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Espécies de inadimplemento das obrigações

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Espécies de inadimplemento das obrigações
 a) O inadimplemento absoluto: dá-se quando a obrigação não foi cumprida, nem poderá sê-lo, o que ocorre em 3 (três) hipóteses: 1) por recusa do devedor; ex.: se o dono de um sítio se recusar a transmiti-lo a quem prometeu; 2) pelo perecimento da coisa; ex.: se o imóvel prometido à doação for destruído por inundação ou incêndio; 3) pela inutilidade da coisa para o credor; ex.: se o bufê para uma recepção, logo após o casamento, só for fornecido no dia seguinte.
 b) O inadimplemento relativo (mora) - ocorre quando a obrigação apenas se retarda, mas pode ainda vir a ser cumprida (purgada) pelo devedor e/ou pelo credor em outra oportunidade; ex.: se o relojoeiro não consertar o relógio na data prometida, mas só dois dias após; se o credor se recusar a receber a jóia na data aprazada, alegando defeito inexistente; se nem o dono nem o comprador do cavalo comparecerem ao lugar e hora combinados para sua entrega.
 1.2 Pressuposto e conseqüências do inadimplemento absoluto ou relativo 
- tanto numa como na outra, o pressuposto reside na culpa, com as seguintes conseqüências: a) Isenção da culpa - dar-se-á se o inadimplemento decorrer de caso fortuito ou força maior (CC, art. 393 e par. único), isto é: por um fato humano (ex.: a desapropriação, uma doença) ou por um fato da natureza (ex.: uma inundação, um raio), previsível ou imprevisível, não-imputável ao devedor e irresistível (acima de suas forças). 
b) O dever de reparar decorrerá como corolário natural do descumprimento culposo, em razão do prejuízo infligido a qualquer das partes, pelo qual respondem todos os bens do devedor, considerando-se inadimplente, nas obrigações negativas, quem executou o ato, de que devia abster-se, desde o dia em que o executou (CC, arts. 395 e 389/391). c) Nas obrigações de terceiro descumpridas - quem não praticar o fato que prometeu em nome de terceiro, responderá por perdas e danos (CC, art. 439), pois não poderia vincular aquele a uma relação obrigacional, sem seu consentimento. 
1.3 Responsabilidade contratual a) Fundamento - a responsabilidade contratual funda-se na culpa em sentido amplo, no conceito desta, portanto, incluindo-se o dolo (isto é, a intenção de prejudicar). b) Origem - 1) o dever de indenizar surge somente quando o inadimplemento é conseqüência de ato ou omissão imputável ao devedor, daquele ou desta resultando dano a terceiro; 2) a culpa contratual deriva: 1 °) da infração total ou parcial de um contrato; 2°) de uma declaração unilateral da vontade. c) Responsabilidade nos contratos benéficos: 4 c.1) responsabilidade por simples culpa - do contraente a quem o contrato aproveite (CC, art. 392, 1 a parte), respondendo por qualquer gênero de negligência; ex.: se o comodatário (o beneficiado) antepuser a salvação de seus bens aos do comodante numa situação de risco para os bens de ambos, responderá pelos danos advindos aos bens deste último; c.2 ) responsabilidade por dolo - do contraente a quem o contrato não favoreça, porquanto é natural e justo que a responsabilidade do devedor seja apreciada, então, com mais benevolência; ex.: na doação, se o doador (que é o beneficente) estiver cônscio de que excedia sua parte disponível (tornando anulável o benefício), responsabilizar-se-á pelos prejuízos que o donatário tiver, derivados da falsa doação. d) Responsabilidade nos contratos onerosos - responde cada uma das partes por mera culpa (id., ib., 2a parte); ex.: no atraso do pagamento do aluguel, o inquilino responde pelas conseqüências da mora, mesmo que tenha sido por dificuldades financeiras; o vendedor responde pelos vícios redibitórios, mesmo que os desconheça (ant. CC, art. 1.102).
 1.4 Responsabilidade extracontratual (aquiliana) a) Fundamento - resulta do descumprimento de obrigação imposta pela lei, por constituir um atentado contra o interesse privado de outrem (ilícito civil). b) Compreensão - compreende a responsabilidade: 1) por fato próprio; 2) por fato de terceiro, em razão da culpa em escolher (= in eligendo) ou em vigiar (= in vigilando); 3) por dano advindo à vítima, embora sem culpa pessoal do responsável, em decorrência do risco da atividade profissional assumida por aquele. c) Cláusula de irresponsabilidade - inadmissível, no caso, por estarem em jogo interesses impostos ou salvaguardados pela própria lei. 
1.5 Culpa contratual x culpa extracontratual a) Ontologicamente e quanto a seus efeitos - identificam-se ambas as culpas, pois estas estão sujeitas a prova, distinguindo-se por isso em razão do ônus desta. b) Na culpa extracontratual - cabe ao queixoso demonstrar a transgressão, o dano e a relação de causalidade, pois o dado único é o dever negativo de não prejudicar, imposto pela lei. c) Na culpa contratual - dá-se a inversão do encargo acima, pois no contrato há um dever positivo de prestar uma obrigação, o que, por si só, impõe a responsabilidade do devedor. 
1.6 Isenções da responsabilidade civil 
a) Se pactuada a cláusula. de não - indenizar - o que pode ser legítimo ou não, conforme o caso: 5 a.1) legitimidade da cláusula de não - indenizar - a qual se justifica: 1) se não houver um dever de reparar, instituído em lei de ordem pública; 2) se não for expressamente proibida em lei; 3) se o agente não tiver causado o dano intencionalmente; a.2) ilegitimidade da cláusula de não - indenizar - o que ocorre: 1) se a cláusula tiver por objeto: 1°) eliminar as conseqüências do dolo do agente; 2°) atentar contra a ordem pública; ou 2) se o negócio jurídico contratual não for permitido. b) Se o dano ocorrer nas seguintes circunstâncias: b.1) por caso fortuito ou força maior (CC, art. 393 e par. único) exceto se o devedor estiver em mora (CC, arts. 394/395 e 399): pois o pressuposto da responsabilidade é a culpa; ex.: não responde o proprietário pela impossibilidade da venda de um imóvel, em ocorrendo sua desapropriação ou incêndio; b.2) por culpa exclusiva da vítima; ex.: o patrão não é responsável pela absoluta imprudência do operário no exercício de suas funções. c) Nos casos que não constituem atos ilícitos (CC, art. 188, I/lI e par. único; CP, art. 23, I/III e 24/25), a saber: 1) legítima defesa; ex.: é lícito atirar antes em alguém, que ameaça matá-lo verdadeira ou presuntivamente (ante gesto da vítima); 2) exercício regular de um direito; ex.: o dono de uma fazenda pode impedir pela força a invasão de suas terras, desde que o faça de imediato e usando apenas o indispensável à manutenção de sua posse (CC, art. 1.210, § 1 °); 3) estado de necessidade; ex.: é legítimo tentar salvar a própria vida, lutando contra outrem, mesmo que seja necessário feri-lo ou matá-lo, para conseguir uma balsa, num naufrágio, que não comporte mais de uma pessoa; é lícita a deterioração ou destruição de coisa alheia, a fim de remover perigo iminente, desde que não se excedam os limites do indispensável para a remoção do perigo.
Mora
 	Caracterizamos mora como o imperfeito cumprimento de uma obrigação, pode se dar tanto por parte do devedor (mora solvendi) como por parte do credor (mora accipiendi). 
	Apesar da mora, a obrigação ainda poderá ser cumprida de forma proveitosa. Conforme é expresso no artigo 394 C.C a mora não se caracteriza apenas pelo pagamento extemporâneo do devedor ou pela recusa injustificada de receber no prazo devido pelo credor, também dará ensejo a mora o pagamento que consiste uma falha no tocante ao lugar ou a forma previamente estabelecida. Isso significa que em nosso ordenamento, a mora não é apenar um sinônimo de “demora” no pagamento, mas de qualquer situação em que a prestação não é cumprida de forma exata, sendo assim, incidirá a mora quando a obrigação não puder ser cumprida com exatidão. Em suma, o pressuposto básico da mora é a viabilidade do cumprimento da obrigação, pois apesar dos transtornos, a prestação ainda é possível e útil.
	Devemos salientar também que a mora é diferente dos vícios da prestação (vicio redibitório e evicção), uma vez que os mesmo se relacionam com a qualidade da prestação e não com o modo de prestar.Mora do Devedor:
	A mora do devedor, também conhecida como mora “solvendi”, é gerada pelo descumprimento da obrigação imputável ao devedor, mas que remanesce proveitosa ao credor. Se apresenta diante de dois requisitos:
1. Imperfeição no cumprimento da obrigação. 
	Trata-se do elemento objetivo da mora, como atraso, defeito na forma e lugar da prestação. Apesar de o retardamento ser o caso mais comum de mora, ela não é presa tão somente a ideia de tempo, sendo ainda vinculada ao defeituoso cumprimento que tange a forma e ao lugar. No aspecto temporal, a mora configura-se quando há exigibilidade imediata de prestação. A dívida será caracterizada pela liquidez e certeza, como objeto determinado e montante individuado. Além do não cumprimento, fundamental é que o prazo não esteja sujeito a termo final ou condição, pois o exercício do direito estará suspenso ou apenas incidira expectativas de direito.
1. Culpa do devedor. 
	A imputabilidade consiste no elemento subjetivo da mora, a inobservância de um dever objetivo de cuidado. É ilícito imputar responsabilidade ao devedor, se o atraso no cumprimento da obrigação decorrer de inobservância a um dever objetivo de cuidado, em regra, uma negligencia em atender tempestivamente ao debito contratual (Art. 396 CC). Por isso não se pode confundir mora com retardamento que é um dos elementos dela, o retardamento é o atraso do cumprimento da obrigação, enquanto a mora é o retardamento culposo.
 	No momento em que o devedor incorre em mora surge uma presunção relativa de culpa, cabendo aquele que descumpriu o ônus de provar que a demora no cumprimento se decorreu de fatos estranhos à sua conduta e de natureza inevitável, que não podem lhe ser imputados. Só assim se isentará das consequências deletérias da mora. 
	Efeitos da mora do devedor:
1. Responsabilização pelo atraso no cumprimento da prestação, mediante o dever de indenizar os prejuízos que mora deu causa, ou seja, havendo prejuízo suportado pelo credor em razão da mora, aquele devedor deve indenizar o credor nos termos do artigo 395 do código civil
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos.
Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos
1. Dever de responder pela impossibilidade da prestação mesmo que ela resulte de caso fortuito ou força maior (art 399 cc). Caso fortuito ou força maior pode gerar inadimplemento em casos excepcionais, e um deles é em razão da mora. Aquele que está em mora, responde por caso fortuito ou força maior ainda que aquele evento seja imprevisível, pois ele ainda responde pela integridade do bem. Apenas de formas excepcionais, aquele que estiver em mora e puder comprovar que aquela situação ocorreria mesmo que não estivesse em mora é possível afastar a responsabilidade. 
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.
Mora do credor:
 	A mora do credor é verificada quando ele, imotivadamente recusa-se a receber a prestação devidamente ofertada pelo devedor, no tempo, lugar e modo convencionados (art. 394 do CC). É quando o credor não recebe a prestação da forma como foi convencionada em tempo, lugar e modo convencionados. Assim temos o inadimplemento por parte do credor. Não se cogita, no adimplemento do credor, a demonstração de culpa e basta à atitude injustificada de recusa no recebimento em razão da violação da necessidade de cooperação para o adimplemento das obrigações. Todavia, nos casos em que o devedor se encontrava em mora em razão de sua própria desídia, a ação de consignação terá duplo fundamento, tanto servirá para libertar o devedor de seu debito como dos próprios efeitos da mora, pois, a partir de sua purga, ficara ele exonerado das conseqüenciais do atraso no cumprimento da prestação.
Enseja a mora também, a conduta do credor que exige o pagamento em modo superior ou diverso ao ajustado, impondo ao devedor excessivo sacrifício. A mora do credor demanda de dois requisitos:
1. Uma oferta real do devedor- correspondente ao que é efetivamente devido.
1. A recusa injustificada do credor em receber. Não havendo prazo demarcado para o cumprimento a oferta poderá ser realizada a qualquer instante (art.331 do CC).
 		
	Efeitos da Mora do Credor:
1. A isenção da responsabilidade do devedor pela conservação da coisa – o devedor fica isento de conservar a coisa, mas não significa o abandono da coisa. 
1. Obrigação de ressarcir as despesas efetuadas pelo devedor na conservação da coisa – apenas as benfeitorias necessárias, aquelas essenciais para preservação da coisa. 
1. Obrigação do credor de receber a prestação pela estimação mais favorável ao devedor, em caso de oscilação de valores – havendo a oscilação dos valores no período em que o credor está em mora, deve se apurar e receber a estimação mais favorável ao devedor. 
Art. 400. A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à responsabilidade pela conservação da coisa, obriga o credor a ressarcir as despesas empregadas em conservá-la, e sujeita-o a recebê-la pela estimação mais favorável ao devedor, se o seu valor oscilar entre o dia estabelecido para o pagamento e o da sua efetivação.
Constituição em Mora
1. Mora ex re: o devedor não precisa ser cientificado do vencimento da obrigação;
	Quando a obrigação é projetada com a inclusão de um termo final, o descumprimento impõe a mora de forma automática, o devedor não precisa ser cientificado. Nas obrigações em que há clausula estabelecida que a obrigação deve ser cumprida em tal data e não observada essa data, há em via de regra a mora ex re.
1. Mora ex personae: apenas se aperfeiçoa por provocação do credor, mediante interpelação judicial ou extrajudicial (art. 397, pu, CC). Caberá ao credor conceder ao devedor prazo que seja adequado as circunstancias, de acordo com a dificuldade do cumprimento da prestação.
1. Mora presumida: Presente nas obrigações provenientes de atos ilícitos (responsabilidade extracontratual). 
	A mora presumida indica que é dispensada a notificação do causador dos danos, pois ele assume os riscos no momento que perpetua o delito. 
	“STJ 54: ‘‘os juros moratórios, fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontatual”. 
Ainda que o contrato preveja clausula resolutiva expressa e ainda que o mesmo estabeleça o prazo pactuado pode haver a conversão da mora ex re em ex personae:
1. Contratos de compromisso de compra e venda de imóveis loteados urbanos e rurais impõe-se a notificação premonitória no registro imobiliário com concessão de prazo de 30 dias ao compromissário comprador inadimplente, mesmo tendo fixado como intransponível o dia do vencimento das parcelas. 
Havendo o não pagamento das parcelas é necessário uma previa notificação, ainda que haja uma cláusula expressa no contrato que havendo o descumprimento há o inadimplemento.
Juros
Para começar, do que se tratam os juros? Os juros importam rendimentos, lucro de capital emprestado, compensando ao credor o custo do crédito mutuado, funcionando também como um prêmio pelo risco que assume ante eventual inadimplemento do devedor. A inclusão dos juros ocorre na classe dos frutos civis, como rendimento de capital. Entendemos assim, que os juros são bens acessórios. Partindo desta introdução, dividiremos os juros em dois grupos, conforme sua destinação e origem:
1. Conforme sua destinação: Juros compensatórios e moratórios.
1. Conforme sua origem: Juros legais e convencionais.
Os juros compensatórios (ou remunatórios, como trabalham algunsautores) buscam remunerar capital obtido através de empréstimo, no período em que seu titular esteve privado. É como se fossem uma espécie de “aluguel” a ser pago por quem tomou emprestado. Os juros não tratarão somente de valores pecuniários, mas de bens fungíveis também. Do mesmo modo que um devedor pode pagar juros em espécie por empréstimo financeiro, outro devedor pode pagar duas vezes mais de uma matéria a título de juros.
Os juros compensatórios serão tidos como convencionais ou legais. Como exemplo dos compensatórios, podemos dizer que ao tomar um empréstimo com uma determinada instituição, a taxa de juros é negociada entre as partes. Já no que diz respeito aos juros legais, estão determinados na norma jurídica, podendo citar alguns artigos do Código Civil como exemplo: 106 e o 677.
Os juros moratórios tratam de indenizações ocorridas em função do inadimplemento de determinada obrigação de restituição. Estão configurados no Código Civil no que diz respeito a perdas e danos, cláusula penal e arras. Os juros moratórios se dão através do atraso do reembolso do devedor ao credor. O artigo 407 defenderá o interesse do credor, ao estipular que ainda que este não tenha prejuízo com o atraso do pagamento do devedor, os juros de mora serão devidamente aplicados ao devedor independente de dano ou prejuízo. 
Como foi dito no início desta introdução, os juros de mora não são exclusivos às prestações pecuniárias, mas também sobre as prestações de diversas naturezas uma vez que seja fixado valor pecuniário através de um dos seguintes meios: sentença judicial, arbitramento (exame feito por peritos ou árbitros para avaliação em pecúnia a obrigação em que ela se liga) ou acordo entre as partes, conforme o artigo 407 do Código Civil. Assim, todos os tipos de obrigação (dar coisa certa, fazer ou não fazer), podem ser convertidas em juros, após avaliação individualizada da obrigação, sendo fixados os juros.
1. Os juros moratórios
Sendo os constituintes da pena imposta ao devedor pelo atraso no cumprimento da obrigação, funcionam como uma indenização pelo retardamento na execução do débito. Os juros podem ser convencionados entre as partes ou, na ausência de convenção, serão aplicados os juros determinados em lei.
No antigo Código Civil de 1916, a taxa de juros de mora, quando não convencionada, era de 6% ao ano, conforme dispunha o artigo 1.062. Se convencionada, deveria observar o limite estabelecido pela Lei de Usura (Decreto nº 22.626, de 1933) a qual determinava que os juros convencionados pelas partes não poderiam ser “superiores ao dobro da taxa legal”. Ou seja, não poderiam exceder o percentual de 12% ao ano. Por essa razão, o limite de juros que poderiam ser cobrados em empréstimos entre empresas não financeiras, não poderia ultrapassar 12% ao ano.
Com o novo Código Civil, o que diz respeito a cobrança de juros moratórios sofreu mudanças. Segue o texto do artigo 406 do Código Civil:
 “Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional.”
Com isto, alguns magistrados passaram a aplicar a taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) para títulos federais, também como taxa de juros moratórios nas condenações judiciais em todos os processos, qualquer que fosse o assunto a ser discutido no processo. No entanto, a taxa SELIC não tem natureza de juros moratórios e sim de juros compensatórios. Além da finalidade da atualização monetária, essa taxa tem o fim de remunerar o capital representado pelos títulos federais. Baseando-se nisso, alguns doutrinadores afirmam que os juros calculados com base na taxa SELIC não podem ser considerados unicamente como juros moratórios.
O artigo 161, § 1º, do Código Tributário, dispõe que:
 “se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa de um por cento ao mês”.
Partindo da premissa que a SELIC possui natureza dúplice (juros + correção monetária), a solução mais viável é a de que a única taxa de juros de mora prevista em lei, é aquela prevista no artigo 161 § 1º do Código Tributário mencionado, no percentual de 1% ao mês.
O início da contagem dos juros moratórios resultantes de responsabilidade contratual, corresponderá à data de citação (art. 405 do CC).
Os juros de mora buscam desestimular o inadimplemento das obrigações. Não devem ser fixados de modo que ofereça vantagens para o devedor, nem muito altos. Conforme exposto acima, a taxa de juros moratórios legais é de 1% ao mês, i.e. 12% ao ano. Desta forma, o limite para a taxa convencionada seria de 2% ao mês, ou 24% ao ano.
Os Juros compensatórios no Código Civil
 Os juros denominados compensatórios ou remuneratórios, são aqueles recebidos pelo mutuante como compensação pela privação do capital emprestado, por um certo período. Esta remuneração do credor, equivale aos frutos civis pois este é privado temporariamente da posse do bem. Pode se comparar os juros compensatórios por um aluguel que o credor recebe pelo capital emprestado. Ou seja, os juros é uma forma de compensar o credor do custo do crédito emprestado (mutuado). Dessa forma, os juros compensatórios têm como objetivo remunerar o titular do capital no período em que este absteve dele.
Todo empréstimo de finalidade econômica impõe a presunção de cobrança de juros. Esta onerosidade será afasta apenas por convenção que seja expressa no sentido contrário, quando o mutuante afirma categoricamente que não tem interesse econômico no empréstimo. Isto se dá, normalmente, em relações fraternas. Por exemplo: quando pai empresta pra filho. 
Todavia, nem sempre foi assim. Na vigência do artigo 1262 do código civil de 1916, o contrato de empréstimo em regra era gratuito e sua onerosidade tinha caráter excepcional e dependia de cláusula no contrato.
Para definir o valor dos juros compensatórios, aplica-se o artigo 1º da Lei da usura, do Decreto nº 22.626/33, que diz:
Art. 1º. É vedado, e será punido nos termos desta lei, estipular em quaisquer contratos taxas de juros superiores ao dobro da taxa legal.
Sabe-se que a taxa legal é de 12% ao ano, com isso, podemos concluir que os juros compensatórios não podem passar de 24% ao ano, ou seja, 2% ao mês. Mas é possível que lei especial venha excepcionar essa limitação.
 Tais como:
1. Sistema Financeiro de Habitação, Lei 8.692/93, artigo 25:
“Art. 25.  Nos financiamentos celebrados no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação, a taxa efetiva de juros será de, no máximo, doze por cento ao ano. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.197-43, de 24.8.2001)
1º (Vetado.)        
2º Compete ao Banco Central do Brasil estabelecer a taxa de juros, até o limite estabelecido no caput deste artigo, em função da renda do mutuário, no caso dos financiamentos realizados com recursos oriundos de caderneta de poupança.
3º Compete ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço fixar a taxa de juros, até o limite estabelecido no caput deste artigo, em função da renda do mutuário, para operações realizadas com recursos deste fundo.”
1. Ações de desapropriação, Súmula STJ, nº 408:
“Nas ações de desapropriação, os juros compensatórios incidentes após a Medida Provisória 1.577, de 11/06/1997, devem ser fixados em 6% ao ano até 13/09/2001 e, a partir de então, em 12% ao ano, na forma da Súmula 618/STF.”
Súmula 618, STF:
Na desapropriação, direta ou indireta, a taxa dos juros compensatórios é de 12% (doze por cento) ao ano.
OUTRAS EXCEÇÕES: Os juros e as instituições financeiras
Para as instituições financeiras, as taxas de juros podem ser superiores a 12% ao ano, segundo a súmula nº 283:
“As empresas administradoras de cartão de crédito são instituições financeiras e, por isso, os juros remuneratórios por elas cobrados não sofrem as limitações da Lei de Usura.”
Mas é possível a limitação das taxas de juros praticadas pelas instituições financeiras, quando o magistrado se atenta as cláusulas da boa-féobjetiva (artigo 113 do Código Civil), abuso do Dreito (artigo 187 do Código Civil), e a função social do contrato (artigo 421 do Código Civil). O magistrado, em atenção a estes princípios poderá reduzir a taxa de juros praticados pelas instituições financeiras, desde que a taxa, em caso específico, seja abusiva e destoante das taxas praticadas em situação de normalidade, por outras instituições financeiras. Dessa forma, em caso concreto, o magistrado pode reduzir a taxa de juros compensatórios à uma taxa proporcional e não haja aniquilamento dos direitos fundamentais do devedor.
Juros simples e Juros compostos
Os juros simples são aqueles que não se acumulam com o principal do capital emprestado para a contagem de novos juros. Já os juros compostos são contados sobre o principal, acrescido de juros acumulados. Com isso, nos juros compostos há a incidência de juros sobre juros. 
Diz o artigo 591 do Código Civil de 2002: 
Art. 591. Destinando-se o mútuo a fins econômicos, presumem-se devidos juros, os quais, sob pena de redução, não poderão exceder a taxa a que se refere o art. 406, permitida a capitalização anual.
Logo, é possível a capitalização anual de juros, desde que previamente ajustado. Ou seja, na capitalização anual de juros, há a incidência de juros simples até o final de um ano, e após um ano, será cobrado os juros compostos. Entretanto a Súmula 93 do STF, permite a cobrança de juros compostos em períodos menores que um ano, desde que haja expressa convenção entre as partes e se trate de emissão de cédula rural, cédula de crédito industrial e comercial. Já para as instituições financeiras regidas pelo sistema financeira nacional é admitido a capitalização de juros com periocidade inferior a um ano, inclusive no período mensal. 
Perdas e danos
 Art.389. Art. “Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.”
Art. 393. “O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.”
“Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir.”
Podemos definir como perdas e danos o prejuízo ou dano material(atinge ou diminui o patrimônio do lesado) ou moral(sem repercussão em sua órbita financeira),oriunda de uma parte à outra dentro da obrigação,que é resultado de seu descumprimento.
Art. 402. “Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.”
De maneira mais clara pode-se compreender as perdas e danos devidas ao credor como o dano emergente ou positivo (o que perdeu definitivamente) a palavra “efetivamente” usada no artigo diz respeito a que o dano emergente não pode ser presumido,devendo ser obrigatoriamente provado,além de ser certo e atual e o lucro cessante também denominado como lucro negativo ou frustrado (o que razoavelmente deixou de lucrar),a palavra “razoavelmente” diz respeito a que se deve admitir que credor haveria de lucrar observando o bom-senso.
Deve-se ressaltar que em nosso direito positivo a compensação devida somente alcançará os danos emergentes e os lucros cessantes diretos e imediatos,ou seja,só haverá indenização oriunda de ação ilícita do devedor,desta forma o devedor responderá somente pelos danos anexados aos seus atos e não pelos resultantes de causas diversas.
Art. 403. “Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.”
Trata-se de aplicação da teoria dos danos diretos e imediatos,formulada acerca da relação de causalidade,que obrigatório a existência se caracterize a responsabilidade do devedor.
É necessário atentar-se ao fato de que há uma categoria especial de danos denominadas danos em ricochete, que mesmo não sendo ligados aos sujeitos da obrigação, atingem pessoas próximas sendo assim cabalmente indenizáveis, pelo mesmo motivo de oriundas da ação ilícita do infrator.
Existem requisitos básicos para que todo e qualquer dano seja considerado indenizável,são eles:
1. Efetividade ou certeza:Não se deve haver hipóteses e sim certezas quanto ao cabimento da indenização,pode até mesmo ocorrer futuramente,a exemplo de um trabalhador que perde os movimentos das pernas em um acidente de trabalho,vale-se aqui ressalvar que o mesmo não pode ser incerto ou abstrato.
2. Subsistência:Se o dano já foi ou pode ser totalmente reparado não há motivos de haver indenização haja vista que a vítima teve seu patrimônio igualmente reavido.
3. Lesão a um interesse juridicamente tutelado,de natureza material ou moral:Tem-se neste requisito somente os bens jurídicos tutelados pelo direito,sendo assim cabalmente indenizáveis.
 O pagamento em dinheiro
Art. 404. “As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional.”
Parágrafo único. “Provado que os juros da mora não cobrem o prejuízo, e não havendo pena convencional, pode o juiz conceder ao credor indenização suplementar.”
Se o credor não chegou a ingressar em juízo,o devedor pagará,além da multa,no caso se estipulada,as despesas com as notificações efetuadas pelo cartório e as despesas com o protesto dos títulos.Mas caso haja ocorrido a necessidade de ajuizar a competente ação de cobrança,o credor fará jus,ainda,ao reembolso das custas processuais,bem como a verba honorária,como disposto no art.20 do CPC.
Art. 20.  “É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito.”
Os juros são para indenização das perdas e danos decorrentes do inadimplemento de obrigação em dinheiro.O devedor que constituído em mora ou inadimplemento responde inclusive pela correção monetária do débito.Esta regra fixa-se na idéia de evitar o enriquecimento sem causa do devedor,em detrimento ao credor.
Art. 405. “Contam-se os juros de mora desde a citação inicial.”
Tal artigo aplica-se somente aos casos de inadimplemento e responsabilidade contratual,pois nas obrigações provenientes de ato ilícito, “considera-se o devedor em mora,desde que praticou”(cc,art..398).
Clausula penal
· A clausula penal é umas das conseqüência do inadimplemento, uma forma prévia de indenização, elas objetivam o cumprimento da obrigação principal para que haja uma garantia acerca do cumprimento da mesma. O valor da clausula penal é apurado de forma convencional, são apurados previamente ao descumprimento da obrigação pelas próprias partes.
· O que é clausula penal? Um pacto acessório que as partes previamente fixam um valor referente à indenização no caso de inexecução culposa da obrigação principal na forma do art. 409 CC, ela existe para valorizar a segurança jurídica para que haja um reforço no cumprimento da obrigação de forma voluntaria havendo previamente a fixação daquilo que será devido em caso de inexecução culposa, ou seja, ela é uma medida de ressarcimento.
· A clausula penal não requer em todos os casos que haja uma previsão de pena pecuniária, não sendo necessário que o valor seja aferido imediatamente em pecúnia, ela pode consistir em um reforço da garantia da fixação da obrigação de fazer ou não fazer, de dar ou não dar.
· De acordo com o artigo 416 do CC, para exigir-se pena convencional, não necessária que o credor alegue prejuízo, ela é devida mesmo que não haja a verificação de um dano, pois a cláusula penal é um prévio ajuste da indenização no caso de descumprimento.
· A Cláusula Penal pode ser fixada na própria obrigação principal, na própria avença, no próprio contrato que prevê a obrigação principal é possível que uma das cláusulas seja uma clausula penal ou fixada em um termo aditivo,em separado, a cláusula penal não pode ser fixada após o descumprimento da obrigação, se não, nos não vamos estar diante de uma cláusula penal, uma prévia fixação da indenização, se fixada depois do descumprimento ela perde seu caráter antecipatório, ferindo assim o artigo 409 do Código Civil.
· A cláusula penal não se sujeita a ônus de forma, mesmo que a obrigação principal exija uma solenidade. Por exemplo, o contrato de compra e venda de imóvel, é necessária escritura publica, a lei exige uma solenidade. A cláusula penal se fixada num momento superior fixada num termo aditivo ela pode não observar essa solenidade, não necessariamente precisa ser um documento publico mesmo que essa obrigação principal exija esta solenidade, nos casos de ajuste posterior a clausula penal não obrigatoriamente observará a solenidade da obrigação principal.
· As modalidades de cláusula penal são moratórias e compensatórias.
A primeira tem por objetivo preservar uma cláusula especifica da obrigação, uma clausula específica do contrato, ou é fixada em virtude da mora do devedor, pode ocorrer em razão do descumprimento do contrato tempestivo, ou qualitativo, por isso ela pode ser exigida juntamente com a obrigação principal não adimplida, pois a cláusula penal moratória é uma indenização complementar, como está descrito no artigo 411 do CC, a cláusula penal não substitui a prestação, diferente da cláusula penal compensatória, pois na moratória a obrigação permanece útil, por esse motivo da cláusula penal moratória com a preservação do cumprimento da obrigação principal a cláusula penal moratória deve ser menor que a compensatória que é fixada em razão do descumprimento da inexecução total da obrigação principal, neste caso há a substituição do cumprimento da obrigação principal, pela cláusula penal, a cláusula penal compensatória é uma alternativa em benefício do credor, não a beneficio do devedor; havendo o descumprimento da obrigação e havendo a estipulação da clausula penal compensatória, abre-se duas opções para o credor: primeiro perseguir uma tutela especifica, o comprimento da prestação, segunda opção é extinção da obrigação e exigir a clausula penal compensatória, são alternativas para o credor.
· No caso de cláusula penal compensatória é vedado optar pelas perdas e danos, ainda que haja lesão maior, a cláusula penal compensatória é o limite máximo indenizatório, salvo se previamente ajustado e que se prova dano maior do que estabelecido na cláusula penal.
· Na cláusula penal moratória é possível acumulação com perdas e danos.
· É licita a cumulação de clausulas penais, moratórias e compensatória no mesmo caso.
· É possível a redução equitativa da clausula penal pelo juiz, redução proporcional de acordo com o cumprimento do devedor, de acordo com art. 413 CC, nula a cláusula contratual que impede a redução da clausula penal, na hipótese de descumprimento relativo ou absoluto da principal.
· A cláusula penal que pretende impor a perda total das prestações será tida como abusiva e leonina, por lesar a boa fé objetiva do consumidor, acarretar onerosidade excessiva e desequilíbrio contratual
· São três limites estabelecidos em leis
A) O limite para promessa de compra e venda, a cláusula penal só pode consistir no máximo em 10% sobre o débito
b) No caso de inadimplemento no condomínio edilício, a cláusula penal só pode consistir em 2% sobre o debito
c) Nos contratos de fornecimento de produtos e serviços que envolvam a outorga de crédito ou concessão de financiamento ao consumidor de 2% do valor da prestação inadimplida.
ARRAS OU SINAL:
Conceito: Arras/sinal trata se de uma garantia dada por uma das partes contratantes, geralmente através de dinheiro ou outra coisa fungível, com a finalidade de assegurar o cumprimento da obrigação e evitar seu inadimplemento. 
As arras possuem características acessórias, pressupõem a existência de um contrato principal, não existem por si só.
São reguladas pelos artigos 417 a 420 do Código Civil:
Art. 417. Se, por ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à outra, a título de arras, dinheiro ou outro bem móvel, deverão as arras, em caso de execução, ser restituídas ou computadas na prestação devida, se do mesmo gênero da principal.
- Com a obrigação cumprida, as arras/sinal deverão ser descontadas do preço ou restituídas ao contratante que as prestou.
Art. 418. Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-lo por desfeito, retendo-as; se a inexecução for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu haver o contrato por desfeito, e exigir sua devolução mais o equivalente, com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários de advogado.
- Inexecução por parte de quem deu as aras/sinal:
Se o descumprimento for por parte de quem deu as aras/sinal, este as perderá em benefício do que recebeu.
- Inexecução por parte de quem recebeu as aras/sinal:
Se o descumprimento for por parte de quem recebeu as aras/sinal, este deverá devolvê-las mais o equivalente.
Art. 419. A parte inocente pode pedir indenização suplementar, se provar maior prejuízo, valendo as arras como taxa mínima. Pode, também, a parte inocente exigir a execução do contrato, com as perdas e danos, valendo as arras como o mínimo da indenização.
- A parte que não deu causa ao descumprimento da obrigação tem o direito a pedir por indenização suplementar, provando que seu prejuízo foi maior que o valor das arras/sinal. Também pode exigir a execução do contrato mais perdas e danos, cujo valor mínimo deve ser equivalente ao das arras/sinal. 
Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a indenização suplementar.
 - Neste caso atribuem-se as arras penitenciais ( independentes de haver ou não inadimplemento de obrigação), onde sempre que as partes estipularem o direito de arrependimento expressamente, valerão as arras/sinal como indenização pré-fixada, quem as deu, perde; quem as recebeu, devolve-as mais o equivalente. 
- O previsto neste artigo não valerá em casos que o contrato não se concretizar por caso fortuito ou de força maior, resolvendo-se pela devolução das arras/sinal a quem as deu acrescidas apenas da atualização monetária pertinente.

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