Pré Projeto de Monografia Libertação do Oprimido de Paulo Freire

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FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
DEPARTAMENTO DA EDUCAÇÃO
GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
VICTÓRIA FRIZIEIRO
Libertação do oprimido de Paulo Freire.
PRÉ PROJETO MONOGRÁFICO
Niterói/RJ
2018
VICTÓRIA FRIZIEIRO
Libertação do oprimido de Paulo Freire.
Pré projeto monográfico apresentado à dis-
ciplina Pesquisa e Prática Pedagógica I
como parte dos requisitos necessários à
obtenção da finalização da disciplina.
Niterói/RJ
2018
Sumário
1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2 Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3 Métodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
4 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
5 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3
1 Introdução
Este tema propõe-se a libertar o ser oprimido, visto que a sociedade capitalista
não possui interesse em fazer com que este tenha acesso ao estudo que os mostra o
lugar que ele detém na sociedade que o oprime.
O educador Paulo Freire teve amplas contribuições no âmbito educacional. Além
disso, foi considerado filósofo e por isso, tornou-se um dos grandes pensadores da
educação. Sendo assim, entende-se o papel de Freire como libertador, pois tem-se
que é pela a educação que um indivíduo vai desenvolver senso crítico, tornando-se
consciente de seu dever social no contexto em que vive. Em razão disso, suas críticas
e análises chegaram à conclusão de que existem classes humanas, tendo uma delas
passado por um processo de inferiorização, que as impede de lutar pela sua libertação.
Dessa maneira, cabe ao indivíduo inferiorizado por estes processos, lutar em busca de
libertação.
Freire acredita que para que essa libertação ocorra, é preciso um novo plano
de educar, chamado educação libertadora, que vai tentar dissolver as amarras da
dominação. Neste conceito, é proposto o fim da chamada “educação bancária”, que
Freire (1996) descreve como a educação em que há a necessidade de “depositar”
valores e conhecimentos num indivíduo, de maneira a justificar-se por quem oprime
como “cultura do sliêncio”, fazendo com que perpetuar-se-ei a opressão
Na concepção “bancária” que estamos criticando, para a qual a educação é
o ato de depositar, de transferir, de transmitir valores e conhecimentos, não
se verifica nem pode verificar-se esta superação. Pelo contrário, refletindo a
sociedade opressora, sendo dimensão da “cultura do silêncio’k a “educação”
“bancária” mantém e estimula a contradicão.
Outrossim, discorre ainda sobre a hierarquização do ensino, colocando o mestre
como o detentor de todo o conhecimento, e, por isso, coloca, os alunos como simples
receptores, aptos a moldarem-se dentro do conhecimento passado à eles e, por isso,
não conseguem perceber o ciclo de dominação no qual os mesmos estão inseridos,
sendo incapazes, desta maneira, de sair dele
Se o educador é o que sabe, se os educandos são os que nada sabem,
cabe àquele dar, entregar, levar, transmitir o seu saber aos segundos. Saber
que deixa de ser de “experiência feito” para ser dc experiência narrada ou
transmitida. Não é de estranhar, pois, que nesta visão “bancária” da educação,
os homens sejam vistos como seres da adaptação, do ajustamento. Quanto
mais se exercitem os educandos no arquivamento dos depósitos que lhes são
feitos, tanto menos desenvolverão em si a consciência crítica de que resultaria
a sua inserção no mundo. como transformadores dele, Como sujeitos
Capítulo 1. Introdução 4
No entanto, está educação entra em contradições, visto que crê que os homens
são seres vazios e de que somente o mestre irá ensiná-lo, depositando nele todo o seu
conhecimento, porém, sabe-se que a consciência de um ser humano é extrínseca aos
outros
A consciência como se fosse alguma seção “dentro’ dos homens, mecanicista-
mente compartimentada, passivamente aberta ao mundo que a irá “enchendo”
de realidade. Uma consciência continente a receber permanentemente os de-
pósitos que o mundo lhe faz, e que se vão transformando em seus conteúdos.
Como se os homens fossem uma presa do mundo e este um eterno caçador
daqueles, que tivesse por distração “enchê-los” de pedaços seus.
Sendo assim, ao dissertar sobre os mecanismos de dominação da sociedade,
Freire afirma que, para que haja a libertação desta opressão, é necessário que haja
conhecimento de que ela existe, e isto ocorrerá por meio de conscientização e uma
educação libertária
A educação “bancária”, em cuja prática se dá a inconciliação educador-
educandos, rechaça este companheirismo. E é lógico que seja assim. No
momento em que o educador “bancário” vivesse a superação da contradição
já não seria “bancário”. Já não faria depósitos. Já não tentaria domesticar. Já
não prescreveria. Saber com os educandos, enquanto estes soubessem com
ele, seria sua tarefa. Já não estaria a serviço da desumanização. A serviço da
opressão, mas a serviço da libertação.
A educação libertária visa a dissolução das amarras destas opressões, de
maneira a fazer com que o ser humano seja livre intelectualmente e, devido à isso, seja
livre para buscar sua vocação no contexto social em que está inserido.
5
2 Justificativa
Este projeto foi criado com o objetivo de estudar a educação numa perspectiva
analisada por Freire. Será de suma importância para a academia, pois irá reunir
informações que servirão como auxilio para alunos de licenciaturas em suas pesquisas
acerca do autor, visando esclarecer ao máximo possíveis dúvidas em relação à sua
obra.
Além disso, visa o estudo aprofundado dos mecanismos de manutenção do sis-
tema capitalista, sendo o formato educacional utilizado não só para refletir a sociedade
na qual ele está retratando, como também para a manutenção do sistema, tendo em
vista a permanência dos dominantes em sua posição de opressor.
Não obstante, Freire acredita também que a educação é a maneira que o
oprimido tem de se libertar desta opressão. Todavia, faz-se necessária a ação de
práticas pedagógicas específicas para esse fundamento
“A P edagogia que faça
da opressão e de suas causas objeto de reflexão dos oprimidos, de que
resultará o seu
engajamento necessário na luta por sua libertação, em que está pedagogia se
fará e refará.”
(FREIRE, 1968, p.34)
Estudar a educação do ponto de vista de Paulo Freire, libertária, se faz não
apenas de maneira superficial e geral, é atentar-se à maneira na qual irá trabalhar
o aluno, sem cerceá-lo, buscando diálogo para que o mesmo entenda que não há
dominação na relação aluno-professor, de maneira a construir pensamento crítico
perante a sociedade baseando-se nas relações obtidas em sala de aula.
6
3 Métodologia
Para a estruturação deste trabalho, foram utilizadas pesquisas bibliográficas
acerca do autor, aspirando melhor conhecimento científico para discorrer sobre o
tema. Ademais, a pesquisa tomou-se principalmente na internet, em sites, trabalhando
temáticas coerentes e pertinentes para a melhor elaboração do tema.
7
4 Objetivos
1.Objetivo Geral
Promover transformação social, incluindo desta maneira a educação libertadora
em discussões e estabelecer um diálogo tido como eficaz pelo autor estudado, visando
desconstruir a educação bancária desta maneira.
Paulo Freire e seus conceitos utilizam da detecção de um sistema excludente
como argumento base para que a construção de conhecimento cultural seja inerente a
todo e qualquer ser humano.
Capítulo 4. Objetivos 8
2. Objetivo específico
Desenvolver técnicas voltadas para o ensino libertário, analisando criticamente as
já existentes.
Estabelecer o diálogo citado por Freire como necessário para que as amarras
da opressão sejam dissolvidas.
Entender como a educação bancária é objeto de manutenção do sistema de
dominações.
Construir no educador um pensamento voltado à maneira que ele ensina e suas
consequências na transformação ou manutenção do sistema.
Capítulo 5. Conclusão 10
Referências Bibliográficas:
FREIRE, Paulo – Pedagogiado Oprimido. São Paulo: Paz e Terra. 1996
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educa-
tiva. 42 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010.
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