Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ GUILHERME V. VALÉRIO EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO ATIVIDADE F – TAREFA 1 CURITIBA 2020 Capítulo 6 Já se passaram 6 anos desde que Luísa pensou em começar a fabricar a goiabada. Agora, estava em Colônia, na Feira Internacional de Comércio de Alimentos e Bebidas Anuga, que é a maior feira do mundo em área. Nesse lugar estavam sendo exibidos produtos nos estandes no parceiro local da GMA. Neste momento, a empresa de Luísa já tinha toda uma linha de produtos, com balas, biscoitos e chocolates, todos obviamente derivados da goiabada. Depois de 4 anos de trabalho duro, a situação de Luísa já era outra. No início teve grandes dificuldades de quem inicia um processo de exportação, principalmente aquelas provenientes da fraca cultura de exportação que se tem no Brasil, além das restrições internacionais para produtos alimentícios serem bem rigorosas. As viagens internacionais se tornaram parte da rotina de Luísa. Desde que começou a viajar a cinco anos atrás, Luísa sempre buscava explorar esse novo mundo. Precisava de muita persistência e de um otimismo inquebrável, mas nessa época sua vida vivia oscilando entre dois pontos: problemas e dívidas. Luísa lidava com dois sistema que eram imprevisíveis: o mundo externo à GMA, como os fornecedores, economia, distribuidores, clientes e outros; e a realidade dentro da empresa, ainda se formando e muito nova para lidar com os problemas vindos de fora. Para Luísa, os problemas as estimulavam, lhe davam energia para enfrentá-los. Aprendeu a lidar com os problemas, e com eles aprendia mais e surgia a percepção de novas oportunidades, tanto no ambiente interno da empresa quanto no mundo lá fora. Luísa, ao decorrer do seu crescimento como empresária, começava a aprender a distinguir os contextos, em quais havia oportunidades escondidas e quais eram mais seguros seguir. Com essa nova vida, sua família se preocupava com sua saúde, pois trabalhava intensamente, nem tinha tempo para se divertir, era uma “juventude desperdiçada”. Mas Luísa gostava dessa vida, ela lhe fortalecia o ânimo e o ego. Cresceu muito como pessoa, expandiu seus horizontes e suas perspectivas se tornaram mais amplas. Apesar disso, sempre que havia um contratempo, vinham comentários do tipo “Vê? Se tivesse escolhido odontologia...”. Naquela viagem aos Estados Unidos, viu uma grande oportunidade. Preparou, mesmo que às pressas, um portifólio da GMA, que basicamente era seu Plano de Negócios só que de forma bem resumida, em poucas páginas. Visitou supermercados, encontrou representantes e distribuidores de produtos alimentícios, e sempre deixava cópias do seu portifólio. Arranjou diversos contatos, principalmente com importadores e distribuidores. Durante a noite, Luísa analisava folhetos, lia as revistas especializadas e análises de mercado. Após essa viagem, voltou ao Brasil com muitas ideias e diversas anotações, conseguiu achar um espaço naquele país que seu produto poderia entrar. Luísa deixava a vaidade aflorar quando se sentia realizada, também não é para menos, afinal suas vendas foram de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) locais para US$ 8.000.000,00 (oito milhões de dólares) em exportação. Já tinha parceiros em 3 países – Estados Unidos, Argentina e Espanha – e ainda planejava adentrar no mercado alemão. No entanto, recebeu uma notícia triste, Vovó Mestra havia sofrido um derrame cerebral. Ficou me choque, estava longe de sua Vó e não conseguia entrar em contato com ninguém da família. Após olhar as outras mensagens, algo mais chocante lhe apareceu: Vovó Mestra havia falecido, e seu enterro aconteceria em Ponte Nova, no dia seguinte às quatro de tarde. Decidiu voltar ao Brasil, estava amaldiçoando sua vida de empresária que acabou afastando-a de sua família por conta do trabalho intenso. Chegando em Ponte Nova, decidiu parar na capela para rezar por sua avó. Chegando em casa, reencontrou sua família e amigos, como sua irmã Tina, Eduardo, seu mentor André, além do professor Pedro. Seu relacionamento com Eduardo era instável então não se relacionava com ele. Luísa aprendeu a administrar sua liberdade, mas apesar disso, não conseguia evitar as frustações de quando a intenção de negócio era apenas um disfarce para uma tentativa de flerte. Na semana seguinte e este episódio, a FIEMG iria realizar a entrega do Prêmio Empreendedor Global, e a GMA havia sido indicada para tal evento. No Sereia Azul, se falava apenas nisso. Após um breve discurso, o governador do Estado anunciou o vencedor: Dra. Luísa Vianna Pinheiro, proprietária da GMA. Luísa caminha em direção ao palco, sem um discurso pronto, mas inspirada por todos aqueles que a assistiam e lembrando das palavras do professor Pedro, recitou seu discurso.
Compartilhar