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POSSIBILIDADES E DESAFIOS DO SERVIÇO SOCIAL FRENTE A EDUCAÇÃO INCLUSIVA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
CURSO DE BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
POSSIBILIDADES E DESAFIOS DO SERVIÇO SOCIAL FRENTE A EDUCAÇÃO INCLUSIVA
APRESENTAÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo discutir como está posto o Serviço Social na educação inclusiva, visando o contexto de uma educação que garanta os direitos de todos os cidadãos brasileiros que usufruem da política educacional. Esta que é uma política pública, que deve buscar incentivar sistemas educacionais que sejam inclusivos quando se referem às etapas do ensino de forma que se viabilize o seu acesso pleno. 
Neste sentido, o profissional de Serviço Social inserido na educação vem para buscar subsidiar ações que venham a promover a educação, com ações que visem à inclusão social, garantindo a cidadania e emancipação dos sujeitos sociais em sua formação e que tanto o Serviço Social quanto a escola, possam trabalhar com a educação de forma direta, oportunizando as pessoas a se tornarem cidadãos conscientes e sujeitos de direitos e responsáveis pela construção de sua própria história.
1. TEMA 
Inclusão Social
2. TÍTULO 
Inclusão Social: Possibilidades e Desafios do Serviço Social Frente á Educação Inclusiva
3. PROBLEMATIZAÇÃO E PROBLEMA
A educação numa perspectiva de inclusão para as pessoas com deficiência é base do desenvolvimento humano e social e, como salienta Almeida (2004), a educação pode ser tomada como um dos mais complexos processos constitutivos da vida social. Para aprofundar a discussão do papel inclusivo da educação, precisamos refletir sobre a educação para pessoas com deficiências, que é o foco do nosso estudo, partindo das definições de educação inclusiva e educação especial.
Como mencionamos anteriormente, abordaremos a educação em uma perspectiva da inclusão, educação defendida como um meio de efetivação dos direitos da pessoa com deficiência, sendo assim possível a expansão do seu espaço de interação. Tanto a educação especial quanto à educação regular possuem o papel de transformar a sociedade, pois que é por meio da educação que o indivíduo conhece a si e ao seu meio social, tornando-se capaz de se posicionar criticamente e transformar sua realidade.
É difícil pensarmos que pessoas são excluídas do meio social em razão das características que possuem, como cor da pele, cor dos olhos, altura e peso. Já nascemos com essas características e elas é que nos definem como ser humano, sendo que, cada um de nós se distingue um do outro. Isso deveria ser visto como algo positivo, no entanto, existe na sociedade um “padrão ideal” a se seguir, e isso causa as discriminações, exclusões e preconceitos.
Diante desse contexto, qual ás possibilidades e desafios do assistente social frente á educação inclusiva?
4. QUESTÕES NORTEADORAS
A desigualdade social é compreendida pelo desigual acesso aos bens e serviços produzidos pela sociedade, bem como aos direitos, e, além disso, ela também é percebida nas relações sociais, quando alguém é excluído ou não se percebe como pertencente a um determinado espaço e/ou grupos sociais. O assistente social, como referenciado anteriormente, é um profissional que trabalha na perspectiva de viabilizar direitos e ampliar a cidadania.
Refletir sobre a necessidade da inclusão social se faz relevante no sentido de compreender que a mesma deve existir de forma plena e não superficial. São muitos os desafios neste processo para o Assistente Social. Contudo, as possibilidades se sobressaem. A desigualdade social é compreendida pelo desigual acesso aos bens e serviços produzidos pela sociedade, bem como aos direitos, e, além disso, ela também é percebida nas relações sociais, quando alguém é excluído ou não se percebe como pertencente a um determinado espaço e/ou grupos sociais.
Diante disso as questões norteadoras levantadas são: 
· Como a Educação Inclusiva é capaz de promover a Inclusão Social?
· Qual o papel e a função educativa desempenhada pelos assistentes sociais frente a Educação Inclusiva?
· Como definir deficiência, caracterizar esses indivíduos e que direitos são a eles assegurados? 
5. JUSTIFICATIVA
Devemos prezar por um ambiente educacional que priorize a formação dos sujeitos para a cidadania, orientando-os acerca dos seus direitos e deveres; instruindo-os e educando-os para que haja a superação da desigualdade e exclusão sociais; e estimulando-os a tornarem-se sujeitos autônomos. Diante disso, considera-se que a escola constitui-se um dos espaços de intervenção do Assistente Social, já que este profissional é habilitado para atuar no enfrentamento das mazelas sociais através do acompanhamento social das famílias, do fortalecimento dos vínculos das mesmas e do desenvolvimento de suas potencialidades a fim de alcançarem a emancipação social.
Justifica-se o presente trabalho de conclusão de curso pela necessidade de estudar e entender como se dar a inclusão social dentro da escola, e o mesmo torna-se relevante no sentido de compreender que a inclusão deve existir de forma plena e não superficial e também apresentar sobre como deve ser a postura do Assistente Social frente aos desafios decorrentes desta nova vertente de estudos. Deste modo, verifica-se a relevância do Assistente Social em todo o processo de inclusão do aluno com deficiência no sistema educacional de ensino, uma vez que a partir de uma analise da totalidade social, se buscará garantir direitos intervindo nas múltiplas expressões da questão social, de maneira que seja viável a superação da situação de vulnerabilidade e risco social.
6. OBJETIVOS 
6.1. Objetivo Geral
Compreender a importância da atuação do serviço social na inclusão das pessoas com deficiência no âmbito escolar
6.2. Objetivos Específicos
· Conhecer o histórico da Política de Educação Especial;
· Discutir sobre o acesso á acessibilidade e inclusão frente á discriminação;
· Apontar os desafios e avanços da Educação Inclusiva X Inclusão Social;
· Conhecer quais os direitos dos cidadãos com Deficiência;
· Descrever as Leis, Estatutos e Convenções para a inclusão da Pessoa com Deficiência no Brasil;
· Compreender como a Educação Inclusiva pode ser usada como objeto de intervenção do Serviço Social;
· Conhecer quais são as contribuições do Serviço Social na Educação;
· Debater sobre a relevância do Assistente Social para a Educação Inclusiva e a efetivação de direitos;
· Identificar quais os desafios e contribuições do Serviço Social frente ao processo de inclusão no âmbito da educação;
· Descrever quais os limites e possibilidades da Educação Inclusiva;
	
7. METODOLOGIA 
O trabalho foi elaborado e realizado por método de análise de pesquisa bibliográfica e documental a partir de dados secundários como: livros, documentos eletrônicos, revistas, artigos, com o objetivo de destacar os limites, possibilidades e formas de atuação do Assistente Social para que a educação seja um fator contribuinte para o processo de inclusão social das pessoas com deficiência. 
O levantamento bibliográfico é normalmente feito a partir da análise de fontes secundárias que abordam, de diferentes maneiras, o tema escolhido para estudo. A pesquisa bibliográfica é feita com o intuito de levantar um conhecimento disponível sobre teorias, a fim de analisar, produzir ou explicar um objeto sendo investigado. A pesquisa bibliográfica visa então analisar as principais teorias de um tema, e pode ser realizada com diferentes finalidades. 
Os principais autores que serão acessados e citados são: MARTINELLI, Maria Lúcia (1998), ALMEIDA, Ney Luiz Teixeira (2000), IAMAMOTO, Marilda Vilela (1998), ALMEIDA, Maria Dorinha; SILVA, Figueira da Silva (2004), MARTINS, Lúcia de Araújo Ramos (2004), LOPES, Eleni de Melo Silva (2006), BARROCO, Maria Lucia Silva (2003). MARGAREZI, Andreia Letícia (2010), GUERRA, Yolanda (2007), PIANA, Maria Cristina (2009), FERNANDES, Edicléa Mascarenhas; ORRICO, Hélio Ferreira (2012), entre outros. 
8. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O direito de igualdade é assegurado a todos, inclusive e, sobretudo às pessoas com deficiência, como seevidencia no Art. 4º, da Lei Nº 13.146/2015, que assevera: “toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação” (BRASIL, 2015).
Qualquer estabelecimento de ensino que se recusar a receber uma criança em idade escolar por causa de sua deficiência ou qualquer tipo de discriminação é sujeito à punição. A essa criança é assegurada educação de qualidade e proteção contra qualquer tipo de preconceito, conforme previsto, no Art. 8º, inciso I, da Lei Nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, conhecida como Lei da Acessibilidade: Constitui crime punível com reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa: I - recusar, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar, sem justa causa, a inscrição de aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, por motivos derivados da deficiência que porta (BRASIL, 1989). 
Toda criança, mesmo que com características diferentes umas das outras, necessita conviver com crianças da mesma faixa etária para se desenvolver, sendo que a escola é um dos melhores locais para esse convívio. A todas as crianças em idade escolar não se podem negar “padrões mínimos de qualidade de ensino definido como a variedade e a quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem” (BRASIL, 1996).
A inclusão escolar implica em uma reorganização das práticas escolares, para assistir a diversidade total das necessidades dos alunos nas escolas comuns. Consegue-se êxito com a inclusão quando se obtém um ambiente de aprendizagem escolar que acredite na capacidade de seus alunos, que seja estável e acolhedor e que compreenda a diferença como um fator positivo. 
Diante disso, Fernandes e Orrico (2012) afirmam que a oferta de acessibilidade e os recursos existentes devem ser disponibilizados e as lacunas existentes serem preenchidas por meio de desenvolvimento de tecnologias e metodologias eficazes para atender as necessidades singulares que muitas vezes são identificadas na relação interpessoal entre as pessoas com deficiências e os familiares, profissionais de saúde, educação e demais pessoas do convívio.
Com o passar dos anos, muitos estados e municípios brasileiros organizaram e sistematizaram trabalhos de atuação do assistente social nas escolas, em projetos sociais não escolares, na educação superior e em equipes interdisciplinares de assessoria e elaboração de diretrizes, de normas e de planos de ação para a atuação na educação.
Segundo Martinelli (1998) o Serviço Social é uma profissão que trabalha no sentido educativo de revolucionar consciências, de proporcionar novas discussões, de trabalhar as relações interpessoais e grupais. Assim, a intervenção do assistente social é uma atividade veiculadora de informações, trabalhando em consciências, com a linguagem que é a relação social.
Para Almeida (2000) O campo educacional torna-se para o assistente social hoje não apenas um futuro campo de trabalho, mas sim um componente concreto do seu trabalho em diferentes áreas de atuação que precisa ser desvelado, visto que encerra a possibilidade de uma ampliação teórica, política, instrumental da sua própria atuação profissional e de sua vinculação às lutas sociais que expressam na esfera da cultura e do trabalho, centrais nesta passagem de milênio.
Iamamoto (1998) exige do assistente social uma participação enquanto um sujeito profissional que tenha competência para propor, para negociar com a instituição os seus projetos, para defender o seu campo de trabalho, suas qualificações e funções profissionais [...] desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano. [...] e buscar apreender o movimento da realidade para detectar tendências e possibilidades nela presentes.
Para Almeida e Silva (2004) a inclusão passou a substituir o conceito de integração do deficiente e a associar a necessidade de várias e importantes mudanças em relação às pessoas com deficiência, como os direitos assegurados de acesso à escola regular e à perspectiva do desenvolvimento de um processo de mudança de atitude. As recomendações educacionais passaram a expressar os seus dispositivos, como, por exemplo, o reconhecimento da diversidade, o acolhimento de todos na diversidade, a identificação das necessidades educacionais especiais, a resposta obrigatória que é o atendimento a essas necessidades por parte dos sistemas educacionais.
Segundo Martins (2004) um dos maiores desafios a serem enfrentados é a própria segregação da pessoa com deficiência, estimulam-se muito as suas limitações e não a suas possibilidades. Outro fator a ser citado como desafio é a preparação dos profissionais para receber esses alunos nas classes regulares, lutou-se muito pela inclusão e quebra dos paradigmas, apesar disso, ainda falta à capacitação para melhor atender esses alunos.
A Constituição Federal foi um dos primeiros passos para inclusão da Pessoa com Deficiência no Brasil, a qual definiu os direitos e deveres dos brasileiros, sendo assim, podemos citar um dos seus primeiros artigos, o Art. 3º, inciso IV, que promove o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade ou qualquer outra forma de discriminação. A partir dela, surgiram outras oportunidades de expansão dos direitos, a fim de melhorar o processo de inclusão tanto educacional quanto social das pessoas com deficiência.
De acordo com a Declaração de Salamanca (1994) o direito de cada criança à educação é proclamado na Declaração Universal de Direitos Humanos e foi fortemente reconfirmado pela Declaração Mundial sobre Educação para Todos. Qualquer pessoa portadora de deficiência tem o direito de expressar seus desejos com relação à sua educação, tanto quanto estes possam ser realizados. Pais possuem o direito inerente de serem consultados sobre a forma de educação mais apropriada às necessidades, circunstâncias e aspirações de suas crianças.
A política de educação no Brasil, desde sua concepção, foi desenhada de acordo com os interesses do capital, restritiva e excludente, beneficiava apenas aos que pudessem contribuir com o crescimento econômico do país. A educação nesse sentido assumiu uma função de difundir a lógica dominante, com isso, afastou do ambiente escolar quem tinha algum tipo de necessidade educacional especial, segregando esses indivíduos e impedindo-os de exercer seus direitos. 
Segundo Martins (2004) pode-se, então, assegurar que a Educação Inclusiva modificou o cenário de acesso à educação, antes o aluno precisava se adaptar ao modelo “padrão” de ensino e se não conseguisse estava “excluído” do meio educacional, atualmente é a escola que precisa se adaptar para receber esse aluno, sendo encaminhado para classe ou escola de ensino especial.
De acordo com Almeida (2000) atualmente tem sido exigido da escola não só uma educação de qualidade, mas também que esta seja um espaço que responda às necessidades de cada ser humano, tendo como princípio a inclusão social. Busca-se uma escola para todos independentes de classe social, cor, sexo, etnia, idade. Dessa forma, a educação inclusiva propõe que pessoas com deficiência se efetivem enquanto ser de direitos e deveres, assim como todos nesse cotidiano escolar regular. Por sua vez, a escola deixaria de ser aquele suposto espaço homogêneo, para ser o espaço da inclusão da diversidade social, nas suas mais diferentes concepções étnicas, culturais e sociais.
De acordo com Lopes (2006) a atuação interdisciplinar dos profissionais de Serviço Social vem se constituindo uma efetiva maneira de resolver problemas socioeducacionais. O assistente social tem na escola um papel de articulador das diversas políticas sociais, visando minimizar os efeitos das desigualdades. Além disso, tem a tarefa de elaborar e executar ações preventivas e de enfrentamento às situações emergentes que expressam violência, dificuldades interpessoais entrealunos, familiares e funcionários da escola e também dos problemas socioeconômicos que afetam os estudantes.
Enfim, as atividades que podem ser desempenhadas pelo assistente social no sentido de possibilitar a inclusão do aluno com deficiência na escola são ilimitadas. E a importância da prática interventiva, o valor social desse profissional na educação, se expressa na medida em que suas ações contribuem para a efetivação dos direitos sociais, o respeito às diferenças e à igualdade de oportunidades, o acesso à educação pública de qualidade a todos e a permanência na escola.
De acordo com Barroco (2003) a função educativa desempenhada pelos assistentes sociais é incontestável nos diferentes espaços ocupacionais, principalmente na Educação. Embora o ensino seja garantido para todos e em iguais condições de permanência e acesso, o que se presencia é um cenário bem diferente. O desenvolvimento de um sistema educacional universal e, sobretudo, as grandes transformações que nele se registram, são produtos de um conjunto de determinações sociohistóricas, as quais culminam por estruturar ideias que fundamentam e possibilitam seu surgimento como realidade alcançável.
De acordo com Margarezi (2010) o Serviço Social ainda pode contribuir no processo de inclusão das pessoas com deficiência na rede regular de ensino, refletindo acerca dos desafios da inclusão na educação, bem como, os desafios e contribuições do Serviço Social frente ao processo de inclusão e diversidade no âmbito da educação, perpassando pela qualidade na formação profissional, o que reforça o compromisso ético-político diante das desigualdades sociais provindas do sistema capitalista e da globalização.
Segundo Fernandes e Orrico (2012) percebe-se que um dos principais obstáculos observados para a inclusão das crianças com deficiência no Ensino Regular permanece sendo o preconceito e a falta de informação, visto que muitas pessoas não acreditam que possa haver uma Educação Inclusiva, com concepções equivocadas acerca da capacidade dessas crianças, configurando-se em um cenário onde as ações pedagógicas ainda se encontram inadequadas, revelando a compreensão insuficiente ou equivocada do processo de ensino e avaliação para esse alunado e mesmo uma descrença sobre a sua capacidade de desenvolvimento e aprendizagem por parte dos profissionais.
Na condição de formador de opinião, mediador das relações sociais e desempenhando uma função socialmente educativa, o assistente social passa a interferir, diretamente, na formação da subjetividade das pessoas que atende, podendo sensibilizá-las, propagando ideias inclusivas, desmistificando o que foi historicamente construído sobre as dificuldades da inclusão da pessoa com deficiência.
Segundo Guerra (2007) a utilidade social de uma profissão advém das necessidades sociais. A utilidade social da profissão esta em responder às necessidades das classes sociais, que se transformam, por meio de muitas mediações, em demandas para uma profissão.
Nessa perspectiva de acordo com Piana (2009) o assistente social hoje, busca fundamentar sua formação profissional a partir das novas Diretrizes Curriculares, com uma flexibilidade das disciplinas, podendo contemplar especificidades regionais e demandas geradas pelas necessidades, através de interlocuções com outras áreas do saber (pluralismo), a indissociabilidade nas dimensões ensino, pesquisa e extensão e a adoção de uma teoria social crítica que possibilite a apreensão da totalidade social em suas dimensões de universalidade, particularidade e singularidade. 
A contribuição do assistente social na educação consiste em identificar fatores sociais, culturais e econômicos que determinam os processos relacionados ao campo educacional, tais como: evasão escolar, baixo rendimento na escola, atitudes e comportamentos agressivos. Estas atitudes constituem questões de expressiva complexidade e que precisam necessariamente de intervenção conjunta por diferentes profissionais (educadores, assistentes sociais, psicólogos dentre outros) com a ajuda da família, da sociedade civil e dirigentes governamentais, possibilitando uma ação efetiva objetivando o cumprimento da missão da educação de oferecer qualidade de ensino para a formação de cidadania.
Debater o Serviço Social na Educação de acordo com o CFESS (2001) é buscar a sua contribuição para a garantia dos direitos, é remeter-se a realidade social ao qual perpassa o dia a dia de alunos, ou seja, a profissão no meio educacional faz com que seja possível buscar a contribuição para com a realização de diagnósticos sociais, para que com isso haja a possibilidade de indicar alternativas às contradições sociais vivenciadas por estudantes, na perspectiva de melhores condições de vida aos estudantes, familiares e profissionais da educação.
O Assistente Social conforme Margarezi (2010) possui um importante papel para construir com qualidade um trabalho, que também busque ser inovador, com uma perspectiva de transformar a realidade em que se está inserido, no entanto se faz necessário que o profissional tenha a compreensão de quais são as expressões da questão social que envolve o seu exercício profissional.
9. ORÇAMENTO
	DATA
	ATIVIDADE
	MATERIAL
	CUSTO
(R$)
	OBS
	Agosto/2019
	Elaboração projeto TCC
	Livros, sites de pesquisa, material impresso.
	50,00
	Aquisição de livros, lan house, xerox, impressão
	Setembro/2019
	Orientação individual com o orientador do TCC
	Material impresso, computador.
	40,00
	Transporte/deslocamento para 04(quatro) orientações /mês 
	Setembro/2019
	Participação Pré-Bancas
	Material impresso (projeto TCC)
	15,00
	 01 Impressão do projeto para o participante da Pré-banca
	Outubro/2019
	Construção da Monografia
	Livros, sites de pesquisa, material impresso.
	30,00
	Aquisição de livros, lan house, Xerox, impressão.
	Outubro/2019
	Orientação individual com o orientador do TCC
	Material impresso, computador.
	40,00
	Transporte/deslocamento para 04(quatro) orientações /mês 
	Novembro/2019
	Construção da Monografia
	Livros, sites de pesquisa, material impresso.
	15,00
	Aquisição de livros, lan house, Xerox, impressão.
	Novembro/2019
	Organização do material para a Banca 
	Material impresso, Encadernação, CD.
	50,00
	Impressão do Projeto (1 vias), encadernação, CD
	Dezembro/2019
	Bancas Finais
	Data show, material impresso.
	50,00
	Encadernação final da Monografia
	TOTAL
	290,00
	
9. ESBOÇO PRELIMINAR DE SUMÁRIO
Sumário
1.	INTRODUÇAO	1
2.	ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO VERSUS DISCRIMINAÇÃO	1
3.	DESAFIOS E AVANÇOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA X INCLUSÃO SOCIAL	1
4.	A EDUCAÇÃO INCLUSIVA COMO UM DIREITO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA	1
5.	LEIS E ESTATUTOS PARA A INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO BRASIL	1
6.	A EDUCAÇÃO INCLUSIVA COMO OBJETO DE INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL	2
7.	AS CONTRIBUIÇÕES DO SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO	2
8.	A RELEVÂNCIA DO ASSISTENTE SOCIAL PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E A EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS	2
9.	DESAFIOS E CONTRIBUIÇÕES FRENTE AO PROCESSO DE INCLUSÃO NO ÃMBITO DA EDUCAÇÃO	2
10.	LIMITES E POSSIBILIDADES DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA	2
11.	CONCLUSÃO	2
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	2
Referências bibliográficas
ALMEIDA, Maria Dorinha; SILVA, Figueira da Silva. A Universidade Federal do Rio
Grande do Norte e o Portador de Necessidades Educacionais Especiais. Ed. UFRN, Natal. 2004
ALMEIDA, N. L. T. O serviço social e a política pública de educação. 2000. Disponível em: http://www.docentes.ismt.pt. Acesso em: 27 out. 2019.
BARROCO, M. L. Ética e Serviço Social: fundamentos Ontológicos. São Paulo, Cortez: 2003.
BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. LDB - Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996
______. Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989. Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - Corde institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplinaa atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 25 out. 1989. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7853.htm. Acesso em 02 nov.. 2019.
BRASIL. Ministério da Defesa. Exército Brasileiro. ______. Lei nº 13.146, de 07 de julho de 2015. Dispõe sobre a Inclusão da Pessoa com Deficiência. 2015. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 07 jul. 2015b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm. Acesso em: 07 nov. 2019
FERNANDES, Edicléa Mascarenhas; ORRICO, Hélio Ferreira. Acessibilidade e inclusão social. Rio de Janeiro: Deescubra, 2012.
GUERRA, Yolanda. A instrumentalidade no trabalho do assistente social. Disponível em: http://www.cedeps.com.br/wpcontent/uploads/2009/06/Yolanda-Guerra.pdf. Acesso em 04 de Nov. 2019.
IAMAMOTO, Marilda Vilela. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação. 7. São Paulo: Cortez, 1998.
LOPES, Eleni de Melo Silva. Serviço Social e educação: as perspectivas de avanços do profissional de Serviço social no sistema escolar público. In: Serviço Social em revista. Edição jan/jun. Cortez. São Paulo, 2006
MARGAREZI, Andreia Letícia. Educação Inclusiva e as possibilidades de intervenção para o assistente social. Brasília, 2010
MARGAREZI, Andréia Letícia. Educação Inclusiva e as Possibilidades de Intervenção para o Assistente Social. Brasília, 2010. Disponível em: http://www.agapasm.com.br/Artigos/Educa%C3%A7%C3%A3o-Inclusiva-e-as- Possibilidades-de-Interven%C3%A7%C3%A3o-para-o-Assistente-Social.pdf
Acesso em: 04 dez 2019.
MARTINELLI, Maria Lúcia. O Serviço Social na transição para o próximo milênio: desafios e perspectivas. In: Serviço Social & Sociedade, n. 57. São Paulo: Cortez, 1998.
MARTINS, Lúcia de Araújo Ramos. Da Educação Especial à Inclusiva: Um longo
Caminhar. Ed. UFRN, Natal. 2004.
PIANA, Maria Cristina. Serviço social e educação: olhares que se entrecruzam. In Serviço Social & Realidade, Franca, v. 18, n. 2, 182 p. 182-206, 2009. Disponível em: http://periodicos.franca.unesp.br/index.php/SSR/article/viewFile/136/187. Acesso em 10 Nov. 2019.
SASSAKI, R.K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. 5º ed. Rio de Janeiro: 2003.

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