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Resumo Consciência

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Consciência
Livro base: Dalgalarrondo, P - Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre. 
O que é patologia? É o estudo das doenças e as alterações que estas provocam no organismo.
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 ❥ Não existem funções psíquicas isoladas e alterações psicopatológicas compartimentalizadas desta ou daquela função. É sempre a pessoa na sua totalidade que adoece.
Nos transtornos psiquiátricos, não se trata apenas de agrupamentos de sintomas que coexistem com regularidade e revelam, assim, sua origem comum. Os sintomas que os compõem são ligados estruturalmente entre si.
Exemplo: alucinações durante as intoxicações não são iguais as do esquizofrênico, do histérico, ou as que aparecem no extremo cansaço. Se, no estudo das alucinações, prescindimos das diferenças entre umas e outras, seria inútil todo o nosso trabalho psicopatológico.
Alterações normais da consciência - Sono normal
· Perdemos a consciência quando estamos dormindo
· desligamos nosso cérebro
· são uma alteração normal
· não estamos em estado de vigilância, vígil
· Não processamos todas as informações
curiosidade: privação de sono é uma técnica de tortura
❥ Sonhos
· O sonho, fenômeno associado ao sono, pode ser considerado uma alteração normal da consciência. 
· quando não estamos em estado vígil podemos sonhar, quando despertamos fazemos uma separação de que aquele sonho não é real, não aconteceu de fato.
Alterações patológicas quantitativas da consciência: rebaixamento do nível de consciência: Obnubilação
Obnubilação ou turvação da consciência. Trata-se do rebaixamento da consciência em grau leve a moderado.
· vem do meio externo
· confusão
· a intoxicação pelo álcool, traz rebaixamento da consciência e o indivíduo pode ter obnubilação.
❥ De qualquer forma, há sempre diminuição do grau de clareza do sensório, com lentidão da compreensão e dificuldade de concentração.
· Nota-se que o paciente tem dificuldade para integrar as informações sensoriais oriundas do ambiente.
Assim, mesmo não se apresentando claramente sonolento, observa-se, nos quadros leves de rebaixamento do nível de consciência, que o paciente encontrasse um tanto perplexo, com a compreensão dificultada, podendo o pensamento estar já ligeiramente confuso. 
Sopor
❥ Nível abaixo da obnubilação - o próximo nível seria o coma.
· É um estado de marcante turvação da consciência, no qual o paciente pode ser despertado apenas por estimulo energético, sobretudo de natureza dolorosa. 
· Só responde a estímulos fortes, como beliscão, sacolejo, apertar, tapas, etc...
· o indivíduo vai estar de olhos fechados, geralmente.
· Aqui, o paciente sempre se mostra evidentemente sonolento. Embora ainda possa apresentar reações de defesa, ele é incapaz de qualquer ação espontânea.
· ainda age em defesa.
· não toma iniciativas, como se levantar e sair.
· não vai falar nada.
❥ A psicomotricidade, a movimentação dele, encontra-se mais inibida (ou seja, ele não vai se mover) do que nos estados de obnubilação.
Coma
❥ Nível após o supor
· É o grau mais profundo de rebaixamento do nível de consciência. No estado de coma, não é possível qualquer atividade voluntária consciente.
· Além da ausência de qualquer indicio de consciência, os sinais neurológicos típicos desse estagio devem ser verificados.
🎔 os graus de intensidade de coma são classificados de I a IV: grau I (semicoma), grau II (coma superficial), grau III (coma profundo) e grau IV (coma dépassé).
Delirium
❥ são todos os níveis de rebaixamento da consciência.
· Delirium é o termo atual mais adequado para designar a maior parte das síndromes confusionais agudas (o termo "paciente confuso", muito usado em serviços de emergência e enfermarias medicas, refere-se a tais síndromes confusionais.)
· tenta conversar com o paciente e o paciente responde outra coisa, não consegue entender...
· confusão mental
Delirium X delírio: Não se deve confundir delirium (quadro sindrômico causado por alteração do nível de consciência, em pacientes com distúrbios cerebrais agudos) com o termo delírio (ideia delirante; alteração do juízo de realidade encontrada principalmente em psicóticos esquizofrênicos)
· O delirium diz respeito, aos vários quadros com rebaixamento leve a moderado do nível de consciência. 
· acompanhados de desorientação temporoespacial, dificuldade de concentração, perplexidade, ansiedade em graus variáveis, agitação ou lentificação psicomotora, discurso ilógico e confuso e ilusões e/ou alucinações, quase sempre visuais. 
· Oscila muito ao longo do dia
O delirium é uma das síndromes mais frequentes na pratica clínica diária, principalmente em pacientes com doenças somáticas (emergências e enfermarias médicas) e em idosos.
Síndromes psicopatológicas associadas ao rebaixamento do nível de consciência - Estado onírico
 ❥ é um delirium (todos esses estados)
· Alteração da consciência na qual, paralelamente a turvação da consciência, o indivíduo entra em estado semelhante a um sonho muito vívido. 
· parece um sonho real.
Em geral, predomina a atividade alucinatória visual intensa com caráter cênico e fantástico. O indivíduo vê cenas complexas, ricas em detalhes, às vezes terríficas, com lutas, matanças, fogo, assaltos, sangue, etc. Há carga emocional marcante na experiencia onírica, com angustia, terror ou pavor.
· O doente manifesta esse estado onírico angustioso gritando, movimentando-se debatendo -se na cama e apresentando, às vezes, sudorese profusa.
· Há geralmente amnésia consecutiva ao período em que o doente permaneceu nesse estado onírico.
Alterações qualitativas da consciência: Estado segundo
· Estado patológico transitório semelhante ao estado crepuscular, caracterizado por uma atividade psicomotora coordenada, a qual, entretanto, permanece estranha à personalidade do sujeito acometido e não se integra a ela.
· O indivíduo consegue controlar a coordenação motora
· estado segundo e estado crepuscular é a mesma coisa
· No entanto, estado segundo é causado por fatores emocionais, questões psicológicas, e não em questões orgânicas. 
Dissociação da consciência
❥ Também classificado com delirium
· O indivíduo age como se tivesse em outra realidade. Geralmente causado por algum trauma emocional intenso. 
Exemplo: recebe a notícia que alguém morreu, causa um impacto emocional, mas você entra em estado de negação e finge que aquilo não aconteceu. Como se ainda estivesse processando aquele fato.
· Não dura muito tempo, duram minutos ou horas, a não ser que a pessoa tenha algum tipo de psicopatologia.
Amência
❥ Quadros mais ou menos intensos de confusão mental, com excitação psicomotora, marcada incoerência do pensamento, perplexidade e sintomas alucinatórios. 
Estados crepusculares
❥ é um estado patológico transitório no qual uma obnubilação da consciência (mais ou menos perceptível) é acompanhada de relativa conservação da atividade motora coordenada. 
· não consegue organizar as informações de maneira correta, mas continua, por exemplo, dirigindo, varrendo a casa, etc...
· nesse estado ocorrem com frequência atos explosivos, violentos e episódios de descontrole emocional.
· associados a epilepsia, mas também podem ocorrer em intoxicações por álcool ou outras substâncias, após traumatismo craniano, etc.
Transe
❥ não é patológico
· Estado de alteração qualitativa da consciência que se assemelha a sonhar acordado, diferindo disso, porém, pela presença em geral de atividade motora automática e estereotipada acompanhada de suspensão parcial dos movimentos voluntários.
· associados a praticas religiosas ou culturais.
· igrejas evangélicas pentecostais e neopentecostais, espiritismo kardecista... 
· ela perde a consciência, as vezes desmaia ou cai, entra em estado de transe.
Estado hipnótico
❥ não é algo patológico
· é um estado de consciência reduzida e de atenção concentrada, que pode ser induzido por outra pessoa (hipnotizador).
· é semelhante ao transe, no qual a sugestionabilidade do indivíduo esta aumentada, e a sua atenção, concentrada no hipnotizador. 
Experiencia de quase-morte
❥ não é patológico
· estadoespecial de consciência é verificado em situações críticas de ameaça grave à vida, como parada cardíaca, hipóxia grave, isquemias, acidente automobilístico grave.

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