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............................................................................................................................... ADMINISTRAÇÃO – LOGÍSTICA EMPRESARIAL DORALICE GOMES PINTO – RA 513702019 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA CAPITAL DE GIRO ........................................................................................................................................ Guarulhos 2020 DORALICE GOMES PINTO ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA CAPITAL DE GIRO Trabalho apresentado ao Curso Administração do Centro Universitário ENIAC para a disciplina Administração Financeira e Orçamentária. Prof.(a): Erico D’ Onofrio Prof.(a): Luciana Martins Viana Prof.(a): Luciana Scognamiglio de Oliveira Guarulhos 2020 Desafio do assunto 3! Assunto 3! É sabido que Capital de Giro são os “recursos que sustentam as operações empresariais diárias”. Isso é válido para todo tipo de empresa, da padaria da esquina à maior multinacional do planeta e até para governos. No caso das empresas, esse recurso pode ser dos próprios sócios ou ter sido obtido através de empréstimos (financeiros ou não). Embora Capital de Giro seja o termo mais utilizado, na prática, as empresas se preocupam mesmo é com a Necessidade de Capital de Giro (NCG), ou seja, a necessidade permanente de recursos causada pelo fato de as saídas de caixa (pagamentos) ocorrerem antes das entradas de caixa (recebimentos). Chamando-se de “ativo cíclico” ou "operacional" a soma das contas cíclicas do ativo circulante e de "passivo cíclico" ou "operacional" a soma das contas cíclicas do passivo circulante, a Necessidade de Capital de Giro pode ser assim definida: NCG = ativo cíclico - passivo cíclico. Sendo: ativo cíclico - passivo cíclico = duplicatas a receber + estoques (e outras contas a receber de natureza operacional) e passivo cíclico = fornecedores + impostos + salários a pagar (e outras contas a pagar de natureza operacional). Uma NCG positiva indica que a empresa precisa de recursos para financiar seu ciclo operacional. Quando a empresa não consegue crédito junto aos seus parceiros “naturais”, ela é, normalmente, obrigada a recorrer a empréstimos bancários. Nesses casos, o risco de insolvência tende a aumentar, mas há exceções, por exemplo, no caso de empresas cujos ciclos são tão longos que, para não sobrecarregar seus parceiros comerciais, elas acabam preferindo recorrer a empréstimos bancários. Para resolver este Desafio, você deverá explicar por que a NCG é mais crítica no Brasil do que em outros países, tanto para as empresas como para os consumidores finais. Resposta: A NCG (necessidade de capital de giro) é muito mais critica no Brasil do que em outros países é que temos altos juros de credito bancário a curto prazo, existe um risco para se operar uma empresa e um custo de capital muito alto o que, em última instância, se transforma um custo que por sua vez, é transferido para os preços. Além do mais, os impostos e a burocracia em cima das empresas no Brasil é muito grande chega ser absurda para abrir uma empresa, o que faz com que o capital de giro precise ser muito alto. Quando as empresas precisam recorrer a empréstimos bancários para supri-la, elas encontram os juros mais altos do mundo. Não havendo outra solução, as empresas pagam esses altos juros e acabam repassando tais custos financeiros aos consumidores finais, por meio do aumento do preço dos produtos, ou seja, os altos juros afetam a todos, mesmo aqueles que não fazem uso direto. O empresário, em geral, é bastante intuitivo com relação aos riscos envolvendo seu negócio. Em todas as suas decisões há sempre, em algum grau, considerações sobre as probabilidades de acerto ou de erro de seus resultados. Logicamente, os resultados esperados são traduzidos pelo lucro das operações em cada período medido, que, em última análise, representa o autofinanciamento da sobrevivência de sua empresa. A relação do lucro com os investimentos realizados dá a medida do retorno pelo qual o empresário assumiu tantos riscos. Tanto em termos absolutos quanto relativos, o retorno guarda relação direta com os riscos assumidos. No sentido mais amplo, risco pode ser definido como a possibilidade de perda financeira. Toda decisão, portanto, exige do empresário considerações sobre o risco esperado para um retorno esperado. O risco do negócio pode ser definido como a incapacidade para cobrir os custos operacionais. Corre-se o risco financeiro quando o lucro não é suficiente para cobrir os custos financeiros. A alavancagem combinada pode ser considerada como o impacto total dos custos fixos na estrutura operacional e financeira da empresa. Nesse sentido, toda a empresa é alavancada em algum grau e disso dependem os níveis de risco e retorno para seus proprietários. É interessante notar que muitos empresários que se declaram aversos ao risco e que são caracteristicamente conservadores e defensivos em suas decisões conduzem os seus negócios através da constituição e manutenção de pesadas estruturas organizacionais, com elevada incidência de custos fixos. Sua aversão é, na verdade, apenas ao risco financeiro. Isso é explicado porque esses mesmos empresários costumam compensar quedas de vendas com uma substancial redução de custos fixos, principalmente com expressivos cortes de pessoal. E muitas vezes chamam isso de downsizing. Estamos particularmente interessados no grau de aversão ao risco financeiro, isto é, no grau de alavancagem que o empresário está disposto e preparado para imprimir ao seu negócio pela obtenção de fontes de financiamento de curto e longo prazos a terceiros. Não há dúvida de que o risco financeiro é o mais temido, sob várias alegações: altos juros nominais, distorções do sistema financeiro, exploração dos bancos, entre outros. Uma das armadilhas mais intrigantes atende pelo nome de “efeito tesoura” e teve seu conceito desenvolvido por Michel Fleuriet e equipe, publicado no livro A Dinâmica Financeira das Empresas Brasileiras, em coedição da Consultoria Editorial Ltda. e da Fundação Dom Cabral, Belo Horizonte, 1980. O conceito de “efeito tesoura” traz em seu bojo outros conceitos revolucionários para uma adequada sistematização da alavancagem financeira de uma empresa, principalmente levando-se em conta os empréstimos de curto prazo. Fleuriet acrescentou ao clássico conceito de Capital de Giro Líquido (CGL) os conceitos de Necessidade de Capital de Giro (NCG) e Saldo de Tesouraria (T). Para tanto reclassificou os grupos de contas do passivo (fontes) e do ativo (aplicações) conforme a realidade dinâmica das empresas, em que as contas relacionam-se ao mesmo tempo, o que lhes confere estado de permanente movimentação. Algumas contas, quando analisadas isoladamente ou em relação ao conjunto de outras contas, apresentam movimentação tão lenta que podem ser consideradas como “permanentes ou não-cíclicas”. Outras, em contrapartida, apresentam movimento “contínuo e cíclico”, bem de acordo com o ciclo operacional da empresa. Existem outras, finalmente, que apresentam movimento “descontínuo ou errático”, em nada ou quase nada se relacionando com o ciclo operacional. No sentido financeiro clássico, o Capital de Giro Líquido (CGL) define-se como: CGL = ativo circulante – passivo circulante. Já a Necessidade de Capital de Giro (NCG) é definida pela expressão: NCG = ativo cíclico – passivo cíclico. Na maioria das empresas, as saídas de caixa ocorrem antes das entradas de caixa. Essa situação cria uma necessidade de aplicação permanente de fundos, que se evidencia no balanço por uma diferença positiva entre o valor das contas cíclicas do ativo e das contas do passivo.Essa diferença entre as contas cíclicas é que se denomina NCG. Importante ressaltar que a Necessidade de Capital de Giro (NCG) depende, basicamente, da natureza e do nível de atividades dos negócios da empresa e, portanto, é muito sensível às modificações que ocorrem no ambiente econômico. A natureza dos negócios da empresa determina seu ciclo financeiro enquanto o nível de atividade é função das vendas. Em alguns raros casos, é possível que a NCG seja negativa. As saídas de caixa, nesses casos, ocorrem depois das entradas de caixa. O passivo cíclico é maior do que o ativo cíclico, tornando-se uma fonte de fundos para a empresa. Este, pelo menos, era o caso de muitos supermercados, que recebiam o valor de suas vendas antes de ter que pagar a seus fornecedores de mercadorias. O Saldo de Tesouraria (T) é definido como a diferença entre o ativo e o passivo erráticos, conforme expressão a seguir: T = ativo errático – passivo errático. Se o Capital de Giro for insuficiente para financiar a Necessidade de Capital de Giro, o Saldo de Tesouraria será negativo, com o passivo errático maior do que o ativo errático. Essa condição indica que a empresa está financiando parte de sua Necessidade de Capital de Giro e/ou ativo permanente com fundos de curto prazo, aumentando, portanto, seu risco de insolvência. Por outro lado, quando T é positivo, a empresa dispõe de fundos de curto prazo que poderão ser aplicados em títulos de liquidez imediata. No entanto um Saldo de Tesouraria positivo em níveis elevados não significa, necessariamente, uma condição desejável para a empresa. Na verdade, isto pode significar que seus dirigentes não estão aproveitando as oportunidades de investimento propiciadas por sua estrutura financeira. Sinal de que a empresa ainda não tem uma estratégia dinâmica de investimentos. É de suma importância acompanhar a evolução do Saldo de Tesouraria, a fim de evitar que permaneça constantemente negativo e crescente. Caso o autofinanciamento (lucros) de uma empresa não seja suficiente para financiar o aumento de sua Necessidade de Capital de Giro, seus dirigentes serão forçados a recorrer a fundos externos, que podem ser empréstimos de curto ou longo prazos e/ou aumento de capital social em dinheiro. Caso esses fundos não possam ser obtidos, essa empresa terá sua própria sobrevivência ameaçada. A Necessidade de Capital de Giro, como já vimos, é função do nível de atividade de uma empresa. Seu aumento tanto pode ocorrer em períodos de rápido crescimento como também em períodos de queda nas vendas. O Saldo de Tesouraria se tornará cada vez mais negativo com o crescimento das vendas, caso a empresa não consiga que seu autofinanciamento cresça nas mesmas proporções do seu crescimento da Necessidade de Capital de Giro. Esse crescimento negativo do Saldo de Tesouraria é que Fleuriet denominou “efeito tesoura”. O “efeito tesoura” ocorre quando a empresa financia a maior parte da NCG através de créditos de curto prazo. Nesse caso, o Saldo de Tesouraria (T) se apresenta negativo e crescendo, em valor absoluto, proporcionalmente mais do que a NCG. A empresa está se desenvolvendo num “efeito tesoura” quando este índice se eleva com o passar do tempo. O acompanhamento cuidadoso do Saldo de Tesouraria, observado sob o prisma do grau de alavancagem operacional e financeira, dará ao empresário uma medida adequada de como e quanto se endividar. Nem sempre o crescimento das vendas é um movimento sadio, nem sempre a queda nas vendas é um movimento pernicioso. Tudo depende da relação entre a variação da NCG sobre as vendas, bem como do autofinanciamento sobre as vendas. A administração do capital de giro constitui um processo de planejamento e controle dos recursos financeiros aplicados no ativo circulante das empresas. Esses recursos provêm de diversas obrigações a vencer em curto prazo, representadas no passivo circulante, e do excedente das exigibilidades de longo prazo e do patrimônio liquido em relação aos ativos não circulantes. A gestão do capital de giro é extremamente dinâmica exigindo a atenção diária dos executivos financeiros. Qualquer falha nesta área de atuação poderá comprometer a capacidade de solvência da empresa e/ou prejudicar a sua rentabilidade. Conclusão: Para muitas empresas o Capital de Giro é uma necessidade essencial para o funcionamento e saúde financeira da organização. Quando uma nova empresa inicia suas atividades, geralmente recebe dois tipos de investimentos. Uma parte deste montante é considerado seu Ativo Fixo e será utilizado para a aquisição das máquinas, equipamentos, móveis, prédios e todos os demais bens que a empresa precisa para iniciar e manter sua operação. Já a outra parte deste investimento inicial vai compor uma reserva de recursos para ser utilizada conforme as necessidades financeiras da empresa ao longo do tempo. Este valor é chamado Capital de Giro. O capital de giro representa, em média, 30 a 40% do total dos ativos de uma empresa. Já o capital permanente por sua vez possui um peso maior sobre o total dos ativos, atingindo entre 60 e 70%. Mesmo não representando o percentual maior dos ativos de uma empresa, o capital de giro exige um esforço do administrador financeiro maior do que aquele requerido pelo capital fixo. Uma vez que este precisa ser acompanhado permanentemente, pois está continuamente sofrendo o impacto das diversas mudanças enfrentadas pela organização. Portanto, o capital de giro é o sacrifício financeiro que a empresa deve manter disponível para financiar seu ciclo operacional. Haja vista que estes fatores estão sim interligados no funcionamento do Capital de Giro, conforme Brasil "O Crescimento do CDG, se de caráter permanente, é uma origem de fundos a longo prazo. Além disso, as decisões tomadas no âmbito do CDG, por serem estratégicas, são indivisíveis e irreversíveis e influenciam de forma permanente o resultado das operações". Fica evidenciado na teoria, uma realidade constante em nossa sociedade. Em um mundo totalmente globalizado, onde nossa economia sofre constantemente sobressaltos, é cada vez mais necessário se ter uma boa gestão de capital de giro, visto que os principais fatores que abalam este ativo são as reduções de vendas, o crescimento da inadimplência, o aumento das despesas financeiras e consequentemente o aumento dos custos, fatores estes que direta ou indiretamente estão ligados à globalização e logo a oscilações do mercado econômico. Um dos fatores mais atingidos é a redução das vendas. Não podemos esquecer que em determinados seguimentos a concorrência se faz presente cada vez mais, além disto, temos as frequentes entradas de produtos de outros países em nosso território, o que faz baratear os preços e com isto muitas vezes às empresas para não perder o cliente acabam optando por baixar os preços, o que seria resolver parte do problema, uma vez que o cliente está mantido, porém a margem de lucro sofrerá diminuição. Há uma relação direta e, sobretudo frequente entre capital de giro x redução de vendas. Muitas perdas de capital de giro estão diretamente ligadas à redução de vendas. É neste momento que precisa sobressair à capacidade de um bom administrador financeiro para avaliação e correção quando necessário dos fatores envolvidos dentro deste contexto, a fim de evitar uma crise maior. Nesta luta para sobreviver, a empresa acaba sendo arrastada pelos problemas de gestão do capital de giro e tende a sacrificar seus objetivos de longo prazo. Os empresários conhecem bem este fenômeno. Boa parte de seu tempo é consumido apagando incêndios, onde o foco mais perigoso reside no capital de giro. No momento em que o capital de giro sofre constantes e frequentes alterações, sejam de crescimento e/ou decréscimo, a empresa fica suscetível ao efeito Tesoura. Para que ocorra este efeito, é precisoque se tenha um saldo negativo em tesouraria, e para isto, basta que o Investimento operacional em giro (após seguidos exercícios sociais) seja maior que o capital permanente líquido. Logo, será necessário também um constante acompanhamento do saldo de tesouraria, este não pode permanecer por muito tempo no negativo. Pois se os lucros da empresa não são suficientes para financiar o aumento da necessidade de capital de giro, será necessário recorrer a fundos externos, que podem ser empréstimos tanto a curto como a longo prazo, ou ainda um possível aumento em dinheiro do capital social. Neste momento, não havendo condições de alterar este capital social, e não sendo possível o benefício temporário do empréstimo, esta empresa corre sério risco de manter sua própria sobrevivência. O Efeito Tesoura x Capital de Giro possuem relação direta e precisam ser administrados. O planejamento da evolução do saldo de Tesouraria é fundamental nas empresas, a fim de evitar o "efeito tesoura". Esta "evolução do saldo de Tesouraria depende de variáveis que afetam a Necessidade de Capital de Giro (NCG), o Autofinanciamento e, sobretudo as decisões de níveis estratégicos". É possível concluir que uma determinada empresa ao iniciar suas atividades recebe dois tipos de investimentos, um considerado investimento fixo e o outro que irá para uma reserva de recursos financeiros, o primeiro será responsável pela aquisição dos itens necessários para o funcionamento da empresa, enquanto que o segundo será utilizado conforme as necessidades financeiras da empresa ao longo de sua existência e, é este segundo que está sendo trabalhado aqui, este é o capital de giro, este recurso muitas vezes indispensável para o sucesso de uma empresa. Que pode se tornar causador de grandes lucros, mas também de grandes prejuízos. Referências: DESCONHECIDO, Autor. Efeito Tesoura – Alavancagem Financeira de uma Empresa. 2020. Disponível em: https://www.coladaweb.com/administracao/efeito- tesoura-alavancagem-financeira-de-uma-empresa. Acesso em: 13/05/2020. FLEURIET, Michel. Necessidade de capital de giro: um “novo” conceito. 2020. Disponível em: https://www.modelo-fleuriet.com/conceitos-basico/necessidade-de- capital-de-giro-um-novo-conceito/ Acesso em: 15/05/2020. MARQUES, Maria. Capital de Giro: O Desafio. 2011. Disponível em: https://administradores.com.br/artigos/capital-de-giro-o-desafio. Acesso em: 15/05/2020. PAULA, Gilles B. de. Necessidade de Capital de Giro (NCG): dando fôlego para seu negócio! 2014. Disponível em: https://www.treasy.com.br/blog/necessidade-de- capital-de-giro-ncg/. Acesso em: 15/05/2020. DESCONHECIDO, Autor. Efeito Tesoura – Alavancagem Financeira de uma Empresa. 2020. Disponível em: https://www.coladaweb.com/administracao/efeito-tesoura-alavancagem-financeira-de-uma-empresa. Acesso em: 13/05/2020. FLEURIET, Michel. Necessidade de capital de giro: um “novo” conceito. 2020. Disponível em: https://www.modelo-fleuriet.com/conceitos-basico/necessidade-de-capital-de-giro-um-novo-conceito/ Acesso em: 15/05/2020. MARQUES, Maria. Capital de Giro: O Desafio. 2011. Disponível em: https://administradores.com.br/artigos/capital-de-giro-o-desafio. Acesso em: 15/05/2020. PAULA, Gilles B. de. Necessidade de Capital de Giro (NCG): dando fôlego para seu negócio! 2014. Disponível em: https://www.treasy.com.br/blog/necessidade-de-capital-de-giro-ncg/. Acesso em: 15/05/2020.
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