Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Disciplina: Parasitologia Médica Docentes: Alex Barbosa e Lucas Santana Discentes: Bruna Silva Gomes Carneiro; Bruno Mikael; Elian Costa Ribeiro; Filipe Góes Zedafó Ramos e Henrique Tetsuya Libanio Kitaoka. FACULDADE ESTÁCIO DE ALAGOINHAS CURSO DE MEDICINA ESTRONGILOIDÍASE DISSEMINADA NO IMUNOSSUPRIMIDO RELATO DE CASO Alagoinhas-BA 2021 INTRODUÇÃO • O que é? • Agente causador; • Transmissão; • Sintomas; • Sintomas intermitentes X sintomas sistêmicos. • Paciente Imunossuprimido; • Objetivo do trabalho. Strongyloides stercoralis Estrongiloidíase Figura 1: Stercoralis De Strongyloides Foto de Stock - Imagem de strongyloides, stercoralis: O threadworm dos stercoralis de Strongyloides no tamborete, analisa pelo microscópio. RELATO DE CASO • Identificação: E.C.N, 40 anos, solteiro, autônomo, negro, natural de Manaus. • Queixa principal: Quadro de cefaleia occipital, fotofobia, êmese, astenia e constipação. • Antecedentes médicos: Diagnóstico prévio de HIV (CD4: 178 e carga viral: 129180) há 2 anos, em uso irregular de terapia anti-retroviral (TARV), sendo Enfavirenz, Tenofovir e Lamivudina, hepatite B há 6 meses e neurocriptococose há 6 meses em tratamento irregular com Fluconazol. RESUMO • E.C.N, 40 anos, solteiro, autônomo, negro, natural de Manaus. Foi internado na Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), em Dezembro de 2014, com quadro de cefaléia occipital, fotofobia, êmese, astenia e constipação. Ao hemograma apresentava leucopenia. A análise do líquor cefalorraquidiano evidenciou frequentes criptococcus e cultura positiva para Cryptococcus neoformans. • Evolução: No décimo dia de internação, o paciente evoluiu com dor torácica e episódios frequentes de tosse produtiva com secreção hialina. • Foi solicitado exame de escarro em Janeiro de 2015, com resultado negativo para bacilo álcool-ácido resistente (BAAR) e presença de frequentes larvas de Strongyloides stercoralis (figura 2). PROCEDIMENTOS E EVOLUÇÃO • Janeiro de 2015 larvas de Strongyloides stercoralis; • Iniciou a terapia com Tiabendazol 500mg/dia. Figura 3: “Exame de escarro evidenciando frequentes larvas de Strongyloides stercoralis.” Figura 4: “PARA QUE SERVE TIABENDAZOL? 5 DÚVIDAS RESPONDIDAS – YouTube” PROCEDIMENTOS E EVOLUÇÃO • Após 4 dias do início do tratamento, apresentou piora da tosse com hemoptoicos, dispneia e broncoespasmo; Figura 5: “Catarro com sangue nem sempre é grave: Tudo que você precisa saber - Diário de Biologia” Figura 6: “Dispneia: da definição à fisiopatologia / Blog Jaleko” Figura 7: “Enfermera a la Carga: Broncoespasmo” PROCEDIMENTOS E EVOLUÇÃO • Repetindo-se o exame de escarro após 7 dias numerosas larvas de Strongyloides stercoralis. Figura 8: Exame de escarro evidenciando numerosas larvas de Strongyloides stercoralis. PROCEDIMENTOS E EVOLUÇÃO • O tratamento antiparasitário foi mantido piora clínica; • Após o 12º dia de tratamento SUSPENSO o Tiabendazol; • Tratamento iniciado Ivermectina 6mg/dia melhora clínica; • Dez dias após o início do tratamento, foram colhidas novas amostras de escarro e de fezes, onde não foram mais evidenciadas larvas de Strongyloides stercoralis. CICLO BIOLÓGICO Figura 10: “Diagrama- CICLO BIOLÓGICO” SINTOMATOLOGIA FASE AGUDA CUTÂNEA TRATO GASTROINTESTINAL Figura 11 : “Estrongiloidíase: o que é, sintomas e tratamento” Figura 12: “Dor abdominal, a mulher segura a barriga com as mãos, sotaque vermelho no abdômen.” SINTOMATOLOGIA FASE CRÔNICA FASE PULMONAR (SÍNDROME DE LOEFFLER) FASE GASTROINTESTINAL SINTOMAS CUTÂNEOS Figura 15: “Enterite catarral aguda. Observe-se a ligeira congestão e o conteúdo amarelado, mucoso e muito fluído, do intestino.” Figura 13 : “lesão Purpúrica Peri-Umbilical na Região Abdominal em Paciente com Câncer Portador de Estrongiloidíase Disseminada” Figura 14: “Síndrome de Löeffler” SINTOMATOLOGIA HIPERINFECÇÃO TRATO RESPIRATÓRIO COMPROMETIDO INVASÃO DE OUTROS ÓRGÃOS TRATO GASTROINTESTINAL COMPROMETIDO Figura 16: “Enterite catarral aguda. Observe-se a ligeira congestão e o conteúdo amarelado, mucoso e muito fluído, do intestino.” Discussão ➢Eosinofilia; ➢Imunossupressão; ➢HIV; ➢Hiperinfecção X Infecção Disseminada. NEUROCRIPTOCOCOSE • Fungo Cryptococcus Neoformans; • Acomete o sistema nervoso central. Figura 17 : “cryptococcus; criptococose; doença fúngica; cryptococcus neoformans; criptococcus gattii | cientistasfeministas” RECAPITULANDO O CASO: DIAGNÓSTICO • Sinais clínicos: poucos específicos; • Exame de fezes; • Teste ELISA; • Aspirado duodenal; • Fluido peritoneal; • Pesquisa de catarro; • Sorologia. INDICAÇÃO DO TRATAMENTO Indicação do tratamento de acordo a literatura referenciada no trabalho. Lembrando que cada paciente exige um tratamento específico a depender das suas manifestações e necessidades. INDICAÇÃO DO TRATAMENTO 200 mcg/kg 1 VEZ AO DIA DURANTE 2 DIAS USADA PARA INFECÇÃO NÃO COMPLICADA E GERALMENTE É BEM TOLERADA OBS: Antes do tratamento com ivermectina, deve-se avaliar nos pacientes coinfecção por Loa loa. INDICAÇÃO DO TRATAMENTO 400 mg 2 vezes ao dia, durante 7 dias Pacientes imunocomprometidos exigem terapia prolongada até que o escarro e/ou fezes permaneçam negativos por 2 semanas. IVERMECTINA X ALBENDAZOL E TIABENDAZOL TRATAMENTO DE ESCOLHA MAIS PESSOAS CURADAS DO QUE O ALBENDAZOL E É PELO MENOS TÃO BEM TOLERADA Em ensaios de ivermectina com tiabendazol, a cura parasitológica é semelhante, mas há mais eventos adversos com tiabendazol. • Sabe-se que a sua toxicidade é baixa. A administração de 200 µg/kg/dia por 1 a 2 dias, ocorre a cura em até 97% dos casos da doença na sua forma intestinal; Referência:Henriquez-Camacho CAJ, Gotuzzo E, Echevarria J, White Jr AC, Terashima A, Samalvides F, et al. Ivermectina versus benzimidazóis para o tratamento da infecção por estrongiloides. Cochrane Database of Systematic Reviews 2012, Issue 11. [DOI: 10.1002 / 14651858.CD007745.pub2] – DOI. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26778150/ Acesso em 04 de março de 2021 IVERMECTINA X ALBENDAZOL E TIABENDAZOL INDICAÇÃO DO TRATAMENTO • Síndrome de hiperinfecção em pacientes com estrongiloidíase; • Documenta-se a cura por meio de exames repetidos de fezes 2 a 4 semanas após a tratamento. Referência: Henriquez-Camacho CAJ, Gotuzzo E, Echevarria J, White Jr AC, Terashima A, Samalvides F, et al. Ivermectina versus benzimidazóis para o tratamento da infecção por estrongiloides. Cochrane Database of Systematic Reviews 2012, Issue 11. [DOI: 10.1002 / 14651858.CD007745.pub2] – DOI. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26778150/ Acesso em 04 de março de 2021 PROFILAXIA EDUCAÇÃO SANITÁRIA UTILIZAÇÃO DE CALÇADOS LAVAR AS MÃOS LAVAR OS ALIMENTOS BEBER ÁGUA FERVIDA DESTINO ADEQUADO DAS FEZES REDES DE ESGOTO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DOS DOENTES TRATAMENTO PROFILÁTICO DE IMUNOSSUPRIMIDOS PARA EVITAR REINFECÇÃO CONCLUSÃO • O elevado grau de suspeição clínica é essencial para o diagnóstico e o tratamento da estrongiloidíase disseminada e hiperinfecção. Apenas com estas medidas podem-se reduzir as altas taxas de mortalidade. REFERÊNCIAS Olívia Barberi Luna; Rossana Grasselli; Marcio Ananias; Tatiana Soares Pinto; Fernando Augusto Bozza; Márcio Soares; Jorge I. F. Salluh. “Estrongiloidíase disseminada: diagnóstico e tratamento” Rev. bras. ter. intensiva vol.19 no.4 São Paulo Oct./Dec. 2007 Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 507X2007000400010 Acesso em 04 de março de 2021 Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/nemat%C3%B3deos- vermes-filiformes/estrongiloid%C3%ADase#:~:text=Tratamento,- Ivermectina&text=Deve%2Dse%20tratar%20todos%20os,e%20geralmente%20%C3%A9%20bem%20tolerada Acesso em 04 de março de 2021 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2007000400010https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/nemat%C3%B3deos-vermes-filiformes/estrongiloid%C3%ADase#:~:text=Tratamento,-Ivermectina&text=Deve%2Dse%20tratar%20todos%20os,e%20geralmente%20%C3%A9%20bem%20tolerada REFERÊNCIAS Disponível em: em: https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD007745.pub3/full?cookiesEnabled Acesso em 04 de março de 2021 Henriquez-Camacho CAJ, Gotuzzo E, Echevarria J, White Jr AC, Terashima A, Samalvides F, et al. Ivermectina versus benzimidazóis para o tratamento da infecção por estrongiloides. Cochrane Database of Systematic Reviews 2012, Issue 11. [DOI: 10.1002 / 14651858.CD007745.pub2] – DOI Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26778150/ Acesso em 04 de março de 2021 https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD007745.pub3/full?cookiesEnabled REFERÊNCIAS DAS IMAGENS • Figura 1: “Stercoralis De Strongyloides Foto de Stock - Imagem de strongyloides, stercoralis:O threadworm dos stercoralis de Strongyloides no tamborete, analisa pelo microscópio” Disponível em: https://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-stercoralis-de-strongyloides-image94599098 Acesso em 6 de março de 2021 • Figura 2 e 3: Exame de escarro evidenciando frequentes larvas de Strongyloides stercoralis. Disponível em: • Figura 4: ”PARA QUE SERVE TIABENDAZOL? 5 DÚVIDAS RESPONDIDAS – YouTube” Disponível em :https://www.youtube.com/watch?v=MENuADfDrEs Acesso em 6 de março de 2021 • Figura 5: “Catarro com sangue nem sempre é grave: Tudo que você precisa saber - Diário de Biologia” Disponível em: https://diariodebiologia.com/2018/04/catarro-com-sangue/ Acesso 09 de março de 2021 https://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-stercoralis-de-strongyloides-image94599098 https://diariodebiologia.com/2018/04/catarro-com-sangue/ REFERÊNCIAS DAS IMAGENS • Figura 6: “Dispneia: da definição à fisiopatologia / Blog Jaleko” Disponível em: https://blog.jaleko.com.br/dispneia-da-definicao-a- fisiopatologia/#:~:text=A%20defini%C3%A7%C3%A3o%20de%20dispneia,distintas%2C%20que%20variam%2 0em%20intensidade. Acesso em 6 de março de 2021 • Figura 7: “Enfermera a la Carga: Broncoespasmo” Disponível em: http://news.ambarambulancias.com.ar/2018/03/24/broncoespasmo/ Acesso em 09 de março de 2021 • Figura 8: Exame de escarro evidenciando numerosas larvas de Strongyloides stercoralis. Disponível em: • Figura 9: “Aula 11 Necator, Ancylostoma, Enterobius, Trichurus” Disponível em :https://www.youtube.com/watch?v=MENuADfDrEs. Acesso em 6 de março de 2021 • Figura 10: “Diagrama- CICLO BIOLÓGICO” Disponível em: https://diariodebiologia.com/2018/04/catarro-com- sangue/ Acesso 09 de março de 2021 http://news.ambarambulancias.com.ar/2018/03/24/broncoespasmo/ https://diariodebiologia.com/2018/04/catarro-com-sangue/ REFERÊNCIAS DAS IMAGENS • Figura 11 : “” Disponível em: Acesso em 09 de março de 2021 • Figura 12: “Dor abdominal, a mulher segura a barriga com as mãos, sotaque vermelho no abdômen” Disponível em: https://br.freepik.com/fotos-premium/dor-abdominal-a-mulher-segura-a-barriga-com-as-maos-sotaque- vermelho-no-abdomen_6401608.htm Acesso em 09 de março de 2021 • Figura 13: “lesão Purpúrica Peri-Umbilical na Região Abdominal em Paciente com Câncer Portador de Estrongiloidíase Disseminada” Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 507X2007000400010 Acesso em 09 de março de 2021 • Figura 14: “Síndrome de Löeffler” Disponível em: http://drjosiascavalcante.com.br/site/medicina/sindrome-de- loeffler/ Acesso em 6 de março de 2021 • Figura 15 e 16: “Enterite catarral aguda. Observe-se a ligeira congestão e o conteúdo amarelado, mucoso e muito fluído, do intestino.” Disponível em: http://www.fmv.ulisboa.pt/atlas/digest/paginas_pt/digest_124.htm Acesso em 08 de março de 2021 • Figura 17 : “cryptococcus; criptococose; doença fúngica; cryptococcus neoformans; criptococcus gattii | cientistasfeministas” Disponível em: https://cientistasfeministas.wordpress.com/tag/cryptococcus-criptococose- doenca-fungica-cryptococcus-neoformans-criptococcus-gattii/ Acesso em 6 de março de 2021 https://br.freepik.com/fotos-premium/dor-abdominal-a-mulher-segura-a-barriga-com-as-maos-sotaque-vermelho-no-abdomen_6401608.htm https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2007000400010 http://www.fmv.ulisboa.pt/atlas/digest/paginas_pt/digest_124.htm
Compartilhar