Buscar

ZOONOSES COMPLETO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 108 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 108 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 108 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Zoonoses e
Higiene Sanitária
Apostila com base nas anotações realizadas em
sala de aula e com os slides. O presente conteúdo
não é de minha autoria.
Nome:________________________________________
Maria Eduarda Cabral
SUMÁRIO
Zoonoses e Higiene Sanitária p.1
Brucelose p.5
Tuberculose p.9
Leptospirose p.12
Raiva p.18
Febre Maculosa Brasileira p.22
Doença de Chagas p.27
Toxoplasmose p.33
Febre Amarela p.38
Hantavirose p.43
Leishmaniose Tegumentar Americana p.49
Leishmaniose Visceral p.55
Introdução a Higiene dos Alimentos p.60
Higiene Pessoal, Ambiental e de Alimentos p.64
Boas Práticas p.68
APPCC p.72
Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA's) p.74
Salmonelose p.79
Shigelose p.82
SUMÁRIO
Listeriose p.83
Bacillus spp. p.86
Botulismo p.87
Clostridium perfringes p.89
Escherichia coli p.91
Campylobacter spp. p.93
Vibrio cholerae p.95
Enteroviroses p.97
Hepatite A-------------------------------------------------------------------p.98
Hepatite E-------------------------------------------------------------------p.99
Rotavírus--------------------------------------------------------------------p.99
Vírus Norwalk---------------------------------------------------------------p.100
Parasitoses p.100
Complexo Teníase-Cisticercose-----------------------------------------------p.100
Giardíase-------------------------------------------------------------------p.104
Página 1 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 zoonoses: “zoon” = animal; “nossos” = doença. 
 é uma palavra de origem grega. 
, existe a possibilidade 
do ser humano transmitir uma doença para o animal, 
porém, os primeiros conceitos falavam que eram doenças 
que os animais transmitiam. 
 Século XIX: o médico alemão Rudolf Virchow introduziu o 
conceito. 
 doenças ou infecções naturalmente 
transmissíveis entre animais vertebrados e seres 
humanos. 
 o sentido de transmissão do animal para o humano é 
maior, mas não anula a existência da transmissão do 
animal para o humano. 
 doenças relacionadas a operação 
ou trabalho que a pessoa está exposta. 
 apresenta relação com o trabalho do indivíduo. 
 se é uma doença que tem o sentido de transmissão 
uma maior capacidade de agregar a doença ao 
humano a partir de um animal, a profissão mais 
susceptível a ter uma zoonose ocupacional é o médico 
veterinário, zootecnista e todos que trabalham 
diretamente com os animais. 
 brucelose: tem a característica de ter a transmissão 
com pessoas diretamente envolvida com o abate 
desses animais ou com a produção dos mesmos. 
 leptospirose: tem uma relação com todos aqueles 
que trabalham com a higiene do esgoto, com água 
contaminada ou água não tratada. 
 precisa saber se essa zoonose tem um papel 
ocupacional para realizar análises estratégicas para 
eliminar e controlar essa doença. 
 
 zoonose recentemente conhecida 
ou uma zoonose já reconhecida mostrando um aumento 
na incidência ou na expansão em uma área geográfica, ou 
alterações no comportamento do vetor ou hospedeiro. 
 está ligada a uma doença nova e que foi recentemente 
conhecida ou uma doença que teve alguma alteração, 
podendo ser uma mutação no DNA ou alteração no 
vetor. 
 são aquelas que reaparecem 
depois de sua erradicação ou controle, em geral indicando 
falha nas ações de controle. 
 é uma doença que não existia mais, mas por alguma 
falha no controle ela retornou com as mesmas 
características de antigamente. 
 é algo ruim por mostrar uma falha nesse método de 
controle, podendo ser por falta de legislação rigorosa 
para o controle dessa doença, falta de vacinação e 
entre outros. 
 
 A gripe suína já esteve presente a alguns tempos atrás, 
acarretando em problemas de saúde e embargos 
econômicos. 
 A partir do momento que entende a cadeia da doença 
consegue controlar esses determinantes e fatores. 
Página 2 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 Bacillus anthracis já foi usado como bioterrorismo, a febre 
aftosa em alguns países que já obteve a erradicação da 
doença pode ser usada como bioterrorismo. 
 De acordo com a OMS: 
 60% dos patógenos humanos são zoonóticos. 
 75% das enfermidades emergentes humanas são de 
origem animal. 
 80% dos patógenos que poderiam ser usados em 
bioterrorismo também são de origem animal. 
 Período neolítico (a.c): intensificação da agricultura, 
domesticação dos animais e início de vida em aldeias. 
 Idade média (d.c): cidades medievais em castelos 
feudais (aglomeração de pessoas, alimentos e resíduos: 
animais sinantrópicos). 
 os animais sinantrópicos se aproximam em busca dos 
alimentos, abrigo e água, esses animais possuem 
agentes etiológicos diversos e pela aproximação 
transmite a doença para os seres humanos. 
 Últimos 50 anos: crescimento permanente do 
conhecimento disponível do tema zoonoses! 
aumento de zoonoses: países subdesenvolvidos! 
As zoonoses ainda são mais prevalentes em países 
subdesenvolvidos devido a relação da qualidade ambiental 
interferir diretamente na interação dos animais 
(principalmente sinantrópicos), não fornecendo uma boa 
qualidade de água, não possuindo uma boa qualidade na 
inspeção de alimentos, não apresentando saneamento 
básico, sendo uma porta de entrada para diversas doenças. 
O Brasil está incluso nessa lista de países 
subdesenvolvidos. 
Virais 
 Raiva. 
 Hantavirose. 
Bacterianas 
 Tuberculose. 
 Brucelose. 
 Leptospirose.Fúngicas 
 Dermatofitoses. 
Parasitárias 
 Toxoplasmose. 
 Teníase e cisticercose. 
 Hidatidose. 
 Leishmaniose. 
 Giardíase. 
raiva 
ANTROPOZOONOSES 
estafilococose 
AMPHIXENOSIS 
Mycobacterium tuberculosis 
 
ZOOANTHROPONOSES 
 
 A maior parte das doenças são classificadas como 
antropozoonoses, são doenças transmitidas dos animais 
que acometem o humano. 
 ex. raiva. 
 As amphixenosis tem o mesmo sentido de transmissão, 
pode atingir humano e animal na mesma velocidade, 
acontece nos animais e humanos. 
 ex: Staphylococcus, presente na microflora do humano 
e do animal. 
 Enquanto as zooanthroponoses teremos os animais sendo 
acometidos, se refere a doença que o humano pode levar 
até os animais, é mais raro esse sentido de transmissão. 
 
 
 
 
Página 3 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 ex. Mycobacterium tuberculosis. 
Zoonoses diretas 
 Doença se mantém na mesma espécie de vertebrado. 
 ex. raiva - antropozoonose viral direta. 
 A doença está na espécie do vertebrado, não depende de 
mosquito, carrapato, não precisa passar um ciclo do 
agente etiológico no humano... ou seja, não depende de 
nenhum outro meio. 
Ciclozoonoses 
 Doença precisa passar por dois vertebrados para 
completar seu ciclo. 
 ex. complexo teníase-cisticercose. 
 se controlar pelo menos um dos vertebrados já 
não tem a doença, por isso é realizado uma 
inspeção criteriosa nas linhas de inspeção. 
 É obrigatório ter dois vertebrados para completar seu 
ciclo, caso não tenha esses dois vertebrados, o ciclo não 
se completa. 
 ex: complexo teníase-cisticercose – se controlar pelo 
menos um dos vertebrados já não tem a doença, por 
isso é realizado uma inspeção criteriosa nas linhas de 
inspeção. 
 o hospedeiro definitivo é o homem e o hospedeiro 
intermediário é o suíno ou bovino. 
Metazoonoses 
 Doença precisa passar por invertebrado, ou seja, o 
agente etiológico precisa passar por um invertebrado. 
 ex. leishmaniose. 
 precisa do mosquito palha para transmitir a 
doença, esse mosquito pica o animal acometido e 
após isso pica o ser humano, se não tiver esse 
mosquito não tem a doença. 
Saprozoonose 
 Agente precisa passar por fase ambiental sem 
parasitismo. 
 ex. toxoplasmose. 
 o toxoplasma precisa ter o oocisto caindo no 
ambiente para se tornar maduro e infectante para 
o humano, o agente necessariamente para 
continuar seu ciclo de transmissão precisa da fase 
ambiental. 
 Virais: raiva (doente e portador). 
 Bacterianas: Leptospirose, Brucelose por B. canis. 
 Fúngicas: Dermatofitoses, Esporotricose. 
 Protozoários: toxoplasmose, leishmaniose visceral, 
giardíase. 
 Helmintos: hidatidose, larva migrans – cutânea e 
visceral. 
 Artrópodes: sarna sarcóptica, infestação por pulgas 
ou carrapatos. 
 Viral, antropozoonose, direta. 
 não precisa do ambiente ou invertebrado para 
transmitir para o humano. 
 o ciclo da raiva é muito complexo podendo ter várias 
vertentes. 
 
Página 4 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 
 Parasitária, antropozoonose e metazoonose. 
 
 Parasitária, Antropozoonose, Saprozoonose. 
 
1. gastroenterites 
associadas a ingestão de alimentos. 
 clássica: salmonelose. 
 emergente: campilobacteriose. 
2. 
 
 clássicas: brucelose e tuberculose. 
 emergente: listeriose alimentar, 
3. 
 
 complexo teníase/cisticercose; toxoplasmose. 
 Parasitária, antropozoonose e ciclozoonose. 
 
Vigilância epidemiológica 
 Veterinário é profissional de saúde! (Resolução do 
MS/CNS n. 287/98). 
 
 Coleta sistemática e contínua, análise e interpretação de 
dados sobre desfechos específicos, para uso no 
planejamento e avaliação das práticas de saúde pública ou 
defesa animal. 
 É qualquer doença localizada em um espaço limitado 
denominado “faixa endêmica”. 
Página 5 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 É qualquer doença que tem o conhecimento da sua 
quantidade em um espaço limitado (ex. cidade e região). 
 É uma doença infecciosa e transmissível que ocorre numa 
comunidade ou região e pode se espalhar rapidamente 
entre as pessoas de outras regiões, originando um “surto 
epidêmico”. 
 Ultrapassa o nível esperado, pode ter dentro de uma 
doença endêmica surtos epidêmicos, isso é visto na 
dengue. 
 A pandemia é uma epidemia que atinge grandes 
proporções, podendo se espalhar por um ou mais 
continentes ou por todo o mundo. 
 Ultrapassa regiões territoriais. 
 Apresenta uma grande extensão territorial, atingindo mais 
de um continente ao mesmo tempo. 
 Grande parte da quantidade de bactéria encontrada 
estará no material abortivo, sendo necessário saber 
destinar corretamente esse material. 
 Animais: Doença de Bang, Aborto Contagioso e Aborto 
Infeccioso. 
 Homem: Febre de Malta, Febre Ondulante, Febre de 
Gibraltar. 
 os sintomas entre os animais e o homem são 
diferentes, sendo nos humanos os principais sintomas 
a febre e fadiga. 
 Coco-bacilo gram-negativo do gênero Brucella. 
 Caprinos e ovinos: Brucella melitensis. 
 a Brucella melitensis é a mais patogênica para o 
homem, mas ainda não é encontrada no Brasil. 
 Bovinos e bubalinos: Brucella abortus. 
 Brucella abortus é a principal bactéria estudada e é a 
que é realizado o controle no Brasil. 
 Suideos, lebres, renas, roedores: Brucella suis. 
 Brucella suis é rara acontecer a transmissão para o 
humano. 
 Rato do deserto: Brucella neotomae. 
 Caninos: Brucella canis. 
 Brucella canis é a menos patogênica para o homem. 
 Ovinos: Brucella ovis. 
 Cetaceos: Brucella ceti. 
 Pinipedes: Brucella pinnipedialis. 
 Camundongo do campo: Brucella microti. 
 não apresenta uma característica zoonótica. 
A Brucella não é espécie-específica porque podemos 
encontrar Brucella abortus em caprinos também, ou seja, 
essa bactéria apresenta uma preferência pela espécie, mas 
pode ocorrer uma transmissão entre espécies animais 
também. 
 
 O microrganismo é sensível sob a luz solar direta. 
 O e o são as duas 
principais fontes de contaminação, são os locais de 
Página 6 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
predileção para a multiplicação bacteriana, encontrando 
grande quantidade de bactéria e se estiver com a ausência 
da incidência solar ela sobreviverá um tempo superior no 
ambiente, chegando até 200 dias. 
 
 Maior prevalência de foco e fêmeas soropositivas no 
noroeste do Paraná. 
 A Santa Catarina consegue controlar com muita eficácia 
a Brucelose, as cidades ao entorno da fronteira com esse 
estado contêm barreiras sanitárias melhores. 
 Febre aguda e irregular. 
 febre ondulante e oscilante, indo e voltando ao longo 
das semanas. 
 Suores noturnos. 
 Fadiga. 
 aparece inicialmente como se fosse uma gripe, tem 
fadiga grande, febre ondulante, suores noturnos... 
 Anorexia. 
 Perda de peso. 
 Dor de cabeça. 
 Artralgia. 
 bastante relatada em casos de brucelose, mas são 
casos relatados na cronicidade da doença. 
 Tendência a cronificar (se não tratada). 
 Nas fêmeas prenhes produz placentite seguida de aborto 
(terço final da gestação). 
 problemas no sistema reprodutor, podendo ter 
repetição de cio também. 
 
 Epididimite e orquite nos machos. 
 o macho quando atingido tem uma inflamação no 
sistema reprodutor. 
 
 A fêmea gravida tem bastante progesterona e açúcares 
envolvendo a gestação, sendo uma atração para a 
bactéria, encontrando um ambiente favorável para a sua 
multiplicação. 
 Direto. 
 em humanos tem a forma direta de transmissão, sendo 
o contato direto com o material abortivo. 
 Indireto. 
 a forma indireta é uma das mais relatadas pela 
questão de alimentos não pasteurizados. 
 sendo importantetomar cuidado com os alimentos. 
 Oral. 
 Conjuntiva. 
 Pele. 
 em animais pode ter a forma direta, podendo entrar 
pela via oral, conjuntival e pela pele. 
 quando comprar um animal tem que observar o status 
sanitário do animal. 
Página 7 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
A transmissão venérea é rara, porém existe, a forma mais 
fácil de introduzir a doença no rebanho de forma venérea é 
pela inseminação artificial, pois insere a bactéria na região 
de sua predileção, já que o sêmen é depositado diretamente 
no colo do útero. 
Na monta natural tem que passar pelo fluido vaginal que 
contém enzimas e pH mais ácido, podendo eliminar a 
bactéria. A brucelose é uma doença ocupacional, sendo 
necessário fazer educação em saúde. 
 
 DIRETO: pesquisa do agente. 
 isolamento do agente (arriscado!). 
 PCR. 
 imuno-histoquímica. 
Não é muito comum devido ao seu risco, não sendo de 
rotina fazer a pesquisa doo agente de forma direta. 
 INDIRETO: pesquisa dos anticorpos. 
 sorologia 
 
 Tem as provas de triagem, sendo o teste do anel do leite 
(TAL), esse teste é um teste de rebanho e de fácil 
execução. 
 se baseia na união do antígeno com anticorpo, se tiver 
dentro do leite anticorpos contra Brucella abortus e se 
ao colocar a hematoxilina (corante azul) forme o anel 
do leite, será positivo para brucelose. 
 se der positivo, ao colocar o antígeno no leite irá se 
juntar com os anticorpos e a gordura do leite vai 
começar a puxar essa malha de antígeno e anticorpo 
formando o anel do leite. 
 O teste do antígeno acidificado tamponado tem a mesma 
característica de busca de anticorpos pelo soro dos 
animais, se der positivo nesses de triagem faz o teste da 
prova confirmatória. 
 Se fizer trânsito internacional entre os animais tem que 
realizar o teste de fixação do complemento. 
Notificação obrigatória!!! 
 Art. 5º do Decreto 5.741/2006 (PNCEBT) revogado pela 
IN10/2017. 
 IN 30/2006, que disciplina a habilitação de Médicos 
Veterinários no PNCEBT. 
 A brucelose é de notificação obrigatória, sendo notificação 
compulsória e imediata, ou seja, tem um tempo de 24h 
para fazer a notificação para os órgãos de competência. 
 Doxiciclina, aplicada por no mínimo 6 semanas, e 
estreptomicina. 
 humanos e animais domésticos. 
 O tratamento nos animais é realizado apenas nos animais 
domésticos, ou seja, que não sejam animais de rebanho 
porque é um tratamento caro e longo, não compensando 
para o produtor realizar. 
 O protocolo é igual em humanos e animais, a doxiciclina é o 
antibiótico de escolha, caso não apresente efeitos pode 
escolher a estreptomicina. 
Página 8 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 Para prevenir a doença humana, é necessário controlar e 
erradicar nos animais!!! 
 A vacinação é a principal estratégia para prevenir a 
brucelose, existe uma legislação por trás dessa vacinação. 
 No humano não tem essa vacinação, então, praticamente, 
o papel do veterinário é fundamental para controlar a 
doença. 
 PNCEBT, 2017: vacinação de bezerras de 3 a 8 meses 
com a B19. 
 a vacinação é obrigatória em bezerras de 3 a 8 
meses, sendo uma dose única. 
 a B19 é a mais comum, mas também existe a RB51. 
 IN 13/2007: permite a RB51 em bezerras com mais de 
9 meses. 
 IN 10/2017: permite a RB51 em bezerras de 3 a 8 
meses. 
 antes era exclusivo da B19 a vacinação de bezerras 
de 3 a 8 meses. 
 
 A RB51 marca as fêmeas com um V na face esquerda, a 
B19 coloca o último dígito do ano também na face 
esquerda. 
 Ambas são cepas atenuadas de B. abortus. 
 cepas atenuadas apresentam um risco para quem irá 
manusear a vacina. 
B19 
 Antígeno liso (O). 
 Patogênica humana. 
 mais patogênica para o humano. 
 Pode causar aborto. 
 Pode causar orquite. 
 Interfere no exame. 
 somente após 24 meses após vacinação. 
 exame sorológico em fêmeas vacinadas com B19 pode 
ser feita após 24 meses da vacinação para não dar 
interferência devido a presença do antígeno O. 
RB51 
 Não possui antígeno (O). 
 Menor risco de aborto. 
 Não interfere na sorologia. 
 Menos patogênica humana. 
 SEMPRE consumir leite ou derivados pasteurizados!!!! 
 Conscientizar a população sobre o risco. 
 Coibir o comércio de POA clandestinos. 
 médico veterinário: inspeção e vigilância sanitária. 
 EPI no momento da vacinação 
 doença vinculada à profissão. 
 Luvas. 
 Óculos com proteção lateral. 
 Máscara (N95). 
 Bota. 
 Camisa de manga comprida. 
Segundo o Decreto no 9013/2017. 
 Art.138. 
 § 4º os animais reagentes positivos a testes 
diagnósticos para brucelose, na ausência de lesões 
indicativas, podem ter suas carcaças liberadas para 
consumo em natureza. 
 final do abate. 
 Animal positivo para brucelose leva para o abate sanitário, 
é um abate de emergência mediato, deixando por último o 
abate para não ter contaminação da linha, para diminuir a 
velocidade da linha de abate e instruir que os 
trabalhadores tenham atenção para ter a prevençã. 
Página 9 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 Animais positivos, mas que não tenham nenhuma lesão 
indicativa (bursite com bastante conteúdo purulento), tem 
a carcaça liberada para o consumo em natureza, 
retirando a região de sistema reprodutor e o restante da 
carcaça pode ser consumida. 
 Se encontrar na inspeção ante mortem animal com febre, 
esse animal terá que ser descartado pela febre, sendo 
condenação total. 
 Presença de lesão indicativa (bursite), retira a bursite e 
região do sistema reprodutor e faz o tratamento a 
quente. 
 ex. cozimento do restante da carcaça, sendo um 
aproveitamento condicional. 
 A tuberculose bovina é uma doença tão antiga quanto a 
civilização. 
 antigamente pensava que a tuberculose bovina e 
humana possuía a mesma espécie de agente causador 
envolvida, ou seja, o mesmo Mycobacterium. 
 1882: anunciou que havia cultivado o bacilo 
responsável pela doença do homem e dos bovinos (grande 
divisor de águas na história da tuberculose). 
 também conhecido como bacilo de Koch devido ao 
Robert Koch que conseguiu cultivar o Mycobacterium. 
 1911: bovinos tuberculosos representavam um grande 
risco para a saúde pública (prevalência na Europa de 20 a 
40% dos bovinos) – elaborado programas de erradicação! 
Complexo Mycobacterium tuberculosis 
 M. tuberculosis. 
 M. bovis. 
 M. africanum. 
 É o complexo que tem potencial zoonótico para o homem. 
 
sua multiplicação. 
 Os macrófagos são atraídos pela bactéria para tentar 
contê-la, com isso, essa bactéria se aloja no interior dos 
macrófagos, gerando os nódulos caseosos. 
 Inicialmente são nódulos com presença de pus, ao longo do 
tempo se tornam granulomas e ficam com aspecto 
arenoso. 
 
Não consegue isolar a espécie por meio da coloração de 
gram, então, é realizado a coloração de ziehl-neelsen, faz a 
coloração e ao usar o álcool para descolorir os bacilos, eles 
serão resistentes e não irão descolorir com o álcool, depois 
joga o azul de metileno para corar os que não são álcool 
resistente. 
 Todos os mamíferos! 
 Doentes crônicos perpetuam a doença. 
 Às vezes a tuberculose por apresentar a característica 
crônica, faz com que o portador não apresente nenhuma 
sintomatologia, entretanto, ele continua perpetuando a 
doença, devido a isso, é importante adquirir animais com o 
mesmo status sanitário que o rebanho possui. 
 
 Crescimento lento, 
invadem macrófagos 
formando nódulos 
caseosos. 
 Demora de semanas a 
meses para ocorrer 
 Ácido–álcool 
resistentes 
(coloração ziehl 
neelsen) 
Página 10 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 
Estudo conduzido pelo professor José Soares Ferreira Neto 
(USP) – 2016. 
 Grande partedo Brasil possui poucos casos de 
tuberculose, o maior foco é na região centro-sul de casos 
de animais positivos para tuberculose. 
 A hipótese para esse maior foco é por serem locais que 
apresentam uma concentração maior de rebanho leiteiro, 
o rebanho leiteiro por possuir animais que vivem por um 
período maior devido a sua utilização leiteira, notamos mais 
casos para tuberculose. 
 Tosse. 
 Febre. 
 Escarro (sangue). 
 fase avançada. 
 Dificuldade respiratória. 
 Emagrecimento progressivo. 
A sintomatologia humana é semelhante à dos animais, 
devido a cronicidade pode confundir com várias doenças 
por conta dos sintomas inespecíficos. 
A maior sintomatologia é a tosse que persiste por um 
tempo prolongado, uma tosse seca que pode se tornar 
produtiva. Na fase mais avançada da doença é feito o teste 
do escarro para fazer o isolamento do agente, ao fazer esse 
teste pode encontrar rastros de sangue. 
 Caquexia progressiva. 
 Tosse seca, curta e repetitiva. 
 Mastite. 
 Infertilidade. 
 Queda na produtividade/desempenho. 
 proprietário irá observar uma queda na produtiva 
principalmente. 
 Linfadenomegalia. 
 é difícil ser vista em animais vivos. 
 
 É uma zoonose ocupacional, apresentando uma relação 
direta com os profissionais que lidam com esses animais. 
Animais para humanos 
 contato direto: médico veterinário e magarefes. 
 manipulando o animal, o bacilo faz a entrada pela via 
aerógena. 
 contato indireto: leites e seus derivados. 
 pelos alimentos, os mais relacionados a grandes surtos 
com tuberculose são os produtos lácteos que não 
passam pela pasteurização, pois a temperatura 
utilizada para a pasteurização é suficiente para 
eliminar o M. bovis. 
 a produção de queijos com leite cru tem que ter no 
mínimo 60 dias de maturação e rebanho livre de 
tuberculose e brucelose. 
Humanos para animais 
 A transmissão dos humanos para os animais também é 
possível, podendo carrear o M. bovis para o rebanho que 
estava livre de tuberculose. 
Página 11 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 
 M. tuberculosis é o humano transmitindo para outro 
humano. 
 Uma pessoa que tem o M. tuberculosis pode passar para 
o animal, mas é uma via mais rara. 
 
 M. bovis é a via mais comum do humano transmitir para 
os bovinos. 
 
 É a via mais comum de transmissão. 
 Complexo primário nos pulmões e linfonodos adjacentes. 
 É possível a forma digestiva nos humanos? E nos 
animais? 
 a forma digestiva é bem comum nos humanos pela 
forma indireta de transmissão, ou seja, pela ingestão 
de alimentos contaminados, sendo o sítio primário o 
digestivo. 
 o Mycobacterium pode ser encontrado em outros 
órgãos pelo carreamento do bacilo na circulação 
sanguínea. 
 os animais podem se contaminar pelo Mycobacterium 
através da via digestiva, os bezerros durante a 
amamentação podem ingerir, resultando no sítio 
primário o digestório, ou seja, o leite da mãe positiva 
para tuberculose pode contaminar os bezerros. 
 Isolamento bacteriano. 
 a resposta é depois de semanas a meses porque é a 
característica do Mycobacterium, essa bactéria demora 
para se multiplicar. 
 Baciloscopia. 
 método mais comum. 
 o teste do escarro é como se fosse o padrão ouro 
para o diagnóstico em humanos, sendo feito a 
baciloscopia logo após. 
 PCR. 
 Imunohistoquímica. 
 
 Testa duas espécies de Mycobacterium, depois de 72h 
volta e analisa o resultado. 
 O diagnóstico animal é baseado na hipersensibilidade, sendo 
um teste alérgeno. 
 Utiliza a tuberculina avium e a tuberculina bovis, utiliza um 
cutímetro para medir a tábua do pescoço do animal e 
anota a espessura da pele. 
 Depois disso inocula a tuberculina, sempre cranial é a 
tuberculina avium e caudal é a tuberculina bovina, depois é 
feita a leitura para observar se teve crescimento ou não, 
por meio de uma comparação verifica se é positivo, 
inconclusivo ou negativo. 
Página 12 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 
 
 
 Leitura em 72 horas. 
 Na prega da cauda é feita em rebanho de corte. 
 
 
 
 Se for positivo faz a marcação com a letra P e a conduta 
frente a essa positividade é o abate sanitário. 
NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA (IMEDIATA E 
CONFIRMADO)!!! 
 Art. 5º do Decreto 5.741/2006 (PNCEBT). 
 IN10/2017 (PNCEBT). 
 IN 30/2006, que disciplina a habilitação de Médicos 
Veterinários no PNCEBT. 
 
 É feito o abate mediato, coloca esses animais no curral de 
sequestro, é realizado o abate por último por precisar 
averiguar por mais tempo a carcaça e passar por um 
critério de julgamento correto. 
 Controlar a sanidade animal – B&T. 
 Investigar fontes de contaminação de humanos doentes. 
 Coibir o comércio de POA clandestinos. 
 Incentivar pequenos produtores ao cooperativismo e 
produção legalizada. 
 Doença de Weil, Icterícia Infecciosa. 
 a leptospirose leva a um quadro ictérico, devido a isso 
o nome popular é icterícia infecciosa, mas nem 
sempre a icterícia aparece nas pessoas acometidas 
com a doença. 
 Bactérias patogênicas do gênero Leptospira. 
 Roedores sinantrópicos (principal reservatório natural). 
Página 13 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 a urina dos ratos portadores da doença é o caminho 
mais fácil de transmissão da leptospirose. 
 Ser humano, animais domésticos (caninos, suínos, bovinos, 
equinos, ovinos e caprinos) e silvestres. 
 dentre os animais de produção, os suínos e bovinos 
apresentam uma sensibilidade maior pela doença. 
 Desde Hipócrates (icterícia infecciosa). 
 1886: descrita por Weil. 
 foi descrita com maior afinco o quadro clínico nos 
humanos. 
 Primeira guerra mundial: distribuição entre as 
tropas pela questão sanitária. 
 a leptospirose apresenta uma relação direta entre o 
ambiente, atração dos sinantrópicos para o meio 
urbano e a falta de saneamento básico. 
 No Brasil: 1940 foi descrita no Rio de Janeiro em cães 
(Leptospira). 
 Países desenvolvidos: a leptospirose é considerada 
uma patologia reemergente e ocupacional. 
 já foi controlada, tem uma relação direta com o 
saneamento dos países. 
 Países em desenvolvimento (que carecem da 
estrutura sanitária básica): problema de saúde pública. 
 países em desenvolvimento, como o Brasil, ainda é uma 
doença endêmica e surtos epidêmicos em épocas de 
enchentes. 
 
 Em torno de 10.000 casos/ano em locais que consegue 
fazer essa notificação, então fica aquela questão de 
poder ser uma doença subnotificada. 
 Aumento de acordo com o volume pluviométrico, em 
épocas de verão no sul e sudeste. 
 nas épocas de inverno no norte e nordeste pela maior 
incidência de chuvas. 
 Aglomeração centrol-sul tem uma relação mais 
demográfica, teremos mais pessoas com uma condição de 
aglomeração e saneamento básico precário em alguns 
casos, ocorrendo a atração desses roedores 
sinantrópicos positivos para a bactéria ou pela notificação 
ser maior. 
 Letalidade: se tiver um agravamento do quadro a 
letalidade sobe para mais de 15%. 
 É uma doença endêmica com uma distribuição discrepante 
pelo território brasileiro, se concentrando em grandes 
centros urbanos que possuem um aglomerado de pessoas 
unidos com um baixo saneamento básico, 
 
 Centro-oeste tem um padrão para números de casos 
para Leptospirose.
 
 Bactérias espiroquetas, espiraladas, flexíveis e móveis. 
 são bactérias patogênicas. 
 apresentam movimentos de saca rolha. 
 Cilindro protoplasmático que se enrola ao redor de um 
filamento axial central. 
 Envelope externo de LPS e mucopeptídeos antigênicos. 
 como fator antigênico tem um envelope externo de 
LPS que leva a uma maior virulência da bactéria. 
Página 14 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
existe as bactérias saprófitas também, mas 
apresentam muitos sorovares patogênicos. 
 
 Epidemiologicamente, é importante saber o sorovar da 
região para conseguir criar estratégias para o controle. 
Patogênicas 
 L. interrogans. Leptospira Icterohaemorrhagiae 
 L. borgpetersenii. 
 L. inadai. 
 L. kirschneri. 
 L. noguchii. 
 L. weillii. 
 L. santarosai. 
 O sorovar mais importante é o Icterohaemorrhagiae. 
 como sintomas teremos a característica de hemorragia 
e icterícia. 
Saprófitas 
 Participam do meio ambiente, mas não são patogênicas 
para o humano. 
 L. biflexa. 
 L. wolbachii. 
 L. hollandia. 
 Os roedores sinantrópicos portadores da bactéria e 
carreadores, liberam a Leptospira pela urina chegando em 
contato com a água e solo, o ser humano entra em 
contato com a urina apresentando a doença. 
 Animais domésticos entram em contato com a água 
contaminada pela Leptospira, se tornam reservatórios 
podendo transmitir para os humanos. 
 Pode ser transmitida ao humano pela urina dos animais ou 
através de órgãos e carcaças. 
 O ciclo se perpetua. 
 
 Rattus norvegicus. 
 é a espécie mais importante para a transmissão dentro 
dos centros urbanos. 
 Rattus rattus são os de telhados e comuns. 
 
 Por meio de alimentos, água, solo contaminado e animais 
domésticos podemos ter acesso a bactéria. 
 Mucosas: ocular, digestiva, respiratória, genital. 
 sistema vascular: rins, fígado, baço, sistema nervoso 
central, olhos e trato genital. 
200 sorovares. 
38 sorovares. 
Página 15 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 Ação mecânica nas células endoteliais. 
A Leptospira pode entrar através das mucosas ou pele 
íntegra, quando as pessoas permanecem em enchentes e 
água contaminada por um período maior, irá causar uma 
abertura do poro propiciando a entrada dessa bactéria. 
Faz uma septicemia caindo na corrente sanguínea, sendo a 
fase precoce da patogenia, pode cair em qualquer órgão e o 
quadro clínico dependerá do local que ela se instalar. 
A bactéria faz uma ação mecânica nas células endoteliais 
do sistema vascular. 
Lesões 
 São variáveis conforme o órgão atingido. 
 : hemorragias, trombos e isquemia. 
 os trombos são originados pela lesão nas células 
endoteliais, após a formação do trombo pode resultar 
em isquemia. 
 interrompida com a produção de 
anticorpos específicos e subsequente fagocitose das 
“leptospiras” da circulação. 
 é conhecida como a fase precoce, ainda encontra a 
bactéria no sistema vascular, sendo a leptospiremia. 
 a fase precoce é interrompida quando o sistema 
começa a tentar combater a Leptospira da circulação. 
 Leptospiras se abrigam nos túbulos renais (não há ação 
fagocitária). 
 Se multiplicam e são eliminadas pela urina. 
 A fase de leptospirúria é intermitente e pode persistir 
por meses ou anos. 
Quando o sistema faz essa fagocitose, a Leptospira se 
abriga nos túbulos renais por ser um local que o 
organismo não consegue fazer fagocitose, por isso a 
bactéria é eliminada pela urina, essa fase é chamada de 
lepstospirúria por ser eliminada pela urina para o meio 
ambiente. 
É uma fase intermitente, sendo difícil realizar o diagnóstico 
e o isolamento bacteriano. Pode persistir por meses ou 
anos, perpetuando a bactéria. 
Leptospiremia ou fase precoce 
 Mal estar. 
 Febre de início súbito e alta. 
 Cefaleia. 
 Dores musculares. 
 relatada na panturrilha. 
 Náuseas ou êmese. 
 Enterite. 
 Complicações hepática, renais e vasculares. 
 o quadro inicial depende do órgão acometido. 
Fase tardia 
 Manifestações clínicas graves! 
 caracterizada pela tríade de 
icterícia, insuficiência renal e hemorragias, mais 
comumente pulmonar. 
 no geral, as pessoas apresentam a síndrome de Weil, 
sendo a icterícia, insuficiência renal e hemorragia. 
 quando ocorre a apresentação da hemorragia na fase 
pulmonar, em questão de dias a pessoa pode vir a óbito 
se não tratada corretamente. 
 : letalidade de até 
40%. 
 Abortos. 
 Retenção de placenta. 
 Fetos prematuros. 
 Infertilidade. 
 Mastites. 
 Queda na produção de leite e carne. 
 mais susceptíveis. 
importância 
econômica 
e social 
Página 16 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 É interessante realizar a vacinação para suínos e bovinos 
em certas regiões que apresentem surtos frequentes. 
 Leptospirose canina: icterícia e lesões hemorrágicas. 
 L. Icterohaemorrhagiae. 
 Grave comprometimento renal e outros sintomas 
(icterícia). 
 L. Canicola. 
Sinais clínicos dependem dos sorovares..... podem ser até 
sinais inaparentes!!! 
 Histórico. 
 animal tem acesso a roedores sinantrópicos? tem 
acesso a enchentes? está em região de surtos 
epidêmicos? 
 Contexto epidemiológico. 
 Exame físico do animal. 
 CONFIRMATÓRIO: exames laboratoriais!!! 
 Sorologia é o padrão ouro. 
 Recomendado pela OMS, 
 Antígeno-O dos LPS. 
 1:800 (áreas endêmicas). 
 É positivo quando o ponto final da reação encontrar uma 
aglutinação de pelo menos 50%. 
 
 
 Quando será possível detectar no exame direto? 
 terá relevância na fase de leptospiremia, pois consegue 
fazer o isolamento da bactéria. 
 só funciona quando a pessoa e o animal está na fase 
de leptospiremia. 
 Serviço de saúde deve notificar o serviço competente 
para o controle de endemias a cada caso confirmado. 
 Antibioticoterapia específica (1ª semana mais eficiente) e 
tratamento de suporte do quadro clínico. 
 penicilina/doxiciclina. 
 Medidas socioambientais: água, esgoto e enchentes 
(investimentos em saneamento básico). 
 Vacinação de animais. 
 nos animais de produção a vacina depende da região, 
não é uma vacina obrigatória, depende se é uma região 
que está apresentando um surto epidêmico ou 
apresenta uma endemia. 
 Controle de roedores. 
 
Página 17 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 
 Basicamente são 3A’s, sendo eles: alimento, água e abrigo. 
 É importante evitar esses 3 pontos. 
1. Levantamento de dados de agravos transmitidos por 
roedores (mordeduras, p.ex.). 
2. Identificação e caracterização da área-alvo. 
3. Levantamento do índice de infestação predial: busca ativa. 
4. Ações diretas de controle. 
 desratização. 
5. Análise de dados e programação continuada. 
 Permitidos pela ANVISA: anticoagulantes a base de 
hidroxicumarina: 
 pó de contato (usado exclusivamente no interior das 
tocas). 
 isca granulada. 
 isca ou bloco impermeável (parafinado ou extrusado). 
 
 Três aplicações sucessivas, intervalo de sete a dez dias 
entre elas. 
 Oferecer quantidade e número de locais suficientes para 
contato de todos os roedores da colônia 
 Número de pontos: conforme local e intensidade da 
infestação (importância do levantamento). 
 20 a 100 gramas de isca em cada ponto. 
 
 
 
 
 
 
 
Página 18 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 Doença do Cachorro Louco, Hidrofobia. 
 doença do cachorro louco porque o cão apresenta 
uma alteração comportamental, se tornando agressivo 
e sendo uma fonte de contaminação para o humano. 
 o humano apresenta essa hidrofobia por não 
conseguir deglutir. 
 Lyssavirus, da família Rhabdoviridae com oito genótipos. 
 Animais domésticos principalmente cães e gatos. Animais 
silvestres: macaco, lobo, gato do mato, graxaim, guaxinim, 
raposa, gambá e todas as espécies de morcegos. 
 Hiperestesia, paralisia muscular, hipersensibilidade aos 
estímulos sensoriais, miofasciculações e dificuldade de 
coordenação motora, seja voluntária ou involuntária. 
 o paciente precisa ser isolado para não ficar mais 
exacerbado a alteração de comportamento devido ao 
meio ambiente. 
 Inquietude, prurido no local da inoculação do vírus, 
tendência aatacar objetos, pessoas e animais. Alterações 
de tonalidade do latido (latido bitonal) e dificuldade de 
engolir. 
 o cão começa a ter um latido grosso e depois fino, isso 
ocorre devido a paralisia das cordas vocais. 
 Através da inoculação do vírus presente na saliva do 
animal infectado, em geral por mordida, e mais raramente 
por arranhaduras ou lambeduras de mucosas ou pele com 
solução de continuidade. 
 Imunofluorescência direta (IFD) + prova biológica. 
 precisa encontrar os corpúsculos de Negri também. 
 Rhabdoviridae. 
 Gênero Lyssavirus. 
 Cadeia de RNA linear. 
 Envelope lipídico antigênico (ligação acetilcolina – 
neurovirulência). 
 envelope lipídico se liga a acetilcolina e consegue fazer 
a movimentação chegando no órgão que tem a 
replicação viral, transmitido pela saliva para outros 
animais e humanos. 
 
 Apresenta uma sensibilidade viral a agentes químicos, 
como detergentes e sabões, éter, acetona, álcool, 
componentes iodados, formol... 
 inicialmente pode indicar que faça uma limpeza 
profunda da lesão, diminuindo a possibilidade de 
distribuição do vírus até o sistema nervoso central, 
fazendo a eliminação de um fator. 
 é extremamente importante realizar essa higienização 
na região que teve o ataque. 
 Resiste 35 segundos quando em temperatura de 60°C. 
 4 horas a 40°C. 
 Raiva não tem tratamento! 
Página 19 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 
 Antropozoonose. 
 OMS: 55 a 60 mil casos evoluam para óbito/ano. 
 existem relatos de pessoas que sobreviveram, mas são 
poucas pessoas que conseguem se curar, porém, essas 
pessoas que se curaram, apresentaram diversas 
sequelas. 
 no geral, a letalidade se aproxima de 100%, sendo 
importante trabalhar com a prevenção e controle da 
raiva. 
 Existe o ciclo aéreo que tem o morcego Desmodus 
rotundus desempenhando um papel importante, esse ciclo 
aéreo tem ganhado um papel fundamental na epidemiologia 
da doença. 
 A vacinação e a medicina veterinária foram importantes 
para o controle da raiva em cães e gatos, por conta disso, 
atualmente, o ciclo aéreo se destacou com casos de 
positividade para a raiva humana. 
 Temos uma maior dificuldade de controle no ciclo silvestre. 
 Mordedura. 
 Lambeduras. 
 Arranhadura. 
 O protocolo utilizado nos humanos para fazer a escolha 
de soro ou a vacinação pós-exposição é com base no local 
que teve a agressão e como foi essa transmissão. 
 A mordedura é mais agressiva e faz a inoculação da 
saliva, dependendo do local que foi mordido, se for mais 
próximo do sistema nervoso ou for locais com maiores 
quantidades de nervos, como extremidade das mãos e 
planta dos pés, essa pessoa tem que ter o esquema da 
vacina mais aplicação do soro. 
 Lambedura e arranhadura são mais raras, a 
saliva que faz a transmissão da raiva para os humanos. 
 
 O vírus é lento e é uma característica interessante para 
a realização do controle. 
 A incubação viral é longa, ou seja, o tempo que vai começar 
a apresentar os primeiros sintomas será longo, a média é 
60 dias, mas pode durar até anos. 
 Após a inoculação viral, o vírus começa a andar de forma 
centrípeta por meio dos nervos, se liga nos receptores 
de acetilcolina nos nervos periféricos, migrando de 100 a 
400mm por dia. 
 ao chegar no sistema nervoso central começa a se 
replicar, tem tropismo pelas glândulas salivares, 
começando a ser transmitindo e iniciando os sintomas, 
depois disso, começa a descer para os órgãos 
periféricos, chegando no pulmão e coração. 
 Por isso é importante realizar uma boa higienização, se 
lavar adequadamente com água e sabão já é o suficiente 
porque o vírus é sensível, com isso, diminuímos a carga 
viral no local da agressão. 
 O vírus passa despercebido pelo sistema imune, pois fica 
protegido pela bainha de mielina dos nervos, não acionando 
o sistema imune. 
 meses sem apresentar sintomas!! 
 os morcegos demoram meses para apresentar os 
sintomas, porém, enquanto isso eles estão eliminando 
o vírus e transmitindo para outros animais. 
 3 a 5 dias até apresentar sintomas. 
 os animais domésticos apresentam os sintomas de 3 
a 5 dias, mas já estão transmitindo a doença e 
saliva humanos 
Página 20 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
eliminando o vírus, depois vem a óbito dentro de 5 a 7 
dias. 
 se o animal teve a agressão, tem que deixar isolado e 
em observação por 10 dias, analisando o 
comportamento do animal. 
 se o animal ficou 10 dias em observação sem vir a 
óbito, significa que foi uma agressão por alguma 
alteração comportamental, cessando o protocolo 
vacinal no humano agredido. 
 laboratórios produtores de 
vacinas/cavernas. 
 é caracterizado como uma doença laboral, pois os 
trabalhadores que realizam a produção das vacinas ou 
trabalham em cavernas, podem se contaminar pela via 
aerógena. 
 Pessoas em contato com animais doentes/produção. 
 
 
 A notificação é baseada nos casos suspeitos, sendo a 
notificação obrigatória. 
 Sempre que o histórico tiver contato com animal 
transmissor (mordida). 
 Cães e gatos com sinais neurológicos. 
 Diferencial: botulismo, cinomose ou corpo estranho em 
orofaringe. 
Bovinos 
 Os herbívoros apresentam a forma paralitica, se afasta 
dos animais e procura lugares sombreados, tem paralisia 
do rúmen não se alimentando mais até vir a óbito. 
DIFERENCIAL 
 EEB (encefalopatia espongiforme bovina – doença da vaca 
louca). 
 Botulismo. 
 Enterotoxemia. 
 Babesiose. 
 Intoxicações. 
 Tétano. 
 
 Importante enviar para laboratórios oficiais para fazer a 
necropsia correta do animal e realizar o diagnóstico. 
Hiperestesia 
 Hipersensibilidade aos estímulos sensoriais (tátil, olfativo, 
auditivo, luminoso). 
Paralisia 
 Paralisia de fibras musculares e dificuldade de 
coordenação motora, seja voluntária ou não. 
 fase de paralisia por adentrar no sitio de acetilcolina, 
causando a paralisia de fibras musculares. 
 Horas até 3 dias. 
Página 21 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 Alteração da sensibilidade no local da lesão: 
formigamento, pontadas, dormência, calor ou frio. 
 Mudanças no comportamento habitual: extrovertido 
para calado, introvertido para agitado, insônia. 
Período inicial com sinais inespecíficos, tem em média de 
horas até 3 dias após os 60 dias do período de incubação. 
 2 a 10 dias. 
 Sintomas se exacerbam: 
 aerofobia. 
 sialorreia. 
 alterações gastrointestinais. 
 alucinações, delírios e ansiedade. 
 hiperexcitabilidade intermitente. 
Tem uma intensificação dos sintomas em um período mais 
longa de 2 a 10 dias. 
 Alterações psicológicas. 
 100%. 
 As paralisias progridem de forma irregular e 
descoordenada. 
 Em geral atingem musculatura lisa e estriada, inclusive 
respiratória, gerando alterações ventilatórias 
 A morte se dá após complicações que comprometem 
vários órgãos e sistemas. 
 O tratamento é suporte. 
 Doença de notificação compulsória ao SVO, devendo ser 
informada pelo meio mais rápido disponível e de 
investigação epidemiológica com busca ativa, para evitar a 
ocorrência de novos casos e óbitos. 
 Médicos Veterinários, 
biólogos e manipuladores de laboratórios (3 doses): 
 0, 7 e 28 dias. 
 sorologia: > 0,5 UI/mL (14 dias). 
 se não atingir o valor mínimo da sorologia, faz uma 
nova dosagem na vacinação e uma nova sorologia. 
 com água e sabão (quanto mas 
rápido, melhor será). 
 10 dias. 
 dias 0, 3, 7 e 14 (Nota Informativa 
no 26-SEI/2017- CGPNI/DEVIT/SVS/MS, de 17 de julho 
de 2017) – alteração. 
 em caso de animal 
confirmado, administrar até a terceira dose da vacina. 
 aplicação de soro em casos mais graves, só pode até 
o 7 dia, após 7 dias o soro não tem mais efeito. 
 solução concentrada e purificada de anticorpos, 
preparadosem equinos imunizados com antígeno 
rábico. 
 aplicado no local da agressão e subcutâneo profundo 
(região glútea - sobra). 
 é uma solução purificada de anticorpos, o que 
sobrar coloca na região glútea. 
 
 Programa Nacional de Controle da Raiva em Herbívoros. 
Página 22 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 Controle da população de transmissores (usualmente os 
morcegos hematófagos Desmodus rotundus). 
 Vacinação dos herbívoros domésticos em situações 
específicas. 
 Vigilância epidemiológica. 
 Educação em saúde e outros procedimentos de defesa 
sanitária animal. 
 Receptividade. 
 alimento. 
 abrigo. 
 Vulnerabilidade: 
 modificações de abrigos naturais. 
 circulação viral. 
Uma área de risco é aquela que tem uma grande 
receptividade e vulnerabilidade. 
A receptividade são os A’s, tem alimento e abrigo, 
deixando uma recepção maior. A vulnerabilidade é quanto 
tem uma modificação de abrigos naturais fazendo com que 
tenha uma circulação viral maior. 
 Método seletivo direto: captura e pasta vampiricida 
no dorso (Warfarina). 
 o morcego retorna ao seu ambiente e os outros 
morcegos irão lamber o dorso vindo a óbito. 
 
 Método seletivo indireto: pasta ao redor de feridas 
recentes nos herbívoros. 
 passar ao redor das feridas porque eles costumam 
voltar para o animal. 
 
 Sempre! Prevenindo a doença no animal, previne-se a 
doença no homem! 
 
 30 anos de trabalho preventivo para raiva canina! 
 Década de 80 e 90 tiveram muita campanha de vacinação. 
 a estratégia de vacinação foi importante para diminuir 
os casos humanos pela transmissão pelos cães. 
 4 não teve nenhum registro de raiva humana. 
 não teve nenhum registro de raiva em cães. 
 teve um caso de um menino no Rio de Janeiro. 
 O Paraná está dentre os estados que mais ocorrem casos 
de febre maculosa junto com o Sudeste, é uma doença 
que está aumentando a prevalência durante o tempo. 
Página 23 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 Pintada, Febre que Pinta, Febre Chitada, Tifo Exantemático 
de São Paulo, Febre Paculosa das Montanhas Rochosas ou 
Febre Maculosa do Novo Mundo. 
 terá febre como sintoma, o nome popular tem relação 
com a sintomatologia, com a pessoa que descobriu ou 
com a região. 
 visualiza máculas na pele da pessoa acometida. 
 São Paulo é a cidade com a maior prevalência. 
 Rickettsia rickettsii, da família Rickettsiaceae, parasito 
intracelular obrigatório, com característica de bactéria 
gram negativa. 
 O agente etiológico foi isolado em cães, gambás e coelhos 
silvestres entre outros. Foi demonstrado que muitas 
espécies de animais, em especial os roedores, apresentam 
uma rickettsemia prolongada e de alto título. 
 locais que tem um grande número de capivaras ou 
equinos tem a possibilidade de ter um maior número de 
casos. 
 O homem é um hospedeiro acidental. 
 o vetor dessa bactéria serão os carrapatos, sendo o 
homem o hospedeiro acidental. 
 A sintomatologia clínica aparece de 2 a 14 dias depois da 
picada do carrapato. A doença inicia-se de forma súbita e 
se caracteriza por febre, calafrios, cefaleia, dores 
musculares, articulares e ósseas. 
 é considerada uma doença aguda. 
 Na maioria dos hospedeiros naturais a infecção não é 
aparente. Cães infectados experimental ou naturalmente 
podem apresentar febre alta, dor abdominal, depressão e 
anorexia. 
 cães infectados experimentalmente apresentaram 
alguns sinais clínicos. 
 Sintomas clínicos adicionais tais como, letargia e nistagmo, 
conjuntivite e petéquias na boca foram relatados. 
 Picada de carrapatos infectados. Pode ocorrer 
transmissão através da contaminação de lesões na pele 
pelo esmagamento do carrapato. 
 Letalidade superior a 80%, se não tratada. 
 Mundialmente endêmica. 
 Evolução aguda. 
 Vetor próximo aos humanos. 
 Variedade de espécies de hospedeiros para o vetor. 
 
Número de óbitos (2005-2010) 
Fonte: Araújo et al., 2015. 
 Tem característica de prevalência maior nos locais que 
tem os vetores e animais infectados. 
 Se levar o cão para uma área endêmica e com uma alta 
prevalência, se não fizer um cuidado adequado para 
diminuir a população de carrapatos nos cães, se torna uma 
forma de transmitir a doença para os humanos. 
 Diagnóstico diferencial: dengue, é importante que os 
estabelecimentos de saúde tenham a capacidade de 
realizar o diagnóstico rápido. 
 O Paraná tem menos casos, mas apresenta a doença e a 
circulação da bactéria no estado. 
Rickettsia rickettsii 
 Cocobacilos (0,1 a 0,3 μm). 
Página 24 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 Obrigatoriamente intracelulares. 
 Gram negativo. 
 
 Cão doméstico, gato, cabra, cavalo, lebre, cachorro do 
mato, gamba, furão, paca, preá, capivara, quati, diversas 
espécies de morcegos, entre outras. 
 o cão tem uma grande proximidade com os humanos, 
podendo carrear o carrapato contaminado. 
IMPORTÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA! 
 EUA: Dermacentor. 
 Brasil e outros paises: Amblyomma cajennense. 
 conhecido como carrapato estrela. 
 Outras espécies de Amblyomma também são descritas 
como reservatório (A. dubitatum). 
 Potencialmente qualquer espécie de carrapato, inclusive o 
Rhipicephalus sanguineus. 
 
 Condições para proliferação do vetor. 
 Existe uma sazonalidade porquê de acordo com algumas 
épocas do ano temos um número maior de carrapatos 
adultos. 
 maio a 
outubro. 
 outubro a fevereiro. 
 Entretanto, já foi verificado que não é apenas o carrapato 
adulto que se contamina e carreia a bactéria, a ninfa 
também pode transmitir a doença. 
 O carrapato permanece infectado durante toda a sua 
vida. 
 Transmissão transovariana. 
 O carrapato aderido ao roedor está infectado, o 
carrapato adulto carreia os ovos e o humano pode se 
contaminar nesse momento pelo carrapato adulto. 
 esse grande número de ovos infectados aumenta as 
chances de outros animais se infectarem, após a 
transformação em larva precisa de outro hospedeiro, 
se transformando de larva para ninfa. 
 
 
 Tem a grande quantidade de ovos espalhados no ambiente, 
ao estarem em condições ideais pode sobreviver até 25 
dias em uma temperatura alta. 
 Se torna larva no ambiente, contamina outro animal no 
qual vamos ter a transformação em ninfa. começando o 
potencial de transmissão para o humano. 
Página 25 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 Se o homem entrar em contato com a ninfa pode ocorrer 
a transmissão para o humano desde que ela permaneça 
aderida na pele até 6 horas. 
 A forma adulta contamina outros hospedeiros. 
 Dependendo da época do ano terá uma fase de 
desenvolvimento do carrapato. 
 As larvas hexápodes: meses de março a julho. 
 As ninfas octópodes: julho a novembro 
 Os adultos: novembro a março. 
 O carrapato permanece infectado durante toda a sua 
vida. 
 Os adultos podem sobreviver em jejum, sob condições 
naturais, por 12 a 24 meses, a ninfa por até 12 meses e 
as larvas ao redor de 6 meses. 
Rickettsia rickettsii 
 2-14 dias. 
 Primeiras alterações serão as hemorragias e o 
aparecimento de máculas e exantemas na pele. 
 causa lesões nos pequenos vasos da 
pele. 
 tumefação, proliferação e degeneração das células 
endoteliais, com formação de trombos e oclusão 
vascular. 
 º 4º exantema. 
 extremidades e progressão centrípeta, evoluindo de 
macropapular a petequial. 
 ocorre uma extensão da lesão, iniciando na 
extremidade e evoluindo de forma centrípeta para 
outras regiões do corpo. 
 Máculas róseas. 
 Limites irregulares e mal definidos. 
 2 a 6 mm de diâmetro. 
 Sinal clínico característico. 
 
 Se não tratados de forma rápida e feito o diagnóstico 
precoce. os casos podem se tornar graves, com delírio,choque e insuficiência renal. 
 A falência circulatória pode levar à anóxia e necrose dos 
tecidos, com gangrena das extremidades. 
 A gravidade depende da extensão e local da lesão vascular. 
 As chances de cura dependem do tempo de diagnóstico 
da doença, pois se feito de forma rápida teremos uma 
menor extensão vascular e menor gravidade da doença. 
 febre de moderada a alta, que dura 
geralmente de 2 a 3 semanas. Acompanhada de cefaleia 
e calafrios. 
 inespecíficos: diferenciar dengue, leptospirose, 
hepatite viral, malária... 
 pode apresentar exantema 
maculopapular róseo, nas extremidades, em torno do 
punho e tornozelo, de onde irradia para o tronco, face, 
pescoço, palmas e solas. São frequentes petéquias e 
hemorragias. 
 A doença pode também cursar assintomática. 
 Alguns casos evoluem gravemente, ocorrendo necrose 
nas áreas de sufusões hemorrágicas, em decorrência de 
vasculite generalizada. 
 Direto: histopatologia, imunocitoquímica e técnicas de 
biologia molecular por PCR. 
 Indireto: imunofluorescência indireta. 
 o padrão ouro é a imunofluorescência indireta pareada. 
Página 26 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 Humano sintomático: havendo carrapatos na pele, 
coletá-los com luvas e pinças, colocar em um recipiente 
adequado e encaminhar para o laboratório de referência. 
 anamnese tem um papel fundamental, se conseguir 
extrair da pessoa que ela estava em uma área 
endêmica e que apresenta esses sintomas, já ajuda no 
diagnóstico da doença. 
–
 Amostra de caso suspeito. 
 Segunda amostra de soro após 14-21 dias. 
 
 
 
Pega uma primeira amostra logo que chegou o paciente 
suspeito, só que as vezes não vai ter o crescimento da IgG, 
consegue isolar a IgM, 14 dias depois a IgG tem que ter 
aumentado em torno e 4 vezes. 
Já inicia o tratamento antes de ter o diagnóstico definitivo 
com antibioticoterapia. 
 Meningococcemia. 
 Sepsis. 
 Viroses exantemáticas (enteroviroses, mononucleose 
infecciosa, rubéola, sarampo). 
 Doxiciclina que poderá ser utilizada em casos leves e 
moderados. 
 Nos casos mais severos, que requerem internação e 
utilização de antibioticoterapia por via endovenosa: o 
cloranfenicol. 
 Portaria do MS Nº 4 de 03 de outubro de 
2017: todo caso de febre maculosa é de notificação 
obrigatória às autoridades locais de saúde. 
 Depois de mosquitos, os carrapatos são os maiores 
vetores de doenças para os seres humanos. 
 Controlar a infestação de carrapatos nos animais. 
 Controlar o carrapato no ambiente dos animais. 
 
 evitar as áreas infestadas por 
carrapatos 
 usar roupas claras e de mangas compridas para 
facilitar a visualização. 
 criar o hábito de sempre fazer a inspeção no corpo 
para verificar a presença de carrapatos. 
Educação em saúde! 
 movimento de tração constante de 
um lado para outro, utilizando pinça ou mesmo os dedos 
desde que protegidos, evitando assim o contato com 
secreções e sangue do carrapato que poderão conter 
Rickettsias.
 
 evitar o contato 
sempre que possível. 
 Iniciar imediatamente a investigação epidemiológica com 
busca ativa de casos suspeitos, colocar a comunidade sob 
vigilância informando que aos primeiros sintomas (febre, 
14 dias 4x 
Página 27 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
cefaleia e mialgias) devem ser procurados os serviços de 
saúde. 
 Serviços de saúde devem estar preparados para casos 
suspeitos, principalmente se for áreas de ocorrência! 
 Verificar a extensão da presença dos carrapatos na área 
e orientar a população sobre a necessidade da retirada 
dos mesmos nos indivíduos infestados (com luvas) já que a 
doença parece ocorrer com maior frequência em 
indivíduos que permanecem com o vetor no corpo por 
mais de seis horas. 
 É negligenciada e tem uma importância epidemiológica, 
dentro dos países que tem uma prevalência alta na 
américa latina, o Brasil se destaca pelo número de pessoas 
infectadas. 
 Tripanossomíase americana, doença do bicho barbeiro. 
 o inseto barbeiro é o vetor da doença. 
 recebe o nome de barbeiro porque tem como costume 
o hábito de buscar o humano e o animal para fazer a 
picada durante a noite e, no humano tem a relação de 
fazer a picada na face. 
 Trypanosoma cruzi. 
 é um protozoário. 
 160 espécies de animais e humanos. 
 Cardiopatia chagásica, megaesôfago e megacólon. 
 Assintomáticos ou cardiopatia. 
 Humanos: penetração ativa na solução de continuidade 
da pele e mucosas das formas tripomastigotas presentes 
nas fezes do inseto barbeiro; transfusão sanguínea; 
transplacentária e transmamária. 
 não é a picada em si que faz a transmissão do 
protozoário para o humano, quando o inseto pica abre 
uma porta de entrada para as fezes. 
 o inseto pica e defeca ao mesmo tempo, nas fezes 
que se encontra o Trypanosoma. 
 Animais: ingestão de caças ou picada de barbeiros. 
 1909 em Minas Gerais, verificou 
um parasito flagelado no esfregaço sanguíneo humano, em 
macacos sagui e em macerado de vetores hematófagos. 
 Trypanosoma cruzi, em homenagem ao 
seu chefe Oswaldo Cruz. 
 Acredita-se que exista 12 milhões de pessoas infectadas 
no mundo. 
 20 a 40 mil mortes/ano. 
 EUA, Austrália e Espanha, não endêmicos, já registraram 
a doença. 
 100 a 200 mil novos casos/ano. 
 América Latina é o grande foco da doença. 
 serviços médicos contínuos. 
 tem uma tendência a ter várias apresentações, 
encontrando muitos infectados crônicos da doença. 
 
Página 28 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 Oral: contamina-se pela alimentação, houve um aumento 
de casos transmitidos pela via oral. 
 oral pelo consumo de açaí ou consumo de caldo de 
cana. 
 Oral e vetorial são as formas mais comuns de 
transmissão. 
 
 O norte do estado do Paraná tem uma maior área 
endêmica do que o centro-sul, apresentando relação com 
a presença do vetor e do Trypanosoma. 
 Em 2012 foi assinalada no estado a presença de um ciclo 
silvestre ativo de transmissão de T. cruzi de origem 
recente, tendo como reservatório Didelphis marsupialis e 
D. albiventris e o vetor Panstrongylus megistus. 
 no passado as formas mais comuns de infecção nos 
barbeiros eram pelo T. braziliensis e o outro T. infestans. 
 nem todo barbeiro está infectado. 
 
 
 Marsupiais estão sendo reservatórios importantes por 
terem um contato maior com os humanos. 
 
Didelphis albiventris 
Em fevereiro de 2005: surto agudo de Doença de 
Chagas em Navegantes – SC. 
 Quiosques às margens da BR-101. 
 Insetos foram comprimidos junto com cana. 
 O suco foi servido, contaminado 24 pessoas. 
 Três indivíduos da mesma família morreram. 
 
Página 29 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 
 
 O estado do Pará é um dos mais acometidos e é o local 
que tem o maior número de casos da doença. 
 Epidemiologicamente relacionado com: 
 condições habitacionais. 
 
 maior número de animais reservatórios. 
 
 A forma infectante do protozoário é a tripomastigota, que 
apresenta o flagelo, o barbeiro terá a forma infectante 
picando o humano, dessa forma abre uma porta de 
entrada para as fezes. 
 Esse protozoário cai na corrente sanguínea e a cada 12h 
ocorre a multiplicação assexuada, ao chegar nos órgãos 
de eleição causa os sintomas clínicos. 
 Outro barbeiro irá fazer a picada nesse humano 
contaminado, será infectado e no intestino do inseto tem 
a multiplicação desse protozoário, o inseto libera a forma 
infectante. 
 
 Penetração da célula pelos tripomastigotas por meio do 
repasso sanguíneo, sendo os tripomastigotas a forma 
infectante. 
 o humano ao sofrer a picada do inseto irá coçar, dessa 
forma, facilita a entrada dos protozoários presentes 
nas fezes. 
 Perdemo flagelo e se transformam em amastigotas. 
 Dão início a um processo de divisão binária que ocorre a 
cada 12 horas. 
 diferenciação dos amastigotas em 
tripomastigotas. 
 únicas formas infectantes para outras células! 
 os macrófagos fazem a fagocitose, irá saturá-lo e 
ocorre a diferenciação na célula de amastigota para 
tripomastigota que é a forma infectante. 
 Reiniciarão o ciclo invadindo outras células e se 
multiplicando. 
 
Página 30 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 3 – 4 
semanas. 
 Exclusivamente hematófagos. 
 Ingerem formas tripomastigotas dos doentes crônicos. 
 No estômago desses insetos já começam as primeiras 
modificações (esferomastigotas e epimastigotas) e 
multiplicação do parasito e se diferenciam à medida que 
caminham até a porção terminal do intestino. 
 mais abundantes nas 
porções iniciais do intestino. 
 Algumas epimastigotas permanecem durante a vida do 
inseto infectado, sempre em multiplicação. 
 Outros se movem para o intestino terminal: 
 nesta porção: diferenciação em formas 
tripomastigotas metacíclicas. 
 são eliminadas nas fezes e urina do vetor (mistura na 
porção final), e ambas contêm os flagelados 
infectantes. 
 Família Reduviidae, subfamília Triatominae e os principai 
gêneros e espécies são: 
 Triatoma infestans. 
 Triatoma braziliensis. 
 Triatoma dimidiata. 
 Rhodnus prolixus. 
 Panstongylus megistus (mais encontrado no 
Paraná). 
 
 Após a picada do vetor há defecação. 
 não é a picada que causa a doença, são as fezes. 
 O prurido é responsável pela contaminação da porta de 
entrada com as fezes contaminadas com as formas 
flagelares. 
 
 Unicamente os animais mamíferos de pequeno e médio 
porte e o homem são hospedeiros vertebrados de T. cruzi. 
 No entanto, se alimentam em aves, anfíbios e répteis -> 
REFRATÁRIOS. 
 Tanto no meio doméstico quanto no meio silvestre, temos 
uma prevalência de reservatórios contaminados. 
 Roedores (podendo até 100% estar infectados). 
 Carnívoros, como lontras, já foram assinalados como 
reservatórios. 
 Edentados, como tatus (90%) e gambás (20% a 70%). 
 Primatas (22%). 
 Cães (11% a 15%). 
 Gatos (0,5% a 69%). 
 Ovinos e caprinos (26%). 
 Suínos (sem % exata). 
 Cobaia, cutia e ratos (10% a 30%). 
 Após a picada do vetor e escoriação cutânea provocadas 
pelo prurido, há penetração das formas os 
tripomastigotas metacíclicas na solução de continuidade da 
pele ou mucosas. 
foram os principais 
causadores da 
manutenção do ciclo 
Página 31 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 Transfusão sanguínea, transplacentária, transmamária, 
transplante de órgãos. 
 Era mais comum no passado quando não tinha a avaliação 
do sangue, atualmente tem um controle maior desse 
sangue para fazer a transfusão sanguínea. 
 Ingestão de alimentos contaminados com as formas 
metacíclicas, geralmente por maceração do vetor 
contendo o parasito. A infecção ocorre pela penetração 
das formas infectantes nas mucosas. 
 Essa via tem aumentado, animais também se contaminam 
dessa forma. 
 Ocorre pelo contato da pele ferida ou de mucosas com 
material contaminado (sangue de doentes ou de animais, 
excretas de triatomíneos). 
 pode acontecer em laboratório ou com sangue de 
pessoas e animais infectadas com a excreta contendo 
os triatomíneos. 
 Escassa em reservatórios. 
 com base nos sinais clínicos, por isso é escassa nos 
vetores pelo fato de não ter a apresentação desses 
sinais. 
 Desenvolvimento de fases aguda, indeterminada e crônica 
em humanos (DCH). 
 Somente ecdises entéricas nos vetores. 
 nos vetores a patogenia é a multiplicação do 
protozoário no intestino. 
 No humano, após a entrada do protozoário começa a 
ocorrer uma lesão e invasão primária nas células, com isso, 
o sistema imune começa a tentar combater realizando a 
fagocitose, dentro dessas células fagocíticas ocorre a 
multiplicação primária até o seu rompimento. 
 
 Miocardite difusa com importantes lesões nas miocélulas 
e no sistema de condução. 
 Ataque aos plexos nervosos intramurais das vísceras, com 
acentuada lesão neuronal autônoma ao nível do 
sistema parassimpático. 
 
 
 A parasitemia sanguínea torna- se aparente entre o 8º e 
o 12º dia e dura cerca de um mês. 
 
 A parasitemia pode durar de um mês até 40 dias, ocorre 
um aumento de IgM e IgG ao longo da vida do paciente. 
 Início sutil, subclínico. 
 Febre. 
 período febril longo. 
 Sensação de fraqueza. 
 Aumento do fígado e do baço. 
Lesão e 
invasão 
primária
Macrófagos -
multiplicação 
primária
Rompimento 
das células 
fagocitárias
Multiplicação 
em outras 
células
MIOCÁRDIO
Página 32 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 Miocardite aguda. 
 Dependendo da extensão e do comprometimento do órgão 
a pessoa pode vir a ter uma parada e outras complicações 
vindo a óbito. 
PERÍODO FEBRIL: 30 a 40 dias. 
 Ausência de manifestações clínicas, cardíacas, digestivas 
ou nervosas, assim como inexistência de alterações 
eletrocardiográficas e radiológicas do coração e do tubo 
digestivo. 
 Sorologia positiva! 
 pode voltar após anos, fazendo o indivíduo apresentar 
a enfermidade. 
Cardiopatia Chagásica 
 Três síndromes principais: arritmias, 
insuficiência cardíaca e tromboembolismo. 
 queixas: palpitações, sensação de parada do coração 
e vertigens. 
 característica: aumento do coração - quanto maior, 
pior é o prognóstico. 
 complicações: tromboses e as embolias por 
destacamentos de trombos, que são levados a outros 
órgãos. 
Doença digestiva 
 Sistema nervoso entérico: as células nervosas 
sofrem degeneração em meio ao processo inflamatório 
encontrado em suas vizinhanças e seu número se reduz 
acentuadamente. 
 Desernevação intrínseca no esôfago e no 
colo distal: incoordenação motora, retenção de 
alimentos no esôfago e de fezes no reto, levando à 
formação do megaesôfago e do megacólon. 
 Direto: exame parasitológico do sangue, PCR e 
hemocultura (importantes na fase aguda). 
 precisa encontrar o protozoário, é importante nos 
casos que tem a fase aguda pela fidedignidade ser 
maior, cai a qualidade ao fazer em fase crônica. 
 Indireto: IFI e ELISA. 
 fase crônica da doença. 
 Os casos suspeitos de Doenças e Chagas Aguda (DCA) são 
de notificação compulsória e imediata. 
O Ministério da Saúde recomenda o tratamento 
quando: 
 Infecção aguda, infecção congênita, infecção crônica 
recente (incluindo todas as crianças e adolescentes 
soropositivos), infecção crônica na forma indeterminada e 
formas clínicas iniciais. 
 Na fase aguda, independentemente do modo do contágio, 
todos devem ser tratados, pois 60% deles podem ser 
curados tanto em termos parasitológicos quanto 
sorológicos. 
BENZNIDAZOL 
 A droga utilizada apresenta muitos efeitos colaterais. 
 O tratamento ainda é restrito ficando dependente de um 
único medicamento. 
 É a melhor estratégia! 
 Evitar a formação de colônias do barbeiro nas residências. 
 Usar mosquiteiros ou telas. 
 Proteção individual (repelentes, roupas de mangas longas, 
entre outros) durante a realização de atividades noturnas 
(pesca ou pernoite) em áreas de mata. 
 evitar atividades noturnas porque o barbeiro tende a 
atacar a noite. 
 Evitar o consumo de alimentos obtidos em condições de 
higiene duvidosas. 
Página 33 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 Evitar instalar luz próxima aos equipamentos de 
processamento de alimentos (atração dos insetos). 
 Frutas e verduras sempre bem lavadas. 
Resfriamento ou congelamento de alimentos não 
previne a transmissão oral por T. cruzi, mas sim o 
cozimento acima de 45°C! 
 Instituições de pesquisa vêm investindo em aplicativos 
gratuitospara a identificação de triatomíneos. 
 Triatokey (Fiocruz – MG). 
 Triatodex (Universidade de Brasília). 
 
 Doença do gato. 
 devido ao fato de o gato ser o hospedeiro definitivo da 
doença, liberando os oocistos infectantes pelas fezes. 
 Protozoário do Filo Apicomplexa – Toxoplasma gondii. 
 Todos os vertebrados homeotérmicos (aves e mamíferos). 
 Abortos, natimortos, hidrocefalia, neuropatia, 
oftalmopatias, cegueira. 
 se atingir uma pessoa imunocomprometida pode ter um 
agravamento levando a sintomas neurais. 
 Alterações neuromusculares, oculares, reprodutivas. 
 Ovinos, caprinos – aborto ou natimortos. 
 Seres humanos: congênita (mais grave), ingestão de 
cistos em carnes mal cozidas e oocistos em água e 
alimentos (mais relacionados a surtos – duas ou mais 
pessoas apresentando sintomas semelhantes e que 
tiveram contato com algo parecido). 
 Animal: oocistos em água e alimentos, carnivorismo em 
algumas espécies e forma congênita. 
 Protozoário do Filo Apicomplexa, chamado Toxoplasma 
gondii, ordem Coccidia. 
 Parasito intracelular obrigatório. 
 HOSPEDEIRO DEFINITIVO: felídeos. 
 fase sexuada. 
 HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: várias 
espécies. 
 incluindo o ser humano. 
 fase assexuada. 
 500 milhões de pessoas em todo mundo apresentam 
reação sorológica positiva para o parasito. 
 é difícil mensurar a prevalência, não é uma doença de 
notificação obrigatória nos casos que não são 
congênitos. 
Página 34 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 existe uma distribuição global da doença, a prevalência 
é maior onde tem deficiência de saneamento básico, 
onde não tem o tratamento adequado da água, pelo 
hábito de ingerir carne crua e realizar uma má 
higienização do alimento. 
 alterações neonatais, lesões oculares, microcefalia, 
hidrocefalia, calcificações cerebrais, alterações 
psicomotoras e retardo mental. 
 infecção do feto por via 
transplacentária. 
 aspecto mais grave da toxoplasmose humana. 
 quando corresponde a infecção primária na gestante 
com a gravidez tem um aparato clínico grave, o 
taquizoíto passa por via transplacentária, podendo 
abortar e ter outras alterações neonatais. 
 
 Alta prevalência em animais. 
 Os animais errantes e que ficam no peri-urbano 
apresentam uma maior exposição a esse parasita, tendo 
um aumento nessas regiões peri-urbana. 
DIFÍCIL DIAGNÓSTICO DA PREVALÊNCIA 
Doença de notificação compulsória semanal: 
toxoplasmose gestacional e congênita. 
(PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO Nº 4, DE 28 DE 
SETEMBRO DE 2017). 
Não consegue fazer a notificação, a portaria de 
2017 fala sobre as doenças de notificação 
obrigatória, precisa relatar semanalmente os 
casos encontrados durante a semana da 
toxoplasmose gestacional e congênita. 
Uma pessoa saudável não apresenta sintomas, 
não havendo a notificação. 
 A toxoplasmose é, do ponto de vista epidemiológico, uma 
infecção de ampla distribuição geográfica, sendo relatada 
em todo planeta, com índices de soropositividade variando 
entre 23 a 83%, dependendo de fatores como: clima, 
socioeconômicos e culturais. A infecção já foi 
descrita em todos os mamíferos e aves. 
 o protozoário não é tão sensível assim, se tem uma 
certa umidade favorece a permanência durante anos 
do oocisto no ambiente. 
 O gato por meio das fezes libera o oocisto que cai no meio 
ambiente, contaminando água e alimento, outro gato pode 
se contaminar com os occistos deixados no ambiente. 
 Esses oocistos caem imaturo e se tornam maduros no 
ambiente, outra forma do gato se contaminar é pelo 
hábito de carnivorismo, ingerindo carne crua ou praticando 
a caça, se tornando soropositivo. 
 No intestino ocorre a fase sexuada, fazendo a 
transmissão e contaminação do ambiente. 
 O homem pode ingerir os oocistos maduros pela água 
contaminada ou pelos alimentos contaminados, além disso, 
pela ingestão de cistos teciduais nos hospedeiros 
intermediários, sendo animais que se contaminaram com o 
meio ambiente contaminado pelos oocistos maduros 
liberados pelos gatos contaminados. 
 no hospedeiro intermediário ocorre a fase assexuada. 
 Outra forma de transmissão, que é mais rara, seria a via 
por transfusão. 
 A forma mais grave de transmissão para o humano é a 
forma transplacentária, a gestante que teve a primo-
infecção passa por meio da placenta os taquizoítos para 
o feto. 
 O humano pode se contaminar pelos oocistos maduros 
presentes na água, verduras e frutas, pode se 
Página 35 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
contaminar com os bradizoítos na carne de hospedeiros 
intermediários pela ingestão de carne crua, mal cozida ou 
produtos lácteos não pasteurizados e pela via 
transplacentário pelos taquizoítos. 
 é importante o cuidado com aquilo que se ingere. 
 o contato com as fezes dos gatos é uma forma de 
transmissão, sendo importante higienizar bem as mãos. 
 Forma infectante para o hospedeiro intermediário. 
 1 a 5 dias no meio externo. 
 Resistente até 5 anos em condições úmidas; 
 Resistentes à desinfetantes. 
A única forma infectante é a que sai pelas fezes dos gatos, 
sendo infectante para o hospedeiro intermediário (seja o 
homem ou outros animais), sai das fezes imaturos e em 
torno de 1 a 5 dias no meio externo se tornam maduros e 
esporulados. 
Pode resistir de meses a anos em ambientes que tem uma 
condição úmida e que não tem incidência solar direta, 
sendo resistente à desinfetantes, é resistente a cloro, sendo 
importante fazer os processos de filtração da água. 
Quando o gato defeca e esconde as fezes por hábito está 
protegendo o oocisto se ele estiver positivo, sendo importante 
quem tem gato deixar essa caixa de areia exposta a 
radiação solar por um período, pois essa radiação tira a 
umidade e as condições ideais para se esporular no 
ambiente e se tornar infectante. 
 
 
 Se contamina pelo oocisto esporulado (esporozoíto), tem a 
transformação em taquizoítos que infecta diversas 
células. 
 Começa a se multiplicar de forma rápida, se multiplica de 
forma assexuada e ativa o sistema imune que libera os 
anticorpos tentando contê-lo, com isso, ele tenta se 
encistar para se proteger do sistema imune, ficando na 
sua forma de cisto. 
 Se ingerir na forma crua das carnes com a presença de 
cisto teremos a infecção do humano pelos bradizoítos. 
 Taquizoíto é multiplicação rápida, bradizoíto é a 
multiplicação lenta porque sua intenção é ficar quieto, se 
multiplicando devagar para o sistema imune não identifica-
lo. 
 
 Acontece nos hospedeiros definitivos, sendo os felídeos. 
 Os felídeos ingerem os cistos e o organismo do gato pelas 
enzimas da ingestão faz liberar os taquizoítos, depois de 
5 dias da infecção e ingestão do cisto, tem a 
transformação sexuada, encontrando os merozoitos e a 
formação do oocisto imaturo. 
 Precisa do tempo no meio ambiente para se maturar, 
sendo de 1 a 5 dias, durante 9 dias pós-infecção o animal 
pode ficar expelindo o oocisto maduro pelas fezes. 
Gatos e outros felinos 
Página 36 de 105 Conteúdo com base nas aulas da Prof.ª Ana Paula A. C. Barbon 
 
 Únicos animais onde há reprodução sexuada. 
 
Se contamina com as fezes do gato, podendo permanecer 
com o gato durante a gestação, a higiene básica e sanitária 
dos alimentos é importante para não ter a transmissão da 
doença. 
 Contaminação de água ou alimentos com oocistos 
esporulados. 
 
 Ingestão de cistos teciduais com bradizoítos. 
 Transplacentária – traquizoítos. 
 Etiologia: felinos. 
 Hábitos: mãos. 
Se caso a escola tenha a areia para a criança brincar, tem 
que ter proteção porque se o gato tem acesso a essa areia e 
liberar os oocistos, a criança ao manipular a areia e 
colocar na boca pode ter a contaminação e adquirir a 
doença. 
 
 
 assintomática. 
 oftalmopatias, problema neurais,

Outros materiais