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AS FERRAMENTAS E AS TÉCNICAS ESSENCIAIS Professores: Dr. Giancarlo Lucca Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal DIREÇÃO NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir do site shutterstock.com C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; LUCCA, Giancarlo; VAN DAL, Jorge Luiz Garcia. Gestão Estratégica da Informação. Giancarlo Lucca; Jorge Luiz Garcia Van Dal. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 25 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Informação 2. Estratégica 3. EaD. I. Título. CDD - 22 ed. 650 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Diretoria de Design Educacional Débora Leite Diretoria de Pós-graduação e Graduação Kátia Coelho Diretoria de Permanência Leonardo Spaine Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho Head de Pós-graduação e Extensão Fellipe de Assis Zaremba Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo Projeto Gráfico Thayla Guimarães Designer Educacional Lilian Vespa Editoração Flávia Thaís Pedroso Qualidade Textual Monique Coloni Boer Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 01 02 03 04 sumário 06| O PAPEL ESTRATÉGICO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 08| ENTERPRISE RESOURCE PLANNING (ERP) 11| SUPPLY CHAIN MANAGEMENT (SCM) 14| CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT (CRM) OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Compreender o papel estratégico da tecnologia da informação. • Estudar o modelo Enterprise Resource Planning (ERP) e sua aplicabilidade. • Conhecer o modelo Suply Chain Management (SCM) e sua aplicabilidade. • Analisar o modelo Customer Relationship Management (CRM) e sua aplicabilidade. PLANO DE ESTUDO A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • O papel estratégico da tecnologia da informação • Enterprise Resource Planning (ERP) • Supply Chain Management (SCM) • Customer Relationship Management (CRM) AS FERRAMENTAS E AS TÉCNICAS ESSENCIAIS INTRODUÇÃO introdução Caro(a) aluno(a), compreenderemos o papel estratégico da tecnologia da informação e analisaremos a evolução dos sistemas de informação, abordando as ferramentas e as técnicas que os sustentaram ao longo do tempo. Com isso, entenderemos que os sistemas de informação e as tecnologias vinculadas são, hoje, o principal apoio à gestão organizacional. Esta, em conjunto com o sistema de informação e a tecnologia da informação, caminham juntos na administração empresarial e um recurso oferece suporte ao outro, proporcionando as decisões táticas e estratégicas. Também entenderemos o papel histórico estratégico da tecnologia da informação e a sua participação junto aos sistemas de informação para a gestão organizacional de excelência. Com a revolução da tecnologia da informação, começou o processo de substituição dos computadores de grande porte pelos microcomputadores e, com isso, o fenômeno dominou as organizações nos meados dos anos 1980 e início dos anos 1990. Sendo assim, as organizações começaram a sofrer com os controles isolados desenvolvidos pelos departamentos da empresa, sem o compromisso de integração desses “microssistemas” de informação. Nessa mesma época, reinava a febre da compartimentalização, além da departamentalização exagerada. Cada área funcional possuía sistema de informação próprio de difícil integração umas com as outras. A partir dessas e de outras informações, conheceremos melhor alguns modelos de sistemas de informação, como o Enterprise Resource Planning (ERP), sistema de informação integrado criado para atender à organização como um todo, e, devido a outras necessidades de integração, conheceremos os modelos Suply Chain Management (SCM), seus benefícios e malefícios, e o Customer Relationship Management (CRM), voltado à integração com o cliente. Pós-Universo 6 Segundo Lucca (2013), no mundo de hoje é praticamente impossível pensar em gestão organizacional sem o apoio de sistemas de informação suportados por tecnologias de informação modernas e funcionais. Diante do atual contexto, pautado por crises macroeconômicas, recursos escassos e diferenciação competitiva, elas passam a assumir postura estratégica para integração, personalização e customização de serviços e de produtos voltados ao cliente. A tecnologia da informação é um dos componentes que apoiam os sistemas de informação em conjunto com os processos de gestão e a estrutura da organização. A proposta de harmonia estratégica entre esses componentes poderá favorecer a qualidade das soluções e os melhores resultados de performance da organização no ambiente competitivo. O PAPEL ESTRATÉGICO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Pós-Universo 7 Em outras palavras, quanto mais eficiente e abrangente for a automatização dos dados e mais estruturada for a tecnologia utilizada, maior será o gerenciamento dessas informações. Essa organização acarretará em certas tomadas de decisões, necessárias para o aumento do potencial competitivo da empresa, ou seja, o sucesso nos negócios está atrelado ao modo como as informações fluem e são gerenciadas na corporação, e a tecnologia da informação se encarrega desse processo. “Ou você tem estratégia própria, ou, então, é parte da estratégia de alguém.” Alvin Toffler reflita Existem muitas definições para o termo tecnologia da informação (TI). Particularmente, definimos TI como a infraestrutura necessária de suporte aos sistemas de informação que, por sua vez, suportam os processos organizacionais. Para gerir as diversas relações e processos existentes na área empresarial, a TI seria o “esqueleto” corporativo, suportando o massivo fluxo de dados e promovendo consistência, agilidade e transparência de todo o processo, englobando as principais áreas da empresa (produção, contabilidade, comercial, pessoas etc.). Essa infraestrutura é composta por componentes como hardware, software, arquitetura de sistemas, redes e/ou telecomunicações. Definiremos sucintamente o que são cada um desses componentes: o hardware consiste em equipamentos utilizados para a utilização do sistema, ou seja, a parte física (computadores, servidores etc.); os softwares são os sistemas e aplicativos criados para o gerenciamento, a parte lógica do processo; a arquitetura de sistemas se refere ao projeto, à análise e à engenharia de software, e às redes e/ou telecomunicações. Em síntese, a TI utiliza o conjunto de recursos físicos ou lógicos, organizados sistematicamente, com o objetivo de viabilizar coleta, análise, armazenamento, tratamento e apresentação de dados e/ou de informações. A TI é composta por equipamentos (hardware), que suportam as redes e telecomunicações, que, por sua vez, suportam os aplicativos utilizados para o fluxo de informações. Dessa forma, ressalta-se a importância de uma metodologia de gestão estratégica da informação, que possa vislumbrar o alinhamento entre os métodos de gestão organizacional, os sistemas de informação que os suportam e as tecnologias da informação, formidáveis para a excelência dos sistemas de informação. Pós-Universo 8 O modelo de sistema ERP (Enterprise Resource Planning), surge com o objetivo de apresentar um sistema de informação integrado que pudesse atender de forma satisfatória toda a organização, conseguindo a integração e a otimização da informação nos diversos processos de produção. O ERP incorpora diversos recursos e outros sistemas como: finanças, marketing, pessoas, logística etc. A Figura 1 ilustra o modelo ERP: Módulocomercial Módulo de clientes CRM Módulo de produção MRP Módulo de contabilidade Banco de dados central Módulo �nanceiro ERP Módulo de recursos humanos Módulo de logística SCM Figura 1: Sistemática do Modelo ERP Fonte: o autor ENTERPRISE RESOURCE PLANNING (ERP) Pós-Universo 9 O uso de um banco de dados central que armazena os dados de todas as áreas funcionais da organização traz grandes benefícios às organizações. Alguns deles podem ser destacados com a utilização do modelo ERP: • Maior facilidade na consolidação de informações provenientes de áreas distintas. • Eliminação das inconsistências de dados que poderiam ser armazenados de forma redundante em mais de um sistema. • As informações trafegam em tempo real, possibilitando que a entrada de dados no módulo dispare procedimentos em outros, por exemplo: a venda realizada por um representante é registrada no smartphone e, imediatamente, dispara a ordem de entrega no depósito de materiais e o registro financeiro de venda a prazo no departamento financeiro. • Os sistemas ERP disciplinam os departamentos a trabalharem de forma integrada e, com isso, ocorre a natural redução de falhas nos registros, pois o registro mal elaborado será identificado por outro departamento que necessitar do mesmo dado para gerar informações. • Com o aumento do controle dos dados e das informações por diversos departamentos, a possibilidade de fraudes nos procedimentos organizacionais é minimizada. Pós-Universo 10 Como tudo há vantagens e desvantagens, apresentamos a seguir alguns aspectos que podem ser considerados negativos no uso dos ERP: • Na maior parte das situações, os ERP são softwares desenvolvidos fora da empresa, gerando dependência do fornecedor da tecnologia. Caso a empresa fornecedora resolva descontinuar suas atividades ou mudar sua tecnologia, a organização pode sofrer com a situação. • Em grande parte dos casos, a empresa adquirente não tem o conhecimento da tecnologia de desenvolvimento do software e deve adequar-se à tecnologia proposta pelo fornecedor. • A implantação do modelo de forma integral normalmente é muito custosa para a empresa e, depois da implantação, o processo de mudança se torna muito complexo. • No caso de falha no banco de dados central, toda a empresa pode sofrer interrupção sistêmica. Conforme observado até agora em nossas discussões, o modelo ERP é completamente dependente de tecnologias da informação robustas. As organizações que adotam esse modelo precisam investir consideravelmente em infraestrutura de tecnologia da informação: computadores servidores, equipamentos de rede, sistemas gerenciadores de banco de dados e, é claro, o software específico para o modelo ERP. Muitos são os fornecedores de tecnologias da informação que suportam o modelo ERP. No Brasil, os líderes de mercado são: SAP, Datasul e Microsiga. atenção Pós-Universo 11 Com a evolução dos sistemas ERP e sua consolidação como ferramenta indispensável para integração de dados e de informações, o ambiente competitivo passou a exigir a integração da informação ao longo de toda a cadeia de suprimentos. Com isso, um novo conceito surgiu no final da década de 90, o gerenciamento da cadeia de suprimentos ou Supply Chain Management (SCM). Nossa definição para o SCM é o gerenciamento da informação sobre o conjunto de recursos, dispositivos, funções, processos ou atividades associadas aos fluxos de mercadorias, produtos (bens ou serviços) desde o produtor inicial do material bruto até o consumidor do produto final. Com essa definição, ficam evidentes os horizontes que a revolução tecnológica que vivenciamos a partir da década de 80, tem nos proporcionado. O maior objetivo do SCM é manter o alto nível de sincronização de informações de demanda entre os envolvidos na cadeia de suprimentos, de forma a trabalhar com os níveis de estoques otimizados e com a adequação dos sistemas logísticos para atender, em tempo, às necessidades dos envolvidos. SUPPLY CHAIN MANAGEMENT (SCM) Pós-Universo 12 O conceito de Supply Chain Management (SCM) surge de uma evolução natural do conceito de Logística Empresarial. Esta pode ser considerada a ferramenta de integração para gerenciar toda a cadeia de suprimentos de uma empresa, com o intuito de otimizar suas decisões estratégicas e atender às necessidades do consumidor. Assim, o SCM, ou Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, realiza a gestão por meio da Tecnologia da Informação. Fonte: adaptado de Pacer Logística ([2019], on-line)¹. saiba mais Seguindo o exemplo da fábrica de sapatos, vamos analisar a sua cadeia de suprimentos na Figura 2: LOJA Produtor de gado de corte Fábrica de sapatos Distribuidor Varejista Consumidor Figura 2: Cadeia de Suprimentos da Fábrica de Sapatos Fonte: o autor Pós-Universo 13 Podemos observar os envolvidos na cadeia de suprimentos de sapatos considerando apenas um dos seus componentes: o couro. Nela, temos: • O produtor de gado de corte. • O curtume, que recebe o gado e realiza o processamento do couro. • A fábrica de sapatos, que recebe a matéria-prima e a processa na produção dos sapatos. • O distribuidor de sapatos, que, geralmente, trabalha com diversas marcas de diversas fábricas. • O varejista, que compra de um ou mais distribuidores de acordo com as preferências dos clientes. • Os consumidores, que compram os sapatos de diversos varejistas. A integração dos sistemas de todos os envolvidos propiciará o gerenciamento da cadeia de suprimentos, e, com isso, produzirá ganho em conjunto para todos os envolvidos. É evidente que, nesse tipo de relacionamento, a colaboração e a confiança entre os envolvidos são fundamentais para que haja troca de informação real e fidedigna em tempo hábil. Considerando nosso exemplo, à medida que os consumidores adquirem os produtos nas lojas varejistas, os distribuidores tomam conhecimento pela integração online entre os sistemas (internet) ou pelo intercâmbio periódico de arquivos (EDI – Eletronic Document Interchange). Da mesma forma, os distribuidores trocam informações de consumo com a fábrica e, dessa maneira, a estimativa de demanda passa a ser muito próxima da realidade. A fábrica também poderá intercambiar informações com seus fornecedores, nesse caso, o fornecedor de couro, que, por sua vez, poderá interagir com o sistema do produtor no nível inicial da cadeia de suprimentos. Tecnologias de informação modernas, como a internet e seus dispositivos, possibilitaram o surgimento de negócios eletrônicos (e-business), envolvendo toda a cadeia de suprimentos, desde as compras de matérias-primas por meio eletrônico (e-procurement), as parcerias entre organizações que compartilham acesso aos seus bancos de dados (e-partnering) até a venda no varejo eletronicamente (e-commerce). Essa integração de informações, quando embasada na cooperação, na lealdade e na confiança entre os parceiros, pode produzir resultados magníficos em termos de otimização de processos. Pós-Universo 14 O aprimoramento do relacionamento com o cliente também passou a ser objeto de estudo dos sistemas de informação por meio do modelo Customer Relationship Management (CRM) ou gerenciamento do relacionamento com o cliente. Segundo O’Brien (2006), os sistemas de CRM consistem em módulos de software que auxiliam as atividades organizacionais envolvidas nos procedimentos de contato com o público. Para o autor, um sistema de CRM fornece as ferramentas que permitem que uma empresa e seus funcionários prestem rapidamente serviço acessível, seguro e uniforme a seus clientes. Nesse sentido, podemos compreender o modelo de CRM como complemento aos sistemas ERP, que se utiliza de três principais processos para coleta e para análise das informações referentes a esse relacionamento: o CRM operacional, o CRM analítico e o CRM colaborativo. CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT (CRM) Pós-Universo 15O CRM operacional é responsável pela coleta minuciosa e periódica dos dados dos clientes, do perfil financeiro, do comportamento de compra, das preferências e das informações de satisfação em relação aos bens e serviços da organização. Com isso, constitui-se o banco de dados de clientes, que poderá fornecer informações de identificação e de segmentação dos clientes. A segmentação pode auxiliar as organizações a personalizar o atendimento das expectativas e das necessidades de grupos específicos de clientes e, dessa forma, conseguir índice maior de satisfação, de retenção e de captação de novo público. A Figura 3 ilustra esse processo: Coleta de dados pessoais e pro�ssionais Coleta de dados sobre o per�l �nanceiro e de crédito Coleta de dados sobre o per�l de compra Coleta de dados sobre a satisfação dos clientes Mercado Figura 3: Sistemática do CRM – Operacional Fonte: o autor O mercado é o principal fornecedor de informações para o sistema de CRM, ao realizar a negociação com os clientes, as organizações precisam registrar os dados dos clientes, se possível dados pessoais, profissionais, dados do perfil financeiro e de crédito, perfil de compra do cliente e dados de pesquisas de satisfação. O CRM deve registrar se possível até os motivos da não concretização da negociação, os “porquês” da não contratação do serviço pelo cliente ou da aquisição do produto. A implantação do CRM operacional é o primeiro passo para a criação do relacionamento efetivo com os clientes. atenção Pós-Universo 16 Imaginemos o sistema de CRM para a fábrica do Seu José. Os representantes comerciais de sua fábrica visitam clientes do segmento de shopping de atacado, que revendem roupas e calçados, também grandes distribuidores atacadistas, especializados em sapatos e em calçados para operários de serviços brutos e redes de supermercados com lojas de departamentos. Os clientes estão espalhados por todas as regiões brasileiras, e existem representantes em praticamente todas as regiões. Estes têm sempre o cuidado de realizar pesquisa sobre as preferências e a satisfação dos clientes que atendem. Para comunicar-se com a fábrica e registrar os dados comerciais, os representantes utilizam o sistema próprio da fábrica em seus tablets. Tal sistema possibilita cadastro rápido e eficiente dos dados dos clientes (dados cadastrais básicos, contatos, responsáveis por áreas de compras, dados financeiros, de cobrança etc.) e também possibilita registrar pesquisa de satisfação periódica, além das sugestões, das reclamações, dos elogios e de outros dados referentes à negociação com os clientes. Os pedidos de produtos efetuados pelos clientes também são registrados nesse sistema pelos representantes e transmitidos imediatamente ao banco de dados central da fábrica utilizando como meio de comunicação a internet. O CRM analítico é o processo de organização, de compilação, de classificação, de cálculo, de filtragem, entre outros processos para gerar informação de alto nível para a tomada de decisões no nível gerencial. Esse sistema pode ser classificado como Online Analytical Processing (OLAP), na medida em que permite o processamento online dos dados e os dados operacionais alimentam o banco de dados do CRM operacional. Considerando nosso exemplo da fábrica de sapatos, a Direção de Marketing poderia elaborar algumas questões a serem respondidas pelo CRM analítico: • Quais são os meus segmentos de clientes? • Quais são os segmentos mais lucrativos? • Quais segmentos não mostram viabilidade econômica? • Quais são as necessidades e as expectativas de cada um dos segmentos de clientes? Pós-Universo 17 • Quais são as dimensões da qualidade de maior valor agregado aos clientes? • Qual é o índice de satisfação dos clientes no nível geral, por região e segmento? • Qual é o índice de retenção dos clientes no nível geral, por região e por segmento? • Qual é o índice de captação de novos clientes no nível geral, por região e por segmento? Além dessas questões, muitas outras podem ser respondidas pelo CRM analítico, a depender da engenharia do sistema e da ferramenta utilizada para geração dos relatórios. Além do mais, outras técnicas, como mineração de dados (busca de correlações estatísticas entre os dados) e o uso de cubos de decisões (cruzamentos em tempo real de dados sob diversas dimensões, como período de tempo, faturamento, produtos, vendas, regiões, metas etc.) podem ajudar a responder as questões apresentadas. O CRM analítico pode ser considerado o sistema de informação de apoio à decisão e, juntamente com esse recurso, pode-se utilizar ferramentas de tecnologia da informação para executar um CRM colaborativo. Este consiste no uso de técnicas de relacionamento com os clientes pelo uso da tecnologia da informação. Atualmente, o uso desse modelo é quase que em sua totalidade feito pela internet. Alguns exemplos de CRM colaborativo são apresentados a seguir: • E-mail marketing ou mala direta, utilizando contas de e-mail de clientes pré-cadastradas. • Canal de ouvidoria, fale conosco ou central de atendimento ao cliente no site da organização. • Uso de redes sociais como o Facebook e o Twitter. • Divulgação do produto em sites de pesquisas de preços, os e-marketplaces etc. Pós-Universo 18 Kotler (2017) afirma que na atual era digital se tornou fundamental para as marcas se conectarem com os consumidores por meio da mídia social. Para isso, propõe o que chama de CRM social. Este tem diferença em relação ao CRM tradicional. Para o autor, enquanto a gestão do relacionamento com o cliente (CRM tradicional) é tipicamente voltada para a empresa, o CRM social é voltado para o cliente. “ No CRM tradicional, as empresas ditam como deve ser feita a comunicação com os clientes e usam os canais de sua preferência, como e-mail e centrais que iniciam a comunicação por meio de consultas pela mídia social. Assim, o CRM social ignora o horário comercial e raramente pode ser automatizado. Os clientes esperam respostas instantâneas e personalizadas 24 horas por dia (KOTLER, 2017, p. 188). Nesse sentido, podemos compreender que o CRM social envolve diálogos permanentes entre as marcas e os clientes e também entre os clientes e suas comunidades. Por conta da dinâmica social do ambiente digital, nenhum assunto pode ou deve ser contido ou isolado. Pelo contrário, a interatividade, deve ser estimulada e mediada pelas empresas (KOTLER, 2017). De acordo com Kotler (2017, p. 188-189), existem três usos típicos do CRM social: “ O primeiro é ouvir a voz do cliente. As marcas podem extrair ideias das conversas gerais relacionadas a elas que acontecem na mídia social. O segundo é envolver as marcas nas conversas gerais. As empresas podem escalar uma equipe para comentar e influenciar as conversas a fim de obter resultados mais favoráveis. O terceiro uso é lidar com reclamações que tenham potencial de levar a crises de marca. Espera-se que as empresas forneçam soluções aos problemas dos clientes antes que os problemas viralizem. Dessa forma, podemos observar que os sistemas de informação têm papel fundamental na gestão estratégica da informação das organizações e seu nível de abrangência é gigantesco, envolvendo desde os produtores da matéria-prima bruta até o consumidor do produto final. Ferramentas e técnicas como o ERP, SCM e CRM podem fazer a diferença entre boa ou má administração do negócio. atividades de estudo 1. Com base no conceito apresentado sobre sistemas de informação e tecnologia da informação, é correto afirmar que: a) Os sistemas de informação e a tecnologia da informação são termos diferentes, que significam o mesmo conceito. b) Os sistemas de informação são os dispositivos físicos que auxiliam as tecnologias da informação a produzir informações estratégicas. c) Os sistemas de informação são os processos de gestão organizacional, que produzem melhoriasde desempenho. d) Os sistemas de informação fornecem o conjunto de informações necessárias aos controles operacionais, táticos e estratégicos e podem receber o apoio de tecnologias da informação para melhorar sua eficácia e sua eficiência. e) Quando as organizações adquirem tecnologia da informação elas não precisam preocupar-se com os sistemas de informação. 2. A informação sobre a produção/distribuição de produtos ou serviços é fundamental para fabricantes, distribuidores e varejistas, que atuam nos mais diversos setores, pois se referem a atividades que estão relacionadas aos produtos desde o momento da aquisição da matéria-prima até o momento da entrega desse produto ao cliente. Trata-se, portanto, do gerenciamento da informação sobre o conjunto de recursos, de dispositivos, de funções, de processos ou de atividades associados aos fluxos de mercadorias, de produtos (bens ou serviços) desde o produtor inicial do material bruto até o consumidor do produto final. Assinale a alternativa que corresponda ao sistema que auxilia no gerenciamento da cadeia de suprimentos: a) ERP (Enterprise Resource Planning). b) SCM (Supply Chain Management). c) CRM (Customer Relationship Management). d) EAI (Enterprise Application Integration). e) SAP (Systems, Applications and Products in Data Processing). atividades de estudo 3. De acordo com o conceito de Enterprise Resource Planning (ERP), a informação correta é: a) O ERP é um conjunto de sistemas de informação independentes que abrange todas as áreas da organização. b) Os sistemas ERP são de fácil implantação e muito lucrativos, devido ao baixo investimento necessário. c) Os sistemas do modelo ERP funcionam perfeitamente independentemente das tecnologias da informação adotadas. d) O modelo ERP se destaca pela integração e pela interdependência dos sistemas de informação de praticamente todas as áreas da organização, em um banco de dados central, possibilitando a eliminação de redundâncias e de inconsistências nos dados. e) Os sistemas ERP são basicamente a evolução dos modelos MRP e são úteis somente para a gestão da produção. 4. O CRM social é uma grande mudança em relação ao CRM tradicional. Enquanto a tradicional gestão do relacionamento com o cliente (CRM) é tipicamente voltada para a empresa, o CRM social é voltado para o cliente (KOTLER, 2017). Leia as asserções e, a seguir, assinale a alternativa correta sobre as características do CRM social: I) No CRM social, as empresas ditam como deve ser feita a comunicação com os clientes e usam os canais de sua preferência. II) O CRM social ignora o horário comercial e, raramente, pode ser automatizado. III) No CRM social, os clientes esperam respostas instantâneas e personalizadas 24 horas por dia. IV) O CRM social é o conjunto de sistemas de informação independentes, que abrange todas as áreas da organização. É correto o que se afirma em: a) I e II apenas. b) I, II e III apenas. c) III e IV apenas. d) II e III apenas. e) I, II, III e IV. resumo Mais uma vez chegamos ao resumo da unidade, muito útil para relembrarmos os principais conceitos discutidos. Inicialmente entendemos como a tecnologia da informação pode apoiar estrategicamente os sistemas de informação, que, por sua vez, e consequentemente, pode apoiar os processos de gestão organizacional. É necessário fixar o conceito de tecnologia da informação como todo e qualquer dispositivo com capacidade de captar, de armazenar, de processar e de apresentar dados e informações. O modelo ERP, muito popular a partir da década de 90, apresenta o conceito de integração dos diversos subsistemas de informação da organização, de forma a obter o máximo de sinergia e de padronização de procedimentos, com base no reaproveitamento da informação de qualidade e não redundante. O modelo SCM aproveitou a ideia de integração dos sistemas ERP e expandiu para toda a cadeia produtiva. O objetivo dessa ferramenta é otimizar a sincronia e a previsão de demanda entre os clientes e os fornecedores de determinada cadeia de suprimentos e, assim, promover a economia de recursos e a maximização da lucratividade. O último conceito abordado nesta unidade foi o de CRM. Esse tópico deu ênfase à ferramenta de gerenciamento do relacionamento com o cliente pelo uso intenso das ferramentas de comunicação e de interação. O CRM operacional é o sistema de coleta, de armazenamento e de recuperação dos dados dos clientes. O CRM analítico aplica algoritmos de busca de relações e tendências no comportamento dos clientes, para otimizar o relacionamento empresa-cliente. O CRM colaborativo foi apresentado como o conjunto de ferramentas de tecnologia da informação para explorar o uso crescente da internet pelos clientes e chegar a eles de forma fácil e objetiva. material complementar Gerenciamento da cadeia de suprimentos Autor: Ronald H. Ballou Editora: Bookman Ano: 2005 Sinopse: essa obra apresenta com clareza os aspectos operacionais, táticos e estratégicos da cadeia de suprimentos/logística empresarial. O livro acompanha CD-ROM, que inclui o software LOGWARE, para gerenciamento da cadeia de suprimentos. referências KOTLER, P. Marketing 4.0: do tradicional ao digital. Rio de Janeiro: Sextante, 2017. LUCCA, G. Gestão Estratégica Balanceada – Um Enfoque nas Boas Práticas Estratégicas. São Paulo: Atlas, 2013. O’BRIEN, J. A. Sistemas de informação: e as decisões gerenciais na era da internet. Tradução Célio Knipel Moreira e Cid Knipel Moreira. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. REFERÊNCIAS ONLINE ¹ Disponível em: <http://www.pacer.com.br/conceitos-e-definicoes-de-logistica-empresarial/>. Acesso em: 06 mar. 2019. resolução de exercícios 1. d) Os sistemas de informação fornecem o conjunto de informações necessárias aos controles operacionais, táticos e estratégicos e podem receber o apoio de tecnologias da informação para melhorar sua eficácia e sua eficiência. A alternativa D é a correta, pois traz o conceito adequado sobre sistemas de informação e a sua relação com a tecnologia da informação, que servem de apoio aos sistemas. 2. b) SCM (Supply Chain Management). A alternativa B está correta, pois é a única que se refere à sigla que denomina sistemas ou softwares que auxiliam a gestão estratégica da informação, que é compartilhada com todos os agentes da cadeia de suprimentos de um ramo, setor ou atividade econômica. 3. d) O modelo ERP se destaca pela integração e pela interdependência dos sistemas de informação de praticamente todas as áreas da organização, em um banco de dados central, possibilitando a eliminação de redundâncias e de inconsistências nos dados. A alternativa D é a correta, pois traz o conceito correto de ERP ao apontar suas características como integração e interdependência dos sistemas e sua ligação com o banco de dados da organização. 4. d) II e III apenas. A alternativa D é a correta, pois traz as características sobre CRM social ao apontar que as respostas devem ser instantâneas, personalizadas e disponíveis 24 horas por dia, não respeitando horário comercial. O PAPEL ESTRATÉGICO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
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