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Gestão da Logística - Unidade 2 - Tópico 2

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15/03/2021 Livro Digital - Logística Integrada
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/CEX96_logistica_integrada/unidade2.html?topico=2 1/40
GESTÃO DA LOGÍSTICA
UNIDADE 2
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
TÓPICO 2
O Tópico 2 tem o objetivo de mostrar que a administração de materiais é muito
importante para a gestão dos resultados da empresa, pois envolve o controle dos
estoques. E são os estoques das empresas que geram a riqueza em uma
organização, que está fundamentada nas vendas e na geração dos respectivos
lucros.
Os estoques são constituídos de bens tangíveis ou intangíveis e podem ser
adquiridos ou produzidos pela empresa com objetivo de venda ou utilização
própria no curso normal de suas atividades. Eles representam um dos ativos mais
importantes do capital circulante no Balanço Patrimonial e da posição �nanceira
de uma empresa. Para uma apuração adequada do lucro líquido do exercício, é
essencial a correta posição da quantidade de estoque no início e �m do período
contábil. Por ser um setor ou departamento intimamente ligado às principais áreas
de operação da empresa, envolve aspectos da administração, controle,
contabilização e, principalmente, de avaliação.
A preocupação que os gestores precisam ter em relação aos estoques da empresa
está pautada em saber o momento certo para aquisição das mercadorias, o
volume mínimo necessário das quantidades de mercadorias, para evitar estoques
em demasia e o nível de segurança dos estoques mínimos que a empresa precisa
1 INTRODUÇÃO  -
2 ESTRATÉGIAS PARA ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUES -
Unidade 2 - Tópico 2 
15/03/2021 Livro Digital - Logística Integrada
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/CEX96_logistica_integrada/unidade2.html?topico=2 2/40
manter para atender a demanda da produção. Além disso, o montante de capital
investido em estoque também faz parte das preocupações do gestor da empresa.
Mas o valor do capital investido deve ser confrontado com o chamado giro de
estoques.
A este respeito, Ballou (2011, p. 204) diz que:
A armazenagem de mercadorias, prevendo seu uso futuro, exige investimento por
parte da organização. O ideal seria a perfeita sincronização entre oferta e demanda, de
maneira a tornar a manutenção de estoques desnecessária. Entretanto, como é
impossível conhecer exatamente a demanda futura e como nem sempre os
suprimentos estão disponíveis a qualquer momento, deve-se acumular estoque para
assegurar a disponibilidade de mercadorias e minimizar os custos totais de produção e
distribuição.
O giro de estoque corresponde ao número de vezes em que o estoque está
sendo consumido na sua totalidade em determinado período (geralmente de
um ano).
Acompanhe um exemplo de cálculo de giro de estoques:
Tomemos um determinado produto que tenha realizado vendas anuais na ordem
de R$ 1.000.000,00 com um investimento médio em estoque no valor de R$
100.000,00. Isso representa um giro médio de investimentos em 10 vezes durante
um ano, o que signi�ca que o estoque foi reposto 10 vezes durante esse período.
Segundo Bertaglia (2009, p. 334), a fórmula para o cálculo do giro do estoque é:
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15/03/2021 Livro Digital - Logística Integrada
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/CEX96_logistica_integrada/unidade2.html?topico=2 3/40
 
Nesta situação, as vendas anuais têm relação com o valor ou quantidade vendida
durante o período de um ano, e o estoque médio está relacionado à quantidade
média ou valor médio dos recursos que foram mantidos em estoque.
As técnicas para controle de estoque devem atender situações como necessidades
de produção e estratégias de marketing da empresa, pois em muitos casos as
empresas têm um alto volume de investimentos em estoque, mas dependem das
políticas de marketing para o seu giro.
Vamos observar a tabela que segue, onde constam os percentuais de
investimentos em estoque de algumas empresas conceituadas.
TABELA 3 – DADOS SELECIONADOS DE ALGUMAS EMPRESAS FABRICANTES E
COMERCIAIS DE PRODUTOS INDUSTRIAIS E DE CONSUMO ($ milhões)
FONTE: Bowersox e Closs (2010, p. 224)
2.1 CONCEITOS E TÉCNICAS PARA CONTROLE DE ESTOQUES -
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https://livrodigital.uniasselvi.com.br/CEX96_logistica_integrada/unidade2.html?topico=2 4/40
Podemos observar que algumas empresas, como a Johnson & Johnson e a
Nabisco, possuem um percentual de investimentos em estoque relativamente
baixo, o que denota que seus ramos de atuação possivelmente proporcionam um
giro mais rápido dos estoques. As demais empresas possuem elevados
percentuais de investimentos em estoque, e a maioria está na ordem de 30% a
40% em relação aos seus ativos totais. Isso demonstra que possivelmente estas
empresas têm um lead time maior e, assim, o tempo de processamento e de giro
destes estoques também é grande.
Talvez um bom trabalho em marketing possa contribuir para que estes estoques
tenham um giro mais rápido e assim as empresas possam reduzir o volume de
recursos investidos nesta área.
Chopra e Meindl (2003, p. 226, grifo dos autores) a este respeito enfatizam que:
O nível de disponibilidade do produto é medido usando-se o nível de serviço por ciclo
ou o grau de atendimento. O nível de disponibilidade do produto mede a fração de
demanda do cliente que é satisfeita com o estoque disponível. O nível de
disponibilidade do produto é também denominado nível de serviço ao cliente. O nível
de disponibilidade do produto é parte importante da responsividade de qualquer
cadeia de suprimento. A cadeia de suprimento pode adotar um alto nível de
disponibilidade do produto para melhorar sua responsividade e atrair consumidores.
Isso aumenta as receitas da cadeia de suprimentos devido ao crescimento nas vendas
e à garantia de disponibilidade do produto quando os clientes aparecem para efetuar
uma compra. Entretanto, o alto nível de disponibilidade do produto exige grandes
estoques e grandes estoques costumam elevar os custos da cadeia de suprimentos.
Observa-se então que uma boa ferramenta para controle de estoques e uma
contribuição para a minimização dos custos da cadeia de suprimentos está no uso
do cálculo do ponto de ressuprimento.
Uma das características mais importantes da logística de suprimentos é o
planejamento do inventário dos estoques. Como é um recurso que demanda
elevados valores de investimentos e é o principal item gerador das riquezas da
empresa, nada mais importante que tomar certos cuidados na gestão destes
recursos.
Mas, como gerir estes recursos?
Uma das formas utilizadas na gestão é a identi�cação da quantidade a ser
adquirida e a de�nição adequada da época para que ocorram estas aquisições.
2.2 PLANEJAMENTO DO INVENTÁRIO -
2.2.1 Quando pedir a reposição do estoque -
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Várias empresas sofrem com diversos fatores externos a ela e que condicionam a
sua existência no mercado. Entre alguns fatores, citam-se o marketing e as
políticas do governo. Por exemplo, existem incentivos a determinados segmentos
industriais, como o automobilístico e o de produtos eletrodomésticos, que estão
relacionados à redução da carga tributária. Como o mercado consumidor é
impulsionado pela oferta de produtos com preços reduzidos, a tendência é que
estes segmentos da economia tendem a aquecer o mercado, e a busca
desenfreada por estes produtos a partir do mercado consumidor acelera o sistema
de produção das empresas industriais.
Sobre a reposição do estoque, vamos buscar em Ballou (2011, p. 344-345) a sua
contribuição a respeito:
relações privilegiadas com poucos fornecedores e transportadores;
informação compartilhada entre compradores e fornecedores;
produção/compra e transporte de mercadorias em pequenas quantidades são
frequentes e se traduzem em níveis mínimos de estoques;
eliminação das incertezas sempre que possível ao longo do canal de
suprimentos;
metas de alta qualidade.
A programação just intime (JIT) é uma �loso�a operacional que representa alternativa
ao uso de estoques para que se possa cumprir a meta de disponibilizar os produtos
certos, no lugar certo e no tempo certo. É uma maneira de gerenciar o canal de
suprimentos de materiais popularizada a partir da experiência dos japoneses, que a
desenvolveram com base nas circunstâncias econômicas e logísticas diferenciadas em
seu país nos últimos 40 anos.
[...]
Suas características principais:
De acordo com Ballou, as metas de alta qualidade estão relacionadas à
implantação do JIT. Com a redução dos níveis de estoque devido às parcerias
clientes/fornecedor, é possível otimizar a movimentação interna de mercadorias.
Com o método just in time (JIT), as empresas necessitam fortemente manter
parcerias com os seus fornecedores, e estes geralmente devem estar próximos
aos fabricantes dos produtos. Há características positivas quanto a isto, já que
reforça o compromisso de parceria entre elas, mas há risco de algum desses
fornecedores ir à falência e, assim, romper a parceria.
É interessante que estas empresas aproximem as suas relações operacionais e
�nanceiras para evitar uma possível ruptura entre elas.
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No que tange ao ponto de ressuprimento, o mesmo é muito bem aceito quando
há aquecimento do mercado, pois, com o mercado consumidor em alta, as
empresas necessitam agilizar os seus processos industriais.
Com esse aquecimento do mercado, os níveis de abastecimento de matéria-prima
se tornam mais rápidos, e as empresas necessitam determinar o momento de
realizar as compras dos seus estoques.
Conforme Bowersox, Closs e Cooper (2006, p. 247),
[…] o ponto de reabastecimento de�ne quando um embarque de reposição deve ser
iniciado. O ponto de reposição pode ser especi�cado em termos de unidades ou de
dias de suprimentos. Essa discussão concentra-se na determinação dos pontos de
reposição sob condições de certeza de demanda e do ciclo de desempenho.
Isso nos remete ao entendimento de que devemos identi�car o ciclo de produção
com a demanda em unidades necessárias para atender esse ciclo. É em
circunstâncias de mercado aquecido que esse ciclo se torna mais rápido, e é
necessário que os gestores da cadeia de suprimentos �quem atentos para evitar
estoques em demasia.
Para isso buscamos em Bowersox, Closs e Cooper (2006, p. 247) a seguinte
fórmula do ponto de reposição:
R = D x T
Onde
R = Ponto de reposição em unidades
D = Demanda média diária em unidades
T = Duração média do ciclo de desempenho em dias
Agora vamos ilustrar na prática a resolução desta fórmula.
Imaginemos uma demanda de 40 unidades ao dia com um ciclo de desempenho
de 10 dias. Qual é a quantidade a ser pedida?
R = D x T 
R = 40 unidades ao dia x 10 dias
R = 400 unidades em 10 dias
Assim, podemos identi�car que o tempo de reposição de estoques encontra-se a
cada 10 dias entre um pedido e outro, bem como o estoque de reposição estará
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com 400 unidades para atender a demanda produtiva até que o produto seja
entregue.
O outro ponto a ser planejado pelo gestor de suprimentos da empresa está em
identi�car as quantidades necessárias para atender a sua demanda produtiva.
Situações de cadeia de abastecimento com lead times maiores dependem de um
volume bem maior de reposição em quantidades, e empresas com lead times
menores irão depender de menores quantidades de reposição dos seus estoques.
  
Além de de�nir a época para reposição de estoque, é necessário identi�car
também a quantidade a ser adquirida e, nesse caso, é necessário observar
algumas situações importantes. 
O tamanho do lote equilibra o custo de manutenção de inventários com o custo dos
pedidos. A chave para entender essa relação é lembrar que o inventário médio é igual
à metade da quantidade do pedido. Portanto, quanto maior a quantidade do pedido,
maior o inventário médio e, consequentemente, maior o custo anual de manutenção.
Porém, quanto maior a quantidade do pedido, menos pedidos serão feitos por período
de planejamento e, consequentemente, mais baixo será o custo total. Fórmulas para a
quantidade de lotes identi�cam as quantidades precisas, cujo custo total anual
combinado dos custos de pedido e de manutenção de inventário é o mais baixo para
um determinado volume de vendas. (BOWERSOX; CLOSS; COOPER, 2006, p. 247).
Para entendermos o raciocínio dos autores, vamos buscar a ferramenta do Lote
Econômico de Compra (LEC), que permite identi�car a quantidade que
supostamente atende a demanda onde os custos sejam relativamente estáveis
durante um determinado período. Este modelo tem por incumbência apurar o
menor custo combinado entre o pedido e a manutenção dos inventários da
empresa.
Matematicamente, esta relação de quantidades é apurada com uma fórmula
padrão para o LEC, apresentada por Bowersox, Closs e Cooper (2006, p. 248),
conforme a seguir.
2.2.2 Quanto pedir na reposição do estoque -
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LEC = Lote Econômico de Compra
C = Custo por pedidoo
C = Custo anual de manutenção do inventárioi
D = Volume anual de vendas, unidades
U = Custo por unidade
 
Vamos aplicar esta fórmula em um exemplo prático, onde o custo por pedido é R$
19,00, o volume de vendas anual é 2.400 unidades, o custo anual de manutenção
do inventário é estimado em R$ 0,20 e o custo de cada unidade das peças de
reposição é de R$ 5,00.
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LEC = 302 unidades
Para entendermos este resultado, Bowersox, Closs e Cooper (2006, p. 248)
esclarecem que:
Para se bene�ciarem do sistema de compras mais econômico, os pedidos de
quantidade devem ser de 302 unidades em vez de 100, 200 ou 600. Dessa forma,
oito pedidos seriam feitos durante o ano e o inventário básico médio seria de 150
unidades. 
Mas esta ferramenta possui algumas limitações e peculiaridades que devem ser
observadas e, para isso, Bowersox, Closs e Cooper (2006, p. 248) a�rmam:
Ao mesmo tempo em que o modelo do LEC determina a quantidade de reposição ideal,
ele impõe algumas condições um tanto rígidas. As principais condições impostas pelo
modelo simples do LEC são: 1) que toda a demanda seja atendida; 2) que a taxa de
demanda seja contínua, invariável e conhecida; 3) que o tempo do ciclo de
desempenho da reposição seja invariável e conhecido; 4) que o preço do produto seja
invariável, independentemente da quantidade do pedido ou do tempo; 5) que o
horizonte de planejamento seja in�nito; 6) que não haja interação entre os múltiplos
itens do inventário; 7) que não haja nenhum inventário em trânsito; e 8) que a
disponibilidade de capital seja ilimitada.
Embora o cálculo do ponto de ressuprimento seja importante para que o
administrador do estoque (cadeia de suprimentos) possa identi�car as
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necessidades ideais para reposição dos produtos na empresa, as limitações que
são impostas são matemáticas. De acordo com a citação anterior, a demanda do
estoque deve ser linear com investimento ilimitado e não pode ocorrer nenhum
tipo de interferência do mercado, pois a fórmula estudada anteriormente não
permite calcular certas variáveis que o mercado nos coloca.
Assim como todas as operações da empresa que possuem custos relacionados à
sua manutenção e visam sua permanência no mercado, outros custos são
preponderantes e essenciais para promover a perenidadeda empresa.
A manutenção do estoque também tem um custo a ser analisado pelos gestores
logísticos, com especial observação para alguns itens importantes, de acordo com
Bowersox e Closs (2010, p. 232-233):
a) Custo de capital. O aspecto mais controverso do custo de manutenção de
estoque é a determinação da taxa de custo mais apropriada a ser aplicada ao
capital investido. A experiência de muitas empresas mostra que os valores
variam entre a taxa de juros básica (prime rate) e 25%. O motivo para usar a
taxa de juros básica, ou outra taxa praticada no mercado �nanceiro, é que ela
seria uma taxa de oportunidade com que o mercado estaria disposto a
remunerar o capital se este não estivesse investido em estoque. Quando são
usadas taxas mais altas, estas são aquelas aplicadas no retorno do
investimento de todo o capital da empresa. Recursos investidos em estoque
perdem seu poder de gerar lucro, restringem a disponibilidade de capital e
limitam outros investimentos.
b) Impostos. Nos Estados Unidos, algumas regiões tributam estoque como
propriedade enquanto está armazenado em instalações de distribuição. A
alíquota de imposto e a base de cálculo geralmente diferem de região para
região. Normalmente, o imposto é calculado sobre o volume de estoque em
determinado dia do ano ou sobre o estoque médio de determinado período.
Algumas regiões não tributam estoque.
c) Seguro. Normalmente, o custo do seguro é calculado com base em
estimativa de risco ou exposição a risco, em determinado período. Risco e
exposição dependem da natureza dos produtos e das instalações de
armazenagem. Produtos de grande valor, facilmente sujeitos a roubo, e
produtos perigosos, como combustíveis, têm custos de seguro mais elevados.
O custo de seguro também depende de características preventivas nas
instalações, como câmaras de segurança e sistemas automáticos de extinção
de incêndio.
2.3 CUSTO DE MANUTENÇÃO DO ESTOQUE -
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d) Obsolescência. É a perda de utilidade de um produto armazenado que não
está coberto por seguro. Os cálculos desse custo são baseados na
experiência passada relativamente a quantidades de produtos que devem ter
seus preços rebaixados e quantidades que devem ser descartadas. O
conceito de obsolescência também pode ser ampliado para incluir produtos
que se tornam obsoletos pelo modelo. O custo de obsolescência deve ser
tratado com cautela e deve ser limitado à perda direta relativa à
armazenagem de estoque.
e) Armazenagem. O custo de armazenagem refere-se ao custo de
permanência incorrido com as instalações, sem considerar o custo de
manuseio dos produtos. Esse custo deve ser atribuído especi�camente aos
produtos, pois não tem relação direta com o valor do estoque. Dependendo
do tipo de depósito usado (público ou próprio, por exemplo), o custo total de
armazenagem pode ser direto ou pode necessitar de apropriação.
Percebe-se que o custo de capital na manutenção dos estoques é tão fundamental
quanto o próprio valor do seu custo de reposição, pois o custo de capital envolve
taxas de captações de recursos �nanceiros do mercado.
Os recursos �nanceiros do mercado geralmente são remunerados por taxas de
juros. Devemos entender que quanto mais a empresa investe em estoques físicos,
menos recursos �nanceiros ela terá e, em casos de necessidade de recursos
�nanceiros para outros investimentos, a empresa acabará optando por captações
no mercado �nanceiro. Por exemplo, se a empresa disponibiliza o valor de R$
1.000.000,00 em estoque, então ela não tem esse valor no seu caixa. Em caso de
necessidade de captação de recursos no mercado �nanceiro, a uma taxa de 6% ao
ano, signi�ca que ela teve uma perda de oportunidade em R$ 60.000,00, o que
deve ser considerado como custo de estoque.
Não é comum ocorrer no Brasil, porém é importante conhecer os aspectos da
tributação dos impostos nos estoques, prática esta realizada nos Estados Unidos.
Em certas regiões da América, enquanto os estoques estiverem armazenados e
não estiverem em circulação, ou seja, não estão gerando recursos para a empresa
e, por consequência, não estão gerando empregos e renda, o governo tributa em
um determinado percentual (embora isso não ocorra em alguns estados norte-
americanos). Caso isso ocorra naquele país e alguma empresa brasileira estiver
importando alguma mercadoria, esta também sofrerá com esses custos adicionais.
O seguro sobre os estoques também tem fundamental importância no cálculo do
seu custo de estocagem, pois fatores como incêndio, roubo, ações de natureza
climática podem gerar grande in�uência nos resultados de uma empresa, caso
esta não tiver o seu estoque devidamente assegurado. Na ocorrência de algum
tipo de sinistro, a empresa que não tiver os seus estoques segurados incorrerá em
sérios problemas, tanto na manutenção do próprio estoque como no resultado
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o preço ou custo de fabricação do produto conforme as quantidades pedidas;
o custo de preparação do processo de produção;
o custo do processamento de um pedido pelos departamentos de
contabilidade e compras;
econômico e �nanceiro, pois a perda do valor de estoque decorrente do não
ressarcimento de uma indenização reduzirá signi�cativamente o seu lucro. E no
caso de a empresa conseguir o ressarcimento do estoque decorrente de algum
tipo de perda, terá grandes chances de equilibrar as suas perdas com o
ressarcimento pela indenização do seguro e reduzir signi�cativamente o impacto
do seu resultado, não reduzindo o seu lucro.
Perdas decorrentes da obsolescência tecnológica ou de mercado de alguns tipos
de produtos também geram determinados custos de estocagem não previstos. A
empresa deverá promover a redução de seus preços de venda devido a uma
situação que não foi planejada. Situações como esta somente poderão ser
contornadas caso a empresa atue em um ramo que possua rápido giro de seus
estoques, não dependendo exclusivamente de fatores como sazonalidade, moda
ou características tecnológicas.
Outro aspecto relevante são os custos da armazenagem, que é o que leva em
conta os custos da permanência dos estoques nos armazéns, pois estes utilizam
espaços físicos que, se não forem rapidamente circulados (circulação da
mercadoria), consomem uma grande parcela do custo da depreciação do prédio
do armazém, se for da própria empresa, ou do aluguel do armazém, se não for da
própria empresa.
Vejamos o caso de uma empresa que mantém um valor de aluguel mensal em R$
30.000,00. Se ela tiver dois tipos de produtos com a mesma quantidade e o mesmo
valor agregado, mas um tipo de produto �ca estocado 10 dias, então o valor do
aluguel apropriado para este produto será de R$ 10.000,00, e o outro produto �ca
estocado 20 dias, então o custo proporcional do aluguel para este estoque será de
R$ 20.000,00. Essa conta, a princípio, é muito fácil, mas empresas com grande
volume e variedade de estoques devem optar por cálculos informatizados para
melhor acurácia destes custos de armazenagem. 
Ballou (2011) complementa que as três classes gerais de custos relevantes de
estoques estão pautadas em:
Custos de aquisição: os custos com a aquisição de mercadorias para a reposição
dos estoques são quase sempre uma signi�cativa força econômica que determina
as quantidades de reposição. Esses custos podem incluir:
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o custo de transmissão do pedido ao ponto de ressuprimento, normalmente
pela utilização de correios ou meios eletrônicos;
o custo do transporte do pedido quando as tarifas de transporte não fazem
parte de compra dos produtos; e
o custo de qualquer manuseio ou processamento dos produtos no ponto de
recepção.Custos de manutenção: os custos de manutenção dos estoques são aqueles
resultantes do armazenamento, ou propriedade, de produtos durante um
determinado período, proporcionais à média das quantidades de mercadorias
disponíveis.
 
Custos de falta de estoques: esses custos ocorrem quando um pedido não pode
ser atendido a partir do estoque ao qual é normalmente encaminhado. São dois os
tipos desses custos: o das vendas perdidas e o de pedidos atrasados.
Ainda de acordo com Ballou (2011), para o gerenciamento dos gastos com
estoques há necessidade de apurar os custos, como os de aquisição, que
envolvem especi�camente o próprio valor da matéria-prima, o custo do transporte
ou locomoção, o custo para o preparo do processo da produção que envolve todas
as etapas da logística interna da empresa, inclusive as atividades relacionadas com
a área de compras.
S
A área de compras envolve as atividades dos custos logísticos pelo método
de custeio ABC, que veremos no Tópico 3 desta unidade.
Os custos de aquisição englobam também o custo da transmissão do pedido
(exemplo: via Sedex pelo correio) e todos os custos do manuseio dos materiais,
como armazenagem, transporte das mercadorias entre as centrais de
abastecimento e outros.
Os custos de manutenção dos produtos são aqueles gastos com a propriedade
dos produtos (utilização dos espaços físicos existentes na fábrica) e todos os
gastos necessários para os seus controles.
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Outro aspecto importante, conforme Ballou (2011), é o custo da falta de produtos
em estoques, que envolve as perdas com as vendas não realizadas, pois os lucros
embutidos nessas vendas acabam não sendo efetuados.   
Devem-se considerar também os pedidos em atraso, pois podem ocasionar
possíveis perdas de vendas futuras, já que as parcerias poderão ser rompidas com
este tipo de procedimento, em função de não haver mais garantias de
cumprimento de prazos (os clientes buscariam outros fornecedores).
Estes fatores são preponderantes para o cálculo dos custos dos estoques e devem
ser levados em consideração para que se evite qualquer tipo de perda no
resultado.
O gestor deve conhecer com determinada profundidade a tendência e os
acontecimentos do mercado onde a empresa atua, para determinar as necessidades
de controle de estoque.
           
Conforme Bowersox e Closs (2010, p. 254-255),
O gerenciamento de estoques é o processo integrado pelo qual são obedecidas as
políticas da empresa e da cadeia de valor com relação aos estoques. A abordagem
reativa ou provocada usa a demanda dos clientes para deslocar os produtos por meio
dos canais de distribuição. Uma �loso�a alternativa é a abordagem de planejamento,
que projeta a movimentação e o destino dos produtos por meio dos canais de
distribuição, de conformidade com a demanda projetada e com a disponibilidade dos
produtos.
Na abordagem reativa, o planejamento das ações é fundamental para
proporcionar à empresa melhores condições de mapear todas as movimentações
e os destinos dos seus produtos, aproveitando as informações que a empresa
possui sobre os canais de distribuição existentes e considerando a capacidade
instalada de produtos disponíveis (capacidade física e �nanceira para a
manutenção dos estoques) e a demanda que a empresa pode atingir de acordo
com o seu histórico de informações e as informações geradas no seu sistema.
Isso quer dizer que a empresa consegue atender a demanda com as informações
geradas por intermédio das atividades do canal de distribuição.
2.4 POLÍTICAS DE GERENCIAMENTO DE ESTOQUE -
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- Há demanda a ser atendida?
- Há estoques su�cientes para atender essa demanda?
- Os canais de distribuição estão devidamente mapeados para atender essa
demanda?
Para se certi�car de que tudo está devidamente em ordem, o gestor de
estoques deve checar estas informações.
Conforme Bowersox e Closs (2010, p. 258), em primeiro lugar, “[...] o sistema
reativo de estoques, como indica seu nome, responde às necessidades de controle
de estoques de uma empresa, ao longo do canal de distribuição”. 
Podemos entender que é o canal de distribuição que responde às necessidades de
estoque da empresa, porque é através dele que a empresa consegue identi�car a
demanda de consumo.
Segundo Bowersox e Closs (2010, p. 258),
A �m de proporcionar um conhecimento mais pormenorizado do sistema reativo do
controle de estoques, são abordadas a seguir suas principais hipóteses e implicações.
Em primeiro lugar, o sistema baseia-se na hipótese de que todos os clientes, mercados
e produtos contribuem igualmente para os lucros. [...] um sistema puramente reativo
minimiza movimentos antecipados de estoques e, assim, elimina a necessidade de
movimentos de grandes volumes de produtos.
Assim, não há necessidade de grandes volumes de estoque se o próprio canal de
distribuição tem determinados clientes ou mercados que já têm uma quantidade
de consumo regular de estoques. Por exemplo, o produtor de peças de reposição
de um veículo modelo X, ano de fabricação Y, sabe que se a fábrica produziu dois
milhões de veículos com essa característica, ele terá que produzir em média dois
milhões de pares de amortecedores dianteiros ou traseiros para atender essa
demanda, já que as peças possuem um tempo de vida útil e, portanto, a cada
período, em condições normais de uso, há a necessidade de consumo dessa peça
de reposição.
Bowersox e Closs (2010, p. 259) a�rmam: “[...] em segundo lugar, esse sistema
assume que não existem limitações signi�cativas de fabricação e de capacidade de
armazenagem. Essa hipótese, que limita sensivelmente o sistema, implica que o
produto pode ser fabricado e armazenado livremente até ser exigido pelo centro
de distribuição”.    
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De acordo com o exemplo da fábrica de autopeças de reposição, a empresa não
necessariamente precisa entregar todo o volume de peças de reposição em um
mesmo período, pois fatores como durabilidade fazem com que essas peças sejam
repostas em determinados períodos intercalados.
Isso signi�ca que a empresa fabricante de peças de reposição poderá produzir e
estocar determinados volumes até atender a demanda necessária e depois repor
os produtos entregues, sabendo-se que há pelo menos um número aproximado
de dois milhões de pares de amortecedores dianteiros a serem repostos.
           
Dando continuidade ao raciocínio de Bowersox e Closs (2010, p. 259),
Em terceiro lugar, o sistema reativo de estoques supõe a existência de disponibilidade
in�nita de estoques na fonte de suprimentos. Por outras palavras, não existem
limitações de capacidade e de disponibilidade de estoques. A combinação da segunda
e da terceira hipóteses implica relativa certeza de prazo de ressuprimento.
Em relação à quantidade in�nita de estoque, podemos exempli�car o setor de
alimentos, onde há sempre reposição de estoques, pois a população
inde�nidamente consome determinados produtos sem que haja necessidade de
marketing. Exemplo: o arroz, esse alimento contém substâncias e nutrientes para
o nosso corpo (há raros casos de pessoas que não consomem arroz, por não
satisfazer ao paladar ou por questões de saúde). Os supermercados sabem a
demanda de clientes que eles atendem e as empresas bene�ciadoras do arroz
conhecem a demanda a ser atendida.
Em quarto lugar, Bowersox e Closs (2010, p. 259) enfatizam que:
[...] as regras desse sistema consideram que o tempo de ressuprimento é previsível e
que a duração desses períodos é independente. Isso signi�ca que o tempo de entrega
de cada pedido é um evento aleatório e que suas variações não afetam
necessariamenteos pedidos seguintes de ressuprimento.
Para melhor compreender, vejamos o exemplo do arroz. Uma empresa
bene�ciadora de arroz tem o seu tempo de ressuprimento com certa
previsibilidade. Se ela sabe que o mercado consumidor de determinada localidade
consome uma tonelada de arroz parboilizado a cada semana, então a empresa
semanalmente atende o ponto de ressuprimento de uma tonelada de arroz
parboilizado para atender o mercado consumidor.
“Em quinto lugar, o sistema funciona com mais e�ciência quando os per�s de
demanda dos clientes são relativamente estáveis e consistentes.” (BOWERSOX;
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CLOSS, 2010, p. 259).
Seguindo o raciocínio dos autores, no exemplo do arroz parboilizado, a demanda
de clientes é estável e consistente, pois já existe um determinado padrão de
quantidades a serem fornecidas.
Este caso pode sofrer algumas alterações quanto ao fornecimento de
determinados alimentos de acordo com estações do ano, por exemplo, o pinhão,
que só é consumido no inverno. Neste caso, já existe o histórico dos anos
anteriores que informa a demanda existente.
Segundo Bowersox e Closs (2010, p. 259), “[...] em sexto lugar, o sistema reativo de
controle de estoques determina o momento e a quantidade dos pedidos de
ressuprimento de cada centro de distribuição independentemente uns dos outros,
incluindo fontes de suprimento”. 
Neste sistema reativo de controle de estoques funciona o sistema de produção em
determinados segmentos, como a produção de lavadoras de roupas. As lavadoras
de roupas têm consumo o ano todo, mas em determinadas épocas do ano, como
em datas especiais (Dia das Mães e Natal), o sistema de produção já aciona todo o
ciclo de ressuprimento e de produção para atender a demanda. Isso também se
aplica a outras áreas de produção de bens de consumo (televisores, geladeiras
etc.).
Para Bowersox e Closs (2010, p. 259), “[...] a última característica dos sistemas
reativos dos controles de estoques é não considerar que a duração do tempo de
ressuprimento está relacionada à demanda”. É porque a produção também busca
atender outros mercados consumidores, por exemplo, uma empresa fabricante de
roupas que visa atender determinadas regiões do país. Se o número de
ressuprimentos realizados for 10 durante certo período, alguns ressuprimentos
destes podem ter sido feitos com uma maior quantidade atendendo a demanda
extra, e assim por diante.
Há setores da produção, por exemplo, as montadoras de veículos, que adquirem
insumos e demais componentes de um veículo em demasia, algumas vezes
extrapolando as necessidades do mercado de consumo de veículos no âmbito
nacional. Para evitar este problema, as montadoras adotam o sistema do estoque
cíclico, para não deixar faltar componentes da matéria-prima, mesmo que reduza
a sua quantidade de consumo. Entende-se esta quantidade de consumo como
sendo a demanda necessária para atender os potenciais clientes que adquirem
veículos.
           
2.4.1 Estoque cíclico em cadeia de suprimento -
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Conforme Chopra e Meindl (2003, p. 140), “[...] o estoque cíclico é o estoque médio
construído na cadeia de suprimentos quando um estágio da cadeia produz ou
compra em lotes maiores do que os necessários para atender a demanda do
cliente”. Os autores a�rmam que, “[...] quando a demanda é constante, o estoque
cíclico e o tamanho do lote relacionam-se” (CHOPRA; MEINDL, 2003, p. 141), de
acordo com a seguinte fórmula:
 
Logo, o estoque cíclico é determinado por 50% do tamanho do lote de cada
ressuprimento. Isso quer dizer que, independente do número de ressuprimentos
que possam surgir a cada metade do lote anterior, faz-se um novo pedido. Mesmo
reduzindo a demanda por consumo dos produtos, a empresa continuará
produzindo para outros mercados, incluindo o mercado externo.
Tomemos como exemplo uma empresa que tem o tamanho do lote em 1.000
unidades. Seguindo o raciocínio da fórmula, o estoque cíclico será de 500
unidades.
Devemos também conhecer os tipos de estoques existentes na empresa, os quais
têm por �nalidade funcionar como reguladores do �uxo de negócios. Assim,
lembrando que eles podem ser relacionados no balanço patrimonial da empresa,
na conta estoque como subcontas, podemos relacioná-los da seguinte forma:
    
a) Produtos acabados
São produtos fabricados pela própria empresa e que se encontram prontos e
disponíveis para a venda. Podem estar estocados na fábrica, em depósitos, em
�liais ou em consignação com terceiros.
Segundo Martins e Alt (2009, p. 171), este tipo de estoque é constituído por
[...] itens que já estão prontos para ser entregues aos consumidores �nais. São os
produtos �nais da empresa. Os produtos acabados são bem conhecidos por nós em
nosso dia a dia, e itens como os de revenda enquadram-se nesta categoria.  
b) Mercadorias para revenda
Compreendem os produtos que são adquiridos de terceiros com o objetivo de
revendê-los, sem que ocorra qualquer processo de transformação na empresa.
2.5 TIPOS DE ESTOQUES -
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c) Produtos em elaboração
Este tipo de estoque envolve todas as matérias-primas requisitadas que estão em
processo de transformação. “Correspondem a todos os itens que já entraram no
processo produtivo, mas que ainda não são produtos acabados. São os materiais
que começaram a sofrer alterações, sem, contudo, estar �nalizados. Muitas
pessoas usam a expressão ‘produtos que estão no meio da fábrica’ para designá-
los”. (MARTINS; ALT, 2009, p. 170, grifos nossos).
d) Matérias-primas
É o conjunto de matérias-primas ou materiais mais importantes e essenciais que
sofrem transformações no processo produtivo. Sua composição e natureza são
diversi�cadas e dependem do ramo de atuação da indústria. Normalmente,
representa um valor signi�cativo em relação ao total dos custos da produção.
e) Materiais de acondicionamento e embalagem
São todos os materiais utilizados na embalagem do produto ou no seu
acondicionamento para remessa.
f) Materiais auxiliares
Correspondem aos estoques de materiais utilizados no processo industrial
considerados de menor importância. Estes itens podem ser apropriados
diretamente ou não ao produto e são caracterizados por não terem uma
representação signi�cativa no valor global do custo de produção e pela di�culdade
de serem identi�cados �sicamente no produto.
g) Manutenção e suprimentos gerais
Refere-se aos estoques de materiais utilizados em consertos, lubri�cação, pintura,
en�m, na manutenção de máquinas, equipamentos, edifícios etc.
h) Almoxarifado
           
Cada empresa tem as suas peculiaridades e necessidades, e o almoxarifado
engloba todos os itens de estoque de consumo geral. Exemplo: produtos de
alimentação do pessoal, materiais de escritório, peças em geral e uma variedade
de itens. Geralmente representam uma quantidade muito grande de itens, mas de
pequeno valor total, não afetando os resultados �nanceiros da empresa.
2.6 ARMAZENAGEM-
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localiza ção;
dimensão da área;
arranjo físico e baias de atracação;
equipamentos para movi mentação;
tipo e sistemas de armazenagem;
sistemas informatizados para localização de estoques; e
mão de obra disponível.
A armazenagem consiste em um conjunto de atividades relacionadas à
administração do espaço necessário para manter os estoques. Ao projetar um
armazém, deve-se atentar para os seguintes itens:
Para o armazém ter um funcionamento adequado, é essencial dispor de um
sistema rápido para transferênciada carga, imobi lizando o veículo durante o
menor tempo possível. Além disso, existem diversos tipos de estruturas utilizadas
na armazenagem para o melhor aproveitamento do espaço e também de acordo
com os tipos de carga existentes. O modelo de estruturas de armazenagem que
formam estantes (porta-paletes) para abrigar os paletes pode ser observado nas
�guras a seguir, tanto do ponto de vista lateral como frontal.
FIGURA 52 – VISTA FRONTAL DO PORTA-PALETE
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FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/3aguF5M>. Acesso em: 28 fev. 2013. 
FIGURA 53 – VISTA LATERAL DO PORTA-PALETE
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FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/3aguF5M>. Acesso em: 28 fev. 2013.
Percebe-se que a frente e a lateral da estrutura para colocar os paletes possuem
uma formação com duas colunas, uma ao fundo e outra, à frente. A vantagem
desse tipo de estrutura está em otimizar o espaço físico e organizar os produtos
armazenados por lotes. Porém, deve-se tomar cuidados quanto ao prazo de
validade desses produtos, evitando que a coluna do fundo deixe de ser
movimentada.
Vejamos os principais tipos de porta-paletes:
a) Porta-paletes convencional: é um modelo bastante utilizado pelas
empresas que têm a incumbência da armazenagem, pois há necessidade de
observar os tipos de cargas dos paletes, que podem variar substancialmente.
Os paletes podem ser armazenados em qualquer tipo de posição da
estrutura nas áreas de armazenagem, uma vez que não existem construções
ou obstáculos que inter�ram na sua movimentação.
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A �gura a seguir apresenta um modelo de estrutura de armazenagem para porta-
paletes convencional.
FIGURA 54 – PORTA-PALETES CONVENCIONAL
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/3aguF5M>. Acesso em: 28 fev. 2013.
A vantagem desse tipo de estrutura é a rapidez nas operações de carga e descarga,
já a desvantagem é que, em função dos diferentes tamanhos ou tipos de paletes,
pode-se ocupar demasiada área da armazenagem.
b) Porta-paletes em corredores estreitos: é uma estrutura que permite a
redução dos corredores de acesso, permitindo maior área de armazenagem.
Para este tipo de porta-paletes faz-se necessária a utilização de
empilhadeiras trilaterais, mas a desvantagem está em que, se houver pane
da empilhadeira, outra máquina não poderá acessar a área de
movimentação, pois a empilhadeira dani�cada estará obstruindo os trilhos
de acesso.
c) Porta-paletes no modelo transelevadores: essa modalidade permite um
melhor aproveitamento do espaço em relação à altura da área da
armazenagem, pois seu corredor de movimentação é menor do que os
espaços utilizados pela empilhadeira trilateral, conforme se observa na �gura
a seguir.
FIGURA 55 – PORTA-PALETES PARA TRANSELEVADORES
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FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/3aguF5M>. Acesso em: 28 fev. 2013.
Este tipo de porta-paletes permite controlar o estoque pelo tipo de controle PEPS
(Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) ou na sigla em inglês FIFO (First In, First Out).  
d) Porta-paletes autoportante: este porta-paletes elimina a utilização de áreas
físicas construídas por causa da utilização da estrutura de armazenagem
como suporte do fechamento das laterais e da cobertura, permitindo que
seja utilizada uma maior área de distribuição de armazenagem no piso, o que
possui re�exo na economia na construção das fundações.
e) Porta-paletes móvel: este modelo permite armazenar os paletes em forma
de blocos, porque são utilizados para produtos de baixo giro e alto valor
agregado. Como seu giro é baixo, não há necessidade de muita
movimentação das empilhadeiras, o que permite manter o estoque intocado
durante mais tempo. A sua vantagem é manter o estoque armazenado em
alta densidade (maior volume) e em uma menor área útil.
Além das estruturas de armazenagem que acabamos de conhecer, há outras com
características especiais que facilitam o processo de armazenagem, como veremos
a seguir:
Estrutura dinâmica (deslizante): este modelo é muito utilizado na indústria de
alimentos, por ser possível controlar o estoque no sistema PEPS (Primeiro a Entrar,
Primeiro a Sair). De acordo com o prazo de validade, é possível identi�car os
estoques mais antigos e que precisam ser movimentados em primeiro lugar. Para
que funcione, o palete é colocado em uma das extremidades do espaço de
armazenagem para que possa deslizar por trilhos ou pista de roletes até atingir a
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outra extremidade do espaço de armazenagem. Neste sistema, há redutores de
velocidade para que o palete mantenha a velocidade constante. Veja um modelo
deste tipo de estrutura na �gura a seguir:
FIGURA 56 – ESTRUTURA DESLIZANTE 
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/3aguF5M>. Acesso em: 28 fev. 2013.
Estrutura cantiléver: este modelo de estrutura é composto por colunas centrais e
braços para dar suporte às cargas, formando um tipo de uma árvore metálica. Este
modelo é utilizado para armazenagem principalmente de madeiras, barras, tubos,
tre�lados e pranchas, pois as empilhadeiras trabalham com poucos movimentos,
mas em grande quantidade. Os braços da estrutura cantiléver permitem
armazenagem de cargas de grande comprimento, conforme se observa na �gura a
seguir, em que a estrutura possui vista frontal.
FIGURA 57 – ESTRUTURA CANTILÉVER
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FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/3aguF5M>. Acesso em: 28 fev. 2013.
Estrutura drive-in e drive-thru: esta estrutura apresenta 100% de acessibilidade a
todo o estoque de maneira estática, mas a desvantagem é a inviabilidade do
aproveitamento volumétrico da área de armazenagem, pois há muita perda de
espaço formado por corredores e que poderiam ser melhor aproveitados com a
armazenagem. Veja um modelo na �gura a seguir.
FIGURA 58 – ESTRUTURA DRIVE-IN E DRIVE-THRU 
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FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/3aguF5M>. Acesso em: 28 fev. 2013.
Na estrutura drive-in o armazenamento é caracterizado pela colocação e retirada
dos materiais pelo mesmo corredor, isso quer dizer que o sistema de controle de
estoque deste modelo pode ser o UEPS (Último a Entrar e Primeiro a Sair) ou na
sigla em inglês LIFO (Last In First Out). Assim, conforme a �gura a seguir, torna-se
possível aproveitar melhor os espaços dos corredores com a armazenagem.
FIGURA 59 – ESTRUTURA DRIVE-IN
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FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/3aguF5M>. Acesso em: 28 fev. 2013.
Na estrutura drive-thru o modelo de estocagem permite a entrada dos materiais
em um lado do corredor e a saída dos materiais do outro lado do corredor,
conforme demonstra a próxima �gura. Há a desvantagem de menor
aproveitamento da área útil do armazenamento, pois do lado da entrada do
corredor nãoé possível visualizar o espaço vazio do lado da saída.
FIGURA 60 – ESTRUTURA DRIVE-THRU
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/3aguF5M>. Acesso em: 28 fev. 2013.
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Estrutura push-back:  é utilizada para que a empilhadeira empurre o palete por um
trilho com vários níveis, o que permite armazenagem em até quatro paletes na
profundidade (�gura seguinte). Esse tipo de armazenagem é conhecido por Glide
In – Gravity Feed, Push-Back (alimentado por gravidade, empurra e volta), porque o
palete da extremidade que é acessado pela empilhadeira empurra o próximo
palete contra a outra extremidade.
FIGURA 61 – ESTRUTURA PUSH-BACK
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/3aguF5M>. Acesso em: 28 fev. 2013.
Estrutura �ow-rack: esta estrutura geralmente é usada com uma caixa para o
despacho dos produtos. É como se a estocagem fosse feita no sistema de atacado
e a saída dos produtos no sistema de varejo. Pode ser utilizada como exemplo
uma distribuidora de livros em que os paletes com as caixas estão armazenados
por atacado, mas a partir de cada pedido que a distribuidora recebe são retirados
apenas os livros necessários para atender a necessidade do pedido e, nesse caso,
os livros são embalados em pequenas caixas para os seus clientes.
O fundamento básico do uso da logística no transporte é a precisão de suas
operações, tornando-o mais rápido, com melhor apro veitamento de carga. Mesmo
que o sistema de transporte da empresa seja terceirizado, é necessário fazer o
planejamento e a programação das entregas do produto �nal, para manter um
rígido controle dos custos e prazos.
Desta forma, o transporte logístico é o deslocamento de bens de um pon to a outro
da rede comercial, respeitando as restrições de integridade da carga e de con -
�abilidade de prazos. É fundamental para que eles cheguem ao seu ponto de
2.7 MOVIMENTAÇÃO (TRANSPORTE) -
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estabelecer o que transportar em peso e volume mensal, semanal e
diariamente;
de�nir o tipo de transporte a ser utilizado (rodoviário, ferroviário, aéreo,
marítimo ou �uvial);
de�nir o tipo de veículo a ser utilizado;
determinar as distâncias mínimas e máximas a ser percorridas;
estabelecer as entregas e retiradas com bloqueio de horário;
programar primeiramente as entregas e retiradas com horário
preestabelecido;
de�nir tráfego e horário para carga pe rigosa ou perecível;
executar o PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai);
de�nir a necessidade de criação de entre posto, armazém regional ou distrital;
determinar a porcentagem do custo de transporte sobre o faturamento
líquido da empresa;
de�nir o programa computadorizado a ser utilizado;
elaborar os formulários de controle a ser utilizados.
Modal – é o deslocamento de carga por um único meio de transporte, em
que cada transportador emite seu próprio documento de transporte.
Intermodal – é o deslocamento de carga por vários meios de transporte, em
que um único transportador orga niza o transporte desde o ponto de origem,
via um ou mais pontos de interligação, até o ponto ou porto �nal.
Multimodal – quando o transportador que organiza o transporte assume
inteira responsabilidade pelo transporte “porta a porta” e emite um
documento único de transporte, o Conhecimento de Transporte Multimodal
de Cargas (CTMC).
aplicação, de forma a garantir o melhor desempenho dos investimentos dos
diversos agentes econô micos envolvidos no processo.
O planejamento de transporte deve levar em conta muitos fatores, entre os quais
destacamos os mais importantes:
 
Podemos ter como transportes os seguintes modais de carga:
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Vamos ver a seguir alguns modais:
a) Modal aéreo
 
É o tipo de transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado,
pequenos volumes ou com urgência na entrega. O transporte aéreo é vantajoso
por ser mais rápido e seguro, não necessita de embalagem mais reforçada
(manuseio cuidadoso), além de os custos serem menores com seguro, estocagem
e embalagem. É mais viável para o envio de amostras, brindes, bagagem
desacompanhada, partes e peças de reposição, mercadoria perecível, animais etc.
Tem como desvantagem a menor capacidade de carga e valor do frete mais
elevado em relação aos outros modais.
b) Modal ferroviário
É viabilizado por estradas de ferro. Embora seja vantajoso por seu menor custo de
frete, infelizmente a malha ferroviária brasileira é muito pequena,
aproximadamente 29.000 km, sendo que no estado de São Paulo há cerca de
5.400 km. Tem como principais vantagens a sua adequação para longas distâncias
e grandes quantidades, menor custo de seguro e menor custo de frete. E como
desvantagens ocorre a diferença na largura de bitolas, menor �exibilidade no
trajeto, necessidade maior de transbordo.
c) Modal hidroviário (�uvial)
É usado principalmente no transporte de soja, óleo vegetal, trigo, milho, açúcar,
cana-de-açúcar, sorgo, madeira e outros. Possui baixo custo do frete, pois
desenvolve papel importante na logística de transporte em algumas regiões do
Brasil. No Sul e Sudeste, tem forte integração com os países do bloco do Mercosul.
Tem como vantagens o custo baixo, carregamento de grande quantidade de carga,
baixo impacto ambiental. E como desvantagem, o seu transporte é regional, não
abrangendo todo o país.
d) Modal marítimo
É muito utilizado no comércio internacional ou de longo curso. Inclui os navios de
tráfego regular, pertencentes a conferências de frete, acordos bilaterais e os
outsides, os de rota irregular. Tem como vantagens a sua capacidade de carregar
qualquer tipo de carga com menor custo do frete. Como desvantagem, há a
necessidade de transbordo nos portos, maior exigência de embalagens, menor
�exibilidade nos serviços, aliado a frequentes congestionamentos nos portos.
    
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1. Oleodutos, que transportam, em sua maioria, petróleo, óleo combustível,
gasolina, diesel, álcool, querosene, GLP, nafta e outros.
2. Minerodutos, que transportam sal-gema, minério de ferro e concentrado
fosfático.
3. Gasodutos, que transportam gás natural. O Gasoduto Brasil-Bolívia (2.950 km
de extensão) é um dos maiores do mundo.
O transporte marítimo realizado ao longo da costa brasileira chama-se cabotagem,
e “grande cabotagem” é o transporte feito ao longo da costa até países vizinhos. O
maior problema da cabotagem está na regulamentação, nos impostos e na
infraestrutura portuária.
e) Modal rodoviário
No Brasil representa o maior tipo de modal de transporte, com cerca de 62% da
carga transportada. O transporte rodoviário caracteriza-se pela simplicidade de
funcionamento. Tem como vantagem o ponto de carga e ponto de descarga
(origem e destino), maior frequência e disponibilidade de vias de acesso, maior
agilidade e �exibilidade na manipulação da carga, facilidade na substituição do
veículo no caso de quebra, ideal para viagens de curta e média distâncias.
Como desvantagens temos os fretes mais altos em alguns casos, menor
capacidade de carga entre os modais, mais vulnerável ao roubo de cargas, menor
capacidade de carga e o maior custo operacional.
f) Modal dutoviário
Essa modalidade de transporte é uma das formas mais econômicas de transporte
para grandes volumes, como óleo, gás natural e derivados, se comparados com os
modais rodoviário e ferroviário.
 
Pode ser dividido em:
g) Transporte combinado
 
É o transporte de carga em um único carregamentoou veículo, através de uma
combinação entre modais rodoviário/fer roviário/aquaviário.
 
h) Transporte segmentado
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1. Empilhadeiras e tratores: são meios utilizados para abreviar o tempo de
movimento de produtos que demandam muito tempo e esforço se
executados manualmente, devido ao seu grande peso. O trabalho concentra-
se em empilhar os produtos e torná-los volumes únicos transportáveis de
uma só vez (unitização). Para isso, são utilizados equipamentos que variam
desde pequenas plataformas manuais (paletes) até pequenos tratores, que
se adequarão a cada situação, como quantidade e volume de carga, altura
máxima de elevação, capacidade de operação em corredores estreitos,
operação manual ou motorizada e velocidade.
2. Transportadores e esteiras: utilizados para bens pequenos e pesados, os
transportadores são o segundo método mais popular de movimentação
interna de produtos. Seu objetivo é o de transportar grande número de itens
em uma mesma rota. Os dois principais são os movidos à gravidade e os
mecânicos. O primeiro utiliza rodas, esferas e roletes para deslizar sobre um
plano inclinado com superfícies planas. O segundo, motorizado, e devido ao
maior custo, é utilizado em pequenas distâncias para mover produtos para
cima. Os transportadores de correias ou de rosca servirão melhor para
 
Quando a prestação de serviços for realizada por mais de um meio de transporte,
emitindo cada transportador o conhecimento de transporte e assumindo a
responsabilida de de transportar a mercadoria no trajeto que lhe competir
acontece o transporte segmentado.
i) Transportes sucessivos
Quando a mercadoria, para alcançar o destino �nal, necessitar ser transportada
para prosseguimento em veículo da mesma modalidade de transporte, regido por
um único contrato, existe transporte sucessivo.
O manuseio ou movimentação interna é o transporte de pequenas quantidades de
bens, em curtas distâncias,  em depósitos, fábricas, lojas e no transbordo entre
modais de transporte. O foco dessa operação é o baixo custo e a rapidez. Deve-se
ter a consciência de que pequenas ine�ciências repetidas representarão grandes
prejuízos, quando multiplicadas ao volume de produtos movimentados pelo
período de tempo. Mais do que em qualquer outra atividade logística, métodos e
equipamentos de movimentação interna apresentaram grande progresso.
a) Equipamentos de movimentação
Os mais comuns entre os equipamentos mecânicos são:
2.7.1 Manuseio de materiais -
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cargas a granel, como grãos e carvão. A vantagem deste método é a de
conciliar a atividade de seleção com movimentação.
3. Guinchos e semelhantes: esse método de manuseio interno não se limita à
operação em superfície, mas em área de armazenagem, não necessitando de
corredores; além disso, apresenta grande capacidade para mover cargas
extremamente pesadas, com agilidade e segurança. São utilizados,
especialmente, para carga e descarga de navios, manuseio de matérias-
primas, como aço e alumínio e transbordo de carga entre trens e caminhões.
O transelevador automático, destaque nos armazéns automatizados,
projetado para conservar espaço físico e reduzir mão de obra, é uma
plataforma eletrônica que armazena e pega produtos, geralmente
paletizados, em estantes.
RESUMO DO TÓPICO
A preocupação que os gestores das empresas precisam ter em relação aos
estoques da empresa está pautada em saber o momento certo para
aquisição das mercadorias, o volume mínimo necessário das quantidades de
mercadorias para evitar estoques em demasia e o nível de segurança dos
estoques mínimos que a empresa precisa manter para atender a demanda
da produção. Além disso, o montante de capital investido em estoque
também faz parte das preocupações do gestor da empresa.
O giro de estoque corresponde ao número de vezes em que o estoque está
sendo consumido na sua totalidade em determinado período (geralmente de
um ano).
b) Equipamentos auxiliares
Equipamentos auxiliares diminuem o dano no manuseio, otimizam espaços de
armazenagem, oferecendo boa organização de itens, com fácil reconhecimento e
manuseio.
Como exemplo, podem-se citar: os porta-paletes, sem prateleiras, para caixas, em
�leiras, de �uxo contínuo (�ow-through), de corredores móveis (drive-through), de
estrutura em A, removível e de piso duplo (double-deck).
Chegamos ao �nal do Tópico 2. Vamos fazer uma revisão do que estudamos até
agora?
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As técnicas para controle de estoque devem atender situações como
necessidades de produção e estratégias de marketing da empresa, pois em
muitos casos as empresas têm um alto volume de investimentos em estoque,
mas dependem das políticas de marketing para o seu giro.
Uma das características mais importantes da logística de suprimentos é o
planejamento do inventário dos estoques.
Uma das formas utilizadas na gestão é a identi�cação da quantidade a ser
adquirida e a de�nição adequada da época para que ocorram estas
aquisições.
A manutenção do estoque também tem um custo a ser analisado pelos
gestores logísticos com especial observação para alguns itens importantes,
de acordo com Bowersox e Closs (2010), tais como: custo de capital,
impostos, seguro, obsolescência e armazenagem.
Existem diversos tipos de estoques na empresa, os quais têm por �nalidade
funcionar como reguladores do �uxo de negócios e que são os seguintes:
produtos acabados, mercadorias para revenda, produtos em elaboração,
matérias-primas, materiais de acondicionamento e embalagem, materiais
auxiliares, manutenção e suprimentos gerais, almoxarifado.
A armazenagem consiste em um conjunto de atividades relacionadas à
administração do espaço necessário para manter os estoques.
Para o armazém ter um funcionamento adequado, é essencial dispor de um
sistema rápido para transferência da carga, imobi lizando o veículo durante o
menor tempo possível. Além disso, existem diversos tipos de estruturas
utilizadas na armazenagem para o melhor aproveitamento do espaço e
também de acordo com os tipos de carga existentes.
O manuseio ou movimentação interna é o transporte de pequenas
quantidades de bens, em curtas distâncias, em depósitos, fábricas, lojas e no
transbordo entre modais de transporte. O foco dessa operação é o baixo
custo e a rapidez.
AUTOATIVIDADES
UNIDADE 2 - TÓPICO 2
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A) Giro de 20 vezes. A empresa promoveu vendas em 20 vezes o valor
do estoque.
B) Giro de 5 vezes. A empresa promoveu vendas em 5 vezes o valor do
estoque.
C) Giro de 10 vezes. A empresa promoveu vendas em 10 vezes o valor
do estoque.
D) Giro de 25 vezes. A empresa promoveu vendas em 25 vezes o valor
do estoque.
Responder
A) Nível de ponto de ressuprimento.
B) Nível de serviço ao mercado fornecedor.
C) Nível de serviço ao cliente.
D) Nível de controle mínimo de estoque.
Responder
1   As empresas, além de gerenciar todos os processos da logística, necessitam
avaliar também se a capacidade do volume dos recursos aplicados está realmente
girando o su�ciente para prover esse retorno (lucro) para a empresa. Um
determinado produto realizou vendas anuais na ordem de R$ 2.000.000,00 com
um investimento médio em estoque no valor de R$ 100.000,00. Pergunta-se:
Qual é o giro de estoques que a empresa apurou com as informações dadas?
2   As indústrias deverão corrigir sua demanda de produção de acordo com o ciclo
ou grau de atendimento ao cliente. E esse atendimento é satisfeito com o nível de
estoque disponívelna empresa.
 
De acordo com essas informações, identi�que como é denominado o nível de
disponibilidade do produto.
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p
A) Kanban.
B) Operações de vendas casadas.
C) Suporte ao nível de abastecimento de acordo com coordenador
logístico local.
D) Just in time.
Responder
A) 500 unidades.
B) 100 unidades.
C) 450 unidades.
D) 300 unidades.
Responder
3   É uma das maneiras de gerenciar o canal de suprimentos com o uso de relações
privilegiadas com poucos fornecedores e transportadores e com informação
compartilhada entre compradores e fornecedores. Essa relação de gerenciamento
é uma �loso�a operacional que representa alternativa ao uso de estoques para
que se possa cumprir a meta de disponibilizar os produtos certos, no lugar certo e
no tempo certo.
 
Esse tema está em conformidade com o sistema:
4   A empresa precisa conhecer todos os tipos de movimentações �nanceiras e de
materiais que ela possui. Desta forma, precisa estar atenta ao nível de
reabastecimento. Então, se a empresa possui uma demanda de 50 unidades ao dia
com um ciclo de desempenho de 10 dias, qual é a quantidade a ser pedida de
acordo com o ponto de ressuprimento?
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Responder
A) reposição, transporte, lotes de produção.
B) armazenagem, manuseio, produtos.
C) reposição, manuseio, lotes de produção.
D) transporte, manuseio, clientes.
Responder
5   A empresa possui custos de manutenção de estoque que na verdade são os
gastos necessários para que ela mantenha estoques na empresa. Muitos são esses
gastos de manutenção, mas um deles envolve os gastos com armazenagem.
    De acordo com os dados anteriores, analise a seguinte frase:
O custo de _________________ é o custo de permanência incorrido com as
instalações, sem considerar o custo de _______________ dos produtos. Esse custo
deve ser atribuído especi�camente aos __________________, pois não tem relação
direta com o valor do estoque. Dependendo do tipo de depósito usado (público ou
próprio, por exemplo), o custo total de armazenagem pode ser direto ou pode
necessitar de apropriação. 
Agora, assinale as alternativas que se correlacionam com a frase anterior.
6   Uma empresa pode gerar os custos por falta de estoques e a consequência
geralmente aparece na insatisfação dos clientes.
    De acordo com os dados anteriores, analise a seguinte frase:
 
Os custos de falta de estoques ocorrem quando um pedido não pode ser
______________ a partir do estoque ao qual é normalmente encaminhado. São dois
os tipos desses custos: os de ________________ _________ e os de
__________________________.
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A) veri�cado, vendas atendidas, vendas geradas.
B) observado, indenizações geradas, produtos aceitos.
C) veri�cado, vendas perdidas, vendas geradas.
D) atendido, vendas perdidas, pedidos atrasados.
Responder
A) Um custo de venda perdida, o custo de pedidos atrasados.
B) Um custo de produto gerado, o custo de indenização gerada.
C) Um ganho de venda gerada, o custo de pedidos elaborados por
empresa terceirizada.
D) Um custo de produto gerado, o custo de pedidos enviados via mala
postal.
Responder
Tópico 1  Tópico 3
Agora, assinale a alternativa que apresenta a opção CORRETA:
7   A falta de estoques na empresa pode ser gerada por falta de gerenciamento da
cadeia de suprimentos. Essa falta de gerenciamento acaba desencadeando
situações que não permitem o pleno atendimento do cliente e isso pode gerar
insatisfações e grandes perdas, gerando resultados negativos no lucro da empresa
(podendo gerar prejuízos).
 
Assinale a alternativa que relaciona esse tipo de perdas.
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