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PARASITOLOGIA DOENÇAS VIRAIS FUNGICAS E PARASITARIAS

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Parasitologia 
 
Objetivo da pesquisa é definir os agentes causadores e 
suas características; a epidemiologia patogenia, 
sintomatologia da doença; tratamento, prevenção e 
profilaxia. 
 
AIDS E HIV 
 
AIDS OU SIDA- sigla proveniente do idioma inglês, com o 
significado de síndrome da imunodeficiência adquirida. 
Seu agente etiológico foi descoberto e isolado em 1983, 
o vírus HIV 1 foi isolado de pacientes pelos 
pesquisadores Luc Montaigner e Robert Gallo 
respectivamente na França e nos EUA, o primeiro vírus 
foi denominado como HIV1 ou LAV ou seja vírus associado 
a linfadenopatia, consecutivamente no ano de 1986 foi 
identificado um segundo agente etiológico também da 
família de retrovírus e que apresentava características 
semelhantes ao HIV1 assim sendo chamado de HIV2, o termo 
HIV foi sugerido por ser uma patologia de 
imunodeficiência. O vírus HIV apresenta características 
pela família a qual pertence, e o mesmo é um retrovírus 
com genoma RNA, proveniente da família Retroviridae e 
subfamília Lentivirinae, que são retrovírus não 
citopáticos ou cancerígenos, e que os mesmos necessitam 
da enzima transcriptase reversa para realizar sua 
 
 
multiplicação, essa enzima é a responsável pela 
transcrição do RNA viral a uma cópia ao DNA para que o 
vírus se integre ao genoma do hospedeiro. Mesmo não 
sabendo a origem real do surgimento desse vírus 
acredita-se que o mesmo tenha tido origem na África, 
pois vírus semelhantes foram detectados em primatas não 
humanos ou seja chimpanzés africanos, com o vírus a 98% 
de semelhança ao vírus HIV. Todos os retrovírus possuem 
estrutura genômica semelhante apresentando similaridade 
de até 50%, e a capacidade nata de infectar linfócitos 
através dos receptores de CD4. Os linfócitos T são células 
que tem diversas funções no organismo, e todas são de 
extrema importância para o sistema imune. O nome 
linfócito T derivada das células serem dependentes do 
timo para o seu desenvolvimento, sendo então o T de Timo-
dependentes, os linfócitos são separados em linfócito T-
helper, linfócito T-citotóxico, linfócito T-supressor e 
linfócito T de memória. Cada um deles possui receptores 
característicos (além do TCR que é padrão para as células 
T), que são identificáveis por técnicas imunológicas e 
que tem funções específicas. Entretanto, todas as 
células T possuem os receptores TCR e o CD3. O linfócito 
T-helper possui receptor CD4 na superfície, que tem a 
função de reconhecer macrófagos ativados. É o principal 
alvo do vírus HIV. Esta célula é o mensageiro mais 
importante do sistema imune. Ele envia mensagens de 
ataque para diversos leucócitos para realizar a guerra 
imunológica contra o agente agressor. O linfócito T-
helper é a célula que interage com os macrófagos, 
reconhecendo o epítopo que lhe é apresentado A IL-1 
estimula a expansão clonal de linfócito T-helper 
 
 
monoclonais que vão secretar diversas interleucinas, 
sendo, portanto, dividido em LT helper 1 e LT helper 2. 
Esses subtipos de LT helper secretam interleucinas 
distintas, cada uma com uma função específica. A 
Epidemiologia do vírus HIV surge a partir da 
imunodeficiência dos símios (SIV) um vírus similar que 
infectava chimpanzés no sul de Camarões, e assim 
transmitido aos seres humanos sofrendo mutações; alguns 
casos aconteceram na Capital da República democrática 
do Congo na década de 30, mas só 50 anos depois o HIV 
foi realmente identificado. No Brasil a epidemia de AIDS 
vem mostrando mudanças significativas, pela influência 
não apenas do uso de antirretrovirais eficientes e de 
grande contenção na progressão acelerada e avanço da 
doença, mas principalmente pelas medidas de prevenção 
profiláticas em transmissão vertical, e rigoroso 
controle em bancos de sangue, e grande base de 
informações científicas sobre o HIV, e a conscientização 
sobre a necessidade do ato sexual com proteção adequada 
e eficaz, assim um panorama geral da situação no Brasil 
pode ser fornecido segundo estimativas realizadas pelo 
Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais. Este 
último, criado em 1986 e ligado à Secretaria de 
Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, tornou-se 
referência mundial no tratamento e atenção à AIDS e 
outras doenças sexualmente transmissíveis. Dados de 1980 
a junho de 2013 indicam que existem cerca de 700 mil 
casos notificados de pessoas que vivem com HIV/AIDS no 
país com um índice de 36 mil casos novos por ano. No 
período de 1980 a 2013, a maior prevalência foi observada 
em indivíduos do sexo masculino numa proporção de 64,9% 
 
 
para 35,1% de mulheres. (2,3,4), isto considerando os 
dados notificados no Sinan, declarados no SIM e 
registrados no Siscel/Siclom. Desde o princípio, a razão 
de sexos tem apresentado variações graduais ao longo do 
tempo, sendo que em 2005 apresentou seu menor valor: 1,4 
casos em homens para cada caso em mulheres com tendência 
a aumento. Em 2012, a taxa de detecção de casos de AIDS 
foi de 26,1 homens para cada 100.000 habitantes e de 
14,5 em mulheres, com uma razão de sexos de 1,9.Conforme 
estatísticas evidencia-se uma concentração da epidemia 
do HIV no Brasil em populações em situação de maior 
vulnerabilidade como usuários de drogas (UD), 
profissionais do sexo (PS) e homens que fazem sexo com 
outros homens (HSH). (1,2,3,4). A título de ilustração, 
estimam-se taxas de prevalência de HIV de 5,9% entre UD, 
de 10,5% entre HSH e de 4,9% entre PS. Dados nacionais 
indicam um aumento de aproximadamente 2% na taxa de 
detecção de casos de AIDS nos últimos anos no Brasil 
como um todo, contudo há diferenças significativas entre 
as macrorregiões do país. A região Sudeste comporta mais 
da metade dos casos registrados no país entre 1980 e 
2013 com uma porcentagem de 55,2%. É seguida pela região 
Sul com 20% dos casos, Região Nordeste com 13,9%, Região 
Centro-Oeste com 5,8% e, por fim, pela Região Norte com 
5,1% dos casos registrados neste período. Apesar da 
maior proporção em casos absolutos, estudos indicam uma 
diminuição de 18,6% na taxa de detecção dos casos de AIDS 
na região Sudeste e de 0,3% na região Sul. Nas demais 
regiões observa-se um aumento significativo na detecção 
dos casos, sendo de 92,7% na Região Norte, 62,6% no 
Nordeste e 6,0% no Centro-Oeste. Epidemiologia da AIDS 
 
 
no Brasil possui um direcionamento que reflete a sua 
associação da doença com as desigualdades sociais. Desde 
o século XX, vem sendo observada uma prevalência maior 
em pessoas de baixa escolaridade e de baixa renda. Em 
se tratando de escolaridade, em 2012 foi observado que 
maioria dos pacientes diagnosticados possuía de 5ª à 8ª 
série incompletas (23,2%) e nível médio completo 
(21,3%). Já a baixa renda foi identificada como motivo 
real na determinação da epidemia, haja vista a interação 
entre a pobreza e outras formas de desigualdade, 
instabilidade e discriminação social na produção da 
disseminação do HIV. Uma explicação fornecida seria a 
associação à migração que em resposta a imperativos 
econômicos relaciona-se a maiores incidências de 
vulnerabilidade ao HIV, com maior facilidade logo de 
disseminação. Considerando os últimos anos no Brasil, 
foi evidenciada uma taxa de detecção de AIDS maior entre 
aqueles indivíduos com 35 a 39 anos. Apesar deste dado, 
há tendência de aumento na taxa de detecção em jovens de 
15 a 24 anos e entre os adultos com 50 anos ou mais, 
tanto entre os homens como entre as mulheres. De acordo 
com casos notificados no Sinan do ano de 2012, foi visto 
que em relação à raça/cor, 47,4% dos indivíduos se 
autodeclararam de raça/cor branca, 41,3% de parda, 10,4% 
de preta, 0,5% de amarela e 0,4% de indígena. Não foi 
observada diferença significativa entre os perfis por 
raça/cor segundo sexo. Apesar da concentração dos casos 
ser prevalente entre os brancos, a maior taxa de detecção 
é observada entre os negros nos últimos dezanos 
independente do sexo. Na patogenia o que vemos como 
resultado a imunossupressão inicial para células 
 
 
linfocitárias e monócitos CD4+ e posteriormente com 
falência dos tecidos linfoides e diminuição de outras 
células de defesa. O resultado é uma facilitação para 
infecções oportunistas, cânceres e manifestações 
neurológicas. As populações expostas são de homossexuais 
– que possuem até 10 vezes mais chances de contágio em 
relação às heterossexuais – usuários de drogas 
intravenosas, hemofílicos por conta das transfusões 
sanguíneas, assim como outros receptores de sangue, 
transmissão vertical, heterossexuais com coito 
desprotegido e causas inespecíficas, que correspondem a 
6% do total. Existem dois grupos maiores de vírus HIV: 
1 e 2. A forma do vírus é esférica, com um cerne em seu 
interior que é cercado por um invólucro de lipídeos 
advindo do organismo hospedeiro e uma matriz proteica 
chamada de p17. O cerne possui duas fitas de RNA e tem 
como principais proteínas a gp41, gp120, proteínas do 
nucleocapsídeo p7 e p9 e três enzimas virais: proteases, 
integrasse e transcriptase reversa. Quando o vírus entra 
nos organismos ele se direciona prontamente para os 
linfonodos porque esses possuem linfócitos T CD4+ de 
fácil acesso. A molécula CD4+ serve como receptor para 
o vírus, mas para a entrada deste na célula é necessária 
a presença dos co-receptores CCR5 e CXCR4. Os vírus 
possuem proteínas de membrana chamadas gp 120 que pode 
se acoplar a dois tipos de proteínas na membrana dos 
linfócitos: a linhagem R5 se acopla ao co-receptores 
CCR5 no linfócito e a linhagem X4 se acopla ao receptor 
CXCR4. Alguns vírus podem se acoplar em ambos os co-
receptores e por isso são chamados de duplo-trópicas. A 
Transmissão do HIV é ocorre principalmente através das 
 
 
secreções de uma pessoa infectada para uma pessoa sadia, 
quando ocorre o contato da pele com fluidos corporais 
(sangue, sêmen, secreção pré-seminal, secreção vaginal e 
leite materno). Os tratamentos que existem e podem ser 
empregados até hoje somente duas classe de medicamentos 
foram liberados e denominados antirretrovirais, os quais 
inibem a replicação do HIV pelo bloquei da enzima 
transcriptase reversa que converte RNA viral em DNA, 
assim os de classificação de nucleotídeos são a 
Zidovudina ou AZT em capsula 100 mg , dose 100mg 5 vezes 
ao dia ou 200 mg 3vezes ao dia ou 300 mg duas vezes ao 
dia, ou por via injetável em frasco ampola de 200 mg, 
solução oral em frasco de 2,000 mg a cada 200 ml; 
Zalcibatina ddC em comprimido 0,75 mg em dose de 0,75 
mg três vezes ao dia, Didanosina ddl em comprimido de 
25 a 100 mg em doses de 125 a 200 mg duas vezes ao dia, 
Lamivudina 3TC em comprimido de 150 mg em dose de 150 
mg duas vezes ao dia, Estavudina d4T em cápsulas de 30a 
40 mg em doses de 30 a 40 mg duas vezes ao dia e Abacavir 
comprimidos de 300 mg em doses de 300 mg duas vezes ao 
dia; e os não nucleotídeos que são a Nevirapina 
comprimido de 200 mg duas vezes ao dia, Delavirdina em 
comprimido 100 mg em dose de 400 mg três vezes ao dia e 
Efavirenz em comprimido 200 mg em dose de 600 mg uma vez 
ao dia. Há em último caso os inibidores de protease os 
que agem no último estágio da formação do HIV impedindo 
a ação da enzima protease que é fundamental para clivagem 
das cadeias protéticas da célula infectada os quais são 
Indanavir, Ritanavir, Saquinavir, Nelfinavir, 
Amprenavir. 
ESPOROTRICOSE 
 
 
A Esporotricose é uma micose causada por fungo da espécie 
Sporothrix spp, comum em ambientes e países de clima 
tropical e subtropical, o fungo reside na natureza 
presente no solo, palha, vegetais, espinhos, madeira. 
Em sua forma clássica foi conhecida como a doença do 
jardineiro, pois acomete esses profissionais assim como 
agricultores. Os humanos adquirem a forma grave e disse 
minada, assim quando se tem gatos pelo seu arranhão ou 
trato respiratório ou pele contaminada essa pessoa que 
teve contato pode adquirir Esporotricose zoonócia 
transmitida por felinos. No Brasil também é transmitida 
pelo agente Sporothrix brasiliensis. A transmissão pode 
ocorrer por contato com gotículas de secreção 
respiratória do gato infectado na fase inicial da 
doença. Em seres humanos normalmente a infeção é benigna 
e se limita apenas a pele, mas há casos em que ela se 
espalha por meio da corrente sanguínea e atinge ossos e 
os órgão internos, o período de incubação pode decorrer 
de sete a trinta dias podendo chegar até seis meses após 
a infecção, assim os sintomas variam de acordo com a 
forma a qual se manifesta, ou seja, se é cutânea ou 
extra cutânea; mas o que ocorre comumente é o 
aparecimento de um nódulo doloroso semelhante a picada 
de inseto e pode se apresentar na cor vermelha, rosa ou 
roxa, ter presença de secreção ou não e o mais comum é 
que o mesmo surja no dedo, mão e braço. O tratamento 
consiste no diagnóstico realizado pelo médico 
dermatologista e o tratamento gira em torno de três a 
seis meses e pode chegar a um ano, assim não podendo ser 
abandonado e os medicamentos que podem ser prescritos é 
o iodeto de potássio e o antifúngico ifraconazol, um 
 
 
similar feito a base de terbinafina, fluconazol e 
anfotericina B. 
TENÍASE E CISTICERCOSE 
Agente etiológico - Taenia solium é a tênia da carne de 
porco e a Taenia saginata é a da carne bovina. Esses 
dois cestódeos causam doença intestinal (teníase) e os 
ovos da T. solium desenvolvem infecções somáticas 
(cisticercose). Tênia é um verme achatado parasita do 
intestino humano e que pode chegar a quatro metros de 
comprimento na fase adulta. Ela é contraída pela carne 
malcozida suína ou bovina, alimentos crus como os 
salames; ao ser infectado não há apresentação de 
sintomas, o que pode ocorrer são dores de barriga, 
vômitos, gases e mal-estar gástrico. Podemos evitar a 
contaminação pelo processo de cozimento prévio dos 
alimentos e após assim podemos fritá-los ou assá-los, 
só consumir carnes ou produtos que tenham sido liberados 
pela inspeção sanitária. Procure os selos da inspeção 
nos produtos quando for fazer sua compra; ao comprar, 
construir ou reformar sua casa, peça aos seus pais ou 
responsáveis que façam banheiros com fossa séptica, 
filtro e sumidouro. A cisticercose nada mais é que o 
crescimento das larvas da tênia no corpo humano ou de 
animais, assim os mesmo se contaminam através de 
alimentos ou água contaminada com cocô de humanos 
portadores da tênia, esse cocô contendo ovos de tênia, 
quando feito ao ar livre, libera esses ovos que são 
levados pelo vento contaminando as águas dos rios e 
fontes, as verduras, o pasto; assim se os animais comerem 
esse cocô, ou quando os animais e as pessoas comem 
 
 
alimentos ou bebem água contaminada com cocô de 
portadores da tênia, acabam pegando a cisticercose. Os 
cisticercos ingeridos vão se desenvolver e se 
transformar em tênias adultas da seguinte forma: ao 
chegarem ao aparelho digestivo do homem, as larvas se 
prendem na parede do intestino por uma coroa de ganchos 
ou por ventosas e ali podem viver por muitos anos. Quando 
atinge o estágio adulto, o verme terá o corpo formado 
por pequenos anéis. Cada anel desses pode conter de 30 
mil até 100 mil ovos de tênia. Os ovos da tênia são 
eliminados com o cocô. Assim, o indivíduo portador da 
tênia adulta acaba se tornando o disseminador da 
cisticercose, quando os ovos chegam ao estômago, dos 
animais ou dos humanos, são liberados os embriões. Esses 
embriões penetram nas veias e ficam circulando no sangue 
por alguns dias. Depois, estacionam em qualquer tecido 
ou órgão, principalmente naqueles mais irrigados por 
sangue (músculos, coração, olhos, cérebro). Ali, formam 
um cisto (bolsa onde se desenvolve a larva) aumentando 
de tamanho, formando a pipoca ou cisticerco. Quando o 
cisticerco se localiza no cérebro causa a chamada 
neurocisticercose. Acontecem doresde cabeça contínuas, 
convulsões, sintomas de loucura e até morte. Quando se 
localiza na musculatura ou na coluna aparecem dores e 
dificuldade para andar. Quando se localiza nos olhos 
pode ocorrer cegueira. Sempre use a privada com fossa; 
não faça cocô ao ar livre. Se precisar fazer, enterre 
seu cocô; lave as mãos antes das refeições, antes de 
mexer com alimentos e sempre depois de ir ao banheiro. 
Não use cocô humano para adubar a horta; nunca use água 
contaminada com cocô humano (por exemplo, de água de um 
 
 
rio contaminado) ou água de esgoto para irrigação de 
hortas, porque não foi usado nada para matar os ovos. 
Lave bem as frutas e verduras antes de comer; use somente 
água de fontes limpas ou água fervida, filtrada ou 
tratada para o consumo ou limpeza de alimentos e 
utensílios. Epidemiologia na América Latina tem sido 
apontada por vários autores como área de prevalência 
elevada de neurocisticercose, que está presente em 18 
países desta área, com uma estimativa de 350.000 
pacientes. A situação da cisticercose suína nas Américas 
não está bem documentada. O abate clandestino destes 
animais, sem inspeção e controle sanitário, é muito 
elevado na maioria dos países da América Latina e Caribe, 
sendo a causa fundamental a falta de notificação. No 
Brasil, a cisticercose tem sido cada vez mais 
diagnosticada, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, 
tanto em serviços de neurologia e neurocirurgia quanto 
em estudos anatomopatológicos. A baixa ocorrência de 
cisticercose em algumas áreas, como por exemplo nas 
regiões Norte e Nordeste, pode ser explicada pela falta 
de notificação ou porque o tratamento é realizado em 
grandes centros, como São Paulo, Curitiba, Brasília e 
Rio de Janeiro, o que dificulta a identificação da 
procedência do local da infecção. O Ministério da Saúde 
registrou um total de 937 óbitos por cisticercose no 
período de 1980 a 1989. Até o momento não existem dados 
disponíveis para que se possa definir a letalidade do 
agravo. Medidas de controle 
com Trabalho educativo da população - Uma das medidas 
mais eficazes no controle da teníase/cisticercose é a 
promoção de extenso e permanente trabalho educativo nas 
 
 
escolas e nas comunidades. A aplicação prática dos 
princípios básicos de higiene pessoal e o conhecimento 
dos principais meios de contaminação constituem medidas 
importantes de profilaxia. O trabalho educativo da 
população deve visar à conscientização, ou seja, a 
substituição de hábitos e costumes inadequados e adoção 
de outros que evitem as infecções; Bloqueio de foco do 
complexo teníase/cisticercose - O foco do complexo 
teníase/cisticercose pode ser definido como sendo a 
unidade habitacional com pelo menos: indivíduos com 
sorologia positiva para cisticercose; um indivíduo com 
teníase; um indivíduo eliminando proglotides; um 
indivíduo com sintomas neurológicos suspeitos de 
cisticercose; animais com cisticercose (suína/bovina). 
Serão incluídos no mesmo foco outros núcleos familiares 
que tenham tido contato de risco de contaminação. Uma 
vez identificado o foco, os indivíduos deverão receber 
tratamento com medicamento específico; Fiscalização da 
carne - Essa medida visa reduzir, ao menor nível 
possível, a comercialização ou o consumo de carne 
contaminada por cisticercos e orientar o produtor sobre 
medidas de aproveitamento da carcaça (salga, 
congelamento, graxearia, conforme a intensidade da 
infecção), reduzindo perdas financeiras e dando 
segurança para o consumidor; Fiscalização de produtos de 
origem vegetal - A irrigação de hortas e pomares com água 
de rios e córregos, que recebam esgoto ou outras fontes 
de águas contaminadas, deve ser coibida através de 
rigorosa fiscalização, evitando a comercialização ou o 
uso de vegetais contaminados por ovos de Taenia; 
Cuidados na suinocultura - Evitar o acesso do suíno às 
 
 
fezes humanas e à água e alimentos contaminados com 
material fecal: essa é a forma de evitar a cisticercose 
suína; Isolamento - Para os indivíduos com cisticercose 
ou portadores de teníase, não há necessidade de 
isolamento. Para os portadores de teníase, entretanto, 
recomenda-se medidas para evitar a sua propagação: 
tratamento específico, higiene adequada; 
Desinfecção concorrente - É desnecessária, porém é 
importante o controle ambiental através da deposição 
correta dos dejetos (saneamento básico) e rigoroso 
hábito de higiene (lavagem das mãos após evacuações, 
principalmente).Tratamento da Teníase - Mebendazol - 
200mg, 2 vezes ao dia, por 3 dias, VO; niclosamida ou 
clorossalicilamida - adulto e criança com 8 anos ou 
mais, 2g e crianças de 2 a 8 anos, 1g, VO, dividido em 
duas tomadas; praziquantel, VO, dose única, 5 a 10mg/kg 
de peso corporal; albendazol, 400mg/ dia, durante 3 
dias. Neurocisticercose - Praziquantel, na dose de 
50mg/kg/dia, durante 21 dias, associado à dexametasona 
para reduzir a resposta inflamatória, consequente à 
morte dos cisticercos. Pode-se usar também albendazol, 
15 mg/dia, durante 30 dias, dividido em 3 tomadas 
diárias, associado a 100mg de metilpredinisolona, no 
primeiro dia de tratamento, a partir do qual se mantém 
20mg/dia, durante os 30 dias. O uso de 
anticonvulsivantes, às vezes, se impõe, pois cerca de 
62% dos pacientes são portadores de epilepsia associada. 
 
 Referências: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd10_10.pdf 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd10_10.pdf
 
 
; 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Aids_etiolog
ia_clinica_diagnostico_tratamento.pdf ; 
http://cienciasecognicao.org/neuroemdebate/?p=3355 ; 
https://disciplinas.imt.usp.br/pluginfile.php/1276/mod
_resource/content/1/ControleHIV.pdf ; 
http://www.microbiologia.ufrj.br/portal/index.php/pt/d
estaques/novidades-sobre-a-micro/657-precisamos-falar-
sobre-esporotricose ; 
https://portal.fiocruz.br/noticia/esporotricose-
pesquisadores-esclarecem-sobre-doenca-que-pode-afetar-
animais-e-humanos ; 
http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/zoonoses/publicaco
es/Teniase_X_Cisticercose.pdf ; 
https://www.embrapa.br/contando-ciencia/doencas/-
/asset_publisher/029QV9Xlyng8/content/teniase-e-
cisticercose-ja-ouviu-falar-nelas-
/1355746?inheritRedirect=false ; 
http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.p
hp?conteudo=1445 . 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Aids_etiologia_clinica_diagnostico_tratamento.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Aids_etiologia_clinica_diagnostico_tratamento.pdf
http://cienciasecognicao.org/neuroemdebate/?p=3355
https://disciplinas.imt.usp.br/pluginfile.php/1276/mod_resource/content/1/ControleHIV.pdf
https://disciplinas.imt.usp.br/pluginfile.php/1276/mod_resource/content/1/ControleHIV.pdf
http://www.microbiologia.ufrj.br/portal/index.php/pt/destaques/novidades-sobre-a-micro/657-precisamos-falar-sobre-esporotricose
http://www.microbiologia.ufrj.br/portal/index.php/pt/destaques/novidades-sobre-a-micro/657-precisamos-falar-sobre-esporotricose
http://www.microbiologia.ufrj.br/portal/index.php/pt/destaques/novidades-sobre-a-micro/657-precisamos-falar-sobre-esporotricose
https://portal.fiocruz.br/noticia/esporotricose-pesquisadores-esclarecem-sobre-doenca-que-pode-afetar-animais-e-humanos
https://portal.fiocruz.br/noticia/esporotricose-pesquisadores-esclarecem-sobre-doenca-que-pode-afetar-animais-e-humanos
https://portal.fiocruz.br/noticia/esporotricose-pesquisadores-esclarecem-sobre-doenca-que-pode-afetar-animais-e-humanos
http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/zoonoses/publicacoes/Teniase_X_Cisticercose.pdf
http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/zoonoses/publicacoes/Teniase_X_Cisticercose.pdf
https://www.embrapa.br/contando-ciencia/doencas/-/asset_publisher/029QV9Xlyng8/content/teniase-e-cisticercose-ja-ouviu-falar-nelas-/1355746?inheritRedirect=false
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http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1445
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