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Início da relação jurídica tributária

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Início da relação jurídica tributária: art. 113 do CTN
Para dar legitimidade à tributação o ente público deve seguir as regras que regem a relação jurídica tributária. A relação tributária, por sua vez, é formada, por: SUJEITOS e OBJETO.
SUJEITOS
Sujeito Ativo: Pessoa jurídica de Direito público, titular da competência tributária.
Sujeito passivo da obrigação principal: Pessoa obrigada ao pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária. Se divide em dois tipos:
· Contribuinte: todo aquele que tem relação pessoal e direta com o fato gerador passível de tributação.
· Responsável: obrigação decorre da lei, mas não é contribuinte. Ex: patrão que deve repassar o imposto retido na fonte em relação ao salário do empregado.
Sujeito passivo da obrigação acessória: quem está obrigado a cumprir as prestações determinadas em lei (Não há distinção entre contribuinte e responsável).
	Esclarecimentos: Convenções particulares não podem ser impostas à fazenda pública (Ex: No caso do IPTU, inquilino paga como determinado no contrato, mas a execução tributária recai sobre o proprietário do imóvel).
OBJETO
Se divide em obrigações principais ou acessórias.
Obrigações principais: Pagamento do tributo ou penalidade pecuniária 
Obrigação acessória: auxilia o cumprimento da obrigação principal, na relação tributária é aquela que decorre da legislação. (Ex: prestações positivas o que deve ser feito, Emitir Nota Fiscal, Declarar imposto de renda, apresentar documentações para comprovar o valor exato do tributo; e as prestações negativas são aquilo que não deve ser feito, falsificar valor nas notas e nos documentos, criar embaraço a fiscalização, etc.).
Esclarecimentos:
· O que tiver que pagar é principal, o que não for pagamento é acessória;
· A inobservância da obrigação acessória faz nascer uma obrigação principal de pagar multa;
· A exatidão do tributo (obrigação principal) depende daquilo que é apresentado na obrigação acessória;
· Todavia a obrigação acessória pode existir independente de obrigação principal.
Fato Gerador: Fato que gera a aplicação da legislação tributária. Ex: ser proprietário de um imóvel gera a exigência de pagar IPTU.
Hipótese de incidência: Abstração descrita na lei, fato que pode acontecer ou não.
	Esclarecimentos:
· Hipótese (descrição legal) vira Fato (situação concreta) = obrigação
· Condição necessária e suficiente: basta que aconteça o que está descrito na lei para que haja a obrigação do tributo, não importando a legalidade do ato (Ex: Imóvel comprado com dinheiro de corrupção gera obrigação de pagar IPTU).
Situação de Fato: O fato é consumado quando se concretiza um ato ( circunstâncias materiais), que, todavia, não é descrito em lei. Ex: Prestação de serviço, mecânico entrega carro ainda com defeito não ocorreu fato gerador; entregou concertado ocorreu o fato independente do pagamento.
Situação de direito: O fato é consumado segundo os ditames da lei. Ex: “quem não registra não é dono”; o fato para o ITBI ou ITCMD acontece quando é cumprido o requisito do registro de imóvel.
Regra matriz de incidência Tributária: Hipótese - > Consequência
Hipótese: critério material (hipótese de incidência, propriamente dita), espacial (onde?) e temporal (quando?).
Consequência: Quantitativo (base de cálculo e alíquota); Subjetivo (Ativo ou Passivo).

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