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TCAPLICAÇÃO DE UM MÉTODO DE CUSTEIO COMO FERRAMENTA GERENCIAL

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CENTRO PAULA SOUZA 
ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DE PERUÍBE 
CONTABILIDADE 
ANA CAROLINA DE LIMA PAULETTO N° 03 
CAICK AZEVEDO N° 07 
GABRIEL HUMBERTO DOMINGUES N° 15 
JOELMA KEILA DA SILVA DE OLIVEIRA N° 19 
LEILANE SAYURI DIAS UNE N° 24 
 
 
 
 
 
APLICAÇÃO DE UM MÉTODO DE CUSTEIO COMO 
FERRAMENTA GERENCIAL 
ESTUDO DE CASO: Eliza Modas - ME 
Orientadora: Prof.ª Veridiane Mendes Arrebolla 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERUÍBE 
Junho de 2014 
 
ANA CAROLINA DE LIMA PAULETTO N° 03 
CAICK AZEVEDO N° 07 
GABRIEL HUMBERTO DOMINGUES N° 15 
JOELMA KEILA DA SILVA DE OLIVEIRA N° 19 
LEILANE SAYURI DIAS UNE N° 24 
 
 
 
 
 
APLICAÇÃO DE UM MÉTODO DE CUSTEIO COMO 
FERRAMENTA GERENCIAL 
Estudo de Caso: Eliza Modas – ME 
Orientadora: Prof.ª Veridiane Mendes Arrebolla 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso para 
obtenção do título de Técnico em 
Contabilidade, da Escola Técnica Estadual 
de Peruíbe, orientado pela professora 
Veridiane Mendes Arrebolla. 
 
 
 
 
 
 
PERUÍBE 
Junho de 2014
 
 
FICHA DE AVALIAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
1º Prévia 2º Prévia 3ºPrévia 
NOME DO ALUNO: Ana Carolina de Lima Pauletto Nº 03 TURMA: 
NOME DO ALUNO: Caick Fernandes de Azevedo Nº 07 
3C2 
NOME DO ALUNO: Gabriel H.D.N.A. Domingues Nº 15 
NOME DO ALUNO: Joelma Keila da S. de Oliveira Nº 19 DATA: 
NOME DO ALUNO: Leilane Sayuri Dias Une Nº 24 09/06/2014 
 
Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do título de Técnico em 
Contabilidade, da Escola Técnica Estadual de Peruíbe, orientado pela professora 
Veridiane Arrebolla. 
 
 TRABALHO ESCRITO OBRIGATÓRIO 
Critérios Avaliados: Avaliador Avaliador Orientador 
01 
Entregou dentro das Normas adotada 
pela instituição: 
 
02 Entregou na data estipulada 
03 
Entregou no formato de encadernação e 
mídia solicitadas. 
 
 
APRESENTAÇÃO 
Critérios Avaliados: Avaliador Avaliador Orientador 
01 
Pertinência do tema do trabalho à 
Habilitação Profissional. 
 
02 Justificativa, Objetivo e Referencial teórico. 
 
03 
Nível de Abrangência (Profundidade, 
Originalidade e Aplicabilidade). 
 
04 
Utilização dos Termos Técnicos e da 
modalidade padrão da Língua portuguesa 
(Pronúncia e Escrita). 
 
05 
Postura (Vocabulário, Vestuário, 
Comportamento em Público). 
 
06 
Conhecimento técnico sobre o trabalho 
desenvolvido. 
 
07 
Atuação no desenvolvimento do trabalho 
realizado. 
 
08 Outro: 
 
 
 
ANÁLISE: CONSIDERANDO OS CRITÉRIOS ADOTADOS 
 
O Trabalho de Conclusão de Curso, submetido à Avaliação Docente, atendeu às 
exigências estabelecidas no Plano de Curso da Habilitação Profissional, a serem 
certificadas no Histórico Escolar com a menção: 
MB B R I . 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jean Peixoto 
 
 
João Carlos Farber 
 
De acordo, 
 
 
 
 
 Orientadora Veridiane Mendes Arrebolla 
 
 
 
 Diretor da ETEC Peruíbe Max Roberto Santos Villafan 
 
 
 
 
Peruíbe, 09 de junho de 2014. 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação Individual do Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do 
título de Técnico em Contabilidade da Escola Técnica Estadual de Peruíbe, 
orientado e avaliado pela professora Veridiane Arrebolla, conforme todo o 
andamento do projeto. 
 
AVALIAÇÃO INDIVIDUAL 
Nº NOME COMPLETO 
MENÇÃO 
INDIVIDUAL 
03 
Ana Carolina de Lima Pauletto 
 
07 
Caick Fernandes de Azevedo 
 
15 
Gabriel Humberto Domingues Neves Araújo Domingues. 
 
19 
Joelma Keila da Silva de Oliveira 
 
24 
Leilane Sayuri Dias Une 
 
 
ANÁLISE: CONSIDERANDO OS CRITÉRIOS ADOTADOS 
 
 
De acordo, 
 
Assinatura da OrientadoraProf.ªVeridiane Arrebolla 
 
Peruíbe, 09 de junho de 2014
FICHA DE AVALIAÇÃO INDIVIDUAL DO TRABALHO DE 
CONCLUSÃO DE CURSO. 
 
 
 
AGRADECIMENTO 
 
Agradecemos primeiramente a Deus por nos dar sabedoria, força e paciência 
para chegarmos até esta etapa do trabalho; aos familiares por nos compreender e 
nos apoiar na busca dos nossos objetivos; e ao corpo docente da ETEC de Peruíbe 
que nos auxiliou para uma boa formação acadêmica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
Dedico este trabalho aos meus pais, Sheila Lima e Anésio Jr., por tornarem a 
minha ida e vinda a ETEC de Peruíbe possível, pela educação que juntos me 
proporcionaram, e que sempre estiveram ao meu lado me apoiando nesses três 
semestres de curso, demonstrando amor, carinho e paciência. Também dedico este 
trabalho ao meu noivo, Christopher Batista, quem conheci nessa mesma instituição, 
e que acompanha a criação deste trabalho desde o início, sempre me apoiando, 
incentivando, e acreditando no meu potencial. 
 
Ana Carolina de Lima Pauletto 
 
Ao Deus criador que entre todas as barreiras e dificuldades, sempre esteve a 
me guiar nesta jornada que agora se finda. Aos meus familiares, e a minha amada 
tia Edneia Araújo de Azevedo, o meu singelo agradecimento pelo apoio, paciência e 
por acreditar na minha capacidade de enfrentar com louvor todos os esforços 
necessários. Aos meus orientadores, ao corpo docente e grupo de TCC, pois sem a 
colaboração de vocês, eu não chegaria até aqui com sucesso. Por fim, a todos 
aqueles qυе de alguma forma estiveram е estão próximos de mim, fazendo esta vida 
valer cada vez mais а pena. 
 
Caick Fernandes de Azevedo 
 
Dedico este trabalho aos meus pais, principalmente a minha mãe Neuza 
Neves de Araújo Rodrigues, por sempre me apoiar e me ajudar em todas as 
tomadas de decisões da minha vida, sendo sempre sábia, me passando suas 
experiências e lições já vividas, dedico também aos meus companheiros de grupo 
que ao longo do trabalho sempre foram compreensivos e companheiros sempre 
dispostos a ajudar em que fosse necessário para que esse trabalho se tornasse 
possível. 
 
Gabriel Humberto Domingues Neves Araújo Domingues 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a minha família, em especial ao meu pai, Agostinho de 
Oliveira, que passou ao meu lado por muitas dificuldades e complicações na 
realização do presente trabalho, sempre me apoiando e incentivando em todas as 
etapas na realização do mesmo. E também o dedico a todos os integrantes do 
grupo, pelos seus esforços e dedicação, doando-se inteiramente para que o 
resultado fosse o melhor possível. 
 
Joelma Keila da Silva de Oliveira 
 
Dedico esse trabalho aos meus pais, Cristina Vicente Dias e Braz Rioshi Une, 
que me auxiliaram e contribuíram para que eu chegasse até aqui, e à minha tia, 
Florinda Tomiko Une, que muito me influenciou para que eu ingressasse no curso e 
ainda me empenhasse para fazer um bom trabalho. Dedico também aos meus 
amigos do grupo, Ana Carolina, Caick Azevedo, Gabriel Humberto e Joelma Keila, 
pois me ajudaram e me compreenderam em momentos de dificuldades.Não posso 
esquecer dos meus professores Daniel Ribas e Lucas Yan Machado, que muito me 
ajudaram para que eu chegasse firme até aqui. A todos, serei eternamente grata 
pelo apoio. 
 
 Leilane Sayuri Dias Une 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Mede o que é mensurável e torna mensurável o que não o é”. 
 
(Galileu Galilei). 
10 
 
RESUMO 
 
Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo dar uma nova visão das 
funções da Contabilidade de Custos para empreendedores de pequenas empresas, 
visto que, atualmente, apenas grandes empresas dão importância à este assunto, 
utilizando-o como ferramenta de gestão para seu auxílio. O estudo realizado pelo 
grupo foi aplicado com base em pesquisas bibliográficas e um estudo de caso para 
fins de comprovação do conteúdo teórico. Foram selecionadas três principais 
ferramentas: o Método de Custeio Variável, o Ponto de Equilíbrio e a Demonstração 
de Resultado de Exercício. A aplicação de tais ferramentas trouxe para a empresária 
resultados bemorganizados e ainda mais compreensíveis, evidenciando a 
importância de uma estruturada contabilidade no empreendimento e trazendo uma 
melhor visão da utilidade do tema, principalmente na região selecionada, onde 
poucos mostram interesse em tais recursos. Com a apresentação dos resultados à 
administradora, esta pôde constatar o quão melhor organizado ficou seus registros e 
informações, conseguindo então ter uma visão real sobre a situação de sua 
empresa, baseada em números concretos e nesta situação, ela pode ainda tomar 
melhores decisões sobre o rumo de seu empreendimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: Contabilidade de Custos. Ferramentas. Pequenas empresas. 
Organização. Decisões. 
 
11 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 01 – Gráfico do Ponto de Equilíbrio .................................................... 21 
Figura 02 – Fórmula do Ponto de Equilíbrio ...................................................21 
Figura 03 – Explicação da Margem de Contribuição.......................................21 
Figura 04 – Demonstração do Resultado do Exercício ..................................22 
Figura 05 – Exemplo de tabela de custos e despesas fixas e variáveis........ 23 
Figura 06 – Ex. de tabela dos custos dos produtos acabados e vendidos.....23 
Figura 07 – Ex. de tabela da demonstração do resultado do exercício ..........23 
Figura 08 – Ponto de Equilíbrio Individual das Blusas .................................. 25 
Figura 09 – Ponto de Equilíbrio Individual das Calças ...................................26 
Figura 10 – Ponto de Equilíbrio Individual das Casacos ................................27 
Figura 11 – Ponto de Equilíbrio Individual das Legging’s ...............................28 
Figura 12 – Ponto de Equilíbrio Individual das Saias .....................................29 
Figura 13 – Ponto de Equilíbrio Individual das Shorts ....................................30 
Figura 14 – Ponto de Equilíbrio Individual das Vestidos ................................31 
Figura 15 – Ponto de Equilíbrio Total dos Produtos........................................32 
Figura 16 – Dados de Custos e Vendas da empresa ....................................33 
Figura 17 – Despesas Fixas da Empresa Eliza Modas – ME .........................33 
Figura 18 – Demonstração do Resultado do Exercício da Empresa Eliza 
Modas do mês de Abril...............................................................................................34 
12 
 
SUMÁRIO 
 
AGRADECIMENTO ............................................................................................ 6 
DEDICATÓRIA .................................................................................................... 7 
RESUMO ........................................................................................................... 10 
LISTA DE FIGURAS ......................................................................................... 11 
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 14 
1 CONTABILIDADE DE CUSTOS ................................................................... 15 
Surgimento.................................................................................................... 15 
1.1 Finalidade ............................................................................................ 15 
1.2 Terminologia aplicada na contabilidade de custos ....................... 15 
1.2.1 Gasto ..................................................................................................................... 16 
1.2.2 Desembolso .......................................................................................................... 16 
1.2.3 Investimento .......................................................................................................... 16 
1.2.4 Custo ..................................................................................................................... 16 
1.2.5 Despesa ................................................................................................................ 17 
1.2.6 Perda ..................................................................................................................... 17 
1.3.7 Classificação de Custos e Despesas ............................................... 17 
1.4 Métodos de Custeio ............................................................................... 18 
1.4.1 Custeio por Absorção ........................................................................ 18 
1.4.2 Custeio Variável .................................................................................. 19 
2 FERRAMENTAS GERENCIAIS APLICADAS NO ESTUDO DE CASO ..... 20 
2.1 Ponto de Equilíbrio ................................................................................ 20 
2.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) .............................. 22 
2.2 Método de Custeio Variável .................................................................. 23 
3 ESTUDO DE CASO: EMPRESA ELIZA MODAS-ME ................................. 24 
3.1 História da Empresa .............................................................................. 24 
13 
 
3.2 Aplicação do Ponto de Equilíbrio ........................................................ 24 
3.3 Aplicação do Método de Custeio Variável .......................................... 32 
3.4 Demonstração do Resultado do Exercício ......................................... 33 
3.5 Resultados da Aplicação ...................................................................... 34 
CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 35 
REFERÊNCIAS ................................................................................................. 36 
ANEXO I - FICHA DE INSCRIÇÃO DO TCC..................................................38 
ANEXO II - FICHA DE AUTORIZAÇÃO DE USO DO TCC............................39 
ANEXO III - DADOS DE VALIDAÇÃO............................................................40 
 
14 
 
INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho trata-se das ferramentas gerenciais da Contabilidade de 
Custos aplicadas na empresa Neuza Neves de Araújo Rodrigues – ME, comerciante 
varejista de artigos do vestuário e acessórios, que não utiliza tais recursos em seu 
cotidiano, de maneira que evidencie os benefícios consequentes desta. 
Posteriormente, faremos o levantamento das análises resultantes deste 
estudo, para em seguida serem apresentadas a empresária e outros interessados a 
fim de conscientizá-los sobre a importância do tema. 
Grande parte do comércio da região é composta por pequenas e médias 
empresas, porém não dão importância para a adoção de uma contabilidade útil para 
além das necessidades fiscais. Por este motivo, é necessária a discussão da 
viabilidade de implantação do projeto numa empresa. 
Sendo assim, o objetivo do trabalho refere-se em demonstrar a viabilidade da 
implantação das ferramentas de custeio na microempresa Eliza Modas, de uma 
forma simples e eficaz. Assim, através dos resultados obtidos, pretendemos auxiliar 
na conscientização da classe empresária. 
Metodologicamente este trabalho adota o tipo de pesquisa bibliográfica, já 
que é mais confiável e define conceitos baseados em referenciais teóricos. Para 
complemento do estudo, utilizaremos pesquisas secundárias, em jornais; revistas e 
web sites; mantendo o trabalho atualizado. Para finalizar, faremos um estudo de 
caso na empresa Eliza Modas, que se encaixa no perfil adequado para aplicar no 
nosso trabalho. 
Para melhor compreensão das pesquisas realizadas iniciamos o trabalho 
definindo conceitos da Contabilidade de Custos, para que a partir desse capítulo, o 
leitor esteja inteirado sobre o tema tratado. 
Ao fim deste capítulo elaboramos uma síntese sobre esses conceitos 
enfatizando a relevância dos métodos e ferramentas usadas. 
No segundo, fizemosum aprofundamento das ferramentas não comentadas 
no capítulo anterior, como outros métodos e demonstrações para delimitar o que 
será realmente usado para aplicação no estudo de caso. 
Finalizando a estrutura do trabalho, no último capítulo abordamos 
informações do estudo de caso e os resultados obtidos com essa aplicação. 
15 
 
1 CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
1.1 Surgimento 
A Contabilidade de Custos surgiu por volta do século XVIII, baseando-se na 
Contabilidade Gerencial e Financeira. Até então, segundo CREPALDI (2010), as 
empresas apenas compravam e revendiam suas mercadorias, característica 
principal da Era Mercantilista1. 
Com a Revolução Industrial e com o surgimento das máquinas a vapor, em 
1764 com James Watt, e a produção em grande escala, viu-se a necessidade de um 
maior controle sobre os estoques de produtos, pois estes passaram a incorporar 
diversos custos para sua obtenção. 
 
 
1.2 Finalidade 
A contabilidade de custos foi desenvolvida com o objetivo de mensurar os 
custos de uma entidade para posteriormente ser utilizada na apuração do lucro. 
Dessa forma, ela fornece esses dados aos seus usuários, se tornando uma 
importante ferramenta de gestão, gerando informações fundamentais para o 
gerenciamento de suas atividades produtivas, comerciais e financeiras. 
Sua finalidade gerencial se define em alguns propósitos como na avaliação 
dos gastos, no planejamento estratégico da empresa e no auxilio nas tomadas de 
decisões através das informações adquiridas e repassadas pelo profissional da 
contabilidade de custos aos gestores das empresas analisadas. 
 
 
1.3 Terminologia aplicada na contabilidade de custos 
Na Língua Portuguesa existe vários significados para uma mesma palavra, o 
que se torna um problema na sua interpretação em diferentes áreas. Por este 
motivo, muitas dessas áreas delimitam esses significados adotando terminologias 
próprias para um melhor entendimento. 
 
1Ocorreu a partir do século XV, em toda a Europa, com o surgimento das práticas 
econômicas que buscavam o desenvolvimento do país com relação ao comércio, impulsionando a 
revenda de produtos artesanais. 
16 
 
Desse modo, as Ciências Sociais e particularmente as Econômicas, buscam 
como criar seus próprios conceitos, reduzindo dúvidas quanto aos seus conteúdos. 
E a Contabilidade de Custos, sendo derivada das Ciências Contábeis, não se torna 
diferente. 
Portanto, o presente trabalho apresenta alguns conceitos fundamentais para a 
compreensão dos processos realizados na Contabilidade de Custos. 
 
 
1.3.1 Gasto 
Baseando-se nas ideias de MARTINS (2010), gasto é a ação de compra de 
um produto ou serviço qualquer. É no ato da compra, um sacrifício financeiro 
independente se houver pagamento imediato ou não. 
 
 
1.3.2 Desembolso 
Ainda seguindo as ideias de MARTINS (2010), desembolso é o pagamento do 
gasto, a ação de desembolsar o dinheiro para pagamento, antes, durante ou depois 
da entrada da utilidade comprada (produto/serviço). 
 
 
1.3.3 Investimento 
Investimento é uma forma de gasto executado na aquisição de bens ou 
serviços futuros, havendo duas maneiras de classificação em relação ao retorno: 
circulantes, que envolvem estoques para produção ou revenda; e permanente, 
englobando máquinas, equipamentos ou instalações (imobilizado). 
 
 
1.3.4 Custo 
É outra forma de gasto relativo a um bem ou serviço, porém, utilizado na 
produção ou execução desses. 
Um bom exemplo a ser exposto é o preço da aquisição de um produto a ser 
revendido, que se torna custo ao concretizar a venda. 
 
17 
 
 
1.3.5 Despesa 
É, como outra classificação de gasto, o consumo direto ou indireto de um bem 
ou serviço para obtenção de receitas. Refere-se aos gastos obtidos com a venda do 
produto ou serviço. 
 
 
1.3.6 Perda 
Bem ou serviço consumido de forma anormal ou não intencional. Acontece 
inesperadamente não acarretando receitas. 
Exemplo: obsoletismo de estoques; destruição de plantações por chuvas ou 
secas. 
 
 
1.3.7 Classificação de Custos e Despesas 
Alguns custos podem ser apropriados diretamente a determinados objetos de 
custeio, bastando haver uma forma objetiva e economicamente viável para isto. 
Estes custos são chamados Custos Diretos. Quando os custos não podem ser 
alocados, através de uma medida objetiva, a determinado objeto de custeio, ou 
podem,mas é economicamente inviável, estes são chamados de Custos Indiretos. 
Portanto, não basta que alguns custos possam ser identificados como 
associados diretamente a determinado objeto de custeio para ser tratados como 
Custo Direto. É necessário também que sua alocação seja viável economicamente. 
O custo para alocar itens de valores desprezíveis pode ser maior do que o benefício 
resultante da informação obtida, se isto ocorrer estes custos serão tratados como 
indiretos apesar de ser possível identificá-los diretamente. 
Além de seu agrupamento em diretos e indiretos, os custos podem ser 
classificados de outras formas diferentes. Outra classificação usual é a que divide 
basicamente os custos em fixos e variáveis. 
Estes dois tipos de custos são definidos de acordo com sua variação em 
relação ao volume de produção admitindo-se um período de tempo fixo. O custo é 
determinado como variável se o total variar em proporção direta com volume de 
18 
 
produção. Um custo é denominado como custo fixo quando seu total não varia com 
o volume de produção. 
Partindo-se destas definições, e considerando-se o curto prazo sem 
modificação na capacidade produtiva, conclui-se que os custos variáveis das 
empresas industriais se resumem ao material direto. 
 
 
1.4 Métodos de Custeio 
Baseando-se em CREPALDI (2010), a princípio, a utilidade da contabilidade 
de custos para os contadores foi a de resolver os problemas com a atribuição de 
valores aos custos dos estoques, com a proposta, de obter informações quanto aos 
gastos, estabelecer preços, reduzir custos e mostrar a lucratividade de cada produto. 
 
 
1.4.1 Custeio por Absorção 
 O custeio por absorção, também conhecido como custeio tradicional, é o 
único método de avaliação de estoque realmente aceito no Brasil, pois este está 
dentro dos princípios da contabilidade e é reconhecido pela legislação do imposto de 
renda. Sua principal diferença com o método variável é em relação ao tratamento 
dos custos fixos que diferentemente do variável, os custos fixos são alocados aos 
estoques de produtos. 
 Esse método de custeio apura os custos incorridos, independentemente se 
fixos ou variáveis, com o propósito de rateá-los. Todos os componentes ligados ao 
processo produtivo, direta ou indiretamente, são considerados custos. Já as 
despesas são separadas e introduzidas ao resultado do período, pois apenas os 
custos devem ser apropriados à produção realizada. 
Dentre as vantagens de utilização deste método é destacada sua aceitação 
pelo fisco e também por gerar maiores informações de gerenciamento a fim de 
estabelecer preços de venda, recuperando todos os custos incorridos pela empresa. 
É o método adotado pela contabilidade financeira, e se utilizado no custeamento dos 
produtos evita desperdício de tempo. 
Em contrapartida, o custeio por absorção foi sempre muito criticado pelos 
estudiosos, que argumentam a falta de clareza ou de proporcionalidade em relação 
19 
 
a introdução dos custos fixos indiretos, sendo estes alocados ao produto por critério 
de rateio baseando-se em consumo de matéria prima ou de mão de obra. Utilizando 
tal critério não é explicado o porquê da alocação daquela quantidade de custos 
indiretos com aqueles produtos, obtendo um resultado pouco confiável. 
Entretanto, ainda que estes estudiosos condenem o método de custeio por 
absorção, para fins de gerenciamento, na administração de muitas entidades ele 
ainda é muito utilizado como auxilio nas tomadas de decisões, tornando-se de 
grande importância para determinadas empresas,principalmente as que trabalham 
no setor de produção. 
 
 
1.4.2 Custeio Variável 
O método de custeio variável, também conhecido como método de custeio 
marginal ou custeio direto, consiste na apropriação de produto ou serviço, apenas os 
custos e despesas variáveis. Nele não são considerados os fatores de produção e 
os custos e/ou despesas fixas, sendo estes inseridos somente no resultado do 
período. 
Este método de custeio,no Brasil, não é aceito pelo FISCO, mas não significa 
que não possa ser utilizado. Desde que, a empresa, por meio de nota explicativa, 
informe a diferença entre custo variável e o por absorção, ele pode ser utilizado 
como ferramenta gerencial. 
Por consequência da apropriação apenas dos custos e despesas variáveis, o 
valor dos estoques resultarão em um número menor e por este motivo, esse método 
de custeio não mostra o custo que cada produto trazpara a empresa. 
Entre as vantagens do método de custeio variável, são destacadas a sua 
maior facilidade de aplicação, apresentação da margem de contribuição de cada 
produto, auxílio na avaliação da produção podendo contribuir na formação de 
preços, além de favorecer a quantificação da produção necessária para a obtenção 
da receita desejada. 
 
20 
 
2FERRAMENTAS GERENCIAIS APLICADAS NO ESTUDO DE CASO 
 
Neste capítulo serão abordadas as principais ferramentas gerenciais 
utilizadas durante o estudo de caso. Dentre as classificadas estão o Ponto de 
Equilíbrio, a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e o Método de Custeio 
Variável, sendo elas escolhidas de acordo com seu ramo empresarial e sua 
situação. 
 
 
2.1 Ponto de Equilíbrio 
No dia-dia dos empresários surgem, inevitavelmente, dúvidas em relação ao 
andamento de sua empresa, geralmente não tendo conhecimento dos custos, 
despesas ou quantidade de venda de seu produto, o que dificulta a projeção de lucro 
da empresa acarretando riscos e prejuízos. O ponto de equilíbrio é uma ferramenta 
que auxilia o empresário na avaliação da sua entidade, grosso modo, ela se baseia 
na quantidade de vendas que uma empresa precisa alcançar para que esta tenha 
lucro ou prejuízo. Ele permite que, antes mesmo de iniciar suas operações, o 
empresário saiba o quanto deve vender para cobrir seus custos e despesas totais, e 
se será viável ou não comercializar determinado produto. 
Na visão de SANTOS (2000, p.166) [...] Um dos fatores para o sucesso 
financeiro de uma empresa está diretamente condicionado à existência da melhor 
informação gerencial. Para o autor, “o ponto de equilíbrio será obtido quando o total 
dos ganhos marginais, que é a somatória de todos os produtos comercializados, 
equivalerem ao custo estrutural fixo do mesmo período de tempo objeto de análise”. 
PEREZ JR. (1999, p.191) comenta que a expressão ponto de equilíbrio, 
tradução do termo em inglês, break-even-point, refere-se ao nível de vendas em que 
não há lucro nem prejuízo, isto é, no qual os gastos totais (custos totais + despesas 
totais) são iguais às receitas totais. 
 Quando a empresa consegue ultrapassar o seu ponto de equilíbrio, ou seja, 
a receita de vendas cobriu os custos e despesas, fixas e variáveis, e ainda sobrou 
algum dinheiro se concretiza o lucro; ou o inverso, onde a empresa tem um número 
inferior ao seu ponto de equilíbrio, se concretiza o prejuízo. E há também o caso em 
que os dois itens se igualam, ou seja, a receita cobriu as despesas e custos, fixos e 
21 
 
variáveis, não havendo nem lucro nem prejuízo, mostrando de fato o ponto de 
equilíbrio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 01 – Gráfico do Ponto de Equilíbrio. 
Fonte: Mundo Educação. 
 O ponto de equilíbrio pode ser calculado de duas formas, em 
quantidade de vendas ou valores monetários, seu calculo é apresentado da seguinte 
maneira: 
 
 
Figura 02 – Fórmula do Ponto de Equilíbrio 
Fonte: Estudo de Caso 
 
 
A diferença entre a receita e o custo variável é à margem de contribuição. 
 
 
 
 
 
 
Figura 03 – Explicação da Margem de Contribuição 
Fonte: Professor Mário Jorge. 
 
 
RECEITA BRUTA COM VENDAS 
(-) 
Custos Variáveis: aqueles que estão diretamente relacionados com o 
volume de vendas, como por exemplo: Matéria prima e insumos 
(-) 
Despesas Variáveis: aquelas que estão diretamente relacionadas com o 
volume de vendas, como por exemplo: Comissões e Impostos. 
= 
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO: o que sobra, para pagar os custos e 
despesas fixas. 
PE= Custos Fixos 
(Receita – Custos Variáveis) 
22 
 
Portanto, através do cálculo do ponto de equilíbrio, que na prática é algo 
simples de ser realizado, serão fornecidas informações e previsões vitais para o 
andamento da empresa, sendo esta uma ferramenta importantíssima para os 
pequenos e médios empreendimentos onde decorrem duvidas frequentes 
relacionadas às suas operações. 
 
 
2.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
Segundo MARION (2009) “[...] é um resumo ordenado das receitas e 
despesas da empresa em determinado período, normalmente de doze meses. É 
apresentado de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as 
despesas e, em seguida, indica-se o resultado (Lucro ou Prejuízo)”. 
A tabela abaixo (Figura 04) é um exemplo simplificado e parcial de uma DRE, 
mostrando os itens mais relevantes no contexto do trabalho. Nela mostra-se apenas 
o início do demonstrativo contábil, sendo este o mais relevante para a Contabilidade 
de Custos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 04 – Demonstração do Resultado do Exercício 
Fonte: Estudo de Caso 
 
Sendo assim, na Contabilidade de Custos esta se torna importante, pois 
apresenta a apuração do Lucro Bruto, obtido a partir da dedução dos custos na 
Receita Líquida, para posteriormente ser apresentada aos usuários dessas 
informações, tendo como foco proporcionar dados para uma análise do 
desenvolvimento da empresa. 
 
DRE 
 
Receita de Vendas Líquida 
 
(-) Custo da Mercadoria Vendida 
 
Ex: Custo dos Produtos, Mercadorias ou Serviços 
 
(=) Lucro Bruto 
 
 
 
23 
 
2.3 Método de Custeio Variável 
Como apresentado anteriormente, são muitos os benefícios do custeio 
variável como ferramenta gerencial. É um dos métodos mais indicados para as 
pequenas empresas do ramo comerciante varejista devido sua abrangência, por 
esta razão, é a principal ferramenta a ser utilizada no presente trabalho. 
A seguir vemos um exemplo da aplicação deste método aplicado: 
 
Exemplo: 
 
 A indústria Faz Tudo Ltda. produziu 10.000 unidades de seu produto no mês 
passado. Sabe-se que não havia estoques iniciais de produtos acabados e nem de 
produtos em elaboração. A indústria vendeu 7.000produtos por 5,00 cada um. 
Outros dados observados foram: 
 
 
Figura 05 -Exemplo de tabela de custos e despesas fixas e variáveis. 
Fonte: Estudo de Caso. 
 
 
Figura 06 - Exemplo de tabela dos custos dos produtos acabados e vendidos. 
Fonte: Estudo de Caso 
 
 
Figura 07 - Exemplo de tabela da demonstração do resultado do exercício. 
Fonte: Estudo de Caso 
24 
 
3 ESTUDO DE CASO: EMPRESA ELIZA MODAS-ME 
 
3.1 História da Empresa 
 
A empresa de razão social Neuza Neves de Araújo Rodrigues – ME, tendo 
como nome fantasia Elisa Modas, está em atividade desde 2007, localizada na Rua 
do Comércio n.º 99, CENTRO, na cidade de Itariri/SP. 
Natural de São Paulo, já era comerciante do ramo varejista de vestuário 
feminino, onde permaneceu durante vinte anos nessa mesma profissão, adquirindo 
uma vasta experiência com vendas. Após alguns acontecimentos pessoais, resolveu 
se mudar para a cidade de Itariri/SP onde viu a oportunidade de abrir uma loja 
popular com preços acessíveis, sabendo que grande parte dos munícipes compõe a 
zona rural e procuram por um a loja com atendimento mais agradável, simples e 
receptivo. 
A empresária começou suas atividades de favor em uma pequena loja da 
cidade, que após o sucesso e o reconhecimento dos clientes passoupara sua 
própria loja, na qual se reside até hoje. 
Entretanto, na área gerencial, a empresa apresenta algumas falhas, pois a 
empresária faz suas próprias anotações sem qualquer auxílio das ferramentas 
contábeis, e assim, perde controle dos gastos e das receitas da empresa, até 
mesmo misturando seu patrimônio de pessoa física e pessoa jurídica por falta de 
informações. Por esse motivo, a mesma concordou em receber nossa ajuda para 
dar-lhe mais opções de controle de custos. 
 
3.2 Aplicação do Ponto de Equilíbrio 
Como apresentado anteriormente, mostraremos os resultados obtidos após a 
aplicação do Ponto de Equilíbrio na Empresa Eliza Modas, de forma individual, 
evidenciando o quanto cada produto precisa contribuir para cobrir os custos fixos 
totais da empresa. 
 
 
 
3.2.1 Ponto de Equilíbrio das Blusas 
25 
 
 
Segundo os dados fornecidos pela empresária, chegamos aos seguintes 
resultados: 
 PE: CF = R$ 910 = 75 uni. 
 MC = R$ 12 
 
 
Figura 08 – PE Individual das Blusas 
Fonte: Estudo de Caso 
 
O gráfico acima demonstra que para cobrir os seus custos, a empresária 
deveria vender aproximadamente 75 peças, totalizando um valor de R$ 1895,93, ou 
seja, para obter um lucro, é preciso vender 76 blusas ou mais. 
 
 
3.2.2 Ponto de Equilíbrio das Calças 
 
Dando continuidade à aplicação do Ponto de Equilíbrio, obtivemos os 
seguintes resultados em relação a esse produto. 
PE: CF = R$ 910 = 42 uni. 
 MC = R$ 22 
 
26 
 
 
Figura 09 – PE Individual das Calças 
Fonte: Estudo de Caso 
 
Segundo os dados observados no gráfico acima, concluímos que a 
empresaria necessita vender aproximadamente 42 unidades do produto em questão 
para que ela possa arcar com seus custos. 
 
 
3.2.3 Ponto de Equilíbrio dos Casacos 
 
Dada a fórmula com os seguintes dados: 
PE: CF = R$ 910 = 20 uni. 
 MC = R$ 45 
 
27 
 
 
Figura 10 – PE Individual das Casacos 
Fonte: Estudo de Caso 
 
O gráfico apresentado mostra que há uma necessidade da empresária vender 
aproximadamente 20 peças para conseguir um equilíbrio entre seus custos e suas 
receitas, e que para obter um lucro, é necessário vender acima disso. 
 
3.2.4 Ponto de Equilíbrio das Legging’s 
Com a seguinte fórmula obtivemos os devidos resultados: 
PE: CF = R$ 910 = 91uni. 
 MC = R$ 10 
 
 
28 
 
 
Figura 11 – PE Individual das Legging’s 
Fonte: Estudo de Caso 
 
Como já apresentado anteriormente, o gráfico evidencia a quantidade de 
peças a serem vendidas pela empresária para que ela alcance um equilíbrio entre a 
receita e seus custos. Sendo assim, referente as Legging’s, é necessário uma venda 
de 91 peças para que haja então esse equilíbrio. 
 
3.2.5 Ponto de Equilíbrio das Saias 
 
Ainda baseando-se no PE, obtivemos os dados abaixo: 
 
PE: CF = R$ 910 = 70 uni. 
 MC = R$ 13 
 
 
29 
 
 
Figura 12 – PE Individual das Saias 
Fonte: Estudo de Caso 
 
O gráfico acima demonstra que a empresária deve vender cerca de 70 peças 
para alcançar o seu custo mínimo, e para obter lucro, deve vender acima dessa 
quantidade. 
 
 
3.2.6 Ponto de Equilíbrio dos Shorts 
Para obter os dados do gráfico, utilizamos a seguinte fórmula: 
PE: CF = R$ 910 = 54 uni. 
 MC = R$ 17 
30 
 
 
Figura 13 – PE Individual das Shorts 
Fonte: Estudo de Caso 
 
Analisando este gráfico, percebe-se que a quantidade mínima a ser vendida, 
que cubra os custos fixos, é de 54 unidades, ou R$ 1873,53, ou seja, para atingir um 
lucro é preciso vender 55 ou mais peças. 
 
 
3.2.7 Ponto de Equilíbrio dos Vestidos 
 Para chegar ao gráfico, utilizamos a seguinte fórmula: 
PE: CF = R$ 910 = 37 uni. 
 MC = R$ 25 
 
 
31 
 
 
Figura 14 – PE Individual das Vestidos 
Fonte: Estudo de Caso 
 
Analisando por fim, o último gráfico de representação dos Pontos de 
Equilíbrios, vemos que é necessário vender um pouco mais do que 35 peças para 
igualar a receita com os custos, ou seja, mais vendas resultaria em lucro, ou menos 
resultaria em prejuízo. 
 
3.2.8 Ponto de Equilíbrio Mix dos Produtos 
Concluindo, apresentamos a seguir um ponto de equilíbrio com todos os 
produtos disponíveis na loja, composto por um conjunto de 7 diferentes produtos, 
sendo estes 25 blusas, 11 calças, 6 legging's, 4 vestidos, 3 saias, 3 casacos e 2 
shorts. 
PE: CF = R$ 910 = 54 uni. 
 MC = R$ 17 
 
32 
 
 
Figura 15 – PE Total dos Produtos 
Fonte: Estudo de Caso 
 
Seguindo as informações apresentadas anteriormente, o ponto de Equilíbrio 
total da Loja é de aproximadamente 54 unidades, ou seja, cerca de R$ 1889,00. As 
ondulações das linhas apresentadas no gráfico ocorrem devido a variação dos 
preços de vendas, dos custos variáveis e da margem de contribuição que é 
particular de cada produto. 
 
 
3.3 Aplicação do Método de Custeio Variável 
Os dados apresentados abaixo foram coletados na empresa Eliza Modas e 
são referentes ao mês de Abril de 2014. Neles estão especificados os produtos 
comercializados, seus custos Variáveis, o preço a qual é revendido e ainda, o total 
desses custos e suas respectivas receitas. 
 
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
2200
2400
2600
2800
3000
3200
0 5 10 15 20 25 30 35 40 44 45 50 55 60
Receitas
Custo Fixo
33 
 
 
Figura 16 – Dados de Custos e Vendas da empresa 
Fonte: Estudo de Caso 
 
 
Figura 17 – Despesas Fixas da Empresa Eliza Modas - ME 
Fonte: Estudo de Caso 
 
Ao iniciar uma análise com estes dados podemos perceber que a venda 
desse mês foi de 374 peças de diversos modelos, resultando em uma receita de R$ 
13.179,00. Aplicando os conceitos do método de Custeio Variável, temos os 
seguintes valores: 
 
Despesas Fixas (DF)...........................................................................................910,00 
CPV ..................................................................................................................6841,00 
 
 
3.4 Demonstração do Resultado do Exercício 
É apresentada a seguir, uma Demonstração do Resultado do Exercício 
mensal, referente ao mês de Abril de 2014, da empresa Eliza Modas, elaborada e 
analisada pelo grupo. 
 
 
34 
 
 
Figura 18 – Demonstração do Resultado do Exercício da Empresa Eliza Modas do 
mês de Abril. 
Fonte: Estudo de Caso 
 
Vemos que o resultado da empresa, desconsiderando os efeitos tributários, 
gera um lucro de R$ 5.324,00, chegando assim, em um resultado positivo para a 
empresária, levando em consideração que a demonstração refere-se a apenas um 
único mês. 
 
3.5 Resultados da Aplicação 
Depois de realizadas as aplicações das ferramentas gerenciais, estas foram 
apresentadas a Dona Neuza, proprietária do comércio, que verificou os resultados e 
pôde perceber que suas simples anotações não tinham utilidade para um 
gerenciamento mais aprimorado de seu estabelecimento. 
Segundo ela, por trabalhar a 20 anos com esse tipo de atividade, já conhecia 
bem esses princípios, porém, não sabia a teoria técnica necessária para aplicá-los. 
Ela tinha uma breve noção de seus custos, suas vendas e seus ganhos que a 
auxiliavam para tomar algumas decisões, porém, elas não eram tão precisas e 
eficientes, devido a tais incertezas. Com o uso dos registros contábeis, foi muito 
mais fácil e claro analisar a situação financeira da empresa, auxiliando melhor a 
empresária em sua gestão. 
Sendo assim, o grupo conseguiu alcançar tanto as expectativas do trabalho 
sobre mostrar os benefícios das ferramentas gerenciais, quanto às que vinham da 
empresária, que era uma base de mensuração que a auxiliasse no dia-a-dia. 
 
35 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Ao longo da realização deste trabalho, foram mostradas, as importânciasdas 
pequenas e medias empresas na região de Itariri e em cidades vizinhas, onde o 
comércio é composto basicamente por estas, gerando empregos e melhor 
desenvolvimento para região. Porém, também foi evidenciado que é comum 
existirem equívocos em relação ao gerenciamento de suas informações contábeis, 
onde não há um controle de informações simples do dia-a-dia da empresa, como 
seus gastos e despesas, e muito menos é utilizada alguma ferramenta gerencial da 
contabilidade, havendo um grande risco do empresário amargar prejuízos, tornando 
em iguais condições, quase impossível à sobrevivência dos empreendimentos. Por 
consequência, acabam por ocorrer altíssimos índices de falência em todo o país. 
 Conforme relatadas no trabalho, esta situação é decorrente da falta de 
conhecimento do empresário, que não investe na área gerencial, através da 
contratação de bons profissionais da contabilidade. 
Geralmente, o pequeno empresário inicia seu negócio confiando em seus 
conhecimentos técnicos de compra, venda ou produção, não valorizando a parte 
contábil, como foi o caso da empresa Eliza Modas – ME, utilizada como estudo de 
caso. 
Foi exposta em nosso trabalho, a aplicação das ferramentas gerencias da 
contabilidade de custos em uma microempresa – no caso a Eliza Modas –, onde 
através dos resultados obtidos, tivemos a oportunidade de analisar a real situação 
da empresa e prestar o devido auxilio à empresária. Para obtermos esses dados, 
fizemos uso de alguns métodos de custeio e ferramentas gerenciais como, por 
exemplo, o Custeio Variável, o Ponto de Equilíbrio (PE) e por fim, a Demonstração 
do Resultado do Exercício (DRE). 
Dessa forma, quando a empresária viu os resultados, pôde perceber a real 
função da Contabilidade de Custos na área gerencial, melhorando sua visão sobre 
esta, pois percebeu que suas informações e registros ficaram mais organizadas e 
confiáveis, facilitando uma analise e, consequentemente, melhorando suas tomadas 
de decisões. 
 
36 
 
REFERÊNCIAS 
 
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Instrumento Social: Estudo de Caso. UECE, Ceará, 2009. Disponível em: 
<http://www.stds.ce.gov.br/phocadownload/trabalhoscientificos/dissertacao/dissertac
aosebastiao.pdf> Acesso em: 17 de nov. às 18h18min. 
 
CAETANO, Carolina C. O Cross-branding e a cocriação no âmbito do varejo de 
moda. USP, São Paulo, 2013. 
 
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade de Custos. 5. ed. 
São Paulo: Atlas, 2010. 
 
GARCEZ, Marcos P.; FILHO, Waldomiro G. As características de projetos de 
desenvolvimento de novos produtos e as competências necessárias: um 
estudo de caso no setor farmacêutico. UNINOVE, São Paulo, 2012. Disponível 
em: <http://www.altec2013.org/programme_pdf/888.pdf> Acesso em: 17 de nov. às 
18h38min. 
 
HORNGREN, Charles T.; DATAR, Srikant M.; FOSTER, George. Contabilidade de 
Custos. 11. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 1997. 
 
JORGE, Mário. Exame de Suficiência – CFC – 01/12 – Bacharel – Solução da 
Questão 18. Professor Mário Jorge, Contabilidade e Vivência, 2012. Disponível 
em:<http://profmariojorge.com.br/questoes-resolvidas/exame-de-suficiencia-
%E2%80%93-cfc-%E2%80%93-0112-%E2%80%93-bacharel-%E2%80%93-
solucao-da-questao-18/> Acesso em: 11 de maio de 2014 17h27min. 
 
KEMPINSKI, Carla. Fuja da falência: fatores como impulsividade e falta de 
preparo podem provocar a morte de uma empresa em seus primeiros anos de 
vida. Empreendedor, 2007. Disponível em: 
<http://www.sebrae.com.br/customizado/sebrae/institucional/premios/premio-sebrae-
http://profmariojorge.com.br/questoes-resolvidas/exame-de-suficiencia-%E2%80%93-cfc-%E2%80%93-0112-%E2%80%93-bacharel-%E2%80%93-solucao-da-questao-18/
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http://www.sebrae.com.br/customizado/sebrae/institucional/premios/premio-sebrae-de-jornalismo/webjornalismo_falencia.pdf
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de-jornalismo/webjornalismo_falencia.pdf> Acesso em: 28 de nov. de 2013 às 
16h13min. 
 
MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
 
MARTINS, Gilberto de A. Síntese de roteiro para a elaboração de um projeto de 
pesquisa. Atlas, São Paulo, 2000. Disponível em: 
<http://www.eac.fea.usp.br/eac/observatorio/metodologia-projeto-pesquisa.asp> 
Acesso em: 15 de nov. às 18h54min. 
 
PINZAN, Anderson Ferreira. Métodos de custeio e seus propósitos de uso: 
Análise por meio de estudo de casos múltiplos. USP, São Paulo, 2013. 
 
RODRIGUES, William C. Metodologia Científica. FAETEC/IST, Paracambi, 2007. 
Disponível 
em:<http://pesquisaemeducacaoufrgs.pbworks.com/w/file/fetch/64878127/Willian%2
0Costa%20Rodrigues_metodologia_cientifica.pdf> Acesso em: 15 de nov. às 
18h45min. 
 
SILVA, Marcos Noé Pedro da. Ponto de Equilíbrio. Mundo Educação, 2013. 
Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com/matematica/ponto-equilibrio.htm> 
Acesso em: 11 de maio de 2014 às 16h26min.
http://www.sebrae.com.br/customizado/sebrae/institucional/premios/premio-sebrae-de-jornalismo/webjornalismo_falencia.pdf
http://pesquisaemeducacaoufrgs.pbworks.com/w/file/fetch/64878127/Willian%20Costa%20Rodrigues_metodologia_cientifica.pdf
http://pesquisaemeducacaoufrgs.pbworks.com/w/file/fetch/64878127/Willian%20Costa%20Rodrigues_metodologia_cientifica.pdf
http://www.mundoeducacao.com/matematica/ponto-equilibrio.htm
 
38 
 
 
ETEC DE PERUÍBE - 266 
AUTORIZAÇÃO DE UTILIZAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE 
CURSO 
 
Pelo presente instrumento, autorizo a divulgação, utilização e disposição, na íntegra 
ou em partes, para fins institucionais, educativos, informativos e/ou culturais, do 
Trabalho de Conclusão de Curso, desenvolvido pelos integrantes do 3º Módulo do 
Curso Técnico de Contabilidade cujo tema é A Aplicação de um Método de Custeio 
como Ferramenta Gerencial, sem que isto implique ônus para essa instituição. 
 
Integrantes da Equipe que Autorizam o Uso do Trabalho para os fins citados acima. 
 
 
 
Ana Carolina de Lima Pauletto Numero de RG 
 
 
Caick Fernandes de Azevedo Numero de RG 
 
 
Gabriel Humberto D. N. de A. Domingues RG 37.665.556-7 
 
 
Joelma Keila da Silva de Oliveira Numero de RG 
 
 
Leilane Sayuri Dias Une 53.691.858-2 
 
 
 
 
 
Peruíbe, 9 de junho de 2014. 
 
39 
 
FICHA DE INSCRIÇÃO PARA DESENVOLVIMENTO DE TRABALHO DE 
CONCLUSÃO DE CURSO 
ETEC DE PERUÍBE - 266 
Curso 
Técnico: 
Contabilidade 
Turma: 3C2 Data da Inscrição: 09/06/2014 
 
Tema do Trabalho A APLICAÇÃO DE UM MÉTODO DE CUSTEIO 
COMO FERRAMENTA GERENCIAL 
Descrição do Tema 
 
 
 
DADOS DOS INTEGRANTES 
01 
NOME COMPLETO Nº DA 
CHAMADA 
Ana Carolina de Lima Pauletto 03 
E-MAIL 
Carolinalima_5@hotmail.com 
02 
NOME COMPLETO Nº DA 
CHAMADA 
Caick Fernandes de Azevedo 07 
E-MAIL 
Caick_azevedo@hotmail.com 
03 
NOME COMPLETO Nº DA 
CHAMADA 
Gabriel Humberto Domingues Neves de Araújo Domingues 15 
E-MAIL 
Gabriel.domingues_@hotmail.com 
04 
NOME COMPLETO Nº DA 
CHAMADA 
Joelma Keila da Silva de Oliveira 19 
E-MAIL 
Jaquelinecolar@hotmail.com 
05 
NOME COMPLETO Nº DA 
CHAMADA 
Leilane Sayuri Dias Une 24 
E-MAIL 
Leilane_une@hotmail.com 
 
 
40 
 
ETEC DE PERUÍBE 
DADOS DE VALIDAÇÃO 
 
A Ficha de Inscrição para o Desenvolvimento de Trabalho de Conclusão de Curso 
de Contabilidade foi avaliada baseado nas Competências e Habilidades que devem 
ser desenvolvidas no Cursoe foi... 
 APROVADO (VALIDADO) 
 
 REPROVADA (NÃO FOI VALIDADO) 
Pois... 
 ATENDE AS EXIGÊNCIAS DO CURSO 
 
 NÃO ATENDE AS EXIGÊNCIAS DO CURSO 
Conforme observações do(a) Orientador(a) 
 
 
 
 
 
 
 
 Veridiane Mendes Arrebolla 
 
 
 Juliana Alvarez 
 
 
 Max Roberto Santos Villafan 
 
 
 
Peruíbe 9 de junho de 2014.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	PERUÍBE
	Junho de 2014
	AGRADECIMENTO
	DEDICATÓRIA
	RESUMO
	LISTA DE FIGURAS
	SUMÁRIO
	1 CONTABILIDADE DE CUSTOS
	1.1 Surgimento
	1.2 Finalidade
	1.3 Terminologia aplicada na contabilidade de custos
	1.3.1 Gasto
	1.3.2 Desembolso
	1.3.3 Investimento
	1.3.4 Custo
	1.3.5 Despesa
	1.3.6 Perda
	1.3.7 Classificação de Custos e Despesas
	1.4 Métodos de Custeio
	1.4.1 Custeio por Absorção
	1.4.2 Custeio Variável
	2FERRAMENTAS GERENCIAIS APLICADAS NO ESTUDO DE CASO
	2.1 Ponto de Equilíbrio
	2.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
	2.3 Método de Custeio Variável
	3 ESTUDO DE CASO: EMPRESA ELIZA MODAS-ME
	3.1 História da Empresa
	3.2 Aplicação do Ponto de Equilíbrio
	3.3 Aplicação do Método de Custeio Variável
	3.4 Demonstração do Resultado do Exercício
	3.5 Resultados da Aplicação
	CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS

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