SESAMÓIDES Desenvolvem-se na substância de certos tendões ou da cápsula fibrosa que envolve certas articulações. Ex. patela. OSSOS DA CABEÇA (CRÂNIO E FACE) Neurocrânio Ímpares Pares 8 ossos - Frontal - Temporais - Occipital - Parietais - Etmóide - Esfenóide Víscerocrânio/Face Ímpares Pares 14 ossos - Mandíbula - Conchas nasais - Vômer - Nasais - Lacrimais - Zigomáticos - Maxilares - Palatinos ESQUELETO DO TÓRAX Formado pelos ossos: esterno, costelas e vértebras. ESTERNO (um osso): O esterno (osso do peito) é uma longa e estreita placa óssea, protegendo a parede anterior do tórax. O esterno é composto por três partes: manúbrio corpo processo xifóide. É um osso chato, plano e ímpar. É um importante osso hematopoético (formador de células sangüíneas). O esterno articula- se com as clavículas e as cartilagens das sete primeiras costelas. Esterno - Vista Anterior COSTELAS (12 PARES OU 24 COSTELAS): As costelas são em número de 12 pares. São ossos alongados, em forma de semi-arcos, ligando as vértebras torácicas ao esterno. Dividem-se em três grupos: • Os sete primeiros pares são ditas costelas verdadeiras por se articularem com o esterno através de suas cartilagens; • Do 8º ao 10º par são denominadas falsas por se fixarem ao esterno só indiretamente, unindo suas cartilagens umas às outras até a sétima; • O 11º e o 12º par são ditas flutuantes, e por serem mais curtas terminam entre os músculos da parede lateral do abdômen e não possuem cartilagens (não chegam até o plano anterior do tórax). COLUNA VERTEBRAL (33) A coluna vertebral (ráquis) é constituída pela superposição de uma série de ossos isolados denominados vértebras. Superiormente, se articula com o osso occipital (crânio), inferiormente, articula-se com o osso do quadril (ilíaco). A coluna vertebral é dividida em quatro regiões: Cervical, Torácica, Lombar e Sacro-Coccígea. São 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca de 4 coccígeas. CURVATURAS DA COLUNA VERTEBRAL Numa vista lateral, a coluna apresenta várias curvaturas consideradas fisiológicas. São elas: cervical (convexa ventralmente - LORDOSE), torácica (côncava ventralmente - CIFOSE), lombar (convexa ventralmente - LORDOSE) pélvica (côncava ventralmente - CIFOSE). Quando uma destas curvaturas está aumentada, chamamos de HIPERCIFOSE (região torácica e pélvica) ou HIPERLORDOSE (região cervical e lombar). Numa vista anterior ou posterior, a coluna vertebral não apresenta nenhuma curvatura. Quando ocorre alguma curvatura neste plano chamamos de ESCOLIOSE. Convexa ) Côncava ( VISTA LATERAL DIREITA • 07 vértebras CERVICAIS (cervix = pescoço) na região do pescoço. • 12 vértebras TORÁCICAS (thorax = peito), posteriores à cavidade torácica. • 05 vértebras LOMBARES (lumbus = lombo), suportando a parte inferior do corpo. • 05 vértebras SACRAIS fundidas para formar o SACRO. Ele transmite o peso corpóreo para as articulações do quadril. • 2 a 4 vértebras COCCÍGEAS fundidas para formar o CÓCCIX. CANAL VERTEBRAL O canal vertebral segue as diferentes curvas da coluna vertebral. É grande e triangular nas regiões onde a coluna possui maior mobilidade (cervical e lombar) e é pequeno e redondo na região que não possui muita mobilidade (torácica). As vértebras podem ser estudadas sobre três aspectos: características gerais, regionais e individuais. CARACTERÍSTICAS GERAIS: São encontradas em quase todas as vértebras (com exceção da 1ª e da 2ª vértebras cervicais) e servem como meio de diferenciação destas com os demais ossos do esqueleto. 1. Corpo: é a maior parte da vértebra. É único e mediano e está voltado para frente é representado por um segmento cilindro, apresentando uma face superior e outra inferior. FUNÇÃO: sustentação. 2. Processo Espinhoso: é a parte do arco ósseo que se situa medialmente e posteriormente. FUNÇÃO: movimentação. 3. Processo Transverso: são 2 prolongamento laterais, direito e esquerdo, que se projetam transversalmente de cada lado do ponto de união do pedículo com a lâmina. FUNÇÃO: movimentação. 4. Processos Articulares: são em número de quatro, dois superiores e dois inferiores. Saliências que se destinam à articulação das vértebras entre si. FUNÇÃO: obstrução. 5. Lâminas: são duas lâminas, uma direita e outra esquerda, que ligam o processo espinhoso ao processo transverso. FUNÇÃO: proteção. 6. Pedículos: são partes mais estreitadas, que ligam o processo transverso ao corpo vertebral. FUNÇÃO: proteção. 7. Forame Vertebral: situado posteriormente ao corpo e limitado lateral e posteriormente pelo arco ósseo. FUNÇÃO: proteção CARACTERÍSTICAS REGIONAIS: Permitem a diferenciação das vértebras pertencentes a cada região. Vários são os elementos de diferenciação, mas será suficiente observar os processos transversos: Vértebra Cervical: Apresenta um forame no processo transverso chamado forame transverso ou forame da artéria vertebral (passam artérias vertebrais em direção à base do cérebro). Vértebra Torácica: Apresenta uma faceta articular para as costelas (fóvea costal). Vértebra Lombar: Apresenta um processo transverso bem desenvolvido chamado apêndice costiforme. Pode ser diferenciado também por não apresentar forame no processo transverso e nem a fóvea costal. CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS: Obs.: na sétima vértebra cervical o processo espinhoso se diferencia. É único e bem saliente. ESQUELETO DOS MEMBROS SUPERIORES ESQUELETO DOS MEMBROS INFERIORES CURIOSIDADES: Uma boa postura é a atitude que uma pessoa assume utulizando a menor quantidade de esforço muscular e, ao mesmo tempo, protegendo as estruturas de suporte contra traumas. Os desvios posturais como a lordose cervical, cifose dorsal, lordose lombar e escoliose podem levar ao uso incorreto de outras articulações, tais como as dos ombros, braços, articulações temporo- mandibulares, quadris, joelhos e pés. Manter posturas erradas por tempo prolongado pode acarretar alterações posturais ocasionando enrijecimento das articulações vertebrais e encurtamento dos músculos. Esses defeitos estruturais causam alterações das curvaturas normais da coluna vertebral, tornando-a mais vulnerável as tensões mecânicas e traumas. Lordose É o aumento anormal da curva lombar levando a uma acentuação da lordose lombar normal (hiperlordose). Os músculos abdominais fracos e um abdome protuberante são fatores de risco. Caracteristicamente, a dor nas costas em pessoas com aumento da lordose lombar ocorre durante as atividades que envolvem a extensão da coluna lombar, tal como o ficar em pé por muito tempo (que tende a acentuar a lordose). A flexão do tronco usualmente alivia a dor, de modo que a pessoa frequentemente prefere sentar ou deitar. Cifose É definida como um aumento anormal da concavidade posterior da coluna vertebral, sendo as causas mais importantes dessa deformidade, a má postura e condicionamento físico insuficiente. Doenças como espondilite anquilosante e a osteoporose senil também ocasionam esse tipo de deformidade. Escoliose É a curvatura lateral da coluna vertebral, podendo ser estrutural ou não estrutural. A progressão da curvatura na escoliose depende, em grande parte, da idade que ela inicia e da magnitude do ângulo da curvatura durante o período de crescimento na adolescência, período este onde a progressão do aumentoda curvatura ocorre numa velocidade maior. O tratamento fisioterápico usando alongamentos e respiração são essenciais para a melhora do quadro. Hérnia de Disco A hérnia de disco surge como resultado de diversos pequenos traumas na coluna que vão, com o passar do tempo, lesando as estruturas do disco intervertebral, ou pode acontecer como conseqüência de um trauma severo sobre a coluna. A hérnia de disco surge quando o núcleo do disco intervertebral migra de seu local, no centro do disco para a periferia, em direção ao canal medular ou nos espaços por onde saem as raízes nervosas, levando à compressão das raízes nervosas. Hérnia de Disco Osteofitose (bico de papagaio) A adoção de posturas erradas leva, ao longo do tempo,a lesões da articulações vertebrais. A osteofitose aparece decorrente da protusão progressiva do anel fibroso do disco intevertebral, dando origem à formação de osteofitos cujos efeitos são agravados pela desidratação gradual do disco intervertebral, causando a aproximação da vértebras, comprimindo a raiz nervosa e causando dores.
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