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Resumo Texto: A Lógica da Pesquisa Científica Autor: Karl R. Popper Nas ciências empíricas, o cientista formula hipóteses e teorias, submetendo-as a teste, através de recursos de observação e experimentação. Com isso, a lógica da pesquisa científica é analisar o método empregado pelas ciências empíricas. Para tal análise, é preciso compreender o que está atrelado a esse método. O primeiro ponto a ser observado é a questão da indução. Sendo caracterizada como um problema, o método indutivo por vezes, infere que um experimento ou observação que descreva enunciados singulares, possa conduzir a resultado experimental, com base em uma amostra, por exemplo, não pode ser adotada como um fator de generalização de todos os outros objetos de estudo que não fizeram parte da amostra. Para melhor justificar as inferências indutivas, torna-se necessário aplicar um princípio de indução. Tal princípio, deve demonstrar um enunciado onde seja possível ocorrer a negação, colocando em dúvida a veracidade da aceitação do princípio indutivo, por vezes admitido pela Ciência sem contestação. Portanto, sua aplicação serve mais para construir probabilidades do que gerar confiabilidade de fato. O segundo ponto a ser tratado é o da lógica dedutiva. Utilizada para chegar a conclusões acerca de uma teoria, a prova dedutiva pode fazer conclusões em relação a sua coerência interna, determinar o caráter empírico ou científico da mesma, comparação com outras teorias e a comprovação de fato da teoria, por meio de aplicações empíricas. Se depois desse processo, a teoria for dada como aceitável, ela será temporariamente forte, pois virão posteriormente, ponderações a respeito dela, motivando uma rejeição. O terceiro ponto envolve o problema da demarcação. Tal problema decorre do fato de a lógica indutiva não proporcionar um critério de demarcação, não conseguindo diferenciar o empírico do metafísico. O critério de demarcação deve ser uma proposta de acordo ou convenção, caracterizando aquilo que se torna aceitável como ciência empírica ou metafísica. Nesse ponto, é possível abordar a experiência como método, caracterizando o método específico da ciência empírica (a indução). Com base nessas argumentações, um enunciado proposto pela ciência empírica deve ser julgado em relação a sua verdade ou falsidade. A ideia que ele contém deve ser passível de refutação. Isso conduz a questão da objetividade científica e convicção subjetiva. A objetividade consiste na justificação do conhecimento científico produzido, sendo submetido a prova para ser compreendido. Em contrapartida, a convicção subjetiva diz respeito aos sentimentos de convicção. A objetividade descrita acima, compõe as decisões metodológicas de uma pesquisa. A escolha da metodologia, empregada em uma pesquisa, é de suma importância para significar um enunciado. Torna-se possível a revisão do enunciado, críticas a ele e sua correção. Não ocorrendo isso, a ciência pode vir a se transformar em um conjunto de dogmas, ou seja, um conjunto de “respostas justificadas” de maneira enfática, que não aceitam argumentos contra suas verdades possíveis e não confiáveis. Para que isso não venha a ocorrer, é necessária a utilização de regras metodológicas, que não permitem a não exigência de prolongadas submissões a provas, para os enunciados e o afastamento de hipóteses em vista da comprovação de suas qualidades, seu afastamento apenas pode se dar por meio da substituição por outra hipótese, mais forte ou seu falseamento. Por fim, apreende-se, que a compreensão dos fatores que estão inseridos no método, é de extrema relevância para a caracterização de uma pesquisa científica e o seu valor perante a comunidade científica. Porque permite nivelar aquilo que é importante para a produção do conhecimento científico, e aquilo que deve ser pormenorizado e revisto quantas vezes for necessário, para assumir um grau de validez confiável ou possivelmente provável. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA POPPER, Karl; A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix, 2006.
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