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DISCIPLINA: PARASITOLOGIA APLICADA À MEDICINA
CURSO DE MEDICINA
Turma 71-A / Alunos: Arthur Kalil Santana Nasser; Bernardo Merrighi de Figueiredo Amaral; Breno Vasconcelos Brandão; Bruno Cesar Madeira Malta; Fernando Felicissimo Piuzana
RESPOSTAS DOS CASOS CLÍNICOS
GRUPO 1
CASO CLÍNCO
Paciente GSC, 20 anos, masculino, branco, natural e procedente de Belo Horizonte (MG) foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento Pampulha levado por sua mãe que notou emagrecimento significativo em pouco tempo (o emagrecimento era significativo, mas não soube quantificar). A principal queixa consistia do surgimento de prostração, distensão abdominal e hiporexia, há dois meses. Negou doença hematológica, nega contato com águas paradas e caramujo, nega contato com triatomíneo, nega internações e outras comorbidades e nega viagens recentes. Relatou que cinco meses antes possuía uma cadela que morreu “cheia de feridas”, e que não havia levado o animal ao veterinário. Apresentava estado geral regular, estava bem orientado no tempo e no espaço, estava prostrado, musculatura apresentava-se hipotrofiada, pele e mucosas hipocoradas, hidratado, anictérico, acianótico, emagrecido, sem edemas, com temperatura corpórea elevada. Sem anormalidades da ausculta cardíaca e pulmonar, mas apresentava o abdômen globoso, com ausência colateral evidente. O lobo hepático esquerdo palpável a 3 cm abaixo do apêndice xifóide, baço ultrapassava a linha média, com extremidade na fossa ilíaca esquerda (Boyd IV), com consistência endurecida, superfície lisa e indolor.
Os exames laboratoriais iniciais indicaram: hemácias 3.000.000/mm3 , hemoglobina 8.6 g/dL, hematócrito 25%, com anisocitose, anisocoria e policromasia, leucócitos globais de 1.700/mm3 (82% linfócitos, 12% segmentados, 6% monócitos), RDW de 20.2%, atividade de protrombina de 57%, RNI de 1,27, urina de densidade 1.015, pH 6.5, sem alterações bioquímica ou à sedimentoscopia, creatinina 0.87 mg/dL, uréia 27 mg/dL, proteína totais 9.7 g/dL, albumina 2.5 g/dL, globulinas 7.2 g/dL, AST 43 U/L, ALT 10 U/L, fosfatase alcalina 68 U/L, GGT 23 U/L e proteína C reativa 85.2 mg/dL.
O paciente foi internado para investigação de esplenomegalia febril, associada com à pancitopenia.
QUESTÕES
1) Qual seria a hipótese diagnóstica condizente com o caso acima? Como é conduzido o diagnóstico desta parasitose?
Leishmaniose visceral.
2) Acerca das seguintes afirmativas, assinale somente as corretas:
I - O mecanismo de escape do vetor envolve a ação de diversas moléculas e substâncias, como LPG (lipofosfoglicano), Metaloproteases (como a GP-63), PSG (gel secretado pelas promastigotas), a saliva do flebotomíneo e o mecanismo de opsonização mediado pelas formas de promastigota metacíclica. 
II- O diagnóstico clínico é complexo, pois a doença no ser humano pode apresentar sinais e sintomas que são comuns a outras patologias presentes nas áreas onde incide a LV, como, por exemplo, Doença de Chagas, Malária, Esquistossomose, Febre Tifóide e Tuberculose.
III- A saliva do flebotomíneo possui neuropeptídeos vasodilatadores que atuam facilitando a alimentação do inseto e ao mesmo tempo imunossuprimido a resposta do hospedeiro vertebrado. Desta forma, exerce importante papel no sucesso a infectividade das formas amastigotas.
IV - A medula óssea de um paciente infectado se encontra em geral com hipoplasia e densamente parasitada.  
a)    Alternativas I e II
b)    Alternativas III e IV
c)     Alternativas I e IV
d)    Alternativa II e III
GRUPO 2
CASO CLÍNICO
Identificação: FSL, sexo feminino, 23 anos.
Queixa Principal: “Fraqueza”
História da Moléstia Atual: Paciente chega ao Ambulatório da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais queixando-se de fraqueza e dor muscular, cansaço, febre, borrão nos olhos e incômodo visual. A paciente relata que manifesta tais sintomas há mais de duas semanas, acompanhados de cefaleia, mal-estar generalizado e intensa sudorese, principalmente durante a noite.
História Patológica Pregressa: n.d.n História Familiar: n.d.n
História Social: Etilista social, nega tabagismo. Professora de escola infantil na área urbana de Belo Horizonte, costuma almoçar fora de casa diariamente.
Ao exame físico: paciente normocorada, hidratada, anictérica, acianótica, febril, fígado e baço palpáveis, revelando possível aumento de volume (hepatoesplenomegalia leve), linfonodos cervicais e submandibulares palpáveis (linfoadenomegalia).
QUESTÕES
1) A respeito da parasitose apresentada pelo paciente em questão, é correto afirmar que:
A) O tratamento mais adequado para essa parasitose é a associação de pirimetamina (Daraprim) com a sulfadiazina, além de ser recomentada adição de ácido fólico ou de levedo de cerveja a dieta do paciente devido ao caráter tóxico da pirimetamina em dosagens prolongadas. Essas drogas atuam diretamente sobre os cistos do parasito e ajudam no tratamento tanto da fase aguda quanto da fase crônica da doença.
B) Para o tratamento específico dessa doença é utilizada a quimioterapia. No Brasil, a droga de escolha é o Glucantime, e é recomendado na dose de 20mg de Sb5+kg/dia, por via endovenosa ou intramuscular, durante 20 dias e, no máximo, por 40 dias. Em caso de recidiva é recomendado um segundo tratamento, por tempo mais prolongado antes de utilizar esquemas terapêuticos alternativos.
C) Os principais métodos utilizados para diagnóstico dessa parasitose são de identificação e demonstração de parasito, que é encontrado na forma de taquizoíto, e imunodiagnóstico por ELISA para IgM e IgG, além de teste de avidez para IgG.
D) Pode ser realizado diagnóstico histopatológico por meio da biopsia de diversos tecidos que podem apresentar cistos durante a fase aguda. Além disso, esse é um método considerado decisivo uma vez que permite a diferenciação dessa parasitose de outras cujos parasitos também formam cistos.
E) O diagnóstico clínico da fase aguda dessa parasitose consiste em analisar a origem do paciente, a presença dos sinais de porta de entrada, de febre irregular ou ausente, de adenopatia-satélite ou generalizada, de hepatoesplenomegalia, de taquicardia e de edema generalizado ou dos pés.
2) A partir das informações fornecidas acima, qual a principal hipótese diagnóstica? Descreva a fisiopatologia da doença.
GRUPO 3
CASO CLÍNICO
T.Z.R, de 12 anos, sexo feminino, procedente da Cidade de Conde, no Estado da Paraíba. Paciente com história de cólicas abdominais, queixas de constipação intestinal e diarréia, procurou o Complexo de Pediatria Arlinda Marque, onde a mãe também relatou ter dado analgésico com o intuito de aliviar a dor da criança, além de preocupação em relação ao seu crescimento estrutural. Na anamnese, relataram-se episódios de fezes de consistência amolecida e com frequência aumentada, de 4 a 6 episódios por dia, havendo também raios de sangue, intercalados com episódios de constipação intestinal. Na história social, a mãe relata que a família utiliza fossa séptica, e a paciente tem costume de tomar banho em açude próximo. No exame físico, a paciente estava hidratada, FC: 76 BPM, PA: 120/80 mmHG, lúcida e orientada em tempo e espaço, foi observada distensão abdominal, com fígado e baço palpáveis a 2,5 cm da reborda costal direita e a 3,0 cm da reborda costal esquerda, respectivamente, sem outros sinais aparentes de doença. A questão do crescimento ósseo e estrutural foi avaliada por um ortopedista, que, com o auxílio de exames complementares (hemograma, velocidade de hemossedimentação VHS, radiografia do quadril e coxa), não associou o quadro clínico da paciente à patologia ortopédica e solicitou avaliação complementar com a Neurologia. Foram solicitados os seguintes exames, acompanhado dos resultados: Albumina: 3.6 g\dL (N: 2.9 a 4.7 g/dL); Bilirrubina Total: 0.9 mg\dL (N: até 1.2 mg/ dL); Gama GT: 24 U\L (N: 4-22 U\L); Fosfatase Alcalina: 160 U\L (N: 56 a 156 U/L). Qual a hipótese diagnóstica do paciente em questão?
QUESTÕES
1. Em relação aos sintomas clínicas relatados no caso e seus conhecimentos acerca da patogenia da doença,todas as afirmativas abaixo estão corretas, EXCETO:
A.   As alterações hepáticas típicas surgem a partir da formação de granulomas, em decorrência da deposição dos ovos do parasita nos tecidos do hospedeiro.
B.    O hipoevolutismo, isto é, o déficit de crescimento estrutural da criança ocorre devido à ação espoliadora dos vermes adultos do parasita, que por causa de seu alto metabolismo consomem sangue, ferro e glicose do hospedeiro.
C.    A esplenomegalia ocorre em decorrência da circulação do parasita na forma de cercárias, acarretando um processo imunoinflamatório muito importante.
D.   A diarreia sanguinolenta é devida à passagem simultânea de vários ovos para a luz intestinal ocasionando pequenas (mas numerosa) hemorragias e edemas.
2. Levando em consideração a importância de conhecer o ciclo e as formas de vida do parasita para compreender a patogenia dos sinais clínicos, as medidas profiláticas, os métodos de diagnósticos e de tratamento de uma doença, descreva o ciclo biológico da verminose do caso clínico acima.
O ciclo biológico da esquistossomose hepatoesplênica compensada se inicia com a penetração das cercárias na pele do homem. Em seguida essa cercária se transforma em esquistossômulos que se disseminam na corrente sanguínea atingindo pulmão, coração e fígado. Os adultos migram para o intestino pelo plexo venoso mesentérico, depositam os ovos na submucosa intestinal e alguns são expulsos pelas fezes. Os ovos que se compõem de miracídios eclodem no próprio intestino e contaminam o homem. Esse miracídio se transforma em cercária e o ciclo se reinicia. 
GRUPO 4
CASO CLÍNICO
CLS, sexo masculino, 8 anos, procedente de viagem a comunidade rural em que seus avós moram, localizada em Canaã dos Carajás, Pará. Lá, optou pelo consumo de alimentos locais, que não eram pasteurizados, devido à precariedade da comunidade. Apresentou-se na UPA acompanhado da mãe, que relata quadro de febre em seu filho há 30 dias (Sintoma que se iniciou no mesmo dia de seu retorno da viagem), associadas a calafrios. Também queixa de cefaleia holocraniana, mialgia e anorexia. Ademais, apresentou palpitações, dispneia e dor torácica. Três semanas antes da consulta, a mãe notou dificuldade de respiração na criança ao realizar esforços. Tais características foram progressivas, e evoluíram para dores abdominais, náuseas e vômitos, icterícia e edema de face, até que a família resolveu procurar assistência médica. O médico que o atendeu, solicitou um eletrocardiograma, que apresentava extrassistolia ventricular frequente. Já o ecocardiograma apresentou disfunção sistólica ventricular esquerda, com fração de ejeção de 50%, bem como derrame pericárdico moderado. Raio X de tórax mostrava cardiomegalia importante com derrame pleural à esquerda.
QUESTÕES
1) Cite qual é a suspeita diagnóstica e justifique sua resposta com base nos dados epidemiológicos e sintomáticos apresentados pelo caso.
Chagas. 
2)    Com base no caso clínico apresentado e em seus conhecimentos de Parasitologia, assinale a alternativa correta.
a)As infecções orais ocorrem por ingestão de alimentos contaminados por tripomastigotas metacíclicas do parasita em questão, que ficam alojadas nas glândulas salivares de triatomíneos.
b)As palpitações, a dispneia e a dor torácica do paciente, bem como as alterações cardíacas evidenciadas nos exames, são sinais que evidenciam a miocardite chagásica aguda. Esse quadro é caracterizado pela presença de numerosos ninhos de epimastigotas do protozoário no coração, além de um infiltrado inflamatório inespecífico associado a extensa área de fibrose.
c) O relato de consumo de alimentos locais por CLS, bem como a sintomatologia de dores abdominais, náuseas e vômitos, aumenta a suspeita de uma infecção transfusional.
d) Caso fosse realizado um exame sorológico de CLS para confirmação do diagnóstico, seria detectada maior titulação de IgM anti-T cruzi, uma vez que o paciente se encontra na fase aguda da doença.
e) O tratamento mais adequado para o paciente do caso é o uso de Benzonidazol oral, na dose de 5 a 8mg/kg por dia, durante 60 dias, uma vez que essa é a única droga capaz de eliminar os ninhos de amastigotas presentes no coração.
GRUPO 6
CASO CLÍNICO
Trata-se de um paciente pediátrico, J.C.A., 2 anos de idade, leucoderma e natural de Belo Horizonte - MG. Compareceu a consulta com o pediatra do pronto atendimento de sua cidade, acompanhado pela mãe, que afirmou que a criança sofria com “perda de peso e dificuldade de se alimentar da fórmula”. Relatou, ainda, que a criança apresentava distensão abdominal e vômitos após ingestão de fórmula láctea no último mês. Além disso, contou que a criança estava muito sensível, chorando muito e apresentava fezes fétidas esteatorreicas. Não relatou demais comorbidades e afirmou que a criança não tinha dificuldade de se alimentar antes do desenvolvimento do quadro. Referiu residência com acesso a saneamento básico e uso de água filtrada. Segundo ela, o filho permanece em ambiente de creche durante 5 dias na semana. Ao exame físico, paciente apresenta-se abatido, pálido, anictérico, afebril, levemente desidratado, acianótico. Abaixo do peso 9Kg (z score = -3). Foi analisada a escala de Denver na qual foi detectado um discreto atraso no desenvolvimento. Exame de sangue evidenciou anemia leve, eosinofilia e RAST positivo para proteína de leite de vaca (grau II/III). Qual a hipótese diagnóstica do paciente em questão?
QUESTÕES
 1) A parasitose apresentada corresponde a uma infecção intestinal causada por um protozoário flagelado que se instala na mucosa do intestino delgado, gerando os sintomas clínicos. Sobre essa doença, analise as afirmativas a seguir e marque a alternativa que apresenta as opções corretas.
I. A forma infectante do parasito é o trofozoíto - forma de vida encontrada em fezes formadas e que possuem alta resistência.
II. A parasitose referida encontra-se muito presente em crianças de creches e está fortemente relacionada a fatores socioeconômicos, como saneamento básico e higiene pessoal.
III. Uma das complicações dessa parasitose é a intolerância a lactose adquirida originada, provavelmente, devido à alteração de enzimas da borda em escova - como a lactase.
IV. O diagnóstico da parasitose pode ser realizado através do exame parasitológico de fezes, que identifica a presença de cistos nas fezes diarreicas.
 a) I e IV.
b) II e III.
c) I e II.
d) II, III, IV.
e)Todas estão corretas.
 2) Cite e explique:
a) Um parâmetro clínico característico dessa parasitose e o porquê este ocorre;
Um parâmetro clínico muito carcteristico da giardíase são as fezes esteatorreicas. O protozoário se instala no trato intestinal e forma se adere a parede intestinal, lesionando ela e dificultando a sua absorção de nutrientes. Então, a absorção de gordura fica prejudicada, o que faz com que as fezes fiquem com aspecto gorduroso.
b) Um método laboratorial diagnóstico e o propósito da sua utilização.
O método laboratorial mais indicado é o método de Faust. Já que é a presença de cisto nas fezes é o bastante para fechar o diagnóstico
GRUPO 7
CASO CLÍNICO
          RRB, 20 anos, sexo masculino, natural e residente de Manaus, Amazonas. Previamente hígido, apresentou-se ao centro de saúde queixando-se de cólica abdominal e diarreia. Relatou febre pouco frequente com tremores de frio há 5 dias, desconforto abdominal, alegando evacuar 6 vezes por dia, alternando entre diarreia e fezes pastosas mucossanguinolentas. Também observou perda de peso considerável. Em sua história familiar e social, relatou que o irmão apresentou quadro de apendicite aguda há 6 meses e que residem em uma casa com seus pais, com horta no quintal para cultivo de verduras e legumes em uma região de baixa renda e saneamento básico precário. Ao exame físico, o paciente encontra-se desidratado (+/+++), mas bem orientado, apresentando palidez cutânea (++/++++). Frequência cardíaca de 70 bpm, PA 120X80 mmHg, frequência respiratória 18 irpm, SatO2 97% e estado febril (37ºC). Abdômen doloroso a palpação e normotenso, com murmúrios abdominaisaumentados. Fígado e baço não palpáveis. Foram solicitados os seguintes exames laboratoriais: exame parasitológico de fezes,  de urina e hemograma completo. Aos resultados, foram encontradas em suas fezes a presença de trofozoítos. Urina e hemograma não apresentaram alterações. Como tratamento, foi indicado o uso de metronidazol 500 mg, 3 vezes/dia, durante 5 dias.
QUESTÕES
1) Qual a hipótese diagnóstica do paciente do caso clínico descrito acima? Justifique e descreva os três principais eventos envolvidos na patogenia da doença. (aberta)
A principal hipotese diagnostica é amebiase. O diagnostico comprova-se visto que o paciente apresenta perda de peso considerável, diarreia e fezes mucossanguinolentas, varias evacuações ao longo do dia e colicas abdominais. Concomitante a isso, o paciente reata viver em condições de baixo saneamento básico. A amebiase é causada pelo parasita Entamoeba hystolitica que é ingerida pelo homem, em alimentos e agua, na forma de cistos. No intestino o cisto se transforma em trofozoito que se reproduz por fissão binária. Alguns trofozoitos retornam ao estágio de cisto e sao eliminados nas fezes. A ingestão desses cistos reinicia o ciclo. 
2)  De acordo com seus conhecimentos sobre a doença descrita no caso, pode-se afirmar que:
a) O agente etiológico da doença apresenta-se em duas formas, o cisto e o trofozoíto. Os trofozoítos habitam o intestino delgado e o ceco preferencialmente, onde se multiplicam intensamente.
b) A doença pode se apresentar na forma de colite disentérica que se inicia de forma progressiva, com cólicas intestinais, fezes amolecidas muco-sanguinolentas com alternância desse quadro com períodos de constipação intestinal, flatulência e febre fraca.
c)    O diagnóstico da doença pode ser feito a partir do exame parasitológico de fezes com o objetivo de identificar trofozoítos ou cistos e é aconselhável coletar as fezes em dias alternados já que a eliminação dos cistos é intermitente e irregular.  Pode ser feito ainda o exame retossigmoidoscópico com localização das lesões, raspado ou biópsias e exame histopatológico.
d) Para o tratamento da infecção pelo parasito com sintomas gastrointestinais e extraintestinais utiliza-se como primeira opção o Secnidazol.
GRUPO 8
Trata-se de paciente do sexo feminino, 4 anos, natural de Belo Horizonte que comparece a consulta com clínico do posto de saúde da sua cidade queixando- se de dificuldade de dormir e corrimento vaginal intenso. O quadro iniciou-se a 1 semana, com coceira e prurido anal noturno recorrente. Não houve relato de alteração do hábito intestinal, vômitos ou febre. A mãe também reparou o quanto a filha apresentava-se irritada nos últimos dias. A mãe da paciente relata residir em um local onde não há saneamento adequado, relata que a criança passou a frequentar a creche há 4 meses e que possui o hábito de roer as unhas. A professora da creche ressaltou que o rendimento da criança diminuiu na última semana, apresentando-se mais desconcentrada. Ao exame físico a paciente encontra-se normocorada, hidratada, com inflamação da vulva e da vagina e escoriações (aparentes lesões de coceira) perineais. Apresenta pressão arterial de 96/70mmHG, frequência respiratória de 20 irpm e frequência cardíaca de 90bpm. Realizou exame de fita gomada, a partir da coleta de resíduos fecais da região perianal, indicando positividade no resultado. 
Após a leitura do caso clínico, responda as questões à seguir: 
1. Qual a hipótese diagnostica do paciente? De acordo com os achados, descreva o tratamento adequado para essa parasitose. 
Enterobiose. O tratamento indicado para a enterobiose se dá pela eliminação dos parasitas e deve ser feito no paciente e pessoas de convívio. Os medicamentos utilizados são Pamoato de Pirantel (80 a 100% de eficácia), Albendazol (eficácia próxima de 100%), Mebendazol e Ivermectina (85 a 100% de eficácia). Todos são contraindicados na gravidez. Além disso, a higienização do ambiente e cuidados pessoais são importantes para evitar a reinfecção.
2. Sobre a parasitose descrita no caso clínico, marque a opção correta: 
a) a infecção acontece geralmente pela inalação ou ingestão dos ovos disseminados por via aérea. 
b) a transmissão indireta da região anal para a boca, através das mãos contaminadas, não ocorre com frequência. 
c) os ovos que ficam retidos na região perianal não conseguem desenvolver uma forma infectante. 
d) a forma de infecção mais comum é por meio da ingesta de carne de boi ou porco mal cozidas.
GRUPO 9
CASO CLÍNICO 
Paciente do sexo feminino, 03 anos de idade, 15 kg, moradora de zona de periferia da cidade de Duque de Caxias, Rio de Janeiro, foi admitida no Pronto Atendimento Infantil com história de dor abdominal intensa, vômitos e febre. Na anamnese de admissão hospitalar, mãe relata tosse e eliminação de secreção respiratória mucoide há uma semana, além de ter encontrado “verme de forma cilíndrica” nas vestes íntimas da criança no dia anterior, esclarecendo que família habita região onde não há saneamento básico adequado e que a água para consumo normalmente não é filtrada.
Ao exame físico paciente apresenta icterícia 3+/4+, desnutrição e desidratação moderadas, com distensão abdominal e dor à palpação em quadrante abdominal direito superior, ruídos hidroaéreos positivos, sem visceromegalias. Exame de ultrassonografia (US) demonstrou dilatação moderada de vias biliares extra- hepáticas com obstrução mecânica em colédoco distal. Sinais vitais: pressão arterial de 98/44mmHG, frequência respiratória de 28 irpm e frequência cardíaca de 120bpm, apresentando febre de 38,5oC. 
A avaliação laboratorial incluiu: Hemoglobina 13,4g/dl. Amilase 905 U/L - 125 UI/L. Lipase: 471 U/L - até 50U/L e 12% de eosinófilos – 1 a 5%.
QUESTÕES
1. Dentre as múltiplas parasitoses existentes, sabe-se que a apresentada no caso supracitado é a primeira a ser tratada, caso o paciente apresente mais de uma parasitose. Esta afirmativa está relacionada com qual mecanismo do parasita?
a)  A ação espoliadora deste parasita, ou seja, consome carboidratos, proteínas, lipídios e vitaminas. Podendo levar a subnutrição e prejuízo mental e físico.
b)  A localização ectópica do parasita, que pode causar sintomas em outros sistemas, como o respiratório.
c)  A ação tóxica que causa edema, convulsão e urticária.
d)  A alterações no transporte de água e eletrólitos no fluxo causada por este parasita, que leva a um quadro de diarreia.
2. Sobre as formas de vida do parasita relatado no caso acima, responda: 
R: Ascaridíase
a) Qual a principal diferença entre o verme adulto macho e fêmea?
Na fase adulta, as fêmeas de Ascaris lumbricoides medem de 20 a 40 cm x 0,5 cm, No caso dos machos, eles medem de 15 a 30 cm x 0,2 a 0,4 cm. Ademais a fêmea tem uma face posterior retilínea, diferenciando do macho que apresenta face posterior encurvada e com dois espículos, ajudam na hora da cópula.
b) Qual aspecto morfológico dos ovos inférteis?
Os ovos inférteis de Ascaris lumbricoides são alongados, têm citoplasma granuloso e membrana mamilonada delgada ou então são decorticados.
GRUPO 10
CASO CLÍNICO
Paciente M.J.S., sexo feminino, 27 anos, natural de João Monlevade (MG), compareceu à consulta médica no hospital da sua cidade, queixando-se de tosse seca, chiados, irritação na garganta, náuseas, vômitos, diarreia, fezes escuras e com cheiro ruim. Ela também informou que foi recentemente diagnosticada com lúpus e que começou o tratamento há cerca de 3 meses com uso de corticoesteróides. A paciente informou estar mais cansada do que o habitual, houve um aumento da quantidade de gases e dor abdominal constante. Ao exame clínico, Sinal de Blumberg negativo. Durante a anamnese, a paciente contou que passou as férias recentes na roça da família, próxima à cidade. Quando os sintomas se iniciaram, ela havia procurado um outro médico, que solicitou exame de sangue.
Ao hemograma:
HCG: 408 mIU/mL; Valor de referência: < 5 mIU/mL;
Eosinófilos: 972 células/mm3; Valor de referência: 350 células/mm3;
Hemoglobina: 7,1 g/dL; Valor de referência:12 a 16 g/dL;
Hematócrito: 24 %; Valor de referência: 35 a 47 %;
Hemácias: 2,4 milhões/μL ; Valor de referência 3,9 a 5,4 milhões/ μL.
QUESTÕES
Q1. Diante do quadro clínico apresentado e dos seus conhecimentos de parasitologia, assinale a alternativa correta quanto ao nome da parasitose apresentada pelo paciente e ao fármaco indicado para o tratamento:
a)Ancilostomíase, tratamento com albendazol;
b)Estrongiloidíase, tratamento com ivermectina;
c)Ancilostomíase, tratamento com pamoato de pirantel;
d)Ascaridíase, tratamento com mebendazol;
e)Estrongiloidíase, tratamento com tiabendazol.
Q2. Explique as manifestações pulmonares relatadas pelo paciente.
Passagem transpulmonar

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