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Contenção de répteis
Aula 01-03-2021
Principais serpentes encontradas como pet 
Corn-snake, cobra real californiana, cobra do milho, real mexicana;
· Equipamentos de contenção de serpentes 
Pinção, gancho, laço de lux. 
· Crocodilianos – Jacarés, crocodilos, caimans.
· Quelônios – Tartarugas, jabutis, cágagos
· Squamata – Serpentes, lagartos, anfisbenas. Essa família possúi o pênis bifurcado. 
Contenção física 
Realizar o procedimento adequado evita acidentes que podem ser prejudiciais tanto para o veterinário quanto para o animal e também minimiza o stress, a dor e minimiza o risco de acidentes. O correto é realizar o manejo com as duas mãos, uma segurando o crânio e a outra segurando o pescoço da serpente impedindo a movimentação, e a outra mão segurando o eixo do esqueleto axial. 
Podemos coloca-la em uma caixa de contenção e usar também o cambão (instrumento muito usado) que serve para deslocar a serpente de um lado para o outro; O gancho também é usado para condução, em um tubo de acrílico incolor. Os fármacos que podem ser aplicados nas serpentes são alguns como: cetamina associada a midaxolan, ou a um opioide por exemplo (neuroleptoanalgesia). Os répteis tem uma quantidade grande de receptores gaba inibitórios e quando usamos proporfol, midazolan, Diazepam, zolazepan, podemos ter um protocolo seguro de relaxamento muscular. 
Sexagem 
É feita com uma sonda metálica – sexador, que é introduzida no hemipênis (órgão reprodutivo do macho); No macho ela vai mais do que a terceira escama após a cloaca, então quanto mais conseguimos introduzir podemos ter a certeza de que é macho (sempre com delicadeza no procedimento, e é melhor usar lubrificante). No caso de ser uma fêmea iremos perceber um bloqueio mais firme, pois a ponta de prova encontra somente uma parede muscular na base de sua cauda. 
Exame clínico
Avaliar a cavidade oral (principalmente para sondar o paciente, avaliar se ele vai ser submetido a uma anestesia inalatória). Além de pele, tegumento, olhos, etc. O exame radiológico também é importante em determinados casos, que pode ser feita com a serpente no próprio tubo, ou apoiada na caixa. 
Vias de administração: 
- Via oral. Via muito usada, importante e rápida para hidratar o animal. Em situação de emergência ela não é utilizada, em situações de risco eminente de vida para o animal. 
Anatomia e fisiologia dos répteis não crocodilianos
O formato do coração das serpentes é bem alongado, diferente dos testinudes que não mais globoides que muitas vezes estão fixados à cavidade celomática e permite que o coração fique estático. Nos lagartos e crocodilianos, o coração tem um formato mais ovóide. 
O réptil tem um coração dividido em dois átrios e um ventrículo. Toda circulação que vem do animal chega na veia cava e entra em uma estrutura importante chamada seio venoso. Ele é responsável pela primeira onda de contração, de impulso elétrico, propagação. 
O átrio direito recebe o sangue venoso, faz a sístole atrial que passa para o ventrículo e de lá vai para o pulmão, sofre a hematose, vai para o átrio esquerdo através das veias pulmonares e preenche o ventrículo, e daí vai ser perfundido para o organismo do animal.
A artéria pulmonar é dividida em direita e esquerda, mas nas serpentes, só quem terá a esquerda são os boídeos (jiboiais), nas outras espécies como colubrídeos (ordem de ofídios) e vipeídeos (serpentes venenosas como jararaca, cascavéis e víboras) elas têm apenas o pulmão direito. 
O ventrículo das serpentes tem três cavitações. Todo sangue que chega da circulação vem para o coração através das veias cavas, através do seio venoso, ele preenche o átrio direito com sangue (que é naturalmente maior para receber maior volume de sangue), ele preenche a primeira cavitação chamada cavum pulmonar. Do outro lado, o sangue rico em oxigênio que sofreu a hemotese, chega no átrio esquerdo pelas duas veias pulmonares, preenche esse átrio e no momento da ejeção, ele joga em uma cavitação dorsal do ventrículo chama cavum arteriosum No momento dessa ejeção a crista muscular acaba separando o coração da parte ventral da parte dorsal, isso minimiza a mistura de sangue. O sangue sai do cavo arterioso e vai para o venoso, e sai através do arco aórtico para fazer a perfusão. 
O sangue venoso contido no cavum pulmonale, sai através da artéria esquerda e direita (se for boídeo). A crista muscular impede o refluxo do cavum pumonale para dentro do cavum venoso. 
Quando o animal faz apneia vai ter vasoconstrição hipóxica porque diminui a quantidade de oxigênio. Isso aumenta a pressão resistiva do pulmão, e perfusão do parênquima pulmonar vai ser dificultada. O sangue que deveria sair para perfundir o tronco pulmonar, ele é jogado de novo para o arco aórtico direito e esquerdo, chamado de shunt ou desvio intracardíaco. 
Então se esse animal faz apneia (quando ele deixa de respirar, ou mergulha, ou está sobre vigência de anestesia) e assim ele não vai absorver o gás anestésico, não promovendo a indução... Se estou fazendo a contenção preciso ter muito cuidado, para ter certeza de que o animal absorveu o fármaco. 
Esse desvio direita-esquerda intracardíaco acontece quando aumenta a pressão intrapulmonar > sangue do átrio direito, por pressão da crista muscular acaba indo para o arco aórtico. 
Alterações que ocorrem na apneia – ventilação espontânea
Ele tem uma vasocontrição pulmar (aumenta a resistência vascular); Entra em bradicardia e apenas o fluxo sistêmico vai ser mantido. 
Na ventilação espontânea vai ocorrer uma vasodilatação pulmonar para permitir com que esse pulmão seja perfundido. A resistência vai ser reduzida e o animal pode entrar em taquicardíaca. Assim aumenta o fluxo de perfusão
Respiração em répteis 
Algumas serpentes têm os anéis incompletos cartilaginosos da traqueia (não acontece nas tartarugas, crocodilianos). É importante que a traqueia possa se acomodar a passagem da presa. 
As serpentes não tem alvéolos, elas tem falvéola, que tem um diâmetro maior. 
Quando eu ventilo o paciente, eu diminuo a pressão venosa de C02, ela tem uma relação inversa proporcional com a respiração do paciente. E quanto maior a temperatura, maior a produção de CO2. 
· Quanto menor a pressão de C02 (mantido em um ambiente cirúrgico muito frio), o pH desse paciente sobe. Quando o animal é aquecido eu aumento a produção de CO2 e diminuo o pH e o animal entra em um quadro de acidose. E isso pode causar um quadro de sofrimento cardíaco para o animal. Se eu vou oferecer temperatura para o paciente durante a anestesia, preciso bem ventilar o paciente. 
Toda vez que o animal tem um estímulo colinérgico (de acetilcolina, pelo parassimpático através do nervo vago) vai diminuir a pressão sistólica do paciente, diminuir o fluxo de sangue ao pulmão. Então nesses episódios que ocorrem no mergulho, anestesia por influência colinérgica ou apneia. 
Sistema porta renal 
- Néfrons desses animais são menores;
- Tem menores vascularização que mamíferos;
- Menor taxa de filtração glomerular em comparação aos mamíferos;
- Em muitas espécies, o cólon, cloaca e bexiga são locais mais importantes para a regulação da excreção de sódio e reabsorção de água do que os rins;
A urina do réptil é hiperosmótica, e para evitar que o animal perca alta, ele diminui a taxa de filtração glomerular. Entra em ação o sistema porta renal (conjunto de veias da cauda). Nessa região nunca posso aplicar um fármaco que seja nefrotóxico como por exemplo a micasina. 
Eles eliminam a urina através da descarga mucoide. Existem glicoproteínas que fazem com que o animal excrete o ácido úrico na forma de esferas, assim ele consegue excretar sem que haja necessidade de perder água pela urina (também acontece nas aves). 
O rim produz de vitamina D, mas nas serpentes não é tão utilizada porque elas adquirem sua vitamina D através da alimentação da presa. 
O rim de machos de serpentes possui um segmento sexual (túbulos seminíferos dentro do ruim), mas sem expressão clínica nele. 
Todo sangue que chega no organismo do animal chega através da aorta e osramos se ramificam até entrar na arteríola aferente, aí ela entra na região de corpúsculo renal, existe o enovelamento e uma célula específica que abraça essas células endoteliais (podócitos) e formam uma barreira de filtração impedindo a passagem de proteínas de alto peso molecular. Daí sai a arteríola aferente, responsável pela perfusão da célula tubular, até o momento em faz a perfusão e vira capilar venoso para retornar pro organismo do animal através da veia renal.
Quando o animal não possui o ramo ascendente da alça de Henle utiliza a argilina vasotencina fazendo constrição diminuindo a taxa de filtração glomerular e para impedir que essas células que não vão mais receber sangue, entra em ação o sistema porta renal. 
Procedimentos médicos
Coleta de sangue: Acesso para-vertebral 
Via cardiocentese (mais risco ao paciente)

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