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Terapia antimicrobiana na sepse Introdução Desregulação da resposta inflamatória → alterações na função sistêmica → alterações na homeostase. A escolha do medicamento depende do foco infeccioso e do tipo de infecção (comunitária ou nosocomial). A falha terapêutica está intimamente relacionada ao reconhecimento tardio e ao tratamento inadequado. Pontos importantes Hemoculturas e culturas de sítios pertinentes devem ser coletadas antes da administração da primeira dose de antimicrobiano. A primeira dose de antimicrobianos deve ser administrada o mais rápido possível, SEM correção de dose para insuficiência renal ou hepática na primeira dose. Sempre que possível, utilizar tempo curto de tratamento. Caso a suspeita de infecção seja afastada, os antimicrobianos devem ser suspensos. Antimicrobianos 1º Passo: início rápido e com espectro adequado. Começar o tratamento com antimicrobianos (EV) dentro da 1ª hora após o diagnóstico e preferencialmente após a coleta das culturas. Não se deve aguardar a identificação do agente infeccioso para instituir o tratamento. Para decidir qual antimicrobiano utilizar, considerar: ◊ A situação clínica do paciente ◊ Foco primário da infecção ◊ Histórico de infecções prévias ◊ Uso recente de antimicrobianos ◊ Imunodeficiência e fatores de risco para resistência ◊ Microbiologia local Fatores de risco para multirresistência à antimicrobianos: ◊ Exposição prévia ◊ Internação hospitalar recente ◊ Dispositivos invasivos ◊ Própria microbiota local Fortes recomendações no manejo da sepse: ◊ Terapia empírica EV com 1 ou + antimicrobianos de amplo espectro que deve ser iniciada idealmente na primeira hora após o diagnóstico ◊ Reduzir o espectro da terapia empírica assim que o patógeno for identificado. ◊ Otimização das doses de antimicrobianos baseada na farmacologia. A monoterapia está indicada nos casos em que a microbiota local é bem conhecida, permitindo a cobertura empírica adequada. Recomendações para terapia combinada: ◊ Contra o uso da terapia combinada de rotina para tratamento de sepse e bacteremia em pacientes neutropênicos. ◊ Quando utilizada inicialmente, recomenda-se de-escalonar com descontinuação da terapia combinada dentro dos primeiros dias se houver melhora clínica e/ou evidência da resolução da infecção A coleta da hemocultura não deve atrasar o início da terapia antimicrobiana. A administração dos antimicrobianos deve ser priorizada, pois faz parte da primeira hora de atendimento. Terapia antimicrobiana na sepse (em casos de terapia empírica ou dirigida). ◊ Uso de antimicrobianos em doses estratégicas otimizadas baseadas em princípios farmacológicos. 2º Passo: prescrição ideal A sepse altera a farmacologia dos antimicrobianos, devido a(o): choque hiperdinâmico, aumento da permeabilidade capilar e volume de distribuição, alterações na vascularização renal e aumento da TFG. Todos esses fatores podem levar a concentrações séricas insuficientes, mesmo em uso de doses habituais. Impactos importantes: ◊ Concentrações reduzidas → penetração tecidual limitada → baixa concentração no sítio infeccioso → resposta clínica insatisfatória → falha na erradicação da infecção ou prolongamento das disfunções orgânicas. ◊ Exposição do patógeno a concentrações subletais leva ao desenvolvimento de resistência. Atentar para a utilização de doses que permitam a capacidade bactericida máxima, principalmente na fase inicial da sepse. A prescrição ideal inclui: ◊ Antimicrobianos de espectro adequado ◊ Indicação da dose, via de adm., diluição e velocidade de adm. Em pacientes com disfunção renal ou hepática, aguda ou prévia, o ajuste de dose de antibióticos deve ser realizado apenas após as primeiras 24 horas, pois é necessário atingir rapidamente a concentração inibitória mínima. O ajuste da dose, de acordo com a função renal, é calculado através do clearance de creatinina (TFG): 3º Passo: administração A via EV é a mais recomendada para pacientes sépticos. Os antimicrobianos devem ser administrados em bolus ou em infusão rápida, para atingir rapidamente os níveis terapêuticos. Na pediatria, é comum o uso da via intraóssea e a via IM só deve ser considerada se o acesso venoso não for possível. Em relação a ordem de administração dos antimicrobianos em casos de terapia combinada, recomenda-se priorizar doses em bolus, devendo estas serem administradas primeiros. Se ambos antimicrobianos necessitam administração em infusão rápida, e não em bolus, o que tem maior espectro deve ser administrado primeiro. 4º Passo: de-escalonamento e suspensão precoces Recomenda-se duração de 7 – 10 dias para a terapia antimicrobiana. Em pacientes com resposta clínica protraída, imunodeficiências, foco não controlado, bacteremia por S. aureus, infecções virais e fúngicas, pode ser preciso estender o uso do antimcirobiano. De-escalonamento: após a identificação do patógeno envolvido, o espectro de ação dos antimicrobianos deve ser reduzido. Suspensão: “racionalização do tempo de tratamento em função da resposta”. Deve ser decidida através da avaliação de parâmetros clínicos, como resolução da OBS: vancomicina e aminoglicosídeos são nefrotóxicos. [140 – idade (anos)] X Peso (Kg) x (0,85 mulheres e 1 para homens) Creatinina plasmatica (mg/dL) X 72 Terapia antimicrobiana na sepse febre, leucocitose ou uso de biomarcadores. Recomendações: ◊ Avaliação diária para de- escalonamento da terapia antimicrobiana. ◊ Reduzir espectro da terapia antimicrobiana após a identificação do patógeno. ◊ Determinar a duração da terapia de acordo com o sítio da infecção, etiologia microbiana, resposta ao tratamento e capacidade de obter controle do foco. Conceitos importantes Em relação à velocidade de administração: ◊ Infusão contínua: administração de medicamento em intervalo de tempo > 60 minutos, sem interrupção. ◊ Infusão em bolus: administração de medicamento direto na veia em curto espaço de tempo (1 – 3 min). ◊ Infusão intermitente: administração de medicamento em tempo > 60 minutos, porém não contínuo. ◊ Infusão lenta: administração de medicamento em intervalo de tempo de 30 – 60 minutos. ◊ Infusão rápida: administração de medicamento em intervalo de tempo de 1 a 30 minutos. Conceito de sepse de acordo com a origem da infecção: ◊ De origem comunitária: sepse identificada no momento da hospitalização ou até as primeiras 72h após a hospitalização, com exceção daquelas atribuídas a procedimentos invasivos efetuados nesse período. Tto de acordo com o foco infeccioso 1. Pulmonar Infecção comunitária: Infecção nosocomial: 2. Urinário Infecção comunitária: Infecção nosocomial: 3. Abdominal Infecção comunitária: Terapia antimicrobiana na sepse Infecção nosocomial: 4. Pele e partes moles Infecção comunitária: Infecção nosocomial: 5. Corrente sanguínea associada a cateter Infecção nosocomial: 6. Sem foco definido Infecção comunitária: Infecção nosocomial:
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