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AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO - atual

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"Quando os membros de nossas igrejas demonstrarem o 
fruto de verdadeira piedade, imediatamente 
encontraremos pessoas perguntando qual a árvore que 
produz esse fruto". (C. H. Spurgeon). 
“As obras da Carne e o Fruto do Espírito” 
 Pr. Carlos Azevedo – Assembleia de Deus em Icoaraci 2 
 
AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO 
INTRODUÇÃO 
a vida cristã existem tantas dificuldades que muitos não resistem e acabam 
sucumbindo às pressões do mundo em que vivemos, seja na parte sexual, financeira, 
social, ou ainda no âmbito eclesiástico, com as inúmeras tentações que sofremos e 
os desvios de conduta que podemos apresentar. 
Por isso, esse assunto sobre as Obras da Carne e o Fruto do Espírito é tão atual, porque o 
homem moderno continua o mesmo em seu coração, como diz a Palavra do Senhor: "Enganoso é o 
coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?" (Jeremias 17:9), 
mostrando que as lutas do homem do século XXI, em sua relação espiritual, não diferem das que 
homens de outros séculos enfrentaram. 
Nessa apostila refletiremos sobre essas questões, para fortalecermos nossos 
pensamentos e “...e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo" (II Coríntios 
10:5), pautando nosso comportamento nas Escrituras Sagradas, concebendo a ideia que o 
Senhor é Poderoso e “...guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus." 
(Filipenses 4:7). 
1. AS OBRAS DA CARNE 
Na luta por um território exércitos se preparam, se perfilam, traçam estratégias e 
aguardam o momento oportuno para avançar, com a 
intenção clara de conquistar, fincar uma bandeira e 
declarar aquele território como parte de suas possessões. 
Não é diferente no mundo espiritual, quando temos um 
inimigo astuto que ataca com ciladas e ardis (Ef 6.11; II 
Co 2.11), tendo como estratégia a dissimulação, o engano e 
a tentação. 
Um dos ardis do inimigo é fazer com que as Obras 
da Carne sejam praticadas pelas pessoas em detrimento 
ao Fruto do Espírito, que é o ideal de Deus para o homem. Pois, através de sua velha natureza o 
homem é atraído a cometer pecados. 
Ao se referir à "carne", é evidente que Paulo não fala do "corpo", pois a palavra grega 
sarx, “carne”, está falando da natureza pecaminosa do homem, aqui significa o conjunto de 
impulsos pecaminosos que dominam o homem natural. O corpo humano é neutro, não pecaminoso. 
Quando o Espírito Santo controla o corpo, andamos no Espírito; mas quando entregamos o corpo 
ao controle da carne, andamos segundo os desejos ("concupiscência") da carne. O Espírito e a 
carne têm desejos diferentes, e é isso o que gera os conflitos. 
Esses desejos opostos são ilustrados na Bíblia de várias maneiras. A ovelha, por exemplo, 
é um animal limpo, que evita a sujeira, enquanto o porco é um 
animal imundo, que gosta de se revolver na imundície (2 Pe 2:19-
22). Depois que a chuva cessou e que a arca se encontrava em 
terra firme, Noé soltou um corvo, mas a ave não voltou (Gn 8:6, 
7). O corvo é uma ave carniceira, portanto deve ter encontrado 
alimento de sobra. Mas, quando Noé soltou uma pomba (uma ave 
limpa), ela voltou (Gn 8:8-12). 
N 
“As obras da Carne e o Fruto do Espírito” 
 Pr. Carlos Azevedo – Assembleia de Deus em Icoaraci 3 
 
A velha natureza é como o porco e o corvo, sempre procurando algo imundo para se 
alimentar. Nossa nova natureza é como a ovelha e a 
pomba, ansiando por aquilo que é limpo e santo. Não é de 
se admirar que ocorra tamanho conflito dentro da vida 
do cristão! A pessoa não salva não experimenta essa 
batalha, pois não tem o Espírito Santo (Rm 8:9). 
Quem anda no Espírito, não necessita satisfazer a 
concupiscência da carne. Age como um cidadão dos céus 
e investe no céu, não necessitando da lei (5.16). Carne e espírito são dois extremos existentes 
em nós e satisfazer a carne significa egoísmo, satisfazer o espírito é altruísmo (5.17). Guiar-se 
pelo Espírito é desfrutar da plena liberdade, é esquecer-se que há lei (5.18) 
O pecado é atribuído à natureza decaída do homem. Os demônios denominados pela 
"batalha espiritual" como sendo demônios da lascívia, do ódio, da ira, da vingança, da 
embriagues, da inveja, e assim por diante, não aparecem no Novo Testamento. Estas coisas são, 
na verdade, as obras da carne mencionadas por Paulo em Gálatas 5.19-21. A solução para estes 
pecados não é expulsar demônios que supostamente os produzem, mas arrependimento, 
confissão e santificação. 
2. CLASSIFICAÇÃO DAS OBRAS DA CARNE 
 As Obras da Carne eram suficientemente manifestas naquele velho mundo pagão, e são 
suficientemente manifestas por toda parte em nosso mundo atual. Não há tentativa, nos vv. 19-
21, para mencionar todos os pecados possíveis; são dados apenas alguns exemplos mais notáveis. 
a) Pecados de ordem moral. 
 Prostituição – a palavra grega usada é porneia, que abrange todo o tipo de impureza sexual. 
Aqui estão incluídos todo tipo de pornografia, como quadros filme, produções pornográficas. 
Verifique ainda outros textos que apresentam a mesma expressão: (Mateus 5.32, 19.9, Atos 
15.20,29, 21.25, I Coríntios 5.1). 
 Impureza – a palavra grega akatharsia se refere aos pecados 
sexuais, atos pecaminosos, vícios e também pensamentos e desejos 
impuros. Outros textos que usam a mesma expressão são: Efésios 
5.3, Colossenses 3.5. Esse termo é de muito interesse. Pode 
empregar-se para o pus de uma ferida não desinfetada, para uma 
árvore que nunca foi podada e para um material que nunca foi 
peneirado. A impureza é então o que torna um homem inepto para apresentar-se perante Deus. 
É precisamente o contrário dessa pureza que pode ver a Deus. É o manchar a vida com aquelas 
coisas que nos separam de Deus. 
 Lascívia – é a palavra grega aselgeia, que é a sensualidade. É seguir as próprias paixões a 
ponto de perder a vergonha. É a porta aberta para uma vida de dissolução completa, controlada 
totalmente pelas paixões carnais. A lascívia refere-se à devassidão, um apetite libertino e 
desavergonhado. Como é de conhecimento comum, esses pecados corriam soltos no império 
romano. As bebedices e glutonarias não necessitam de maiores explicações. 
 
 
 
 
“As obras da Carne e o Fruto do Espírito” 
 Pr. Carlos Azevedo – Assembleia de Deus em Icoaraci 4 
 
b) Pecados de ordem religiosa. 
 Idolatria – do grego, eidolatria, é a adoração a espíritos, 
pessoas ou ídolos, ou a confiança em pessoas, instituições ou 
pessoas, atribuindo-lhe força e poder. a idolatria continua 
existindo hoje e significa simplesmente colocar qualquer outra 
coisa antes de Deus e das pessoas. Devemos adorar a Deus, amar 
as pessoas e usar as coisas; mas, muitas vezes, usamos as 
pessoas, amamos somente a nós mesmos e adoramos as coisas, 
deixando Deus totalmente de fora. Jesus nos diz que sempre 
servimos ao que adoramos (Mt 4:10). O cristão que se dedica mais a seu carro, à sua casa ou a 
qualquer objeto do que ao serviço de Cristo corre o risco de estar praticando idolatria (Cl 3:5). 
 Feitiçarias – o termo grego é pharmakeia, que envolve a dominação de espíritos, magia negra, 
adoração de demônios e o uso de drogas e outros materiais, na prática da feitiçaria. Você ainda 
pode examinar os textos de Êx 7.11,22; 8.18; Ap 9.21; 18.23. Significa "uso de fármacos", de 
onde vem a palavra farmácia. No tempo de Paulo, era comum os mágicos usarem fármacos para 
provocar efeitos nocivos. É evidente que a Bíblia proíbe a magia bem como todas as práticas de 
ocultismo (Dt 18:9-22). 
c) Pecados de ordem social. 
 Inimizades – a palavra grega echthra envolve intenções e ações fortemente hostis; antipatia 
e inimizadeextremas. 
 Porfias – do grego, eris, abrange as brigas, oposição, luta por superioridade e pode ser 
encontrado também em Rm 1.29; 1ª Co 1.11; 3.3. 
 Emulações – no grego, zelos fala de ressentimento, inveja amargurada do sucesso dos outros. 
Outros textos: Rm 13.13; I Co 3.3. 
 Iras – do grego, thumos é a palavra grega que significa a ira ou fúria explosiva que irrompe 
através de palavras e ações extremamente violentas. Veja Cl 3.8. 
 Pelejas – do grego, eritheia é a ambição egoísta e a cobiça do poder, que pode ser 
encontrada também em II Co 12.20 e Fp 1.16,17. 
 Dissensões – do grego dichostasia, diz respeito aos grupos divididos dentro da congregação, 
formando conluios egoístas que destroem a unidade da igreja Deus sempre se preocupou com a 
unidade do seu povo, veja I Co 11.19. 
 Heresias – do grego hairesis, significa introduzir ensinos cismáticos na congregação sem 
qualquer respaldo na Palavra de Deus, como em Rm 16.17. 
 Invejas – aqui encontramos o termo fthonos, significando a antipatia ressentida contra 
outra pessoa que possui algo que não temos e queremos. É a 
inconformidade, pois “ele tem e eu não!”. As invejas indicam 
rancores e o desejo profundo de ter aquilo que outros têm 
(ver Pv 14:30). 
 Homicídios – phonos é matar o próximo por perversidade. A 
tradução do termo phonos na Bíblia de Almeida está embutida 
na tradução de methe, a seguir, por tratar-se de práticas 
conexas. 
 Bebedices – continuando a ideia anterior, methe faz 
referência ao descontrole das faculdades físicas e mentais por meio de bebida embriagante. 
“As obras da Carne e o Fruto do Espírito” 
 Pr. Carlos Azevedo – Assembleia de Deus em Icoaraci 5 
 
 Glutonarias – do grego, komos diz respeito às diversões, festas com comida e bebida de 
modo extravagante e desenfreado, envolvendo drogas, sexo e coisas semelhantes. 
A pessoa que pratica esses pecados não herdará o reino de Deus. Paulo não fala de um ato 
pecaminoso, mas sim do hábito de pecar. Existe uma certeza falsa da salvação que não é 
baseada na Palavra de Deus. O fato de o cristão não estar debaixo da Lei, mas sim da graça, não 
serve de desculpa para pecar (Rm 6:15). 
II. O FRUTO DO ESPÍRITO 
Por outro lado podemos ver que as características do Fruto do Espírito, se opõem de 
forma veemente às Obras da Carne que foram enumeradas, e tem 
como característica marcante ser apresentado como uma unidade. 
É o único fruto que será produzido pelo Espírito de Deus. Não 
existe a possibilidade de ser diferente, pois não depende do 
indivíduo, mas sim da ação específica do Espírito de Deus. 
Uma coisa é vencer a carne e não praticar a perversidade, 
outra bem diferente é praticar o bem. Os legalistas podem se 
gabar de não ser culpados de adultério ou de homicídio 
(considerar, porém, Mt 5:21-32), mas será que alguém é capaz de 
vislumbrar as tão belas graças do Espírito em seu caráter? Na vida, a bondade por negação não 
é suficiente, também é preciso haver qualidades. 
O fruto do Espírito é o resultado de uma vida redimida pela fé em Jesus. Não é o 
resultado de uma imposição religiosa ou qualquer sistema religioso legalista. 
É o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia chama “o fruto do Espírito”. Esta maneira 
de viver se realiza no crente quando ele permite que o Espírito dirija e influencie sua vida de 
tal maneira que subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em 
comunhão com Deus. O Espírito Santo é quem faz essas coisas na vida do cristão. É por isso que 
o apóstolo diz que: “contra essas coisas não há lei (v.23). “...pelos frutos sois conhecidos” 
(Mateus 7.16). 
O contraste entre obras e frutos é importante. O trabalho de um equipamento industrial 
pode gerar um produto, mas não há máquina no mundo capaz de produzir um fruto. Os frutos 
devem crescer da vida e, no caso do cristão, essa vida é do Espírito Santo (Gl 5:25). 
 O fruto do Espírito inclui: 
1. Amor – A palavra grega ágape, nos fala de um amor que apresenta o interesse e a busca do 
bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca. Os 
textos de Romanos 5.5; 1ª Coríntios 13; Efésios 5.2 e 
Colossenses 3.14 ainda podem ser observados adicionalmente. 
Paulo começa com o amor, pois, na verdade, todos os outros 
frutos decorrem do amor. Convém comparar essas oito 
qualidades com as características do amor dadas aos 
coríntios (ver I Co 13:4-8). O termo ágape, usado para amor, 
significa "amor divino". (O termo grego eros quer dizer "amor sensual" e não é usado em parte 
alguma do Novo Testamento.) Esse amor divino é o dom de Deus para nós (Rm 5:5), e devemos 
cultivá-lo e orar pedindo que aumente (Fp 1:9). Significa que nada que alguém possa nos fazer 
por meio de insultos, injúrias ou humilhações nos forçará a buscar outra coisa senão o maior 
bem do mesmo. Portanto, é um sentimento tanto da mente como do coração; corresponde tanto 
“As obras da Carne e o Fruto do Espírito” 
 Pr. Carlos Azevedo – Assembleia de Deus em Icoaraci 6 
 
à vontade como às emoções. O termo descreve o esforço deliberado — que só podemos realizar 
com a ajuda de Deus — de não buscar jamais outra coisa senão o melhor, até para aqueles que 
buscam o pior para nós. 
 A primazia do amor. “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; 
porém o maior destes é o amor” (I Co 13.13, ARA). O amor é eterno, nunca falha (I Co 13.8). Um 
dia, a fé encerrará sua missão quando ela se tornar realidade na glória de Deus (Hb 11.1). A 
esperança também terá sua missão completa, quando tivermos aquilo pelo que esperamos por 
muito tempo. 
2. Alegria (Gozo) – Aqui temos o termo grego chara, a sensação de alegria baseada no amor, na 
graça, nas bênçãos, nas promessas e na presença de Deus, bênçãos estas que pertencem àqueles 
que creem em Cristo. Leia ainda Salmo 119.16; II Coríntios 6.10 e 12.9 e ainda I Pedro 1.8. Não 
é a alegria que provém de coisas terrenas ou triunfos fúteis; muito menos o que tem sua fonte 
no triunfo sobre alguém com quem se esteve em rivalidade ou competição. É, antes, a alegria 
que tem Deus como fundamento. 
Neemias nos diz que “...a alegria do SENHOR é a vossa força." (Neemias 8 : 10). O 
pensamento aqui é que o segredo da alegria cristã é crer no que Deus diz em sua Palavra e agir 
de acordo com essas verdades. A fé que não se baseia na 
Palavra não é fé, mas apenas presunção ou superstição. A alegria 
que não vem da fé não é alegria, mas apenas um "sentimento 
bom" que logo desaparece. A fé baseada na Palavra produz o 
tipo de alegria que permanece mesmo em meio às tempestade da 
vida. Não basta ler a Palavra nem receber a Palavra enquanto 
outros a explicam; devemos também nos regozijar na Palavra. "Alegro-me nas tuas promessas, 
como quem acha grandes despojos" (Sl 119:162). Nas palavras do compositor Franz Josef 
Haydn: "Quando penso em meu Deus, meu coração se enche de tal modo que as notas dançam e 
saltam de minha pena e, uma vez que Deus me deu um coração alegre, não serei censurado por 
servi-lo com um espírito igualmente alegre". 
Essa alegria não é o resultado de algum prazer ou diversão; é obra do Espírito Santo. 
 Atos 13:52: “Os discípulos, porém, transbordavam de alegria e do Espírito Santo.” 
 Habacuque 3:17-18: “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da 
oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco 
e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha 
salvação.” 
3. Paz – No grego eirene, que é a quietude no coração e na mente, baseados na convicção de 
que tudo vai bem entre o crente e seu Pai celestial. Pode ser ainda 
observada em Romanos 15.33; Filipenses 4.7; I Tessalonissenses 5.23 e 
também Hebreus 13.20. O senso de harmonia no coraçãono que tange a 
Deus e ao homem, aquela paz de Deus que guarda o coração contra todas 
as preocupações e temores que pretendem invadi-lo (Fp 4.7). 
A paz como fruto do Espírito está relacionada à nossa reconciliação 
com Deus e com as outras pessoas ao nosso redor. É ação do Espírito 
Santo na nossa vida que nos faz estar empenhados em termos paz com 
Deus e com os outros ao nosso redor. 
“As obras da Carne e o Fruto do Espírito” 
 Pr. Carlos Azevedo – Assembleia de Deus em Icoaraci 7 
 
 II Coríntios 5.18: “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo 
por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação”. 
A unidade é um tema central no Evangelho. Deus quer que valorizemos relacionamentos e 
nos esforcemos em mantê-los, ao invés de descartá-los sempre que houver desacordo, mágoa ou 
conflito. Deus deu, a todos nós que cremos n’Ele, o ministério da restauração dos 
relacionamentos. Ser um pacificador é uma prova de maturidade espiritual. 
Em seu aspecto futuro e pleno, o Reino de Deus será Seu governo sobre a terra depois 
que todos os seus inimigos forem derrotados. Pelo fato de não haver mais influência maligna no 
mundo, será um Reino de paz (Dn 2.44; 7.14; I Co 15.24,25; Zc 9.10). Não esqueçamos que o 
Senhor Jesus é o Príncipe da paz! (Is 9.6). 
4. Longanimidade (Paciência) – O termo grego é makrothumia, que fala de perseverança e 
paciência, a capacidade de ser tardio para irar-se ou para o 
desespero. Outros textos são Efésios 4.2; II Timóteo 3.10 e 
também Hebreus 12.1. Uma palavra de grande significado. Nos diz a 
história que os romanos fizeram-se donos do mundo por 
makrothumia; alude-se aqui à tenacidade de Roma pela que jamais 
fazia a paz com o inimigo, até na derrota; uma sorte de paciência que 
conquista. Falando em geral, a palavra não se usa para a paciência 
com respeito a coisas ou acontecimentos, senão para a paciência com 
respeito às pessoas. João Crisóstomo diz que é a graça do homem que podendo-se vingar não o 
faz; do que é lento para a ira. O que mais ilumina seu significado é seu uso muito comum no Novo 
Testamento com respeito à atitude de Deus e de Jesus para com os homens (Romanos 2:4; 9: 
22; I Timóteo 1:18; 1 Pedro 3:20). Agostinho de Hipona disse que: “Não há lugar para a 
sabedoria onde não há paciência”. A Bíblia elogia a paciência de Jó (Tiago 5 : 11). 
5. Benignidade – No grego khrēstotēs significa não querer magoar a ninguém, nem mesmo lhe 
provocar qualquer tipo de dor. Leia ainda Efésios 4.32; Colossenses 3.12 e I Pedro 2.3. 
Benignidade e bondade são termos muito ligados entre si. Por benignidade é o termo 
khrēstotēs. Com muita frequência se traduz também por bondade (Tito 3:4; Romanos 2:4; 2 
Coríntios 6:6; Efésios 2:7; Colossenses 3:12; Gálatas 5:22). É um termo positivo. Plutarco diz 
que é muito mais difundido que a justiça. Um vinho antigo se chama khrestos, suave. O jugo de 
Cristo é khrestos (Mateus 11:30), quer dizer, não roça nem incomoda nem mortifica. A ideia 
geral é a de uma amável bondade. O termo que Paulo usa 
para bondade (agathosune) é peculiar da Bíblia; não ocorre 
no grego comum (Rm 15.14; Ef 5:9; II Tss 1:11). É a mais 
ampla expressão da bondade; define-se como "a virtude 
equipada para cada momento". Qual é a diferença? A 
bondade poderia — e pode — reprovar, corrigir e 
disciplinar; a khrēstotēs só pode ajudar. Jesus mostrou 
agathosune quando purificou o templo e expulsou os que o transformavam num mercado, mas 
manifestou khrēstotēs quando foi amável com a mulher pecadora que lhe ungia os pés. O cristão 
necessita de uma bondade que seja ao mesmo tempo amável e enérgica. 
6. Bondade – A palavra grega agathosune é o zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; 
pode ser expressa em atos de bondade (Lucas 7.37-50) ou na repreensão e na correção do mal 
(Mateus 21.12,13). 
7. Fé (Fidelidade) – Aqui a palavra grega pistis é convicção da verdade de algo, fé; de uma 
convicção ou crença que diz respeito ao relacionamento do homem com Deus e com as coisas 
“As obras da Carne e o Fruto do Espírito” 
 Pr. Carlos Azevedo – Assembleia de Deus em Icoaraci 8 
 
divinas, geralmente com a ideia inclusa de confiança e fervor santo nascido da fé e unido com 
ela; a convicção de que Deus existe e é o criador e governador de todas as coisas, o provedor e 
doador da salvação eterna em Cristo; fé com a ideia predominante de confiança (ou confidência) 
seja em Deus ou em Cristo, surgindo da fé no mesmo; convicção ou fé forte e bem-vinda de que 
Jesus é o Messias, através do qual nós obtemos a salvação eterna no reino de Deus; é a lealdade 
constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, compromisso, 
fidedignidade e honestidade. Você pode ainda examinar Mateus 23.23; Romanos 3.3; I Timóteo 
6.12; II Timóteo 2.2; 4.7; Tito 2.10. 
Fidelidade e fé são duas palavras que possuem a mesma raiz na língua grega, indicando 
“confiança”. Ou seja, na Bíblia, fidelidade quer dizer confiabilidade e credibilidade. A Palavra 
de Deus apresenta a fidelidade como uma característica dos servos de Deus: 
 II Coríntios 8.21: ”Pois o que nos preocupa é procedermos fielmente, não só perante o 
Senhor, como também diante dos homens.” 
 I Coríntios 4.2: “Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja 
encontrado fiel.” 
Quem manifesta esse atributo em si é alguém digno de confiança e que também confia nas 
pessoas, que assume e cumpre com suas responsabilidades diante de Deus, da igreja e da 
família. 
8. Mansidão – No grego praotes, que é a moderação, associada à força e à coragem; descreve 
alguém que pode irar-se com equidade quando for necessário, e também humildemente 
submeter-se quando for preciso. Temos os exemplos de Jesus, de Paulo e de Moisés: II 
Timóteo 2.25; I Pedro 3.15; para a mansidão de Jesus, cf. Mateus 11.29 com 23; Marcos 3.5; a 
de Paulo, cf. II Coríntios 10.1 com 10.4-6; Gálatas 1.9; a de Moisés, cf. Números 12.3 com Êxodo 
32.19,20. 
No Novo Testamento tem três significados principais: 
 Significa submisso à vontade de Deus (Mateus 5:5; 11:29; 21:5). 
 Significa dócil: o homem que não é soberbo para aprender (Tiago 1:21). 
 Com maior frequência significa considerado (I Coríntios 4:21; II Coríntios 10:1; Efésios 4:2). 
Aristóteles definiu a praotes como o termo médio entre a ira excessiva e a mansidão excessiva; 
como a qualidade do homem que está sempre irado, mas só no momento devido. 
9. Temperança (Domínio próprio) - A palavra grega egkrateia, apresenta o controle ou domínio 
sobre nossos próprios desejos e 
paixões, inclusive a fidelidade aos 
votos conjugais; também a pureza. 
Leia ainda I Coríntios 7.9; Tito 1.8; 
2.5. Esse Fruto só é 
experimentado por quem vive livre 
Sujeitar-se novamente à lei é 
provar algo insosso, é não provar os 
sabores do fruto. Na verdade, 
esse fruto já foi explicado por Cristo em João 15.2. “Se vivemos no Espírito, andemos também 
no Espírito” (5.25). 
Estamos inseridos em um mundo onde somos influenciados a vivermos conduzidos por 
nossos sentimentos e vontades, sempre na busca do prazer a qualquer custo. Somos 
incentivados o tempo todo a viver fazendo o que “o coração mandar”. Mas, não é esta a direção 
“As obras da Carne e o Fruto do Espírito” 
 Pr. Carlos Azevedo – Assembleia de Deus em Icoaraci 9 
 
que recebemos na Palavra de Deus. A Bíblia nos adverte que o nosso coração é enganoso e, por 
vezes, leva-nos por caminhos de morte. 
 “Como cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não tem 
domínio próprio”. (Provérbios 25.28). 
A temperança abrange o controle da língua (Tg 3.2), controle do desejo sexual 
(1 Ts 4.3-8), moderação nos hábitos cotidianos(I Co 6.12-20), pois glutonaria e 
bebedice são hábitos pecaminosos oriundos da satisfação excessiva dos próprios 
desejos. E apesar de muitos não incluírem esse item como pecaminoso, devemos ter 
moderação no uso do tempo, haja vista a parábola do servo vigilante, onde Jesus 
destacou a importância de usarmos nosso tempo com sabedoria (Lc 12.35-48). 
Conclusão: 
Se quisermos agradar ao Senhor e subirmos com Ele no arrebatamento, 
cultivemos o Fruto do Espírito em nossas vidas e nos afastemos das Obras da 
Carne, pois o Senhor não tarda voltar: "E, eis que cedo venho" (Ap 22:12). 
 BIBLIOGRAFIA 
 GILBERTO, Antonio – O fruto do Espírito – CPAD 
 WIERSBE, Warren W. – Comentário Bíblico Expositivo NT – Geográfica 
 WIERSBE, Warren W. – Comentário Bíblico Expositivo AT - Geográfica 
 BARCLAY, William – Comentário Bíblico de Gálatas – A Aurora 
 DAVIDSON F. – O Novo Comentário da Bíblia - Gálatas – Vida Nova 
 Bíblia Sagrada Digital 
 STRONG, James – Dicionário Bíblico Strong – Sociedade Bíblica do Brasil

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