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@vicnavet @vicnavet Leishmaniose Visceral Calazar ou leishmaniose visceral canina (LVC) é uma patologia causada por um protozoário do gênero Leishmania, que acomete os cães, os quais são considerados, no ciclo urbano de transmissão, os principais reservatórios, através do qual, o homem pode se infectar. se não tratada, pode levar a óbito até 90% dos casos. Agente Etiológico A LV Leishmaniose Visceral é uma doença causada por um protozoário da espécie Leishmania chagasi. O ciclo evolutivo apresenta duas formas: amastigota, que é obrigatoriamente parasita intracelular em mamíferos, e promastigota, presente no tubo digestivo do inseto transmissor. É conhecida como calazar, esplenomegalia tropical e febre dundun. Reservatórios Na área urbana, o cão (Canis familiaris) é a principal fonte de infecção. A enzootiacanina tem precedido a ocorrência de casos humanos e a infecção em cães tem sido maisprevalente do que no homem. No ambiente silvestre, os reservatórios são as @vicnavet @vicnavet raposas (Dusicyon vetulus e Cerdocyon thous) e os marsupiais (Didelphis albiventris). No Brasil, as raposas foram encontradas infectadas nas regiões Nordeste, Sudeste e Amazônica. Os marsupiais didelfídeos foram encontrados infectados no Brasil e na Colômbia. Patogenia A infecção humana, pelas espécies de Leishmania que causam a LTA, tem seu início logo após a inoculação das formas promastigotas do parasito na pele, algumas das formas promastigotas metacíclicas infectantes, que conseguiram escapar da ação lítica do complemento e dos eosinófilos e neutrófilos, são fagocitadas por macrófagos, nos quais, transformam-se em formas amastigotas dentro dos vacúolos parasitóforos dessas células; nesse microambiente passam a multiplicar-se por divisão binária. Em seguida, a evolução da infecção dependerá do perfil imunogenético do homem, fortemente associado à resposta imune celular, e da virulência da espécie de Leishmania infectante. Nesse sentido, a patogenia da doença será definida em conseqüência do tipo de interação entre a espécie de Leishmania e o perfil imunogenético do hospedeiro (Leishmania/macrófago), da qual resultarão as diferentes formas clínicas. Sinais Clínicos • Febre de longa duração. • Aumento do fígado e baço. • Perda de peso. • Fraqueza. • Redução da força muscular. • Anemia. @vicnavet @vicnavet Diagnóstico Clínico A infecção pela L.(L) chagasi caracteriza-se por um amplo espectro clínico, que pode variar desde as manifestações clínicas discretas (oligossintomáticas), moderadas e graves e que se não tratadas podem levar o paciente à morte. Esta fase da doença, também chamada de “aguda” por alguns autores, caracteriza o início da sintomatologia que pode variar de paciente para paciente, mas na maioria dos casos inclui febre com duração inferior a quatro semanas, palidez cutâneo-mucosa e hepatoesplenomegalia. O estado geral do paciente está preservado, o baço geralmente não ultrapassa a 5 cm do rebordo costal esquerdo. Frequentemente, esses pacientes apresentam-se ao serviço médico fazendo uso de antimicrobianos sem resposta clínica e muitas vezes com história de tosse e diarréia. Vale destacar que durante o exame clínico, em crianças, a manobra estetoacústica é bastante útil para verificar a presença de hepatoesplenomegalia. Diagnóstico Laboratorial O diagnóstico da leishmaniose visceral pode ser realizado por meio de técnicas imunológicas e parasitológicas. Diagnóstico Imunológico Baseia-se na detecção de anticorpos anti Leishmania. Existem diversas provas que podem ser utilizadas no diagnóstico da LV, e dentre elas podemos citar duas técnicas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde. @vicnavet @vicnavet • Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) –Consideram- se como positivas as amostras reagentes a partir da diluição de 1:80. Nos títulos iguais a 1:40, com clínica sugestiva de LV, recomenda-se a solicitação denova amostra em 30 dias. • Teste rápido imunocromatográfico –São considerados positivos quando a linha controle e a linha teste C e/ou G aparecem na fita ou plataforma (conforme Nota Informativa Nº 3/2018-CGLAB/DEVIT/SVS/MS É importante ressaltar quetítulos (anticorpos) variáveis dos exames sorológicos podem persistir positivos por longo período, mesmo após o tratamento. Assim, o resultado de um teste positivo, na ausência de manifestações clínicas, não autoriza a instituição de terapêutica. Diagnóstico Parasitológico É o diagnóstico de certeza feito pelo encontro de formas amastigotas do parasito, em material biológico obtido preferencialmente da medula óssea –por ser um procedimento mais seguro. Examinar o material aspirado de acordo com esta sequência: exame direto, isolamento em meio de cultura (in vitro), isolamento em animais suscetíveis (in vivo), bem como novos métodos de diagnóstico. Outras amostras biológicas podem ser utilizadas tais como o linfonodo ou baço. Este último deve ser realizado em ambiente hospitalar e em condições cirúrgicas.
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