Buscar

Aula 1 - Direito do trabalho 1

Prévia do material em texto

AULA 1 – DIREITO DO TRABALHO I 
PROFA. GABRIELA NUNES 
 
Contato: gabriela003886@unieuro.com.br 
AULA 1 – DIREITO DO TRABALHO I 
PROFA. GABRIELA NUNES 
 
Contato: gabriela003886@unieuro.com.br 
AULA 1 – DIREITO DO TRABALHO I 
PROFA. GABRIELA NUNES 
 
Contato: gabriela003886@unieuro.com.br 
 	 
 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO 
 
Segundo o autor Bezerra Leite, é possível identificar cinco regimes de trabalho: primitivo, escravo, feudal, capitalista e comunista. 
 
Ótica clássica: existem dois tipos de trabalho humano – o prestado por conta própria (autônomo) e o prestado por conta alheia (subordinado). 
 
O trabalho é reconhecido como um Direito Humano: artigo 23 da Declaração Internacional dos Direitos Humanos. 
 
O trabalho é um valor estruturante do Estado Democrático de Direito: artigo 1º, IV, CF/88. 
 
O trabalho é um direito fundamental social: artigo 6º, CF/88. 
 
Período pré-histórico (pré-industrial): nesse período não existia ainda o direito do trabalho tal como o conhecemos hoje. O período pré-histórico possui três fases. 
a) Vinculação do homem ao homem: escravidão; 
b) Vinculação do homem à terra: servidão; 
c) Vinculação do homem à profissão: corporações 
 
Sociedade pré-industrial (até o final do século XVIII) 
· Produção de riquezas no período que antecede a revolução industrial. 
· Ligado às relações sociais e econômicas vigentes. 
· Marcos históricos: escravismo, feudalismo e capitalismo. 
· Esses marcos históricos ensejavam o surgimento dos seguintes tipos de trabalho: escravidão, servidão (idade média) e corporações de ofício. 
· A servidão se assemelha a escravidão, com a diferença que na primeira havia certa proteção política e militar prestada ao servo pelo senhor feudal. Os servos eram obrigados a entregar parte da produção como preço pela fixação na terra e pela defesa recebida, sendo que os senhores feudais detinham um poder absoluto no exercício do controle e organização do grupo social. 
· As corporações de ofício eram formadas por artesões ou comerciantes e se organizavam em mestres, companheiros e aprendizes. 
· A disciplina das relações de trabalho existentes nas corporações era prevista em estatuto próprio de cada uma delas, mas ainda não havia uma ordem jurídica semelhante ao Direito do Trabalho, embora existisse maior liberdade do trabalhador. Porém, ainda assim não se podia falar em inteira liberdade de trabalho, pois a sua estrutura baseava -se no controle, que o mestre exercia sobre os trabalhadores a ele subordinados. 
 
Modelo Pré-Industrial: 
 
 
 
Período histórico (industrial): é nesse período que surge o direito do trabalho. Três foram as principais causas desse surgimento: 
a) Econômica: revolução industrial; 
b) Política: transformação do Estado Liberal (Revolução Francesa) em Estado Social 
(com intervenção estatal na autonomia dos sujeitos da relação de emprego); 
c) Jurídica: justa reivindicação dos trabalhadores no sentido de se implantar um sistema de direito destinado à proteção. 
 
Sociedade industrial 
· Inicia-se com o declínio do feudalismo e o início da revolução industrial. 
· Êxodo rural. 
· A produção artesanal passou a ser trocada por métodos produtivos, dando espaço ao avanço tecnológico. 
· As ferramentas foram sendo substituídas pelas máquinas. 
· Uso do carvão e da eletricidade. 
· A Revolução Industrial fez surgir o trabalho humano livre, por conta alheia e subordinado. 
· Para aumentar o lucro, os donos de fábricas pagavam os menores salários possíveis e exploravam ao máximo a capacidade de trabalho dos operários. 
· Vigorava o liberalismo econômico, aliado ao não intervencionismo do Estado nas relações econômicas e sociais (Estado Liberal) e ao individualismo que marcava o campo jurídico de então (todos frutos da Revolução Francesa de 1789), fez com que a desproporção de forças do trabalhador frente ao empregador se agravasse, o que gerou uma realidade de grave injustiça no modelo das relações de trabalho e levou ao surgimento da chamada Questão Social. 
· Questão social: luta entre capital e trabalho derivada do estado de extrema exploração em que se encontravam os trabalhadores. 
· Aumento da exploração e crescimento das desigualdades sociais. 
· Manifesto Comunista (1848): escrito por Marx e Engels, no qual as ideias do socialismo científico são difundidas. 
· Encíclica “Rerum Novarum”: publicada pelo Papa Leão XIII, no final do século XIX (1891), caracterizando-se como marco no surgimento da doutrina social da Igreja Católica. 
· Os dois documentos acima citados tiveram grande relevância no surgimento do Direito do Trabalho, à medida que contribuíram para que o Estado percebesse que não podia deixar a regulamentação das relações de trabalho à livre negociação das partes interessadas, passando, então, a intervir na ordem econômica e social e a fixar normas coativas, com condições mínimas de proteção que deveriam ser respeitadas pelos empregadores. 
AULA 1 – DIREITO DO TRABALHO I 
PROFA. GABRIELA NUNES 
 
Contato: gabriela003886@unieuro.com.br 
AULA 1 – DIREITO DO TRABALHO I 
PROFA. GABRIELA NUNES 
 
Contato: gabriela003886@unieuro.com.br 
AULA 1 – DIREITO DO TRABALHO I 
PROFA. GABRIELA NUNES 
 
Contato: gabriela003886@unieuro.com.br 
1 
 
1 
 
1 
 
O trabalho assalariado e subordinado passou a ser regulado de forma ampla, estando sujeito a mecanismos de proteção contra eventuais arbítrios do empregador. 
Surge, então, o Direito do Trabalho, substituindo “a igualdade pura pela igualdade jurídica, como regra de direito que impõe o interesse geral sobre o particular sem que, entretanto, se anule o indivíduo”. 
 
As primeiras leis trabalhistas foram: 
a) Quanto à forma: constitucionais e ordinárias; 
b) Quanto à matéria: de proteção aos menores e às mulheres. 
 
Início do constitucionalismo social: teve início em 1917, com a Constituição Mexicana, e que se caracteriza pela inserção de direitos trabalhistas e sociais fundamentais nos textos das Constituições dos países. 
· A Constituição Mexicana de 1917 foi a primeira a construir uma estrutura significativa de direitos sociais do trabalhador e trazia regulamentações, tais como: jornada diária máxima de oito horas, jornada noturna de sete horas, proibição do trabalho do menor de 12 anos, limitação da jornada do menor de 16 anos a seis horas, descanso semanal, salário mínimo, igualdade salarial, direito de sindicalização, de greve, indenização de dispensa etc. (art. 123). 
· A Constituição de Weimar de 1919 (Alemanha), previa a participação dos trabalhadores nas empresas e no próprio governo por meio de conselhos específicos, assegurava a liberdade sindical e colocava o trabalhador sob a proteção do Estado – era mais principiológica que a Mexicana. 
· Tratado de Versalhes (1919): que terminou com a Primeira Guerra Mundial e criou a Organização Internacional do Trabalho (OIT), refletindo a convicção de que a justiça social é essencial para alcançar uma paz universal e permanente. Nesse sentido, o Tratado de Versalhes prevê expressamente que o trabalho não é uma mercadoria. 
· Declaração de Filadélfia (1944): instrumento jurídico aprovado na Conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT) realizada naquele ano e que reforçou expressamente o princípio de que o trabalho não deve ser considerado como simples mercadoria. 
Organização das Nações Unidas (ONU) - 1948 da Declaração Universal dos Direitos do Homem. 
 
DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL 
 
Pontos históricos relevantes: 
a) Do descobrimento do Brasil à abolição da escravatura – período sem regulamentação trabalhista; 
b) Da proclamação da República à campanha política da Aliança Liberal - período sem regulamentação trabalhista; 
c) Da Revolução de Trinta aos dias atuais – inicia-se a fase contemporânea do Direito do Trabalho no Brasil. 
Fatores externos: 
· As inovações legislativas europeias;  O ingresso do país na OIT. 
 
Fatores internos: 
· Movimento operário influenciado pela imigração europeia (1800 – 1900); 
· Surto industrial (após a primeira guerra mundial);  Era Getúlio Vargas (1930). 
 
Primeirasleis trabalhistas brasileiras: 
· Lei Elói Chaves (1923): caixa de aposentadoria e estabilidade para os ferroviários; 
· Lei 4.982 de 1925: regulamentava o direito as férias remuneradas; 
· Lei 62 de 1935: regulamentava a indenização pela dispensa sem justa causa e a estabilidade após 10 anos de serviço; 
· Justiça do trabalho: surge em 1939; 
· CLT: outorgada em 1943; 
· Decreto n. 19.671 -A, de 4 de fevereiro de 1931: que dispunha sobre a organização do Departamento Nacional do Trabalho; 
· Decreto n.19.770, de 19 de março de 1931: que regulava a sindicalização; 
Decretos n. 21.186, de 22 de março de 1932, e n. 21.364, de 4 de maio de 1932: regulavam, respectivamente, o horário de trabalho dos empregados no comércio e na indústria; 
· Em janeiro de 1942, o então Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, Alexandre Marcondes Filho, autorizado por Getúlio Vargas, nomeou uma comissão constituída de dez membros que, sob sua presidência, ficou encarregada da elaboração do que foi designado de anteprojeto de Consolidação das Leis do Trabalho e Previdência Social. 
· Em 1º de maio de 1943, a Consolidação das Leis do Trabalho foi aprovada pelo Decreto -lei n. 5.452, que, no entanto, somente foi publicado no Diário Oficial em 9 de agosto daquele ano, entrando em vigor três meses depois, em 10 de novembro de 1943. 
· Recentemente, através da Lei n. 13.467, de 13 de julho de 2017, a CLT sofreu a sua mais ampla e significativa alteração. Dos 922 (novecentos e vinte e dois) artigos da CLT, foram alterados 54 (cinquenta e quatro), inseridos 43 (quarenta e três) novos artigos e 9 (nove) foram revogados, totalizando 106 (cento e seis) modificações. 
 
A CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO – CLT 
· Não é um código, mas sim um decreto lei de caráter geral aplicado aos empregados sem distinção entre trabalho manual, técnico ou intelectual. 
· A CLT é equiparada à Lei Federal. 
· Reforma trabalhista: 2017. 
 
O DIREITO DO TRABALHO E A CFRB 88 
· No âmbito constitucional, a análise do Direito do Trabalho no Brasil deve ser feita em dois períodos, tendo como marco divisor a Revolução de 1930, ou seja, as Constituições Brasileiras anteriores a 1930 (1824 e 1891) e as posteriores a 1930 
(1934, 1937, 1946, 1967, com as modificações introduzidas pela Emenda Constitucional n. 1 de 1969, e 1988). 
· Constituição do império: escravagista. 
· Constituições de 1824 e de 1891: não regulamentavam o direito do trabalho. 
A primeira Carta Republicana foi influenciada pela Constituição norte - americana, estabelecendo um Estado federal, republicano, presidencialista e liberal, o que a impedia de cuidar dos direitos sociais do trabalhador. 
· A partir de 1930, refletindo o início da intervenção do Estado nas relações de trabalho, as Constituições que se seguiram (1934, 1937, 1946, 1967; e a Emenda Constitucional n. 1, de 1969) trataram dos direitos sociais, passando a proteção do trabalhador, portanto, ao plano de garantia constitucional. 
· A Constituição Federal de 1988 tem um forte conteúdo social, englobando disposições referentes aos direitos e garantias individuais (art. 5º), aos direitos sociais (art. 5º a 11) e, ainda, às disposições que compõem o Título VIII (Da Ordem 
Social). Entre os diversos avanços democráticos trazidos, “o Texto Magno conferiu novo status ao Direito do Trabalho — inclusive o Direito Individual do Trabalho —, mediante princípios, regras e institutos jurídicos que acentuaram a força e a projeção desse campo normativo na sociedade e na economia brasileiras.” 
 
RELAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO COM OUTRAS DISCIPLINAS 
 
Relação com o direito constitucional (CF 88): 
· Valor social do trabalho como fundamento da República (art. 1º, IV); 
· Proteção aos direitos sociais (art. 6º); 
· Conjunto de direitos mínimos conferidos a trabalhadores urbanos, rurais (art. 7º, I a XXXIV) e domésticos (parágrafo único do art. 7º). 
 
Relação com o direito administrativo 
· Políticas públicas de emprego e renda, a velar pela unicidade sindical (mediante o Cadastro Nacional de Entidades Sindicais), 
· Atuação como mediador em conflitos coletivos, a arquivar/dar publicidade aos instrumentos coletivos negociados (acordos coletivos e convenções coletivas de trabalho), dentre outras múltiplas tarefas. 
 
Relação com o direito civil: 
Aplica-se aos contratos individuais e coletivos de trabalho o integral conteúdo da parte geral da legislação civil, com mínimas adaptações decorrentes das vicissitudes do ramo laboral. 
· Institutos como personalidade, capacidade, domicílio, bem, fato jurídico, negócio jurídico, defeito, invalidade, licitude, ilicitude, prescrição, decadência, obrigação, responsabilidade, contrato, transação, posse, propriedade, tutela, curatela e sucessão estão presentes no cotidiano das relações trabalhistas. 
 
Relação com o direito comercial: 
· O conhecimento do chamado “direito de empresa” (vide o Livro II do Código Civil) é indispensável à compreensão do conceito e da extensão de empregador, segundo a disciplina da CLT. 
· Outros institutos estabelecem correlação entre o direito comercial e o direito do trabalho; entre eles podem ser citados a desconsideração da personalidade jurídica 
(art. 50 do Código Civil), o estabelecimento (art. 1.142), a preposição (arts. 1.169 a 
1.178), a escrituração contábil (arts. 1.179 a 1.195), a propriedade industrial (Lei n. 
9.279, de 14-5-1996), a falência e recuperação de empresas (Lei n. 11.101, de 9-22005). 1 
 
Relação com o direito penal 
· Crimes contra a organização do trabalho (arts. 197 a 207 do Código Penal), as condutas criminosas relativas à anotação da Carteira de Trabalho e Previdência Social (art. 297), a redução de trabalhador a condição análoga à de escravo (art. 149), os ilícitos penais praticados, no curso da greve (art. 15 da Lei n. 7.783/89), em detrimento de direitos e garantias fundamentais de outrem (art. 6º, § 1º), da liberdade alheia (art. 6º, § 3º, 1ª parte, in fine) ou da propriedade do empregador ou de terceiros (art. 6º, § 3º, 2ª parte) ou, ainda, as contravenções penais contra a organização do trabalho (arts. 47 a 49 do Decreto-lei n. 3.688/41 — LCP, art. 19, § 2º, da Lei n. 
8.213/91). 
 
Relação com o direito tributário 
Imposto de renda e as contribuições sociais (contribuição previdenciária e contribuição sindical, apenas para exemplificar). 
 
Relação com o direito previdenciário  Salário-maternidade. 
· Seguro-desemprego é também um benefício previdenciário (veja-se o art. 201, III, da Constituição). 
· Aposentadoria. 
 
CARACTERÍSTICAS DO DIREITO DO TRABALHO 
· É um direito em constante formação e evolução 
· Direito especial: refere -se a categorias determinadas de pessoas, preponderantemente aos trabalhadores que exercem trabalho subordinado e remunerado. 
· Intervencionista: intervém nas relações entre empregadores e trabalhadores, equilibrando as forças e diminuindo os efeitos da desigualdade econômica existente entre as partes. 
· Universal: afirmou -se com o Tratado de Versalhes de 1919, que previu a necessidade de uniformizar e internacionalizar as legislações de proteção ao trabalho e, nesse sentido, criou a Organização Internacional do Trabalho (OIT), que, desde então, vem formulando regras de aplicação universal, que tendem a igualar as condições de trabalho no mundo todo; 
· Os principais institutos são de ordem coletiva e socializante 
· Direito de transição e de transação: justiça social 
· Protecionismo: é atitude preservadora do equilíbrio contratual, diante da evidência de ser o trabalho humano produtivo um valor social a ser protegido e de ser o trabalhador um sujeito ordinariamente vulnerado nas relações de emprego. Trata-se, portanto, de conduta tuitiva, que garante: i) a aplicação de normas mais favoráveis aos trabalhadores quando existentes duas ou mais de vigência simultânea; ii) a manutenção de condições contratuais mais benéficas; iii) e a interpretação favorável ao trabalhador, quando presente dúvida. 
Reformismo social: esta característica desvenda a função contemporizadora do direito do trabalho como ramoque constantemente intermedeia os conflituosos interesses operários e patronais. Sua atuação, normalmente tendente a oferecer melhores condições de trabalho, pode, em momentos de crise, ser transmudada para criar soluções alternativas capazes de manter os postos de serviço. 
· Coletivismo: esta característica reside no posicionamento do interesse coletivo sobre qualquer interesse de natureza individual (vide art. 8º da CLT, in fine) e funciona como fundamento do mencionado reformismo social. É de notar que o texto constitucional privilegia a negociação coletiva, atribuindo-lhe a condição de requisito para a operação de alterações contratuais in pejus nos mais importantes conteúdos do contrato de emprego: a prestação e a contraprestação (vide art. 7º, VI, XIII e XIV, da Carta). Essa atitude visa, na verdade, à construção de uma sociedade solidária (vide art. 3º, I, da Constituição), vale dizer, de uma sociedade em que o coletivismo predomine sobre o individualismo, mesmo porque, conforme bem lembrado por Hannah Arendt, “quem habita esse planeta não é o Homem, mas os homens”. Enfim, conforme a referida filósofa e pensadora política alemã, “a pluralidade é a lei da terra” 
· Expansionismo: possui, portanto, propensão à ampliação de seu conteúdo. Os elementos constitutivos do direito do trabalho. 
· Cosmopolitismo: direito do trabalho tem a característica de extrapolar as fronteiras geográficas da legislação pátria para buscar inspiração em ordenamentos jurídicos estrangeiros e orientação nos convênios (convenções), protocolos e recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), instrumentos definidores de lineamentos e pautas mínimas de relacionamento social. 
· Pluralismo de fontes: nenhum outro ramo do direito é tão caracterizado pelo pluralismo de fontes legislativas quanto o direito do trabalho. Observe-se que um mesmo empregado pode estar regido simultaneamente pela lei, pelo contrato individual de emprego, pelo regulamento interno de trabalho elaborado pela empresa, por uma convenção coletiva de trabalho e, ainda, se for o caso, por um acordo coletivo de trabalho. O emaranhado de fontes se orienta e se organiza segundo o princípio da aplicação da norma mais favorável, observado, quando for o caso, o método do conglobamento por institutos (detalhes que serão oferecidos mais 
AULA 1 – DIREITO DO TRABALHO I 
PROFA. GABRIELA NUNES 
 
Contato: gabriela003886@unieuro.com.br 
 
AULA 1 – DIREITO DO TRABALHO I 
PROFA. GABRIELA NUNES 
 
Contato: gabriela003886@unieuro.com.br 
 
AULA 1 – DIREITO DO TRABALHO I 
PROFA. GABRIELA NUNES 
 
Contato: gabriela003886@unieuro.com.br 
 
1 
 
1 
 
1 
 
adiante), de modo que no ápice da pirâmide hierárquica normativa esteja sempre a regra geradora de melhorias nas condições sociais de trabalho. 
 
1 
 
1 
 
1 
 
AULA 1 
–
 
DIREITO DO TRABALHO I 
 
PROFA. GABRIELA NUNES 
 
 
 
Contato: gabriela003886@unieuro.com.br 
 
1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
Segundo o autor Bezerra Leite, é possível identificar 
cinco regimes de trabalho
: primitivo, 
escravo, feudal, capitalista e comunista. 
 
 
 
Ótica clássica:
 
existem dois tipos de trabalho humano 
–
 
o prestado por conta própria 
(autônomo) e o prestado por conta alheia (subordinado). 
 
 
 
O trabalho é reconhecido como um Direito Humano: 
artigo 23 da Declaração 
Internacional dos Direitos Humanos. 
 
 
 
O trabalho é um 
valor estruturante do Estado Democrático de Direito: 
artigo 1º, IV, 
CF/88. 
 
 
 
O trabalho é um direito fundamental social: 
artigo 6º, CF/88. 
 
 
 
Período pré
-
histórico (pré
-
industrial): 
nesse período não existia ainda o direito do 
trabalho tal como o conhecemos hoje
. 
O período pré
-
histórico possui três fases.
 
 
a)
 
Vinculação do homem ao homem: escravidão;
 
 
b)
 
Vinculação do homem à terra: servidão;
 
 
c)
 
Vinculação do homem à profissão: corporações 
 
 
 
 
Sociedade pré
-
industrial (até o final do século XVIII) 
 
•
 
Produção de riquezas no período que antecede a revolução industrial. 
 
•
 
Ligado às relações sociais e econômicas vigentes. 
 
•
 
Marcos históricos: escravismo, feudalismo e capitalismo. 
 
•
 
Esses marcos histór
icos ensejavam o surgimento dos seguintes tipos de trabalho: 
escravidão, servidão (idade média) e corporações de ofício. 
 
•
 
A servidão se assemelha a escravidão, com a diferença que na primeira havia certa 
proteção política e militar prestada ao servo pelo s
enhor feudal. Os servos eram 
AULA 1 – DIREITO DO TRABALHO I 
PROFA. GABRIELA NUNES 
 
Contato: gabriela003886@unieuro.com.br 
1 
 
 
 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO 
 
Segundo o autor Bezerra Leite, é possível identificar cinco regimes de trabalho: primitivo, 
escravo, feudal, capitalista e comunista. 
 
Ótica clássica: existem dois tipos de trabalho humano – o prestado por conta própria 
(autônomo) e o prestado por conta alheia (subordinado). 
 
O trabalho é reconhecido como um Direito Humano: artigo 23 da Declaração 
Internacional dos Direitos Humanos. 
 
O trabalho é um valor estruturante do Estado Democrático de Direito: artigo 1º, IV, 
CF/88. 
 
O trabalho é um direito fundamental social: artigo 6º, CF/88. 
 
Período pré-histórico (pré-industrial): nesse período não existia ainda o direito do 
trabalho tal como o conhecemos hoje. O período pré-histórico possui três fases. 
a) Vinculação do homem ao homem: escravidão; 
b) Vinculação do homem à terra: servidão; 
c) Vinculação do homem à profissão: corporações 
 
Sociedade pré-industrial (até o final do século XVIII) 
• Produção de riquezas no período que antecede a revolução industrial. 
• Ligado às relações sociais e econômicas vigentes. 
• Marcos históricos: escravismo, feudalismo e capitalismo. 
• Esses marcos históricos ensejavam o surgimento dos seguintes tipos de trabalho: 
escravidão, servidão (idade média) e corporações de ofício. 
• A servidão se assemelha a escravidão, com a diferença que na primeira havia certa 
proteção política e militar prestada ao servo pelo senhor feudal. Os servos eram

Continue navegando