Buscar

Entrevista Clínica no Contexto Hospitalar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Entrevista Clínica no 
Contexto Hospitalar
Revisões e Reflexões e Entrevista de Seleção
Ana Paula Tomaz, Clara Farnese, Eduardo Boonen, Fernando 
Braz, Frederico Carvalho, Gabriela Marcelino, Gabriel Diniz, Lara 
Oliveira, Maria Eduarda Alves, Mikael Tanure, Roberta Tanure
Histórico da Psicologia Hospitalar no Brasil
 A Psicologia Hospitalar é a área da psicologia que visa fornecer 
suporte ao sujeito em adoecimento e a sua família, a fim de que estes 
possam atravessar essa fase com maior resiliência.
No Brasil, na década de 1930, se inicia o pensamento de que fatores 
psicológicos influenciam na saúde. São fundados, então, os primeiros 
serviços de Higiene Mental, com participação ativa de psicólogos como 
propostas alternativas à internação psiquiátrica.
O primeiro curso de Psicologia Hospitalar do país foi oferecido pela 
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, em 1976, sob responsabilidade 
de Bellkiss W. R. Lamosa.
Desde o ano 2000, a Psicologia Hospitalar é reconhecida como uma 
especialidade pelo Conselho Federal de Psicologia.
A entrevista psicológica é um recurso técnico utilizado também 
no contexto hospitalar, devido seu viés investigativo; recebendo 
novas configurações e adaptações considerando as contingências 
do ambiente institucional e as particularidades dos pacientes. 
A intervenção psicológica propicia a expressão dos 
sentimentos do doente e auxilia na compreensão do momento de 
vida que enfrenta. (Sebastiani e Maia, 2005)
Nessa perspectiva, o psicólogo assume um papel importante 
atuando com o objetivo de minimizar a angústia e a ansiedade do 
paciente.
A Entrevista Clínica no Hospital
 O Psicólogo Hospitalar
É necessário que a 
formação do psicólogo 
hospitalar o prepara para lidar 
com a prática em saúde e para 
atuação com uma equipe 
multiprofissional.
O psicólogo precisa 
conhecer a realidade sanitária 
do país. Por meio de uma 
parceria entre universidade e 
instituição é possível 
proporcionar ao aluno uma 
formação aproximada da 
realidade.
O Perfil do Psicólogo Entrevistador
O psicólogo necessita dispor de 
destreza e competência para desenvolver, 
num curto período de tempo ou em uma 
única sessão, uma entrevista que envolva 
avaliação, diagnóstico da situação, 
esclarecimentos, intervenções e/ou 
encaminhamentos.
]
 Ao iniciar a entrevista, o profissional 
deve se apresentar ao paciente, 
aproximar-se ou sentar-se perto a ele 
estando numa direção ao nível dos olhos, 
visto que, muitas vezes não há um setting 
terapêutico “ideal”, ocorrendo junto ao leito.
O terapeuta deve não 
apenas ouvir, mas sim 
escutar as demandas do 
paciente; colocar-se em 
uma outra posição em 
relação àquele que fala.
A Escuta Clínica no Hospital
Escuta Clínica
“É com base nessa possibilidade de 
escutar, existencialmente primordial, que 
se torna possível ouvir. Trata-se de um 
fenômeno ainda mais originário do que 
aquilo que a psicologia determina 
(numa primeira aproximação) como 
escutar, ou seja, a sensação de sons e a 
percepção de tons”. 
- HEIDEGGER.
Escuta Clínica: O paciente e o corpo falam
● A maneira de entrar no consultório: 
Dificuldade do paciente em abrir a porta do consultório; olhar direto com 
um sorriso, olhando para o chão ou um olhar desafiante; testa franzida.
● O paciente senta:
Na beirada da cadeira; poltrona; braços sobre a mesa; braços ou pernas 
cruzados; insinuando levantar. 
● O paciente fala: 
Atento, sincrônico; olhos inquietos ou olhos tristes; voz em falsete; tremor 
de voz; expira no final de frases; punho fechado e masseteres contraídos.
● O paciente responde a perguntas:
Vacila, cobre a boca, repete gestos; sinais de ansiedade; pequenas 
expressões de irritação; pigarro; toca o pescoço, o lóbulo da orelha ou o 
nariz.
Algumas dicas segundo Carrió
A empatia mantém uma distância 
emocional com o sofrimento do paciente, para 
nos permitir chegar a melhores decisões.
Somente quem é curioso escuta bem.
Quem pergunta obtém respostas, mas 
apenas respostas.
Quem deixa falar obtém histórias. 
A empatia não será possível sem antes 
desenvolver a paciência.
Aquele que não conhece suas zonas de 
irritabilidade está à mercê de suas emoções 
negativas.
O rancor, na relação assistencial, faz com 
que corramos o risco de cometer erros 
clínicos.
“Escutar é prever o que vão dizer e 
se surpreender quando não 
coincide”.
Carrió, 2002.
Habilidades básicas para a escuta
➔ Cuidados sobre a imagem que o paciente nos oferece. A título de 
exemplo: uma pessoa que provoca antipatia pode ser uma 
excelente pessoa, com grandes virtudes que desconhecemos. E 
vice-versa.
➔ A importância do primeiro minuto: significa reconhecer o paciente 
como centro do caso clínico. 
➔ Recolhimento de dados: a entrevista semiestruturada.
- Revisar a lista de problemas ou o resumo aberto do paciente;
- Cumprimento cordial;
- Delimitar os limites da consulta;
- Escuta ativa;
- Resumo das informações obtidas.
As UTIs e CTIs são recursos hospitalares que tratam 
enfermidades graves, onde são oferecidos tratamentos intensivos 
para pacientes com baixa probabilidade de sobrevivência. 
Para a abordagem do Psicólogo Hospitalar nessa 
especialidade, o paciente é o centro, ou seja, tal tratamento é único 
e inclui atendimentos especializados e ininterruptos que buscam 
restabelecer o funcionamento orgânico do paciente. 
A atuação do psicólogo preconiza uma tríade entre paciente, 
família e equipe de saúde, todos envolvidos na luta entre a vida e a 
morte. 
O Psicólogo Hospitalar na CTI e UTI
Atuação do Psicólogo junto ao paciente
● Com preservação de consciência e contato com o meio:
 Entrevista Inicial;
 Acompanhamento psicoterápico.
● O Paciente Ansioso;
● O Paciente Agressivo;
 Reações física;
 Utilizando palavras.
 
Eixos de Atuação do Psicólogo Hospitalar
● Pacientes suicidas no CTI
 Suicídio Ativo
 Suicídio Passivo
● Distúrbios Psicopatológicos e de Comportamento no CTI
 Psicoses Endógenas
Psicoses Exógenas
● O paciente em coma no CTI
● O paciente sedado
Em relação à família: o psicólogo tem por objetivo traçar com o 
paciente um caminho de enfrentamento diante da dor, do sofrimento e 
da morte, a partir da escuta das questões que afligem o sujeito, frente 
sua condição. Além disso, deve ter cuidado também com a família.
Em relação à equipe: Sebastiani R. W. (2010) ressalta que o papel do 
psicólogo é o de facilitador do fluxo de emoções e reflexões, 
identificando o foco de estresse e intervindo para não alienação das 
pessoas que trabalham nesse contexto, diante das próprias vivências.
Desafios nas CTIs e UTIs
Atuação do Psicólogo junto à família
A assistência psicológica à família está centrada no suporte 
emocional e orientações à mesma, ajudando-a na adaptação à 
situação de internação do paciente.
● Fatores Estressores;
● Acolhimento;
● O luto.
Assim, o psicólogo deve atuar junto a família envolvida no 
processo de hospitalização nas UTIs\CTIs com o seguinte foco: 
● Orientar e informar rotinas da UTI\CTI, horário de visita;
● Estimular o contato do paciente com a família e equipe, visando 
a facilitação da comunicação;
● Avaliar a adequada compreensão do quadro clínico e 
prognóstico por familiares e paciente;
● Verificar qual membro da família tem mais condições 
emocionais e intelectuais para o contato com a equipe;
● Disponibilizar horários e intervir para atendimentos individuais 
aos familiares, quando necessário ou solicitado pelo familiar.
O psicólogo, dentro da equipe de saúde, participa em diversos 
campos no contexto hospitalar. Uma das práticas exercidas pelo 
psicólogo é trabalhar as experiências a partir da hospitalização do 
paciente, família e da equipe multiprofissional, compreendendo e 
auxiliando os ângulos desse processo dos envolvidos. 
O trabalho do Psicólogo com a equipe
“O profissional de saúde também é afetado por sentimentos 
ambivalentes de onipotência e impotência, onde a própria 
finitude que édenunciada a cada momento faz o mesmo se 
refugiar em suas defesas. Tudo isso compõe o foco da 
atuação do psicólogo na UTI, local onde merece atenção e 
respeito, pois é ao mesmo tempo agente e paciente de tudo 
que se mencionou anteriormente.” 
(SEBASTIANI, R.W. 2010).
De acordo com Sebastiani, R. W. (2010): 
Existem 3 tipos de violência:
1. A pessoa inflige a si mesma;
2. A violência interpessoal;
3. A violência infligida por grupos contra o Estado, grupos 
políticos, milícias e organizações terroristas.
Atuação da psicologia frente a situações de 
violência em um hospital de urgência e emergência
Um dos quadros comumente evidenciados é o Transtorno de 
Estresse Pós Traumático. Segundo Freud, o evento provoca tamanho 
acúmulo de energia psíquica, o que torna impossível ao sujeito a 
resposta desejada, sendo necessário buscar meios que canalizem o 
excesso de estímulo.
No hospital de urgência e emergência raramente é possível 
estabelecer o diagnóstico de TEPT, visto que os sintomas devem ser 
observados num maior período de tempo.
Atuação da psicologia frente a situações de 
violência em um hospital de urgência e emergência
01 02
03 04
Acolhimento e 
apoio 
Comunicação 
clara
Segurança
Suporte para 
reestruturação
Palavras chave para quem trabalha na 
urgência e emergência
1. Buscar minimizar conflitos e 
angústias;
2. Necessidade de intervenções 
psicológicas rápidas, 
possibilitando ao paciente a 
verbalização dos conteúdos 
relacionados à situação 
emergencia.
Como agir como psicólogo 
hospitalar atendendo às 
demandas de urgência?
Importante:
Em situações de violência 
contra crianças, mulheres e 
idosos, é necessário que os 
psicólogos se articulem com 
outros profissionais da rede 
hospitalar para que ocorra o 
encaminhamento e 
acompanhamento adequado. 
Além disso, faz-se 
necessário informar os órgãos 
públicos previstos por lei para 
proteção e amparo das 
vítimas.
Síndrome do Jaleco Branco
A síndrome do jaleco branco é um tipo de 
transtorno psicológico em que a pessoa 
apresenta um aumento da pressão arterial 
apenas no momento da consulta médica, 
tendo sua pressão normal em outros 
ambientes.
Alguns dos sintomas são: tremores, suor 
frio, aumento da frequência cardíaca e outros.
Conclusão
Em suma, percebe-se a importância da atuação do psicólogo 
junto a equipe multidisciplinar nas instituições hospitalares está se 
tornando cada vez mais fortes. No entanto, a Psicologia hospitalar 
ainda se encontra em fase de reconhecimento. 
O psicólogo, portanto, se mostra mais enfático nas discussões 
de casos, relatando com firmeza sua percepção e comprovando 
suas hipóteses. Além de procurar agregar conhecimento, a partir 
das Residências Multidisciplinares e conhecimentos técnicos do 
âmbito assistencial.
É notório, por fim, a mudança na concepção da equipe em 
relação ao papel do Psicólogo Hospitalar, uma vez que o mesmo 
vem sendo bastante solicitado, visando o bem-estar do paciente e 
proporcionando um atendimento humanizado.
Referências Bibliográficas
SEBASTIANI, R. W. Atendimento Psicológico no Centro de Terapia Intensiva. In: ANGERAMI 
- CAMON, V.A. Psicologia Hospitalar: Teoria e Prática. 2º ed. ampliada. São Paulo: 
Cengage Learning, 2010; cap. 3, p. 21-64.
SIMONETTI, A. Manual de psicologia hospitalar: o mapa da doença. 7. ed. São Paulo: 
Casa do Psicólogo, 2013. 197 p.
RODRIGUES, K. R. B. A atuação do psicólogo hospitalar na Unidade de Terapia 
Intensiva.Online. Rio Verde: 2006. Disponível em: 
ttp://www.faculdadeobjetivo.com.br/arquivos/ART3.pdf.
SANTOS, S, N. et al . Intervenção psicológica numa Unidade de Terapia Intensiva de 
Cardiologia. Rev. SBPH, Rio de Janeiro , v. 14, n. 2, p. 50-66, dez. 2011 . Disponível em: 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-0858201100020000
5&lng=pt&nrm=iso>.
https://www.google.com/url?q=http://www.faculdadeobjetivo.com.br/arquivos/ART3.pdf&sa=D&source=editors&ust=1616008762650000&usg=AOvVaw1ZoG2NO8JLgMMhfhrA6nMt
https://www.google.com/url?q=http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script%3Dsci_arttext%26pid%3DS1516-08582011000200005%26lng%3Dpt%26nrm%3Diso&sa=D&source=editors&ust=1616008762651000&usg=AOvVaw2GD6G2t5cXQS5jzhFtYbiO
https://www.google.com/url?q=http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script%3Dsci_arttext%26pid%3DS1516-08582011000200005%26lng%3Dpt%26nrm%3Diso&sa=D&source=editors&ust=1616008762651000&usg=AOvVaw2GD6G2t5cXQS5jzhFtYbiO
Referências Bibliográficas
Você sabe o que é a Síndrome do Jaleco Branco?. ProDoctor. 30 de abriu de 2016. 
Disponível 
em:<https://www.google.com.br/amp/s/prodoctor.net/blog/iatrofobia-sindrome-do-ja
leco-branco/ >. Acesso em 04 de dezembro de 2020.
DALLAGNOL, Claudia; GOLDBERG, Karla; BORGES, Vivian Roxo. Entrevista Psicológica: uma 
perspectiva do contexto hospitalar. Revista de Psicologia da IMED, Passo Fundo, v. 2, n. 
1, p. 288-296, jun. 2010. Disponível em: 
https://seer.imed.edu.br/index.php/revistapsico/article/view/40. Acesso em: 04 dez. 
2020
Borrell Carrió, Francisco. Entrevista clínica [recurso eletrônico]: habilidades de 
comunicação para profissionais de saúde. Porto Alegre: Artmed, 2012.
https://www.google.com/url?q=https://www.google.com.br/amp/s/prodoctor.net/blog/iatrofobia-sindrome-do-jaleco-branco/&sa=D&source=editors&ust=1616008762672000&usg=AOvVaw1l0EHhQB9Fzsd1TDmdp-ir
https://www.google.com/url?q=https://www.google.com.br/amp/s/prodoctor.net/blog/iatrofobia-sindrome-do-jaleco-branco/&sa=D&source=editors&ust=1616008762673000&usg=AOvVaw2GTs_3jvNbzzuvMmTvbSOH
https://www.google.com/url?q=https://seer.imed.edu.br/index.php/revistapsico/article/view/40&sa=D&source=editors&ust=1616008762673000&usg=AOvVaw0ZE9DXhV5ovSME-uz33J3q

Continue navegando