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Física Física Livro Eletrônico TERMOLOGIA (TERMOMETRIA) TERMOLOGIA é a área da Física que estuda a energia térmica. • Temperatura x Calor • Equilíbrio Térmico • Escalas Termométricas • Variação de temperatura Temperatura x Calor A temperatura é uma grandeza física utilizada para medir o grau de agitação ou a energia cinética das moléculas de uma determinada quantidade de matéria. Quanto mais agitadas essas moléculas estiverem, maior será sua temperatura. Temperatura x Calor O CALOR, que também pode ser chamado de energia térmica, corresponde à energia em trânsito que se transfere de um corpo para outro em razão da diferença de temperatura. Essa transferência ocorre sempre do corpo de maior temperatura para o de menor temperatura até que atinjam o equilíbrio térmico. Equilíbrio térmico Quando dois ou mais sistemas interagem, de modo que haja troca de calor, estes tendem a um estado, denominado equilíbrio térmico, que é caracterizado pela uniformidade de suas temperaturas Escalas Termométricas É a parte da Termologia que trata dos fenômenos voltados para o estudo da temperatura, termômetros e escalas termométricas. Escalas Termométricas Graduação de um termômetro A escala termométrica é baseada em dois pontos fixos, isto é, dois estados térmicos em que a temperatura se mantém constante. • Primeiro ponto fixo ( ponto do gelo ) fusão do gelo sob pressão normal (PF). • Segundo ponto fixo ( ponto do vapor ) ebulição da água sob pressão normal (PE ). Escalas Termométricas Escalas Termométricas a) Escala Celsius ( Centígrada ) Atualmente a escala mais usada é a escala Celsius, que adota os valores 0 ( zero) para o ponto do gelo e 100 (cem) para o ponto do vapor. Escalas Termométricas b) Escala Fahrenheit Em países de língua inglesa, usa-se a escala Fahrenheit, a qual adota os valores 32 para o ponto do gelo e 212 para o ponto do vapor. Escalas Termométricas c) Escala Kelvin O físico Lorde Kelvin estabeleceu em 1848, a ESCALA ABSOLUTA, que tem valores 273 para o ponto do gelo e 373 para o ponto do vapor. Obs.: Kelvin é a escala termométrica adotada pelo Sistema Internacional (SI). Escalas Termométricas Escalas Termométricas Fórmula para convenção entre as escalas conhecidas: Variação de Temperatura Consideremos que a temperatura de um sistema varie de um valor inicial t1 para um valor final t2 num dado intervalo de tempo. A variação de temperatura t é dada pela diferença entre o valor final t2 e o valor inicial t1 . 12 ttt −= Variação de Temperatura Fórmulas que relacionam variações de temperaturas entre as escalas termométricas: EXERCÍCIO 1) Transformar 41ºF em grau Celsius. 2) Roberto, empolgado com as aulas de Física, decide construir um termômetro que trabalhe com uma escala escolhida por ele, a qual chamou de escala R. Para tanto, definiu -20°R como ponto de fusão do gelo e 80°R como temperatura de ebulição da água, sendo estes os pontos fixos desta escala. Sendo R a temperatura na escala criada por Roberto e C a temperatura na escala Celsius, e considerando que o experimento seja realizado ao nível do mar, a expressão que relaciona corretamente as duas escalas será: 03) O verão de 1994 foi particularmente quente nos Estados Unidos da América. A diferença entre a máxima temperatura do verão e a mínima do inverno anterior foi de 60°C. Qual o valor desta diferença na escala Fahrenheit? 04) Antes de embarcar, rumo aos Estados Unidos da América, Pedro ligou para um amigo que lhe informou que a temperatura na cidade onde desembarcaria estava 59 ºF abaixo dos 35 ºC do aeroporto de São Paulo. Logo, na cidade onde Pedro deverá desembarcar, a temperatura, no momento do telefonema, é de ___ ºF. 05) Uma temperatura na escala Fahrenheit é indicada por um número que é o dobro daquele pelo qual ela é representada na escala Celsius. Esta temperatura é: 06) No interior de um freezer (congelador doméstico), a temperatura se mantém a – 20ºC. Quanto valeria a soma algébrica das indicações de dois termômetros graduados nas escalas Fahrenheit e Kelvin, após o equilíbrio térmico ser estabelecido, se ambos fossem colocados no interior desse congelador? 07) A indicação de uma temperatura na escala Fahrenheit excede em 2 unidades o dobro da correspondente indicação na escala Celsius. Esta temperatura é: DILATAÇÃO TÉRMICA Dilatação Térmica A dilatação térmica é o aumento da distância entre as partículas do sistema com o aumento da temperatura, acarretando aumento das dimensões. •Dilatação nos sólidos e; •Dilatação nos líquidos Dilatação nos sólidos 1. Dilatação linear; 2. Dilatação superficial e; 3. Dilatação volumétrica. Dilatação linear A dilatação linear leva em consideração a dilatação sofrida por um corpo apenas em uma das suas dimensões. Dilatação linear Exemplos: Dilatação Superficial A dilatação superficial leva em consideração a dilatação sofrida por uma determinada superfície. Dilatação Superficial Exemplos: Dilatação Volumétrica A dilatação volumétrica resulta do aumento no volume de um corpo. Dilatação Volumétrica Exemplos: Coeficientes de Dilatação A relação entre os coeficientes de dilatação dos sólidos é dada pela seguinte equação. Unidades: Dilatação dos Líquidos Os líquidos, salvo algumas exceções, aumentam de volume quando a sua temperatura aumenta, da mesma forma que os sólidos. Entretanto, devemos lembrar que os líquidos não apresentam forma própria, adquirindo a forma do recipiente que os contém. Por isso, para os líquidos, não faz sentido calcularmos, nem a dilatação linear, nem a superficial, só a volumétrica. Dilatação dos Líquidos EXERCÍCIOS 01) Um fio de latão tem 20 m de comprimento a 0 ºC. Determine o seu comprimento se ele for aquecido até a temperatura de 80 ºC. Considere o coeficiente de dilatação linear médio do latão igual a 18.10-6 ºC-1 . 02) Uma chapa de zinco tem área de 30cm2 à 30 ºC. Calcule sua área a 50 ºC; sabendo que o coeficiente de dilatação superficial do zinco é de 52.10-6 ºC-1. 03)Determine a temperatura na qual uma chapa de cobre de área 10 m2 à 20 ºC, assume o valor de 10,0056 m2 . Considere o coeficiente de dilatação linear do cobre igual a 14.10-6 ºC-1. 4) Em um recipiente de vidro, foram colocados 800 mL de álcool, cujo coeficiente de dilatação volumétrica é 1,8 . 10-4 ºC-1, preenchendo-o totalmente. Em seguida, o conjunto foi aquecido e sofreu uma variação de temperatura correspondente a 70º C. Calcule a dilatação aparente do álcool, sabendo que o coeficiente de dilatação volumétrica do vidro é 24 . 10-5 ºC-1. CALORIMETRIA Calorimetria Calorimetria é a parte da física que estuda os fenômenos relacionados ao calor (energia calorífica) e a temperatura • Calor; • Propagação do Calor • Caloria; • Capacidade térmica • Calor Sensível e; • Calor Latente. Calor Calor é uma forma de energia, em trânsito, que se transfere entre dois corpos, devido à diferença de temperatura entre eles. PROCESSOS DE VARIAÇÃO DE TEMPERATURA Propagação do calor: CALOR é uma forma de energia em trânsito que passa espontaneamente do corpo de maior temperatura para o corpo de menor temperatura. A propagação do calor pode ser verificada através de três processos diferentes: CONDUÇÃO, CONVECÇÃO E RADIAÇÃO. Condução térmica Tipo de propagação do calor que consiste na transferência de energia térmica entre as partículas que compõe o sistema. Esse processo ocorre principalmente nos SÓLIDOS. Convecção térmica É o tipo de propagação do calor que ocorre nos FLUIDOS em geral em decorrência da diferença de densidade entre as partes que formam o sistema. Irradiação Térmica A condução e a convecção são formas de propagação de calor que para ocorrer é necessário que haja meio material, contudo, existe uma forma de propagação de calor que não necessita de um meio material (vácuo) para se propagar, esta é a irradiação térmica. Caloria Caloria é a quantidade de calor necessária paraelevar de 14,5ºC até 15,5ºC a temperatura de um grama de água pura sob pressão normal. Caloria é uma unidade de medida utilizada para representar a energia na forma de calor (energia térmica), mas não faz parte do Sistema Internacional de unidades (SI). A unidade de medida para calor segundo o SI é o Joule (J). https://brasilescola.uol.com.br/fisica/sistema-internacional-unidades-si.htm Calor Sensível x Calor Latente CALOR SENSÍVEL (Calor específico) é a quantidade de calor recebida ou cedida por um corpo, ao sofrer uma variação de temperatura SEM que haja mudança de fase. Se o corpo sofrer apenas MUDANÇA de fase sem haver variação de temperatura (permanece constante), o calor é chamado CALOR LATENTE. Calor Sensível Equação Fundamental da Calorimetria: Calor Sensível Unidades: No Sistema Internacional (SI): Usuais: Q Jaule (J) Calorias (Cal) m Quilogramas (Kg) Gramas (g) c Kelvin (K) Celsius (°C) Calor Latente Mudanças de estado físico: Na natureza, as substâncias podem ser encontradas em três fases (ou estados físicos) diferentes: sólida, líquida ou gasosa. Diagrama de fases Por esse diagrama de estados, podemos visualizar as principais transformações de fase. Cada ramo do gráfico recebe o nome de sua principal transformação. Calor Latente Quando uma substância se encontra a uma temperatura igual à sua temperatura de mudança de estado físico, se fornecermos ou retirarmos dela uma certa quantidade de calor, ela mudará de estado físico. Calor Latente Unidades: • L= Cal/g (USUAL) • L=J/Kg (S.I.) Bizu: Lembre-se que quando o corpo recebe calor, Q > 0 e quando cede calor, Q < 0. 1) Calor Específico: Aumento de Temperatura (+) Diminuição da Temperatura (-) 2) Calor Latente: Fusão e Vaporização (+) Condensação e Liquefação (-) Capacidade Térmica A capacidade térmica determina a quantidade calor que um corpo precisa receber para alterar sua temperatura em uma unidade. Além disso, é a razão entre a quantidade de calor que um corpo troca e a respectiva variação de temperatura. Diagrama de aquecimento EXERCÍCIO 01) Um bloco de cobre com 200g sofre um aquecimento de 25ºC para 70ºC. O calor específico do cobre é igual a 0,093 cal/g.ºC. a) Qual a quantidade de calor recebida pelo bloco? b) Determine a capacidade térmica do bloco. 02) Calcule a quantidade de calor necessária para transformar 300 g de gelo a 0° C em água a 0º C, sabendo que o calor latente de fusão da água é LF = 80 cal/g. CALORIMETRIA Professor: Carlos Rodrigues 03) A figura a seguir mostra a curva de aquecimento de uma amostra de 200g de uma substância hipotética, inicialmente a 15°C, no estado sólido, em função da quantidade de calor que esta recebe. Determine o valor aproximado do calor latente de vaporização da substância, em cal/g. 04) O gráfico ao lado, obtido experimentalmente, mostra a curva de aquecimento que relaciona a temperatura de uma certa massa de um líquido em função da quantidade de calor a ele fornecido. Sabemos que, por meio de gráficos desse tipo, é possível obter os valores do calor específico e do calor latente das substâncias estudadas. Assinale a alternativa que fornece corretamente o intervalo em que se pode obter o valor do calor latente de vaporização desse líquido. a) AB. b) BD. c) DE. d) CD. e) EF. 05) A capacidade térmica de um corpo constituído de uma certa substância A não depende a) de sua massa. b) de seu volume. c) do calor específico de A. d) de sua massa e do calor específico de A. 06) As trocas de energia térmica envolvem processos de transferências de calor. Das alternativas a seguir, assinale a única que não se trata de um processo de transferência de calor. a) ebulição. b) irradiação. c) condução. d) convecção. 07) Têm-se 200 gramas de gelo inicialmente a -10ºC. Determine a quantidade de calor que o mesmo deve receber para se transformar em 200 gramas de água líquida a 20ºC. São dados os calores específicos do gelo e da água, respectivamente, 0,5 cal/gºC e 1 cal/gºC, além do calor latente de fusão do gelo; 80 cal/g. a) 21 cal b) 21.000 kcal c) 21 kcal d) 210 kcal Princípio das trocas de calor “Num sistema termicamente isolado as quantidades de calor cedidas por alguns corpos são iguais às quantidades de calor recebidas pelos outros corpos do sistema.” Princípio das trocas de calor Nesse caso, todo o calor recebido por B só pode ter sido cedido por A. Então: QA + QB = 0 OBS: O que consideramos para os corpos A e B vale também quando mais de dois corpos realizam Trocas de Calor. Assim se constitui o princípio geral das trocas de calor. Princípio das trocas de calor Conclusão: Quando dois ou mais corpos trocam calor entre si, em um sistema termicamente isolado, até ser atingido o equilíbrio térmico, a soma algébrica das quantidades de calor trocadas é nula. EXERCÍCIO 01) Uma xícara de massa 50g está a 34ºC. Colocam-se nela 250 g de água a 100ºC. Verifica-se que no equilíbrio térmico a temperatura é 94ºC. Admitindo que só haja troca de calor entre a xícara e a água, determine o calor específico do material de que a xícara é constituída. Dado: calor específico da água = 1 cal/g.ºC. ESTUDOS DOS GASES Professor: Carlos Rodrigues Estudos dos gases O estudo dos gases é de grande importância na compreensão de fatos que ocorrem no nosso cotidiano, tais como: um balão subir ou a pressão interna do pneu aumentar em dias mais quentes. • Gás; • Gás Ideal; • Estado de um gás; • Equação de Clapeyron; • Lei geral dos gases perfeitos e; • Transformações gasosas. Gases Fluido que sofre grandes variações de volume para pequenas variações de pressão e que tende a ocupar todo o espaço do recipiente. Gás Ideal Gás ideal é um modelo idealizado para os gases reais, com densidade extremamente baixa. Para um gás ideal, admitimos que as moléculas se movem desordenadamente, havendo, a cada instante, um grande número de moléculas se movendo em todas as direções. Estado de um gás A caracterização do estado de um gás pode ser feita por um conjunto de três variáveis: • Temperatura (T); • Pressão (p) e; • Volume (V). Equação de Clapeyron Qualquer equação que apresente uma relação entre as variáveis de estado de um gás é denominada equação de estado do gás. A equação de estado do gás perfeito ou ideal é conhecida como equação de Clapeyron. Equação de Clapeyron OBS: Para o uso desta equação a temperatura deverá está sempre em Kelvin(K) Lei Geral dos Gases Perfeitos Consideremos dois estados distintos de uma mesma massa gasosa: • Estado 1: • Estado 2: Aplicando a equação de Clapeyron aos dois estados: iP iV iT fP fV fT f ff i ii T VP T VP =. Transformações Gasosas Podemos ter 3 transformações: • Temperatura constante (isotérmica), • Volume constante (isométrica ou isocórica) ou; • Pressão constante (isobárica). Transformações Gasosas Gráficos Essa conclusão é conhecida como LEI DE CHARLES E GAY- LUSSAC. (Isocórica) Gráficos Essa conclusão é conhecida com o nome de LEI DE CHARLES (Isobárica) Gráficos Essa conclusão é conhecida por lei de BOYLE-MARIOTTE. (Isotérmica) As duas curvas do gráfico têm temperaturas diferentes, mas qualquer ponto em cada uma das curvas individualmente tem a mesma temperatura. EXERCÍCIO 01) Uma determinada massa de gás oxigênio ocupa um volume de 12 L a uma pressão de 3 atm e na temperatura de 27°C. Que volume ocupará esta mesma massa de gás oxigênio na temperatura de 327°C e pressão de 1 atm? 02) Certa massa de gás hidrogênio ocupa um volume de 100 litros a 5 atm e – 73ºC. A que temperatura, ºC, essa massa de hidrogênio irá ocupar um volume de 1000 litros na pressão de 1 atm? ESTUDOS DOS GASES Professor: Carlos Rodrigues 03) Um gás ideal, sob uma pressão de 6,0 atm, ocupa um volume de 9,0 litros a 27,0 ºC. Sabendo que ocorreu uma transformação isobárica, determine, respectivamente, os valores do volume, em litros, e da pressão, em atm, desse gás quando a temperatura atinge 360,0 K. 04) Dentro de um determinadorecipiente fechado existe uma massa de gás ideal ocupando um determinado volume X, à pressão de 0,6 atm e a temperatura de 300 K. Se todo o conjunto for aquecido até 97 ºC, em uma transformação isocórica, qual será o valor, em atm, da nova pressão do gás? Considere que 0° C = 273 K. 05) Certa massa gasosa ocupa um volume de 800mL a – 23°C, numa dada pressão. Qual é a temperatura na qual a mesma massa gasosa, na mesma pressão, ocupa um volume de 1,6 L? a) 250 K. b) 350 K. c) 450 K. d) 500 K. e) 600 K. 06) Tem-se 5,0 mols de moléculas de um gás ideal a 27 ºC e sob pressão de 5,0 atmosferas. Determine o volume ocupado por esse gás. É dada a constante universal dos gases perfeitos R = 0,082 atm.L/mol.K. 07) 20 litros de um gás perfeito estão confinados no interior de um recipiente hermeticamente fechado, cuja temperatura e a pressão valem, respectivamente, 27° C e 60 Pa. Considerando R, constante geral dos gases, igual a 8,3 J/mol.K, determine, aproximadamente, o número de mols do referido gás. a) 1,5x b) 4,8x c) 6,2x d) 8,1x 410− 410− 410 − 410 − 08) É comum, na Termodinâmica, utilizar a seguinte expressão: é igual a . Nessa expressão, P, V e T representam, respectivamente, a pressão, o volume e a temperatura de uma amostra de um gás ideal. Os números representam os estados inicial (1) e final (2). Para utilizar corretamente essa expressão é necessário que o número de mols, ou de partículas, do estado final seja _________ do estado inicial e que a composição dessa amostra seja _________ nos estados final e inicial. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas da frase acima. a) o mesmo – a mesma b) diferente – a mesma c) o mesmo – diferente d) diferente – diferente Termodinâmica Professor: Carlos Rodrigues Termodinâmica Estudo das leis que regem as relações entre calor, trabalho e outras formas de energia, mais especificamente a transformação de um tipo de energia em outra, a disponibilidade de energia para a realização de trabalho e a direção das trocas de calor. • Lei zero da termodinâmica • Conceitos iniciais (Trabalho e Energia Interna) • 1ª Lei da termodinâmica • 2ª Lei da termodinâmica • Ciclo de Carnot Lei zero da termodinâmica "Se dois corpos estão em equilíbrio térmico com um terceiro, então eles estão em equilíbrio térmico entre si." Termodinâmica "A termodinâmica estuda as relações entre energia térmica (calor) trocada e energia mecânica (trabalho) realizada numa transformação de um sistema e o resto do Universo (que denominamos meio exterior)." Trabalho "Quando aplicamos uma força sobre um corpo, provocando um deslocamento, estamos gastando energia na forma mecânica a qual denominamos de trabalho." ( ) Trabalho Em um sistema termodinâmico quem exerce a força é o gás e o deslocamento é feito pelo embolo ao sofrer variação de volume. Portanto o trabalho termodinâmico é expresso pela equação: = trabalho realizado pelo gás P = pressão exercida pelo gás (Constante) = variação do volume V 12 VVV −= Trabalho BIZU: • Na expansão: (o gás realiza trabalho) • Na compressão: (o gás recebe trabalho) 0→ inicialfinal VV 0→ inicialfinal VV Trabalho Trabalho pela área (Pressão Variável): "O trabalho é numericamente igual à área, num gráfico da pressão em função da variação do volume." Trabalho Energia Interna A energia total de um sistema é composta de duas parcelas: a energia externa e a energia interna. • Energia externa: são devidas as relações que ele guarda com seu meio exterior: a energia cinética e a energia potencial gravitacional. • Energia interna: relaciona-se com suas condições intrínsecas. É basicamente dada pela soma das energias em grande parte energia potencial, energia cinética e energia de rotação de todas as moléculas que compõem o gás, dada pela expressão abaixo. Energia Interna 1ª Lei da Termodinâmica Estabelece a equivalência entre energia térmica (calor) e energia mecânica (trabalho), baseando-se no princípio da conservação de energia que diz: “A energia não pode ser criada nem destruída, mas somente transformada de uma espécie em outra”. Q = quantidade de calor (J) ΔU = variação da energia interna (J) = trabalho (J) 1ª Lei da Termodinâmica BIZU: Q > 0 o gás absorve calor Q < 0 o gás cede calor Q=0 o gás não troca calor (transformação adiabática)ΔU = -t > 0 o gás realiza trabalho no meio exterior ΔV > 0 < 0 o gás sofre trabalho no meio exterior ΔV < 0 = 0 o gás não realiza nem recebe trabalho ΔV = 0 (transf. isométrica) Q = ΔU ΔU > 0 aumenta a energia interna do gás ΔT > 0 ΔU < 0 aumenta a energia interna do gás ΔT < 0 ΔU = 0 Não aumenta e diminui a energia interna do gás ΔT = 0 (transf. isotérmica) Q = t 1ª Lei da Termodinâmica Trabalho em uma transformação cíclica: É um conjunto de transformações após as quais o gás volta apresentar a mesma pressão, o mesmo volume e a mesma temperatura que possuía inicialmente. De acordo com a primeira lei da termodinâmica, se nos ciclos ΔU = 0, então Q = 1ª Lei da Termodinâmica Se, durante o ciclo, o gás realiza trabalho, este deve receber calor de uma fonte. Se, durante o ciclo, for realizado trabalho sobre o gás, este cede calor ao meio. Exercícios 01) Considere o seguinte enunciado: “Se um corpo 1 está em equilíbrio térmico com um corpo 2 e este está em equilíbrio térmico com um corpo 3, então, pode-se concluir corretamente que o corpo 1 está em equilíbrio térmico com o corpo 3”. Esse enunciado refere-se a) ao ponto triplo da água. b) a Lei zero da Termodinâmica. c) às transformações de um gás ideal. d) à escala Termodinâmica da temperatura. 02) Um sistema recebeu do meio externo a ele uma quantidade de calor igual a 8.000 cal e realizou, sobre esse meio, um trabalho de 20.000 J. Em joules, qual a variação da energia interna desse sistema? ( considere 1 cal = 4,2 J) a) 13.600 b) – 12.000 c) 12000 d) – 13600 03) Se considerarmos que um ciclo ou uma transformação cíclica de uma da massa gasosa é um conjunto de transformações após as quais o gás volta às mesmas condições que possuía inicialmente, podemos afirmar que quando um ciclo termodinâmico é completado, a) o trabalho realizado pela massa gasosa é nulo. b) a variação da energia interna da massa gasosa é igual ao calor cedido pela fonte quente. c) a massa gasosa realiza um trabalho igual à variação de sua energia interna. d) a variação de energia interna da massa gasosa é nula. 04) Um sistema termodinâmico realiza o ciclo indicado no gráfico P x V a seguir: O trabalho resultante e a variação de energia interna do gás, ao completar o ciclo, valem, em joules, respectivamente, _________________. 05) O trabalho realizado, em atm.litro, por um gás que, sob pressão constante de 10 atm, evolui de 20 litros para 0,03 m³ vale: a) 10. b) 100. c) 1000. d) 10000. 06) Um gás recebe um trabalho de 150 J e absorve uma quantidade de calor de 320 J. Determine a variação da energia interna do sistema. 07) São fornecidos 14 J para aquecer certa massa de gás a volume constante. Qual a variação na energia interna do gás? 08) Durante um processo, são realizados 100 J de trabalho sobre um sistema, observando-se um aumento de 50 J em sua energia interna. Determine a quantidade de calor trocada pelo sistema, especificando se foi adicionado ou retirado. 2ª Lei da Termodinâmica Estabelece as condições onde é possível a transformação de energias (térmica e mecânica). O trabalho pode converter-se totalmente em calor, porém o calor não pode converter-se totalmente em trabalho. Essa transformação é conseguida por meio de uma maquina térmica. 2ª Lei da Termodinâmica Q1 = quantidade de calor fornecida. (J) = trabalho obtido (J) Q2 = quantidade de calor perdida (rejeitada) (J) 21 QQ −= 2ª Lei da Termodinâmica Rendimento da máquina térmica é a relação entre o trabalho realizado devido ao fornecimento de calor de uma fonte quente. Kelvin-Planck “É impossível a construção de uma máquinaque, operando em um ciclo termodinâmico, converta toda a quantidade de calor recebido em trabalho” 2ª Lei da Termodinâmica Numa máquina de Carnot, a quantidade de calor que é fornecida pela fonte de aquecimento e a quantidade cedida à fonte de resfriamento são proporcionais às suas temperaturas absolutas, assim: OBS: A unidade de temperatura que deve ser usada nesta fórmula deverá sempre ser K (Kelvin). 1 2 1 2 T T Q Q = 2ª Lei da Termodinâmica Assim, o rendimento de uma máquina de Carnot é: Sabendo-se que , então: É impossível construir uma máquina que trabalhe com rendimento de 100% 1 21 Q Q −= 1 2 1 2 T T Q Q = 1 21 T T −= Exercícios 01) Uma máquina térmica recebe 100 joules de energia, mas devido às perdas por aquecimento, ela aproveita somente 50 joules. Determine o rendimento dessa máquina. 02) O rendimento de uma máquina térmica é 60%. Em cada ciclo dessa máquina, o gás recebe 800 joules da fonte quente. Determine: a) o trabalho obtido por ciclo; b) a quantidade de calor que, em cada ciclo, é rejeitada para a fonte fria. 03) Se um motor recebe 1000 J de energia calorífica para realizar um trabalho de 300 J, pode-se afirmar que a variação de sua energia interna, em joules, e seu rendimento, valem: a) U= 700; r = 70% b) U= 700; r = 30% c) U= 1700; r = 70% d) U= 1700; r = 30% 04) Ao construir uma máquina de Carnot, um engenheiro percebeu que seu rendimento era de 25%. Se a fonte fria trabalha a 25 ºC, a temperatura da fonte quente, em °C, de tal motor será aproximadamente: a) 12,4 b) 124 c) 1240 d) 12400 05) Uma máquina térmica, em cada ciclo, rejeita para a fonte fria 240 joules dos 300 joules que retirou da fonte quente. Determine o trabalho obtido por ciclo nessa máquina e o seu rendimento. ÓPTICA (Fundamentos da Óptica) Óptica • FONTES DE LUZ • TIPOS DE MEIOS DE PROPAGAÇÃO • PRINCÍPIOS DE PROPAGAÇÃO DA LUZ • ALGUNS FENÔMENOS ÓPTICOS • CÂMARA ESCURA • FORMAÇÃO DE SOMBRAS E PENUMBRAS • REFLEXÃO DA LUZ • REFRAÇÃO DA LUZ Fontes de Luz “Fonte de luz é todo objeto capaz de emitir luz ao espaço que o circunda. Podemos classificar as fontes luminosas com base em diversos critérios”: 1. Quanto à natureza; 2. Quanto à dimensão e; 3. Quanto à cor de luz emitida Fontes de Luz 1. Quanto à natureza, a fonte luminosa pode ser: PRIMÁRIA: aquela que emite luz própria, luminoso (Sol, lâmpada acesa, etc.). SECUNDÁRIA: aquela que emite, por reflexão, a luz recebida de fontes primárias, iluminado (Lua, planetas, parede folha de papel, etc.). Fontes de Luz 2. Quanto à dimensão, a fonte de luz pode ser: PONTUAL: se o seu tamanho for desprezível, quando comparado à distância de observação. EXTENSA: se o seu tamanho não for desprezível, se comparado à distância de observação. Fontes de Luz 3. Quanto à cor de luz emitida, a fonte é classificada em: MONOCROMÁTICA: aquela que emite luz de uma só cor (uma radiação de frequência única). POLICROMÁTICA: aquela que emite luzes de diversas cores (várias radiações de diferentes frequências). Tipos de meios de propagação A luz se propaga no vácuo de forma extremamente veloz. Mas há outros meios de propagação da luz, os quais são classificados da seguinte forma: 1. Transparente; 2. Translúcido e; 3. Opaco Tipos de meios de propagação 1. TRANSPARENTE: é o meio no qual a luz se propaga de forma regular, permitindo que se possa enxergar, de forma nítida, através dele. O ar, o vidro liso e a água cristalina, em pequenas quantidades, são exemplos de meios transparentes. Tipos de meios de propagação 2. TRANSLÚCIDO: é o meio no qual uma parte da luz se propaga, porém de forma irregular. A luminosidade passa através dele, mas a imagem formada não apresenta nitidez. O vidro canelado, plásticos leitosos e água suja são alguns exemplos. Tipos de meios de propagação 3. OPACO: é o meio que não se deixa atravessar pela luz e, dessa forma, não se pode enxergar através dele. Como exemplos, temos o corpo humano, uma parede, os metais, entre muitos outros. Princípios de propagação da luz A luz, durante sua propagação, obedece a uma série de princípios, descobertos inicialmente de forma empírica, ou seja, através da observação. Temos que nos lembrar que estamos analisando a luz de acordo com sua interpretação geométrica, ou seja, sem levarmos sua natureza ondulatória em conta. São eles: 1. PROPAGAÇÃO RETILÍNEA; 2. INDEPENDÊNCIA DOS RAIOS e; 3. REVERSIBILIDADE. Princípios de propagação da luz 1. PROPAGAÇÃO RETILÍNEA: a luz se propaga, a partir da fonte, em linha reta. Isso quer dizer que a energia transmitida por um raio luminoso viaja em movimento retilíneo através do meio. Princípios de propagação da luz 2. INDEPENDÊNCIA DOS RAIOS: dois ou mais raios ou feixes de luz se propagam independentemente da existência de outro(s) na mesma região e no mesmo instante. Havendo cruzamento entre eles, cada um segue o seu caminho sem tomar conhecimento da existência do(s) outro(s). Princípios de propagação da luz 3. REVERSIBILIDADE: a trajetória seguida pela luz entre dois pontos quaisquer é exatamente a mesma indo do primeiro ponto ao segundo ou voltando do segundo ponto ao primeiro. Alguns fenômenos ópticos São eventos observáveis a olho nu resultantes da interação da luz com a matéria. Entre os principais fenômenos ópticos, podemos destacar: 1. REFLEXÃO; 2. REFRAÇÃO; 3. ABSORÇÃO; Alguns fenômenos ópticos 1. REFLEXÃO: corresponde à parte do feixe luminoso que retorna ao meio de origem após atingir a superfície de separação, mantendo o mesmo módulo da velocidade de propagação. Alguns fenômenos ópticos 2. REFRAÇÃO: corresponde à parte do feixe luminoso que passa para a outra substância (muda o meio de propagação), alterando a sua velocidade de propagação. Alguns fenômenos ópticos 3. ABSORÇÃO: corresponde à parcela da radiação que é absorvida pela superfície que separa os dois meios (fica retida na superfície) e que geralmente faz a substância aquecer. Câmara escura Considere uma caixa fechada, com um pequeno orifício numa das paredes e com uma folha de papel de seda, papel manteiga ou papel heliográfico – todos brancos e translúcidos – na parede oposta. Se uma fonte de luz (seja primária ou secundária) estiver à frente do orifício, ela envia luz para o interior da caixa, através do orifício, e uma imagem será formada na folha da parede oposta. O seu funcionamento está baseado no princípio da propagação retilínea da luz. Câmara escura Considere uma árvore à frente do orifício. O observador que olhar através do papel verá uma imagem da árvore, projetada sobre a folha, que é invertida, tanto vertical quanto horizontalmente, como conseqüência da propagação retilínea dos raios de luz. Se conhecemos a altura da imagem (h), a distância da árvore ao orifício (Y) e o comprimento da caixa (X), por semelhança dos triângulos destacados, podemos calcular a altura (H) da árvore, ou seja: X Y h H = Formação de sombras e penumbras Considere uma fonte pontual colocada a certa distância de uma parede. Considere ainda uma esfera opaca entre a parede e a fonte, conforme mostra a figura a seguir. Dos raios provenientes da fonte, alguns passam ao redor da esfera, atingindo a parede e iluminando-a. Os outros são interceptados pela esfera e não atingem a parede. A região da parede que receberia tais raios, caso a esfera não estivesse ali, é chamada de sombra. Formação de sombras e penumbras Considere a mesma situação anterior, exceto pelo fato de que a fonte agora é extensa, conforme representado na figura a seguir. Nesse caso, além da formação de sombra, percebemos um anel semiescuro em volta da sombra, que vai clareando à medida que se afasta do centro dela. Essa região é chamada de penumbra. Traçando alguns raios provenientes da fonte, será fácil perceber que a penumbra é iluminada pela fonte apenas parcialmente. Reflexão da luz A reflexão sofrida pela luz é regida por duas leis, chamadas Leis da Reflexão. Considere um raio luminosoque chega à superfície refletora, chamado de raio incidente (RI). No ponto de incidência, traçamos uma reta imaginária, perpendicular à superfície, chamada de reta normal (N). O raio que continua no meio inicial de propagação, após ser refletido na superfície, é chamado de raio refletido (RR). Considere que i seja o ângulo entre o raio incidente e a normal à superfície (ângulo de incidência). Seja r o ângulo entre o raio refletido e a normal (ângulo de reflexão). Reflexão da luz Leis da Reflexão: 1ª Lei: RI, N e RR são coplanares (estão sempre contidos no mesmo plano). 2ª Lei: Os ângulos de incidência e de reflexão são sempre congruentes (i = r). Refração da luz Chamamos de refração da luz o fenômeno em que ela é transmitida de um meio para outro diferente. Nesta mudança de meios a frequência da onda luminosa não é alterada, embora sua velocidade e o seu comprimento de onda sejam. Refração da luz Leis da refração 1. O raio incidente I, o raio refratado R e a normal N à superfície de separação pertencem ao mesmo plano. 2. A 2ª lei da refração é utilizada para calcular o desvio dos raios de luz ao mudarem de meio, e é expressa por: r i v v senr senî = Refração da luz No entanto, sabemos que: Onde “c” é a velocidade da luz aproximadamente: Substituindo temos: Ao agruparmos estas informações, chegamos a uma forma completa da Lei de Snell: x x v c n = smx /100,3 8 i r n n senr senî = senrnsenîn ri .. = Exercícios 01) Uma vela acesa é considerada um corpo: a) luminoso. b) iluminado. c) transparente. d) luminoso e iluminado, simultaneamente. 02) Preencha as lacunas e, a seguir, assinale a alternativa com a seqüência correta. “A lâmpada elétrica acesa, considerando basicamente seu filamento, e a Lua são exemplos de corpos ______ e ______ estudados em Óptica Geométrica.” a) luminoso; iluminado b) iluminado; luminoso c) luminoso; luminoso d) iluminado; iluminado 03) Filtro de luz é o nome adotado para o dispositivo confeccionado com material transparente e que permite somente a passagem de uma determinada cor. Assim, quando uma luz branca incidir em um filtro vermelho, permitirá somente a passagem de luz monocromática vermelha. Colocando-se um objeto de cor verde pura após este filtro, o mesmo objeto será visto na cor a) verde. b) amarela. c) violeta. d) preta. 04) Podemos ver um líquido dentro de um recipiente transparente devido ___________ da luz. a) à difração b) somente à refração c) somente à reflexão d) à refração e à reflexão 05) Um construtor deseja colocar um piso cerâmico na garagem de uma residência. Seguindo instruções do proprietário, o construtor adquiriu um piso anti-derrapante. Com relação à superfície desse piso, podemos afirmar que OBS: Considere que esse piso tem a superfície rugosa. a) ela conjuga imagens nítidas de objetos. b) ela não conjuga imagens nítidas de objetos. c) o acabamento não interfere na conjugação de imagens. d) raios de luz incidentes são refletidos de maneira regular. ÓPTICA (Espelhos Planos) Óptica • Reflexão da luz • Construção de imagem no espelho plano • Campo visual do espelho plano • Associação de espelhos planos • Translação e rotação de objetos e espelhos Reflexão da luz A reflexão sofrida pela luz é regida por duas leis, chamadas Leis da Reflexão. Considere um raio luminoso que chega à superfície refletora, chamado de raio incidente (RI). No ponto de incidência, traçamos uma reta imaginária, perpendicular à superfície, chamada de reta normal (N). O raio que continua no meio inicial de propagação, após ser refletido na superfície, é chamado de raio refletido (RR). Considere que i seja o ângulo entre o raio incidente e a normal à superfície (ângulo de incidência). Seja r o ângulo entre o raio refletido e a normal (ângulo de reflexão). Reflexão da luz Leis da Reflexão: 1ª Lei: RI, N e RR são coplanares (estão sempre contidos no mesmo plano). 2ª Lei: Os ângulos de incidência e de reflexão são sempre congruentes (i = r). Reflexão da luz Na primeira figura, a reflexão é chamada de especular (ou regular) e ocorre em superfícies polidas, como um espelho Na outra figura, a reflexão é difusa (ou irregular) e acontece quando a luz atinge superfícies rugosas, tais como uma parede, uma folha de caderno ou o rosto de uma pessoa. As duas Leis da Reflexão valem na reflexão difusa (figura da direita)? Construção de Imagens Os raios refletidos pelo espelho foram traçados levando-se em conta as Leis da Reflexão. Os raios refletidos pelo espelho não se cruzam e, portanto, são divergentes. Assim, devemos traçar o que chamamos de prolongamento do raio refletido, um segmento de reta na direção do raio refletido e no sentido oposto a ele. Construção de Imagens Toda imagem de um objeto real formada por prolongamentos de raios refletidos é chamada de imagem virtual. 1. A imagem é sempre virtual. 2. O objeto e a imagem estão sobre uma linha perpendicular ao espelho (linha de simetria). 3. A distância do objeto ao espelho (DO) é igual à distância da imagem ao espelho (DI). Construção de Imagens Exemplos de imagens: Vertical, Horizontal e inclinado. Campo visual do espelho plano Esse campo pode ser encontrado traçando-se os raios incidentes, originados do objeto, e os respectivos raios refletidos nas duas extremidades do espelho. A região azul, compreendida entre o espelho (E) e os dois raios refletidos (RR), representa o campo visual do espelho para o objeto o da figura. De qualquer lugar dessa região, o observador pode ver a imagem do objeto. Estando fora dela, o observador não verá a imagem, embora esta continue a existir na mesma posição de simetria. Associação de espelhos planos Quando dois espelhos planos, E1 e E2, são postos frente a frente, segundo um ângulo θ (em graus), a imagem I1 de um objeto (o), formada pelo espelho E1, se comporta como objeto para o prolongamento do espelho E2 e vice-versa. Assim, os dois espelhos produzem múltiplas imagens. Associação de espelhos planos O número total (N) de imagens formadas pelos dois espelhos é dado por: Para θ = 90°, temos 3 imagens (360/90 – 1 = 3). Elas estão representadas na figura a seguir. Observe que as imagens e o objeto estão numa circunferência cujo centro coincide com o ponto comum entre os espelhos Translação de objetos e espelhos Considere um objeto colocado a uma distância D de um espelho plano (E). Se o objeto for deslocando de uma distância d, sendo aproximado ou afastado do espelho, com velocidade constante v, a sua imagem se desloca da mesma quantidade 1. A imagem e o objeto se deslocam, em relação ao espelho, ao mesmo tempo e na mesma quantidade. 2. Eles têm velocidades de mesmo módulo v em relação ao espelho, porém de sentidos opostos. 3. A velocidade da imagem, em relação ao objeto, terá módulo igual a 2v 4. A imagem virtual se desloca, em relação ao dispositivo óptico, da mesma forma que o objeto. Translação de objetos e espelhos Agora, vamos considerar que o espelho foi deslocado. Considere um objeto colocado a uma distância D de um espelho plano (E). Se o espelho for deslocado de uma distância d, se aproximando ou se afastando do objeto, a imagem do objeto será deslocada de 2d. Rotação de espelhos Na figura abaixo o raio RA incide em um espelho plano E, com um ângulo α, sendo AD o raio refletido. Considere que o espelho gire um ângulo θ em torno de C, o raio incidente atinge o espelho em B, formando um novo raio refletido BF. O Ângulo Δ formado entre os prolongamentos AD e BF é o desvio sofrido pelo raio refletido. 2= Exercícios 01) Um cidadão coloca um relógio marcando 12:25 (doze horas e vinte e cinco minutos) de cabeça para baixo de frente para um espelho plano, posicionando-o conforme mostra a figura. Qual a leitura feita na imagem formada pela reflexão do relógio no espelho? a) 12:25 b) 25:51 c) 15:52 d) 25:12 02) Em decoração de ambientes costuma-se dizer que o uso de espelhos planos e verticais dá às pessoas, a sensação de que o ambienteé ampliado. Conhecendo os princípios de formação de imagens em espelhos planos, pode se afirmar, corretamente, que essa sensação está relacionada à visualização de imagens a uma distância sempre ____ a do objeto ao espelho plano. a) igual b) menor c) 2 vezes maior d) 4 vezes menor 03) Um cachorrinho de estimação avança, perpendicularmente, em direção de sua imagem no espelho plano, com velocidade constante de 0,2 m/s. Nesse caso, a velocidade de aproximação, em cm/s, entre o cachorrinho e a sua imagem vale a) 20 b) 40 c) 200 d) 400 04) Um automóvel que está com velocidade constante de 80 km/h sobre uma pista retilínea, vê no espelho retrovisor plano, a imagem de um poste que está à beira da estrada. A velocidade da imagem do poste em relação ao espelho do automóvel, em km/h, é de: a) 40 b) 80 c) 160 d) 200 05) Uma lanterna acesa é colocada diante de um espelho plano vertical a uma distância frontal de 1,6 m. Quando a lanterna é aproximada do espelho, sua nova distância, em relação ao espelho passa a ser 0,9 m. Portanto, é correto afirmar que a a) distância entre a lanterna e sua imagem aumentou de 1,4m. b) distância entre a imagem e o espelho passou a ser de 0,7m. c) diferença entre a posição da imagem, antes da lanterna ser movida e a atual é de 0,7 m. d) distância entre a lanterna e sua imagem diminui de 0,7m. 06) Dois espelhos planos, E1 e E2, são colocados no canto de uma sala, de maneira que o vértice do ângulo formado pelos espelhos coincide com o do ângulo reto formado pelas paredes. Os espelhos planos formam um ângulo α entre si e ângulos iguais a β com as paredes, conforme é mostrado na figura a seguir. Quando um objeto P é colocado entre as superfícies refletoras dos espelhos planos formam-se 9 imagens. Portanto, o ângulo β, em graus, tem valor de: a) 25 b) 27 c) 36 d) 54 07) Um dado, comumente utilizado em jogos, cujos números nas faces são representados pela quantidade de pontos pretos é colocado frente a dois espelhos planos que formam entre si um ângulo de 60°. Nesses espelhos é possível observar nitidamente as imagens de apenas uma das faces do dado, sendo que a soma de todos os pontos pretos observados nos espelhos, referentes a essa face, totalizam 20 pontos. Portanto, a face voltada para os espelhos que gera as imagens nítidas é a do número ____. a) 1 b) 2 c) 4 d) 5 08) Um objeto luminoso é colocado no alto de um poste de 6 m de altura que está a 30 m de um pequeno espelho (E) de dimensões desprezíveis, como mostra a figura abaixo. Qual deve ser a distância, em metros, de um observador cujos olhos estão a 1,80 m do solo, para que possa ver o objeto luminoso através do espelho? a) 3 b) 6 c) 9 d) 12 09) Um estudante de Física, utilizando um apontador laser, um espelho plano e um transferidor, deseja estudar o fenômeno de rotação de um espelho plano. Admitindo que um único raio de luz monocromática incide sob o espelho, e que o estudante faz com que o espelho sofra uma rotação de 40°, conforme pode ser visto na figura, qual será o valor, em graus, do ângulo, α, de rotação do raio refletido. a) 10 b) 20 c) 40 d) 80 ÓPTICA (Espelhos Esféricos) Óptica • Introdução • Focos de um espelho esférico • Propriedades dos espelhos esféricos • Construção geométrica de imagens: espelho convexo e espelho côncavo • Estudo Analítico • Equação de GAUSS • Aumento linear Introdução Espelho esférico é uma calota esférica na qual uma das superfícies é refletora. Quando a superfície é a interna, o espelho é denominado côncavo (ex: espelhos de aumento, como dos dentistas, de barbear, etc.) e, quando a superfície refletora é a externa o espelho é convexo (retrovisores em motocicletas, em portas de elevadores, fundo de lojas, etc.). Introdução Os elementos que caracterizam um espelho esférico são: • Centro de curvatura (C): o centro da superfície esférica à qual a calota pertence; • Raio de curvatura do espelho (R): o raio da superfície esférica à qual a calota pertence; • Vértice do espelho (V): o polo (ponto mais externo) da calota esférica; • Eixo principal do espelho: a reta definida pelo centro de curvatura e pelo vértice; • Abertura do espelho (α): o ângulo de abertura do espelho. Focos de um espelho esférico Quando um feixe de raios incide paralelamente ao eixo principal, ele origina um feixe refletido convergente, no caso do espelho côncavo, e divergente, no do convexo. O vértice F desse feixe situa-se no eixo principal e é denominado foco principal do espelho esférico. O foco principal F é real nos espelhos côncavos (interseção dos raios) e virtual nos convexos (interseção dos prolongamentos). Propriedades dos espelhos esféricos 1) Todo raio de luz que incide paralelamente ao eixo principal reflete- se numa direção que passa pelo foco principal. Propriedades dos espelhos esféricos 2) Todo raio de luz que incide numa direção que passa pelo foco principal reflete-se paralelamente ao eixo principal. Propriedades dos espelhos esféricos 03) todo raio de luz que incide numa direção que passa pelo centro de curvatura reflete-se sobre si mesmo. Propriedades dos espelhos esféricos 4) Todo raio de luz que incide sobre o vértice do espelho reflete-se simetricamente em relação ao eixo principal. Construção geométrica de imagens 1) Espelho convexo: A imagem que um espelho esférico convexo fornece de um objeto real é sempre VIRTUAL, DIREITA E MENOR que ele, qualquer que seja a distância do objeto ao espelho. Construção geométrica de imagens 2) Espelho côncavo: a) Objeto além do centro de curvatura A imagem é REAL, INVERTIDA E MENOR. Construção geométrica de imagens b) Objeto sobre o centro de curvatura A imagem é REAL, INVERTIDA E IGUAL. Construção geométrica de imagens c) Objeto entre o centro de curvatura e o foco A imagem é REAL, INVERTIDA E MAIOR. Construção geométrica de imagens d) Objeto no plano focal A imagem é IMPRÓPRIA (no infinito). Construção geométrica de imagens e) Objeto entre o foco e o vértice A imagem é VIRTUAL, DIREITA E MAIOR. Construção geométrica de imagens De todas as construções feitas podemos concluir: • A imagem real de um objeto real é invertida; • A imagem virtual de um objeto real é direita; • Quando o objeto se desloca, a imagem também se desloca, mas em sentido oposto; • O elemento, objeto ou imagem que estiver mais próximo do espelho será menor. Estudo Analítico Dadas a posição e a altura de um objeto real relativamente a um espelho esférico, a posição e a altura da imagem podem ser determinadas analiticamente. Para isso adota-se o seguinte sistema de coordenadas: • Origem: vértice do espelho; • Eixo das abscissas: direção do eixo principal e sentido contrário ao da luz incidente; • Eixo das ordenadas: direção da perpendicular ao eixo principal e sentido ascendente. Estudo Analítico Obs.: As abscissa f do foco F e R do centro de curvatura C são positivas para espelhos côncavos (F e C em frente ao espelho) e negativos para espelhos convexos (F e C atrás do espelho) • Espelho côncavo: f > 0 e R > 0 • Espelho convexo: f < 0 e R < 0 2 C f = Equação de GAUSS É a equação que relaciona a abscissa do objeto (p), a abscissa da imagem (p’) e a distância focal do espelho (f): Sendo R o raio de curvatura do espelho e lembrando que R = 2f ' 111 ppf += Aumento linear Adotando as ordenadas “i” como a altura da imagem e “o” como a altura do objeto, o aumento linear (A) da imagem e definido por: O aumento linear relaciona-se com as abscissas p e p’, do objeto e da imagem, respectivamente, segundo a fórmula: o i A = p p o i A ' −== Aumento linear Bizu: Se A > 0, objeto e imagem tem naturezas diferentes; • i e o tem o mesmo sinal: imagem direita • p e p’ têm sinas opostos: objeto real imagem virtual Se A < 0, objeto e imagem tem naturezas iguais; • i e o tem sinais opostos: imagem invertida • p e p’ têm mesmo sinal: objeto real imagem real. ÓPTICA (Lentes Esféricas) Óptica • Refraçãoda Luz • Elementos geométricos de uma lente • Tipos de lentes • Lentes convergentes e divergentes • Propriedades das lentes delgadas • Construção de Imagens • Estudo analítico das lentes • Equação de gauss • Fórmula dos fabricantes de lentes • Vergência das lentes • Associação de lentes lentes justapostas Refração da luz Chamamos de refração da luz o fenômeno em que ela é transmitida de um meio para outro diferente. Nesta mudança de meios a frequência da onda luminosa não é alterada, embora sua velocidade e o seu comprimento de onda sejam. Refração da luz Leis da refração 1. O raio incidente I, o raio refratado R e a normal N à superfície de separação pertencem ao mesmo plano. 2. A 2ª lei da refração é utilizada para calcular o desvio dos raios de luz ao mudarem de meio, e é expressa por: Refração da luz No entanto, sabemos que: Onde “c” é a velocidade da luz aproximadamente: Substituindo temos: Ao agruparmos estas informações, chegamos a uma forma completa da Lei de Snell: Elementos geométricos de uma lente São elementos geométricos de uma lente: • Centro de curvatura (C1 e C2) das faces da lente; • Raios de curvatura (R1 e R2) das faces da lente; • Eixo principal: reta comum aos centros de curvatura • Vértices (V1 e V2) das faces: interseção do eixo principal com as faces; • Espessura (e) da lente: distância entre os vértices. Tipos de lentes Para a nomenclatura das lentes, o critério mais adotado é nomear as faces voltadas para o meio exterior, assinalando em primeiro lugar a face de maior raio de curvatura. As lentes são também classificadas em lentes de bordos delgados e lentes de bordos espessos. Lentes convergentes e divergentes Propriedades das lentes delgadas a) todo raio de luz que incide numa direção que passa pelo centro óptico da lente não sofre desvio ao atravessar a lente; Propriedades das lentes delgadas b) todo raio de luz que incide numa direção que passa pelo foco principal objeto F, emerge da lente paralelamente ao eixo principal; Propriedades das lentes delgadas c) todo raio de luz que incide paralelamente ao eixo principal emerge da lente numa direção que passa pelo foco principal imagem F’. Nas duas últimas propriedades, a passagem pelos focos principais é efetiva na lente convergente e em prolongamento na lente divergente. Construção de Imagens LENTES DIVERGENTES A construção de imagens em lentes divergentes é feita de modo semelhante ao que foi feito na construção de imagens em espelhos esféricos convexo. VIRTUAL, DIREIRA E MENOR Construção de Imagens LENTES CONVERGENTES A construção de imagens em lentes convergentes é semelhante ao espelho côncavo, ou seja, a imagem tem características diversas, conforme a posição do objeto relativamente ao centro de curvatura e ao foco do espelho. Construção de Imagens 1ª) objeto além do ponto antiprincipal A REAL, INVERTIDA E MENOR Construção de Imagens 2ª) objeto sobre o ponto antiprincipal A REAL, INVERTIDA E IGUAL Construção de Imagens 3ª) objeto entre A e o foco principal F REAL, INVERTIDA E MAIOR Construção de Imagens 4ª) objeto sobre o foco principal IMAGEM IMPRÓPRIA Construção de Imagens 5ª) objeto entre o foco principal F e o centro óptico VIRTUAL, DIREITA E MAIOR Estudo analítico das lentes Bizu: Equação de Gauss O aumento linear da imagem é definido do mesmo modo adotado para os espelhos esféricos: Fórmula dos fabricantes de lentes A distância focal de uma lente pode ser determinada a partir da denominada fórmula dos fabricantes de lentes, proposta por Edmund Halley: Na qual n2 é o índice de refração da lente e n1 é o índice de refração do meio que a envolve. Para os raios de curvatura R1 e R2, deve-se usar a seguinte convenção de sinais: • Face convexa – raio positivo • Face côncava – raio negativo Fórmula dos fabricantes de lentes Obs: Quando uma das faces da lente é plana, seu raio pode ser considerado infinitamente grande, e a fórmula anterior se torna: Vergência das lentes Vergência ou convergência D de uma lente é, por definição, o inverso de sua distância focal f, apresentando o mesmo sinal que esta: • Lente convergente: D > 0 • Lente divergência: D < 0 A unidade mais comum de vergência é o inverso de metro, denominada dioptria (símbolo di). Obs: Podemos entender a vergência como sendo uma medida da capacidade da lente de desviar a luz. Associação de lentes lentes justapostas A lente equivalente à associação de duas lentes justapostas apresenta vergência D igual à soma algébrica das vergências das lentes associadas: Esse tipo de associação corrige a aberração cromática, causada pela decomposição da luz branca ao atravessar uma única lente. Exercícios 01) Um objeto é colocado perpendicularmente ao eixo principal e a 20 cm de uma lente divergente de distância focal igual a 5 cm. A imagem obtida é virtual, direita e apresenta 2 cm de altura. Quando essa lente é substituída por outra convergente de distância focal igual a 4 cm e colocada exatamente na mesma posição da anterior, e mantendo-se o objeto a 20 cm da lente, a imagem agora apresenta uma altura de _____ cm. 02) Um professor de Física passou uma lista de exercícios para que os alunos pudessem estudar para a prova. Porém, devido a um problema na impressão da prova, no exercício nº 20, a lente esférica apareceu borrada, não permitindo sua identificação, conforme o desenho a seguir. O mestre, sabiamente, informou aos alunos que estes poderiam resolver o exercício sem problema, e, para isso bastava saber que o objeto estava a 18 cm da lente e que a distância focal da lente é de 12 cm. Assinale a alternativa que indica a que distância a imagem estaria do centro óptico da lente. 03) Uma lente plano-convexa, constituída de vidro (n = 1,5), imersa no ar (n = 1), possui um raio de curvatura igual a 20 cm. Dessa forma, trata-se de uma lente______, com distância focal igual a _____cm. Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que preenche corretamente a frase anterior. a) divergente, 20 b) divergente, 40 c) convergente, 20 d) convergente, 40 04) Foram justapostas duas lentes, uma de distância focal igual a 5cm e outra de convergência igual a -4 di. A distância focal da associação destas lentes, em centímetros, é dada por: a) 6,25 b) 20,0 c) -1,00 d) -20,0 ÓPTICA (Olho Humano) Olho Humano • Olho humano • Funcionamento • Defeitos da visão Olho Humano Todo olho que tem visão normal é dito EMÉTROPE; quando não tem visão normal, possui AMETROPIA Funcionamento Funcionamento Cristalino: Parte frontal do olho que funciona como uma lente convergente, do tipo biconvexa. Puplila: comporta-se como um diafragma, controlando a quantidade de luz que penetra no olho. Retina: é a parte sensível à luz, onde são projetadas as imagens formadas pelo cristalino e enviadas ao cérebro. Músculos ciliares: comprimem convenientemente o cristalino, alterando a distância focal. Funcionamento O cristalino, que é uma lente convergente, possui ligado a ele um conjunto de músculos provocando variações nas curvaturas de suas faces e consequentemente na distância focal. Portanto, para uma determinada posição do objeto, os músculos ajustam a distância focal do cristalino para que a imagem seja formada sobre a retina. Essa propriedade do olho é denominada acomodação visual. Defeitos da Visão Miopia Hipermetropia Astigmatismo Presbiopia ou "vista cansada Estrabismo Defeitos da Visão a) Miopia A pessoa que possui miopia tem o globo ocular um pouco mais alongado que o normal. Nesse caso a imagem se forma antes da retina e a pessoa não enxerga o objeto com nitidez. Para corrigir a miopia usa-se lente divergente para diminuir a convergência dos raios luminosos, fazendo com que a imagem se forme sobre a retina. Defeitos da Visão b) Hipermetropia As pessoas que apresentam hipermetropia, ao contrário da miopia, apresentam o globo ocular mais curto que o normal, fazendo com que a imagem se forme atrásda retina. Para corrigir a hipermetropia usa-se uma lente convergente para aumentar a convergência dos raios fazendo com que imagem se forme exatamente sobre a retina. Defeitos da Visão c) Astigmatismo Consiste no fato de que as superfícies que compõem o globo ocular apresentam diferentes raios de curvatura, ocasionando uma falta de simetria de revolução em torno do eixo óptico. A correção é feita com a utilização de lentes cilíndricas capazes de compensar tais diferenças entre os raios de curvatura. Defeitos da Visão d) Presbiopia ou "vista cansada Quando a pessoa vai envelhecendo, o cristalino vai perdendo a elasticidade e a pessoa fica com dificuldade para enxergar de perto. A imagem do objeto se forma depois da retina como na hipermetropia. Para corrigir, é utilizada uma lente convergente. Defeitos da Visão e) Estrabismo Tal anomalia consiste no desvio do eixo óptico do globo ocular, a correção é feita com o uso de lentes prismáticas. Exercícios 01) Para a correção dos diferentes tipos de defeitos de visão, faz-se necessário o emprego de diferentes tipos de lentes externas, ou seja, o uso de óculos. Após consultar um médico oftalmologista, dois pacientes foram diagnosticados, sendo que o primeiro apresentou hipermetropia e no segundo foi constatada miopia. Deste modo, o médico determinou para cada situação a confecção de lentes: 1 – divergente para o primeiro paciente, pois a hipermetropia se deve ao alongamento do globo ocular; 2 – convergente para o segundo paciente, pois a miopia se deve ao alongamento do globo ocular; 3 – convergente para o primeiro paciente, pois a hipermetropia se deve ao encurtamento do globo ocular; 4 – divergente para o segundo paciente, pois a miopia se deve ao encurtamento do globo ocular. A(s) afirmativa(s) correta(s) é(são): a) 2 e 3 b) 3 e 4 c) apenas 3 d) apenas 2 02) Entre os principais defeitos apresentados pela visão humana, chamamos de _________ o defeito que ocorre devido ao alongamento do globo ocular em relação ao comprimento normal. Tal defeito pode ser corrigido com a utilização de uma lente _________. As palavras que preenchem corretamente as duas lacunas são: a) miopia – divergente b) miopia – convergente c) hipermetropia – divergente d) hipermetropia – convergente 03) A miopia e o estrabismo são defeitos da visão que podem ser corrigidos usando, respectivamente, lentes a) convergente e prismática. b) convergente e cilíndrica. c) divergente e prismática. d) divergente e cilíndrica. 04) Das afirmações abaixo a respeito do olho humano e dos defeitos da visão: I- A forma do cristalino é modificada com o auxílio dos músculos ciliares. II- A miopia pode ser corrigida com o uso de lentes divergentes. III- A hipermetropia é um defeito da visão que se deve ao alongamento do globo ocular em relação ao comprimento normal. São corretas: a) I e II b) I e III c) II e III d) I, II e III 05) Quando uma pessoa envelhece, seu cristalino vai, aos poucos, enrijecendo e perdendo a capacidade de acomodação visual. Este defeito da visão é denominado a) miopia. b) emetropia. c) presbiopia. d) hipermetropia. ÓPTICA (Leis da Refração) Óptica • Refração da Luz • Reflexão total • Cálculo do ângulo limite • Dioptro Plano • Lâmina de faces paralelas • Prisma • Desvio angular • Dispersão luminosa Refração da luz Chamamos de refração da luz o fenômeno em que ela é transmitida de um meio para outro diferente. Nesta mudança de meios a frequência da onda luminosa não é alterada, embora sua velocidade e o seu comprimento de onda sejam. Refração da luz Leis da refração 1. O raio incidente I, o raio refratado R e a normal N à superfície de separação pertencem ao mesmo plano. 2. A 2ª lei da refração é utilizada para calcular o desvio dos raios de luz ao mudarem de meio, e é expressa por: Lei de Snell-Descartes senrnsenîn ri .. = Refração da luz Se considerarmos que n2 > n1 (ou, o que é equivalente, v2 < v1), então sen r < sen i e r < i. Podemos, então, concluir que, quando a luz passa de um meio menos refringente para um meio mais refringente, a velocidade da luz diminui e o raio luminoso se aproxima da reta normal, isto é, o ângulo que o raio luminoso forma com a reta normal diminui. 2 1 2,1 n n n = Obs: Reflexão total Imagine um raio de luz que se propaga de um meio mais refringente para outro menos refringente. Se aumentarmos o ângulo de incidência i, a última refração (r = 90°) vai ocorrer quando o ângulo i for igual ao ângulo limite L. Reflexão total No entanto, para esse sentido de propagação, o ângulo de incidência i pode ser maior que o ângulo limite L. Quando isso ocorre, não há refração e a luz sofre o fenômeno da reflexão total ou interna. Assim, para haver reflexão total, há duas condições: 1) Sentido de propagação da luz: do meio mais refringente para o menos refringente. 2) Ângulo de incidência maior que ângulo limite: i > L. Cálculo do ângulo limite Aplicando a Lei de Snell-Descartes à situação limite, onde i = L e r = 90° obtêm-se: Sendo , então: maior menor n n senL =12 nn Dioptro Plano Dioptro plano é o conjunto de dois meios homogêneos e transparentes, separados por uma superfície plana (ex: a água tranquila de um lago e o ar). Quando se observa um peixe dentro d’água, nota-se que há uma diferença entre a posição real e a imagem deste peixe. O mesmo ocorre quando se observa dentro d’água um pássaro que voa acima da superfície de um lago. Dioptro Plano Quando os raios que determinam a formação da imagem formam pequenos ângulos com a normal à superfície (cerca de 10°), verifica-se que: Onde: • x: distância do objeto à superfície; • x’: distância da imagem à superfície; • n: índice de refração do meio de incidência; • n’: índice de refração do meio de emergência; Lâmina de faces paralelas É o conjunto de três meios homogêneos e transparentes separados por duas superfícies planas e paralelas. O vidro de uma vidraça é um exemplo desse sistema. Lâmina de faces paralelas Um raio de luz monocromática, incidindo sobre a primeira face, atravessa a lâmina, após duas refrações e emerge na segunda face, numa direção paralela à direção de incidência. Portanto, sendo os meios extremos idênticos, um raio luminoso não sofre desvio angular, ocorrendo apenas um desvio lateral d. Prisma Prisma é o conjunto de três meios homogêneos e transparentes separados por duas superfícies planas não-paralelas, que são as faces do prisma. As faces se interceptam numa reta chamada aresta do prisma. O ângulo entre as faces do prisma é o ângulo de refringência. Desvio angular D = i + i’ – A Onde: • D = Desvio angular do raio incidente • i = ângulo de incidência de entrada do prisma • i’ = ângulo de emergência de saída do prisma • A = ângulo de refringência do prisma (ângulo central) Obs: Para desvio angular mínimo temos: D = 2i – A e A=2r Desvio angular Há prismas nos quais determinados raios incidentes sofrem sempre reflexão total no seu interior. De larga utilização em Óptica Aplicada, são denominados prismas de reflexão total. Dentro desse caso, temos o Prisma de Porro, onde a secção é um triângulo retângulo com dois ângulos de 45°. O desvio do raio incidente em relação ao o raio de incidência será de 180° OBS: Quando incide em um dos catetos o desvio será de 90° (Prisma de Amici). Dispersão luminosa Admitamos que uma luz policromática como a luz branca solar esteja se propagando no ar e incida sobre a superfície de um prisma. Lembrando que um mesmo material tem índice de refração máximo para a luz violeta e mínimo para a luz vermelha, a componente que mais se desvia (aproxima da normal) é o violeta e a que mais se afasta é o vermelho. Dispersão luminosa A formação do arco-íris envolve a combinação de vários fenômenos ópticos já estudados. Observe que um arco-íris somente é visível quando o Sol está às nossas costas. A luz branca, ao incidir sobre a gota, sofre uma refração e, consequentemente, se dispersa.No lado direito da gota, a luz sofre uma reflexão total e, posteriormente, ao sair para o ar, a luz sofre uma segunda refração. Exercícios 01) Um raio de luz monocromático propagando-se no ar, meio definido com índice de refração igual a 1, incide, com ângulo de incidência igual a 60°, na superfície de um líquido. Ao refratar, esse raio de luz adquire uma velocidade, no líquido, de m/s. Considerando a velocidade da luz no ar igual a m/s, qual deve ser o seno do ângulo de refração formado entre o raio de luz refratado e a normal? 810.2 810.3 02) Considerando as velocidades de propagação da luz em dois meios homogêneos e distintos, respectivamente iguais a 200.000 km/s e 120.000 km/s, determine o índice de refração relativo do primeiro meio em relação ao segundo. Considere a velocidade da luz no vácuo, igual a 300.000 km/s. 03) O vidro tem índice de refração absoluto igual a 1,5. Sendo a velocidade da luz no ar e no vácuo aproximadamente igual a m/s, pode-se calcular que a velocidade da luz no vidro é igual a: 810.3 04) Um raio de luz monocromática (RI) passa do meio 1 para o meio 2, sofrendo, em relação ao raio refratado (RR), um desvio de 30°, conforme mostrado na figura. Determine o índice de refração do meio 2, sabendo que o meio 1 é o ar, cujo índice de refração vale 1. 05) Um raio de luz monocromático, propagando-se no ar (n = 1), incide na face de um prisma, homogêneo e transparente, segundo um ângulo de incidência x, conforme a figura abaixo. Sabendo que o ângulo de refringência deste prisma é de 60° e o desvio mínimo é de 30°, determine, respectivamente, o valor de x, em graus, e o índice de refração do prisma. 06) Um raio de luz monocromático incide sobre a superfície de uma lâmina de vidro de faces paralelas, formando um ângulo y com a normal, conforme a figura. Sabendo que o ângulo de refração na primeira face vale x e que o raio de luz que incide na segunda face forma com esta um ângulo de 60°, determine o valor de y. Admita: • A velocidade da luz no vácuo e no ar igual a c; • A velocidade da luz no vidro igual a • O índice de refração do ar igual a 1,0. 2 c ONDAS Ondas • Classificação de uma onda • Componentes de uma onda • Reflexão de ondas • Refração de ondas • Superposição de ondas • Princípio de Huygens • Difração de ondas Ondas Ondas são perturbações que se deslocam no espaço transportando, exclusivamente, energia de um ponto a outro, sem realizar transporte de matéria. Classificação de uma onda 1) Conforme sua natureza; 2) Quanto a direção de propagação e; 3) Quanto à direção da vibração. Classificação de uma onda 1) Conforme sua natureza: • Ondas Mecânicas: são ondas que necessitam de um meio material para se propagar, ou seja, sua propagação envolve o transporte de energia cinética e potencial e depende da elasticidade do meio. • Ondas Eletromagnéticas: são ondas geradas por cargas elétricas oscilantes e sua propagação não depende do meio em que se encontram, podendo propagar-se no vácuo e em determinados meios materiais. Classificação de uma onda 2) Quanto a direção de propagação: • Unidimensionais: que se propagam em apenas uma direção, como as ondas em cordas e molas esticadas; • Bidimensionais: são aquelas que se propagam por uma superfície, como as água em um lago quando se joga uma pedra; • Tridimensionais: são capazes de se propagar em todas as dimensões, como a luz e o som. Classificação de uma onda 3) Quanto à direção da vibração: • Transversais: são as que são causadas por vibrações perpendiculares à propagação da onda, como, por exemplo, em uma corda: • Longitudinais: são ondas causadas por vibrações com mesma direção da propagação, como as ondas sonoras. Componentes de uma onda Uma onda é formada por alguns componentes básicos que são: A: amplitude da onda λ: comprimento da onda OBS: A distância entre duas cristas ou dois vales consecutivos é igual ao comprimento de onda(λ). Componentes de uma onda Chamamos período da onda (T) o tempo decorrido até que duas cristas ou dois vales consecutivos passem por um ponto e freqüência da onda (f) o número de cristas ou vales consecutivos que passam por um mesmo ponto, em uma determinada unidade de tempo. O período e a freqüência são relacionados por: OBS: A unidade internacionalmente utilizada para a freqüência é Hertz (Hz) sendo que 1Hz equivale à passagem de uma crista ou de um vale em 1 segundo. T f 1 = Componentes de uma onda Para o estudo de ondas bidimensionais e tridimensionais são necessários os conceitos de: • Frente de onda: é a fronteira da região ainda não atingida pela onda com a região já atingida; • Raio de onda: é possível definir como o raio de onda a linha que parte da fonte e é perpendicular às frentes de onda, indicando a direção e o sentido de propagação. Componentes de uma onda Velocidade de propagação das ondas Como não transportam matéria em seu movimento, é previsível que as ondas se desloquem com velocidade contínua, logo estas devem ter um deslocamento que valide a expressão: Que é comum aos movimentos uniformes, mas conhecendo a estrutura de uma onda: Podemos fazer que ΔS=λ e que Δt=T tvs .= Componentes de uma onda Assim: Se e , logo substituindo na equação temos: Sendo esta a equação fundamental da Ondulatória, já que é valida para todos os tipos de onda. Tv.= T f 1 = fv .= Componentes de uma onda Fórmula de Taylor As cordas tensionadas, constituem ótimos meios para observar a propagação de ondas transversais. Considerando uma corda homogênea e de secção constante, de massa m e comprimento L, sua densidade linear de massa (ρ) é: L m = Componentes de uma onda Assim, podemos ver que, em relação à propagação de um pulso transversal ou de uma onda periódica transversal na corda, a velocidade com que uma onda periódica propaga-se depende da densidade linear da corda e da intensidade da força tensora (F) a que ela está sujeita. F v = Reflexão de ondas É o fenômeno que ocorre quando uma onda incide sobre um obstáculo e retorna ao meio de propagação, mantendo as características da onda incidente. Independente do tipo de onda, o módulo da sua velocidade permanece inalterado após a reflexão, já que ela continua propagando-se no mesmo meio. Reflexão de ondas Reflexão em ondas unidimensionais Esta análise deve ser dividida em oscilações com extremidade fixa e com extremidade livre: 1) Com extremidade fixa: Quando um pulso (meia-onda) é gerado, faz cada ponto da corda subir e depois voltar a posição original, no entanto, ao atingir uma extremidade fixa, como uma parede, a força aplicada nela, pelo princípio da ação e reação, reage sobre a corda, causando um movimento na direção da aplicação do pulso, com um sentido inverso, gerando um pulso refletido. Reflexão de ondas 2) Com extremidade livre: Considerando uma corda presa por um anel a uma haste idealizada, portanto sem atrito. Ao atingir o anel, o movimento é continuado, embora não haja deslocamento no sentido do pulso, apenas no sentido perpendicular a este. Então o pulso é refletido em direção da aplicação, mas com sentido inverso. Reflexão de ondas Reflexão de ondas bidimensionais Quando uma frente de onda, propagando-se em superfície líquida, incide sobre um obstáculo, cada ponto da frente reflete-se, então é possível representá-las por seus raios de onda. A reflexão dos raios de onda é regida por duas leis da reflexão, que são apresentadas como: • 1ª Lei da Reflexão: O raio incidente, o raio refletido e a reta perpendicular à superfície refletora no ponto de incidência estão contidos sempre no mesmo plano; • 2ª Lei da Reflexão: Os ângulos formados entre o raio incidente e a reta perpendicular e entre o raio refletido e a reta perpendicular têm sempre a mesma medida. Reflexão de ondas Então pode-se imaginar que a reflexão das ondas aconteça como se fosse refletida em um espelho posto perpendicularmente ao ponto de incidência. = Refração de ondas É o fenômeno que ocorre quando uma onda passade um meio para outro de características distintas, tendo sua direção desviada. Independente de cada onda, sua frequência não é alterada na refração, no entanto, a velocidade e o comprimento de onda podem se modificar Refração de ondas A refração de ondas obedece duas leis que são: • 1ª Lei da Refração: O raio incidente, a reta perpendicular à fronteira no ponto de incidência e o raio refratado estão contidos no mesmo plano. • Lei de Snell: Esta lei relaciona os ângulos, as velocidades e os comprimentos de onda de incidência de refração, sendo matematicamente expressa por: senrnsenîn ri .. = Refração de ondas Conforme indicado na figura: • = ângulo do raio incidente à reta perpendicular • = ângulo do raio refratado à reta perpendicular • = velocidade de onda incidente • = velocidade de onda refratada • = comprimento de onda incidente • = comprimento de onda refratada 1 2 1v 2v 1 2 Refração de ondas Vamos considerar duas cordas soldadas entre si em uma das extremidades, sendo que a corda resultante tenha uma extremidade solta, que receberá um pulso, e a outra fixa numa parede. As cordas devem ter densidades lineares diferentes, onde, relativamente, uma tem pequena densidade (corda fina) e outra grande densidade (corda grossa) Refração de ondas 1) Pulso indo da Corda Fina para a Corda Grossa: Quando o pulso encontra a corda grossa, a energia cinética transferida para o ponto de junção entre as cordas faz com que este suba, adquirindo energia potencial e retorne novamente ao ponto inicial, “devolvendo a energia” novamente em forma de energia cinética, produzindo dois pulsos opostos com fases também opostas Refração de ondas 2) Pulso indo da Corda Grossa para a Corda Fina: Analogamente ao caso anterior, quando o pulso encontra a corda fina, a energia cinética transferida para o ponto de junção entre as cordas faz com que este suba, adquirindo energia potencial e retorne novamente ao ponto inicial, “devolvendo a energia” novamente em forma de energia cinética, produzindo dois pulsos opostos em fase com o pulso inicial Superposição de ondas A superposição, também chamada interferência em alguns casos, é o fenômeno que ocorre quando duas ou mais ondas se encontram, gerando uma onda resultante igual à soma algébrica das perturbações de cada onda. Imagine uma corda esticada na posição horizontal, ao serem produzidos pulsos de mesma largura, mas de diferentes amplitudes, nas pontas da corda, poderá acontecer uma superposição de duas formas: Superposição de ondas Situação 1: os pulsos são dados em fase. No momento em que os pulsos se encontram, suas elongações em cada ponto da corda se somam algebricamente, sendo sua amplitude (elongação máxima) a soma das duas amplitudes: Numericamente: 21 AAA += Superposição de ondas Após este encontro, cada um segue na sua direção inicial, com suas características iniciais conservadas. Este tipo de superposição é chamado interferência construtiva, já que a superposição faz com que a amplitude seja momentaneamente aumentada em módulo. Superposição de ondas Situação 2: os pulsos são dados em oposição de fase. Novamente, ao se encontrarem as ondas, suas amplitudes serão somadas, mas podemos observar que o sentido da onda de amplitude é negativo em relação ao eixo vertical. Logo, o pulso resultante terá amplitude igual a diferença entre as duas amplitudes: Numericamente: 21 AAA +−= Superposição de ondas Após o encontro, cada um segue na sua direção inicial, com suas características iniciais conservadas. Este tipo de superposição é chamado interferência destrutiva, já que a superposição faz com que a amplitude seja momentaneamente reduzida em módulo. Superposição de ondas Superposição de ondas periódicas Sobreposição de duas ondas com períodos iguais e amplitudes diferentes (I e II), que, ao serem sobrepostas, resultam em uma onda com amplitude equivalente às suas ondas (III). Este é um exemplo de interferência construtiva. Superposição de ondas Já neste caso abaixo, mostra uma interferência destrutiva de duas ondas com mesma frequência e mesma amplitude, mas em oposição de fase (I e II) que ao serem sobrepostas resultam em uma onda com amplitude nula (III). Os principais exemplos de ondas sobrepostas são os fenômenos ondulatórios de batimento e ondas estacionárias. Superposição de ondas 1) Batimento: Ocorre quando duas ondas periódicas de frequência diferente e mesma amplitude são sobrepostas, resultando em uma onda com variadas amplitudes dependentes do soma de amplitudes em cada crista resultante. 2) Ondas estacionárias: É o fenômeno que ocorre quando são sobrepostas duas ondas com mesma frequência, velocidade e comprimento de onda, na mesma direção, mas em sentidos opostos. Superposição de ondas Superposição de ondas bidimensionais Duas ondas bidimensionais circulares, geradas respectivamente por uma fonte F1 e F2, com, amplitudes e frequências iguais, e em concordância de fase. Princípio de Huygens Huygens propôs um método de representação de frentes de onda, onde cada ponto de uma frente de onda se comporta como uma nova fonte de ondas elementares, que se propagam para além da região já atingida pela onda original e com a mesma freqüência que ela. Sendo esta idéia conhecida como Princípio de Huygens. Princípio de Huygens A partir deste princípio, é possível concluir que, em um meio homogêneo e com as mesmas características físicas em toda sua extensão, a frente de onda se desloca mantendo sua forma, desde que não haja obstáculos. Difração de ondas O fenômeno chamado difração é o encurvamento sofrido pelos raios de onda quando esta encontra obstáculos à propagação. Este fenômeno prova que a generalização de que os raios de onda são retilíneos é errada, já que a parte que atinge a barreira é refletida, enquanto os raios que atingem a fenda passam por ela, mas nem todas continuam retas. Polarização de ondas A polarização é um fenômeno que ocorre com as ondas eletromagnéticas, nas quais elas são selecionadas e divididas conforme a orientação de sua vibração. Esse fenômeno se dá à medida em que as ondas eletromagnéticas atravessam um dispositivo chamado polarizador. A função do dispositivo é fazer um filtro da direção em que as ondas vibram. O filtro de polarização seleciona uma das direções de vibração da onda, impossibilitando que ela passe pelas demais direções. Polarização de ondas A polarização ocorre apenas com ondas que se propagam perpendicularmente à vibração, as chamadas ondas transversais. No caso das ondas longitudinais, que se propagam na direção paralela à direção de vibração, o fenômeno da polarização não pode acontecer. Exercícios 01) Um instrumento musical produz uma onda sonora a qual propaga-se no ar com velocidade V1=340 m/s e passa a propagar-se na água com velocidade V2=1428 m/s. Sabendo-se que essa onda sonora apresenta no ar um comprimento de onda de 0,5m, qual a frequência, em Hz, dessa onda ao propagar-se na água? 02) Analise as seguintes afirmações: I - Ondas mecânicas se propagam no vácuo, portanto não necessitam de um meio material para se propagarem. II - Ondas longitudinais são aquelas cujas vibrações coincidem com a direção de propagação. III - Ondas eletromagnéticas não precisam de um meio material para se propagarem. IV - As ondas sonoras são transversais e não se propagam no vácuo. Assinale a alternativa que contém todas as afirmações verdadeiras. a) I e II b) I e III c) II e III d) II e IV 03) No estudo de ondulatória, um dos fenômenos mais abordados é a reflexão de um pulso numa corda. Quando um pulso transversal propagando-se em uma corda devidamente tensionada encontra uma extremidade fixa, o pulso retorna à mesma corda, em sentido contrário e com a) inversão de fase. b) alteração no valor da frequência. c) alteração no valor do comprimento de onda. d) alteração no valor da velocidade de propagação. 04) Uma onda propagando-se em um meio material passa a propagar-se em outro meio cuja velocidade
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