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Trabalho sobre Gestalt Terapia

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2
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
CAMPUS TIJUCA
CURSO DE PSICOLOGIA 
ATIVIDADE INDIVIDUAL AVALIATIVA 
Rio de Janeiro
2020.2
ATIVIDADE INDIVIDUAL AVALIATIVA
Trabalho apresentado à disciplina de História da Psicologia da Universidade Veiga de Almeida, em cumprimento das exigências da graduação de Psicologia.
Professora: Patrícia Piedade Ennes
Rio de Janeiro
2020.2
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	2
2.	DESENVOLVIMENTO	3
3.	CONCLUSÃO	7
4.	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	8
1. INTRODUÇÃO
A Gestalt-terapia é uma abordagem psicoterapêutica centrada no cliente e que se concentra no presente. É uma abordagem psicológica que teve sua origem na Alemanha, no início do século passado. É baseada na ideia da compreensão da totalidade para que haja a percepção das partes. Gestalt é uma palavra de origem germânica, com uma tradução aproximada de “forma” ou “figura”.
A Gestalt-terapia se preocupa com o campo clínico, com as técnicas de trabalho e estudos que visam dar ao homem as condições necessárias para seu próprio crescimento. Enquanto que a Psicologia da Gestalt foi um campo de pesquisa que trouxe uma série de novas perspectivas para entender a maneira com a qual o homem se relaciona com o mundo.
Nesse trabalho iremos apresentar a construção da Gestalt-terapia, sua aplicação na prática e algumas técnicas utilizadas pelos terapeutas.
2. DESENVOLVIMENTO
O início do desenvolvimento da Gestalt-terapia se volta para a vida de Frederic S. Perls, um médico e então psicanalista alemão e, junto de sua esposa Laura Perls, seu primeiro autor. Perls nasceu em Berlim em 1893 e cresceu numa cena boêmia, onde teve por influência o dadaísmo e o expressionismo. Viveu o trauma da guerra, a intimidação e a fuga do holocausto e isso o influenciou bastante bibliograficamente. Em 1933 Perls e sua esposa Laura fugiram do holocausto alemão e se mudaram para a África do Sul, onde ele se juntou às forças armadas como psiquiatra militar e também estabeleceu um instituto de treinamento psicanalítico. Durante os anos que viveu na África do Sul, foi influenciado por Jan Smuts e suas ideias sobre “holismo”.
Em 1942 mudaram-se para Nova York e juntos começaram a dar forma às suas teorias. Nesse mesmo ano publicou seu primeiro livro: “Ego, Hunger and Agression – A Revision of Freud’s Theory and Method“, onde faz uma revisão das teorias e métodos de Freud. As ideias expostas no livro causaram controvérsia, o que originou o desligamento de Perls do meio psicanalítico. Ainda em Nova York, ele fundou o primeiro instituto de Gestalt-terapia. Anos mais tarde fundou um grupo com intelectuais, denominado “grupo dos sete” e, junto de Ralph Hefferline e Paul Goodman, lançou o livro “Gestalt-terapia: excitação e crescimento da personalidade humana”, além de publicar diversas outras obras. Fritz Perls ficou então conhecido como o pai da Gestalt-terapia.
No Brasil, a Gestalt - terapia foi iniciada por volta da década de 70, referenciando estudiosos como Perls, Hefferline e Goodman (1997), em uma palestra pronunciada por Therése Tellegene. A intenção desta palestra era que os Gestalt-Terapeutas estrangeiros contribuíssem para formação do primeiro grupo de terapeutas nesta abordagem no Brasil.
A Gestalt-terapia busca a compreensão do processo individual de cada pessoa, dando sentido aos aspectos sensoriais, ações e significados das experiencias. É importante a forma como o meio e o indivíduo estão em contato no presente, sendo o foco da Gestalt-terapia os relacionamentos – com o mundo, com outras pessoas e consigo mesmo. É uma abordagem voltada para o desenvolvimento de uma postura interdependente, da criatividade e liberdade no processo de vida, que enfatiza o momento presente e a responsabilidade pessoal. É considerada uma psicoterapia existencial e humanística e sua prática enfatiza a atenção plena e encoraja o cliente a explorar sua criatividade para que possa obter satisfação em todas as áreas da vida.
Em síntese, a Gestalt Terapia é uma abordagem psicoterapêutica centrada no cliente, ou seja, ajuda-os a se concentrarem no presente. Nesse sentido, os clientes são encorajados a trazer para o tratamento terapêutico suas emoções e experiências, com segurança e sem receio de julgamento, assim, elas podem ser processadas em tempo real com o terapeuta. Diferente de algumas abordagens terapêuticas, que tendem a se concentrar no terapeuta como especialista em sofrimento e sintomas, na Gestalt Terapia o transtorno do cliente não é visto como uma doença que precisa ser tratada, mas como uma parte de sua personalidade que pode ser desenvolvida para garantir uma melhor qualidade de vida.
A posteriori, segundo os estudos da Terapia Gestalt, o próprio sujeito é capaz de transformar o que incomoda, porém muitas vezes não o faz. Dessa forma, o indivíduo acaba agindo de forma incoerente diante de suas necessidades, desejos, pensamentos e sentimentos por conta de uma falta de consciência de si mesmo. Portanto, o objetivo de Terapia Gestáltica é que o cliente colabore com o terapeuta para aumentar sua conscientização pessoal, ou seja, é convidado a desafiar ativamente seus receios, facilitando o desenvolvimento da capacidade que o sujeito tem de alterar sua própria realidade.
Tendo em vista esses fatos, os teóricos de Gestalt-terapia propuseram uma série de princípios para a percepção. Como conceitos básicos destacam-se: O Todo e a Parte; Figura e Fundo; Aqui e Agora; Campo; Estrutura e Forma. Outros conceitos e mecanismos básicos são: a Agressividade, o Ajustamento Criativo, Auto-Regulação Organísmica, a Responsabilidade, A Flexibilidade e a Subjetividade, Autocuidado e Crescimento, Awareness (Consciência), Bloqueio de Contato, entre outras estruturações. Trabalharemos a seguir alguns destes conceitos, com maior ênfase ao Aqui-Agora.
· Awareness (Consciência)
A Awareness é um dos pontos chaves da Gestalt-terapia. Ela se caracteriza pela tomada de consciência do indivíduo sobre aquela questão que vai possibilitar o seu crescimento através de processos de ajustamento criativo. Nesse sentido, permite que o sujeito reconheça a sua necessidade atual e responda a ela, permitindo então que uma Gestalt seja fechada para que uma outra seja aberta. 
Dessa forma, é possível concluir que é a partir da diferenciação do que é saudável e do que é nocivo que o organismo irá se ajustar, ou seja, quando a pessoa percebe e aceita os fatores que provocam a sua infelicidade, ela toma consciência do que acontece em sua vida. Por fim, a importância de Awareness se afirma na Gestalt-terapia pois ela, quando não ampliada, irá prejudicar esse processo de formação e, consequentemente, o desenvolvimento do indivíduo, já que ele perderá sua capacidade de perceber suas necessidades para satisfazê-las, acumulando um grande número de situações inacabadas no seu fundo.
· Responsabilidade
Para a Gestalt-terapia, o ser humano está sempre se desenvolvendo e, por isso, ele precisa se responsabilizar pelo que faz e sente, pelas suas vivências, pelas coisas que deixa de fazer, sem procurar culpar outros indivíduos pelas adversidades que ocorrem em sua vida. A Responsabilidade facilita a percepção daquilo que pode ser mudado e, dessa forma, ajuda as pessoas a buscarem e alcançarem seus próprios objetivos. 
· Bloqueio de Contato
O contato ocorre em três níveis de ação: emocionais, cognitivos e comportamentais. Ele acontece no limite em que o homem e o meio externo se tocam, porém este limite de contato pode ser psíquico ou físico. Nesse sentido, é na fronteira de contato que ocorre troca simultânea e recíproca em que homem e mundo se transformam. 
Numa situação hipotética, o sujeito 1 inicia contato com o sujeito 2 (que age com reciprocidade), satisfazendo a sua necessidade já que a intenção de contato foi alcançada. Entretanto, supondo que o sujeito 2 bloqueia a tentativa de contato do sujeito 1, haveria espaço para uma resistência, pois sua expectativa não seria alcançada de forma satisfatória e, assim, poderiam surgir pensamentos negativossobre si próprio. Por isso, para captar todo o funcionamento do sujeito, é preciso compreendê-lo em sua totalidade e ser flexível para perceber suas nuances e fortalecer o Eu do paciente.
· Aqui-Agora
A Gestalt-terapia enfatiza a importância do sujeito tomar consciência de viver o “aqui-agora” o “passado presentificado” e não viver em constante conflito com o seu tempo passado ou ansioso pelo tempo futuro. Este conceito tem como objetivo ajudar o sujeito a entender a importância de estar focado no seu presente, dando ênfase à tomada de consciência.
A Gestalt-terapia atua na sua investigação em observação com aspectos sociológicos do indivíduo para compreender as suas dinâmicas e fatos que possam estar afetando os seus conflitos psicológicos. Para tanto, a abordagem gestáltica dá ênfase à tomada de consciência da experiência atual, reabilitando a percepção emocional e corporal, e favorecendo o contato autêntico consigo mesmo, como através da consciência dos mecanismos interiores a determinadas condutas (Ginger & Ginger, 1995). 
Assim, o paciente chegará às suas próprias interpretações, cabendo ao terapeuta chamar a atenção para seus "pontos cegos" de atitudes, valores e crenças. Neste sentido, Perls (1988) declara que a psicoterapia deixa de ser "uma escavação do passado, em termos de repressões, conflitos edipianos e cenas primárias para se tornar uma experiência de viver no presente" (p. 30). Busca-se que o paciente seja capaz de entrar num contato saudável com o mundo, estando apto a resolver seus problemas através da percepção real de si, de suas necessidades no espaço e tempo presentes, que é a única dimensão real sobre a qual se pode agir. É, assim, uma terapia mais vivencial do que verbal; conforme Perls (1988):
(...) pedimos ao paciente para não falar dos seus traumas e problemas da área remota do passado e da memória, mas para re-experenciar [...]. À medida que experimente os modos pelos quais se impede de "ser" agora - os meios por que se interrompe - também começará a experenciar o si-mesmo que interrompeu (p. 76-77).
A abordagem da Gestalt-terapia jamais nega a importância dos vínculos das fronteiras vivenciadas, porque ela enxerga o homem como um todo, mas o fundamento deste conceito é relevante porque na prática clínica se propõe uma análise que promova o entendimento do sujeito consigo mesmo através da sua história, sendo importante essa retrospectiva para que o terapeuta entenda sua dinâmica, mas principalmente com suas expectativas voltadas para o presente, para que possa viver o mesmo de maneira mais saudável.
3. CONCLUSÃO
De acordo com pressupostos teóricos gestálticos, é necessário portanto considerar que o passado também faz parte do projeto de presentificação, mas devemos sempre estar inteiros no que projetamos para viver no momento presente. Se faz preciso, de acordo com essa abordagem, encarar o passado apenas como se ele fosse um arquivo de tudo que foi realizado, e não ficar sonhando apenas com o futuro, mas contemplar o seu processo de vivências, se realizando em coisas que realmente se tem prazer em fazer.
Importante também dar destaque à necessidade de ouvir e sentir o seu corpo, prestando atenção ao seu organismo, em um processo de autoconhecimento, tornando o sujeito hábil a viver suas angústias de forma consciente.
Nos tempos em que vivemos, a Gestalt-terapia se faz extremamente atual e necessária, considerando a forma cada vez mais intensa e acelerada com que encaramos a passagem do tempo, e a maneira com que nos fragmentamos para nos adaptar a uma realidade cada vez mais mutante e instável. Essa abordagem leva o cliente, em parceria com o profissional, a tomar consciência e controle de si mesmo e de seus desejos e vontades, focando no momento presente.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOCK, Ana M. Bahia et ali. Psicologias: Uma Introdução ao Estudo da Psicologia. 13ª Edição: 1999. São Paulo: Editora Saraiva, 2001.
FRAZÃO, Lilian Meyer; FRAZÃO, Lilian Meyer; FUKUMITSU, Karina Okajima. Gestalt-terapia: conceitos fundamentais. [S.l: s.n.], 2014.
Ginger, S., & Ginger, A. (1995). Gestalt: uma terapia do encontro. São Paulo: Summus.
Perls, F. (1988). A abordagem gestáltica e a testemunha ocular da terapia. Rio de Janeiro: LT.

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