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➢ Introdução: - Nem sempre o suprimento de glicose é suficiente para alimentar as funções vitais, como as cerebrais - Entre as refeições e períodos de jejum prolongado, ou até mesmo exercícios vigorosos, o glicogênio se esgota - Por isso, o organismo precisa de um método para sintetizar glicose a partir de precursores que não são carboidratos. Essa via ficou conhecida como gliconeogênese, que converte piruvato em glicose. ➢ Precursores: - Para os animais, compostos de três carbonos como o lactato, piruvato e glicerol, assim como certos aminoácidos. - Em mamíferos, a gliconeogênese ocorre principalmente no fígado. - O lactato, por exemplo, produzido na glicólise retorna para o fígado e é convertido em glicose. ➢ Processo: - A gliconeogênese não é a reação inversa da glicólise, embora compartilhem de várias etapas. - Três reações da glicólise são irreversíveis: i. A fosforilação inicial da glicose, formando glicose-6-fosfato; ii. A fosforilação da frutose-6-fosfato em frutose-1,6-bifosfato; iii. A conversão de fosfoenolpiruvato em piruvato. - Essas três reações são caracterizadas pela grande perda de energia. - Na gliconeogênese, essas reações são contornadas por um grupo distinto de enzimas. - As duas vias ocorrem principalmente no citosol, necessitando de regulação recíproca e coordenada. ➢ Considerações: I. Os intermediários do ciclo do ácido cítrico e alguns aminoácidos são glicogênicos. - A via gliconeogênica permite a formação de glicose não apenas de piruvato, mas também de citrato, isocitrato, α-cetoglutarato, succinil-CoA, succinato, fumarato e malato, todos intermediários do ciclo do ác. cítrico que pode sofre oxidação a oxaloacetato II. Os mamíferos não podem converter ácidos graxos em glicose: - O catabolismo dos ác. graxos gera apenas acetil-CoA, que não pode ser usado como precursor da glicose. - Em vez disso, os adipócitos realizam um processo chamado gliceroneogênese: a conversão de piruvato em di- hidroxiacetona-fosfato, seguido da redução da di-hidroxiacetona-fosfato em glicerol-fosfato, intermediário da glicólise. III. A glicólise e a gliconeogênese são mutuamente reguladas: - Se os dois processos ocorressem simultaneamente em altas taxas, o resultado seria o consumo de ATP e produção de calor. - Quando o fluxo de glicose aumenta por meio da glicólise, o fluxo de piruvato em direção à glicose diminui, e vice versa. Autor: Jáder Soares de Lima Filho 2º período de medicina da Faculdade Santa Maria Referências: NELSON, D.L.; COX, M.M. Princípios da bioquímica de Lehninger. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
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