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20/04/2018 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC MEDICINA VETERINÁRIA- CAMPUS II BIOQUÍMICA Professor: Dr. Genildo Cavalcante Ferreira Júnior Maceio – AL Abril 2018 Bioenergética: visão geral do metabolismo intermediário METABOLISMO Conjunto de reações químicas altamente coordenadas que ocorrem nas células ou no interior de organismos vivos. 20/04/2018 2 Objetivos do metabolismo Obter energia química (em forma de ATP, NADH, NADPH e FADH2) por captação da energia solar ou degradação dos nutrientes Converter as moléculas dos nutrientes em moléculas com características próprias da célula ou prepursores Formar macromoléculas necessárias as funções celulares Sintetizar e degradar macromoléculas Rotas metabólicas Conjunto de reação que produz ou degrada um determinado produto (substrato) ou conjunto de produto. Ex: Glicólise Catabólicas (degradação ou “quebra” de compostos) Anabólicas (síntese, ou seja, formação de compostos) As vias catabólicas são acompanhadas por liberação de energia livre, enquanto o anabolismo requer energia para ser realizado. De onde tiramos nossa energia? Dieta ATP: “moeda” energética ATP – Trifosfato de Adenosina Este composto armazena, em suas ligações fosfato, parte da energia desprendida pelas reações exotérmicas e tem a capacidade de liberar, por hidrólise, essa energia armazenada para promover reações endotérmicas. NUCLEOSÍDEO NUCLEOTÍDEO = adenosina monofosfato (AMP) Adenosina difosfato (ADP) Adenosina trifosfato (ATP) Adenina Fosfato Ribose Molécula de ATP Coenzimas como transportadores de elétrons Reações de oxidação-redução: Agente redutor: molécula doadora de elétrons Agente oxidante: molécula receptora de elétrons C6H12O6 + 6O2 6CO2 + 6H2O NAD+/FAD NADH/FADH2 Os nucleotídeos NAD+, NADP+, FMN e FAD são coenzimas hidrossolúveis que sofrem oxidações e reduções reversíveis em muitas das reações metabólicas de transferência de elétrons. 20/04/2018 3 NADH Molécula encontrada nas células de todos os seres vivos, usado como "transportador de elétrons" nas reações metabólicas de oxi-redução, tendo um papel preponderante na produção de energia para a célula. Em sua forma reduzida, NADH, faz a transferência de elétrons durante a fosforilação oxidativa. FADH2 Molécula transportadora de energia metabólica, sendo utilizada como substrato na fosforilação oxidativa. O FADH2 é reoxidado a FAD, resultando subsequentemente na síntese de duas moléculas de ATP por cada FADH2. Coenzimas como transportadores de elétrons Ciclo de Krebs 20/04/2018 4 19 O ciclo do ácido cítrico consiste numa série de reações metabólicas que constituem a via final comum para a oxidação de moléculas alimentares e inicia-se num metabolito comum a todas as vias, a Acetil-CoA; E um processo aeróbio pois o único mecanismo que, na mitocondria, permite a regeneração de NAD+ e de FAD, consome O2 (cadeia respiratória). Ao contrário da glicólise, ocorre ao nível da matriz mitocondrial Ao contrário da glicólise, ocorre ao nível da matriz mitocondrial 22 Quadro Síntese das reacções no ciclo de krebs 23 Apresentação dos oito passos do ciclo 24 1º Passo -Condensação Condensação do Oxaloacetato com Acetil CoA e formação do citrato pela ação da enzima SINTASE DO CITRATO 1 molécula de Acetil CoA (C2) + A molécula de acido dicarboxilico (C4) Acido tricarboxilico (C6) 20/04/2018 5 25 2º Passo - Isomerização do citrato Isomerizaçao do citrato a Isocitrato pela ação da enzima ACONITASE (isomerase) Acido tricarboxilico (C6) Citrato Isocitrato(C6) 26 3º passo – Descarboxilação oxidativa do isocitrato O isocitrato é desidrogenado e descarboxilado na presença da isocitrato desidrogenase formando o α-cetoglutarato; 27 4º passo – Descarboxilação oxidativa do α-cetoglutarato α-cetoglutarato + NAD+ + CoA Succinil-CoA + NADH + CO2 28 5º passo – Fosforilação ao nível do substrato Formação de uma ligação fosfato de elevada energia a partir de Succinil CoA 29 O GTP (trifosfato de guanosina) é utilizado na formação de um ATP Assim, esta reação é o único exemplo no ciclo do ácido cítrico em que há formação de um fosfato de alta energia ao “nível do substrato” 30 6º passo – Oxidação do succinato Succinato (C4) Fumarato (C4) A desidrogenase do succinato (complexo II) esta na membrana interna da mitocondria 20/04/2018 6 31 7º passo – Hidratação do Fumarato Fumarato (C4) Malato(C4) 32 8º passo – Oxidação do L-Malato Malato(C4) Oxaloacetato (C4) 33 Controle do ciclo do ácido cítrico O controle é estabelecido em 3 pontos Ao nível da condensação, a Citrato síntase é inibida pelo ATP. Ao nível da descarboxilação oxidativa do isocitrato, a Isocitrato desidrogenase é inibida pelo ATP e pelo NADH. Ao nível da descarboxilação oxidativa do α-cetoglutarato, a α-cetoglutarato desidrogenase é inibida pelos produtos da reacção (Succinil CoA e NADH) e pelo ATP. Essencialmente, a velocidade do ciclo varia em função da concentração de ATP e dos co-factores NAD+ e FAD. Não varia com a conc. de acetil-CoA. 34 Vitaminas do Ciclo de Krebs A riboflavina (B2), sob a forma de flavina adenina dinucleótido (FAD), que é um co-factor do complexo α-cetoglutarato desidrogenase e da succinato desidrogénase; 35 Vitaminas do Ciclo de Krebs A niacina (vitamina B3), sob a forma de nicotinamida adenina dinucleotido (NAD+), co-factor da isocitrato desidrogénase e da α- cetoglutarato desidrogenase; 36 Vitaminas do Ciclo de Krebs O ácido pantoténico (vitamina B5), fonte de coenzima A existente, nomeadamente, na acetil-CoA. 20/04/2018 7 37 Vitaminas do Ciclo de Krebs A tiamina (vitamina B1), na forma de tiamina pirofosfato, essencial para a descarboxilação oxidativa do α-cetoglutarato; Seletividade da membrana interna da mitocôndria Membrana externa: livremente permeável a pequenas moléculas e íons Membrana interna: seletiva – impermeável a íons e pequenas moléculas Matriz mitocondrial: contém enzimas do ciclo do ácido cítrico, proteínas da cadeia respiratória, enzimas da oxidação de ácido graxos e aminoácidos FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA DO ADP Os elétrons são transportados por quatro complexos • A oxidação das coenzimas reduzidas pela cadeia transportadora de elétrons processa-se na membrana interna da mitocôndria. • Estes transportadores agrupam-se em 4 complexos, designados complexos I, II, III, IV. Esquema geral de “fosforilação oxidativa” pela cadeia repiratória (Fosforilação de ADP, oxidação de NADH e FADH2 ) Complexo Massa (kDa) Número de subunidades Grupos prostéticos I NADH desidrogenase 850 42 (14) FMN, Fe-S II Succinato desidrogenase 140 5 FAD, Fe-S III Ubiquinona:citocromo c oxidoredutase 250 11 Hemes, Fe-S Citocromo c 13 1 Heme IV Citocromo oxidase 160 13 (3-4) Hemes, CuA, CuB Complexos protéicos da cadeia de transporte de elétrons Genildo Jr genildojr@yahoo.com.br