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Peça Civel - Ação indenizatória

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUÍZ (A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ____ESTADO DE MG .
Maria, brasileira, estado civil xxxxxxxxx, portadora da Cédula de Identidade nº XXXXXXX SSP/MG, inscrita no CPF sob nº XXXXXXXX residente e domiciliada na Rua xxxxxxx, Bairro xxxxxxxxxxx, Cidade de Itabira – MG, CEP 35900-000, por sua procuradora infra-assinada, vem respeitosamente na presença de Vossa Excelência propor:
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E PEDIDOS DE TUTELA DE URGÊNCIA
Em face da empresa ALFA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ: ______, com sede em São Paulo - SP- CEP: xxxxxxxxx, pelas razões de fato e de direito a seguir expostos:
I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Requer a V.Exa. a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, nos termos da lei n.º 5.584/70 c/c o artigo 5º, inciso LXXIV da CF/88, artigo 98 NCPC c/c nova redação dada pela Lei n.º 7.510/86, e alterações, uma vez que a Requerente não possui condições de custear as despesas do processo, sem prejuízos do seu sustento próprio e de sua família, conforme declaração de pobreza, anexa.
II - DOS FATOS,
A requerente recebeu ligação da empresa ALFA com sede em São Paulo -SP, lhe ofertando um plano pós-pago de telefonia móvel. Na ocasião recusou a oferta tendo em vista que o plano que já possuía na cidade de Itabira- MG era mais vantajoso.
Para sua surpresa ao tentar concretizar a compra de um veículo mediante financiamento com oferta especial, pela da redução do IPI por tempo determinado, viu frustrado o negócio, ante a informação do funcionário da concessionária de que o crédito foi negado, pois seu nome havia sido inscrito nos cadastros de maus pagadores pela empresa ALFA, em virtude de suposto débito vencido em julho de 2011, no valor de R$ 749,00..
Ao entrar em contato com a Empresa ALFA, foi informado de que havia contrato vigente desde a data em que recebeu a ligação com a oferta do plano e que cobranças estavam sendo emitidas desde então.
Frisar-se que a Requerente nunca recebeu qualquer tipo de cobrança a respeito do suposto débito, nem foi notificada previamente quanto à inclusão de seus dados no cadastro restritivo ao crédito, vindo a ferir o art. 43, § 2º do CDC, caso contrário naquela ocasião poderia tentar de forma administrativa a resolução do caso.
Em virtude do ocorrido, o Requerente experimentou situação constrangedora, angustiante, tendo sua moral abalada, com indevida inscrição de seu nome no cadastro de inadimplentes com seus reflexos prejudiciais, sendo suficiente a ensejar danos morais.
III. DA RELAÇÃO DE CONSUMO
O caso em análise apresenta típica relação de consumo, uma vez que o autor sofreu danos decorrentes da falha na prestação de serviço da ré, caracterizando-se, portanto, como relação de consumo nos termos do art. 2º da Lei 8.078/90 (CDC).
 
IV. DO DANO MORAL E DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA
Os atos praticados pela requerida demonstram uma falha na segurança do serviço por ela prestado, pois apesar de não ter contratado o serviço, o requerente consta como cliente para da empresa e foram emitidas cobranças decorrente de um serviço que ele não utiliza, além de ter seu nome lançado nos cadastros de inadimplentes do serviço de proteção ao crédito, caracterizando o fato do serviço, conforme art. 14 da Lei 8.078/90 (CDC).
As consequências desses fatos para o autor foram gravíssimas, na medida em que não conseguiu concretizar a compra de automóvel e passou constrangimento irreversível. 
Diante de tudo acima exposto, mostra-se patente à configuração dos “danos morais” sofridos pela Requerente. A moral é reconhecida como bem jurídico, recebendo dos mais diversos diplomas legais a devida proteção, inclusive amparada, nos termos do art. 186 e 927 do CC, arts 6º, inciso VI, 14 e 101, I, do CDC e art. 5º, inciso V, X e XXXIII da CF/88, caracteriza dano moral por ato ilícito, o qual deve ser indenizado, sendo direito básico do consumidor a sua reparação.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927: Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, é obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem".
Art. 5º: V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
Também, o Código de Defesa do Consumidor, no seu art. 6º, protege a integridade moral dos consumidores:
Art. 6º - São direitos básicos do consumidor:
(. . .)
VI – a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos.
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências:
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços, sem prejuízo do disposto no Capítulo I deste título, serão observadas as seguintes normas:
I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor;
Diante dos expostos dica clara hipótese de aplicação da responsabilidade objetiva pelos danos causados. Ou seja, a ré responderá, na forma do art. 14 do CDC e parágrafo único do art. 927 do CC, independente de culpa, uma vez que resta evidenciado o ato ilícito, a lesividade e a necessidade de reparar o dano. 
Portanto que a Requerente seja indenizada pelo abalo moral no valor de R$ 7.000,00 (Sete mil reais) em decorrência do ato ilícito, da má fé, e em razão de ter sido vítima de completa e total falha e negligência da requerida, assim como seja indenizada pelo abalo moral em decorrência do ato ilícito.
V. DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Há hipossuficiência técnica do autor, visto que não possui formas de comprovar sua recusa à oferta na oportunidade da ligação feita pela ré, e se há algum registro disso, estão em posse dela.
Dessa forma, o requerente deve ser beneficiado pela inversão do ônus da prova assegurado nos termos do art. 6º, VIII, do CDC, tendo em vista a narrativa dos fatos para facilitar a defesa de seus direitos uma vez que é hipossuficiente e são verossímeis suas alegações
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, ao seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
O requerimento ainda encontra respaldo em diversos estatutos de nosso ordenamento jurídico, a exemplo do Código Civil, que evidenciam a pertinência do pedido de reparação de danos.
Diante exposto com fundamento acima pautados, requer a requerente a inversão do ônus da prova, incumbindo a empresa requerida à demonstração de todas as provas referente ao pedido desta peça.
VI. DA TUTELA DE URGÊNCIA DE NATUREZA ANTECIPADA 
Pede-se que seja concedida à antecipação dos efeitos da tutela, preceitua o artigo 300, do Código de Processo Civil:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
No caso encontram-se preenchidos todos os requisitos exigidos para a concessão da tutela de urgência a fim de evitar novos constrangimentos e garantir a recuperação da capacidade negocial da requerente, resguardando a mesma do perigo da na medida em que apesar de não ter contratado com a requerida, passará por novos constrangimentos até que a demanda seja resolvida.
Desta forma, a fim de garantir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, ereclamar perdas e danos, na forma do art. 12 do CC: 
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos,
Bem para que se efetivem os institutos previstos nos arts. 300 citado anteriormente e 497 do CPC, deve ser concedida a Tutela de Urgência de Natureza Antecipada, retirando o nome do autor do cadastro de maus pagadores, in verbis:
Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
Parágrafo único. Para a concessão da tutela específica destinada a inibir a prática, a reiteração ou a continuação de um ilícito, ou a sua remoção, é irrelevante a demonstração da ocorrência de dano ou da existência de culpa ou dolo.
Considerando os fatos pede-se que seja deferido o pedido de liminar para que seja determinado a requerida, a retirada imediata do nome da requerente do banco de dados do Serviço de Proteção ao Crédito – SPC e seus respectivos congêneres, sob pena de multa diária a ser arbitrada por este douto juízo.
VII. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência que:
a) sejam deferidos os benefícios da gratuidade da justiça e assistência judiciária gratuita, nos termos do art. 98 e seguintes do CPC e da Lei 1.060/1950;
b) considerando a relevância dos fundamentos e o receio de ineficácia do provimento final, seja liminarmente concedida a TUTELA DE URGÊNCIA, visando assegurar a viabilidade da realização do direito, determinando à Requerida que efetue imediatamente a exclusão do nome do Requerente dos órgãos restritivos (SPC/SERASA). Faz-se necessário o arbitramento de multa diária de R$ xxxx, para o caso de descumprimento da ordem judicial;
c) a citação da empresa Requerida no endereço acima declinado, com os benefícios do art. 212, § 2º, do CPC, para acompanhar a presente ação até o final, e, querendo, apresentar contestação no prazo legal, sob pena da revelia e confissão;
d) requer que sejam aplicados os preceitos contidos no CDC, bem como determinada a inversão do ônus da prova, com fundamento no art. 6º, inc. VIII, do CDC, tendo em vista a verossimilhança das alegações apresentadas e a hipossuficiência do Requerente na produção de demais provas, ambos os requisitos manifestos nos autos;
e) requer se digne V. Exa., julgar procedente seu pleito, declarando a inexistência de débito, bem como a condenação do promovido ao pagamento de uma indenização, de cunho compensatório e punitivo, pelos danos morais causados a requerente, em valor pecuniário justo e condizente com o caso apresentado em tela, em valor que esse D. Juízo fixar, pelos seus próprios critérios analíticos e jurídicos
f) seja, ao final, confirmada a Tutela de Urgência de Natureza Antecipada;
g) ordenar que a Requerida restitua a Requerente em dobro o valor de R$XXX (colocar valor por extenso) conforme Art. 42 parágrafo único do CDC, ou seja, desde o início da cobrança indevida (descrever período), incluindo nas esperadas condenações da Requerida, a incidência juros e correção monetária na forma da lei em vigor, desde sua citação e ordene ainda, que a requerida cancele o serviço atual de "NOME DO SERVIÇO DESCONTADO INDEVIDAMENTE"
h) condene o Requerida ao pagamento de custas e honorários advocatícios, a serem arbitrados por V. Excelência, nos termos do art. 85 do CPC/15.
Dar-se-á a presente causa, com fulcro no art. 292 do CPC, o valor de no mínimo 
R$ 7.000,00 (Sete mil reais) para efeito de alçada e fiscal.
Nestes termos, pede deferimento.
Itabira, __________ de __________ de ___/___/____
______________________
ADVOGADO
________________
OAB

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