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Quais são os quatro padrões básicos de comprometimento hepático que podem alterar os exames de função hepática

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João Marcos B. Trévia
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Quais são os quatro padrões básicos de comprometimento hepático que podem alterar os exames de função hepática?
Aspartato aminotransferase (AST) e Alanina aminotransferase (ALT)
AST e ALT são enzimas intracelulares presentes nos hepatócitos, sendo que a AST se encontra presente, cerca de 80%, na mitocôndria e ALT no citoplasma. Essas enzimas catalisam a conversão de aspartato e alanina em oxalacetato e piruvato, respectivamente.
Podem ser utilizadas para diferenciar doença hepática alcoólica, na qual a razão AST/ALT geralmente é maior que 1 e, na maioria dos casos, é superior a 2; e em outras patologias, as não alcoólicas, este índice é inferior a 1.
Quando o dano hepático é mais extenso/superficial e menos profundo, encontra-se um nível mais elevado de ALT, pois a presença de ALT é maior no citoplasma. Em dados hepatocelulares mais profundos, a lesão acomete a mitocôndria, havendo aumento de AST nos exames laboratoriais, ficando este maior que ALT.
Gama-GT (GGT) e Fosfatase alcalina (FA)
A GGT é a enzima que se eleva em situações onde os ductos biliares intra-hepáticos estão comprometidos, avalia a função hepatobiliar. Possui como função catalisar a transferência de aminoácidos e peptídeos através das membranas celulares, síntese proteica e peptídica e regulação dos níveis teciduais de glutationa encontrada no fígado, rim, intestino, próstata, pâncreas, cérebro e coração.
A fosfatase alcalina avalia a função hepatobiliar, sendo sua elevação não totalmente específica de colestase. Este fato se deve a existência de isoenzimas presentes no osso, placenta e em menor quantidade no intestino delgado.
A correlação dos níveis séricos em torno de três vezes pode estar relacionada a dano hepático, porém se a elevação for maior que três vezes, há a possibilidade de doença hepática colestática.
Para diferenciar a elevação dessa enzima é de origem óssea ou hepática, há necessidade de se dosar em conjunto com a GGT, que provavelmente mostrará elevada se houver distúrbio hepático. Os níveis da fração GGT encontram-se elevados juntamente com a fosfatase alcalina em casos de obstrução hepática, porém os níveis de GGT podem alterar em outras desordens do fígado, cerca de 85 a 90% dos casos, ou devido ao uso exacerbado de álcool e drogas hepatotóxicas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. FRANKE, Tayara Aline et al. Alterações enzimáticas relacionadas a problemas hepáticos em uma amostra de um laboratório privado de Mercedes, Paraná. Revista EVS - Revista de Ciências Ambientais e Saúde, Goiânia, v. 46, p. 8-16, fev. 2019;
2. JESUS, Gisleide Cardoso de; SOUSA, Helio Henrique Barros Arruda de; BARCELOS, Rejane da Silva Sena. Principais Patologias e Biomarcadores das Alterações Hepáticas. Revista EVS - Revista de Ciências Ambientais e Saúde, Goiânia, v. 41, n. 3, nov. 2014.

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