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RESPOSTAS CONTROLE

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Controle de constitucionalidade. 
controle 
ERRADO. 
Esta alternativa está errada porque segundo a doutrina  as emendas constitucionais podem ser objeto de ADI.
Quanto às emendas serem objeto de ADI, a  obra Curso de direito constitucional,  Flávio Martins Alves Nunes Junior, assim leciona: 
· ".. A emenda constitucional é fruto do poder constituinte derivado reformador, cuja características, entre outras, é a limitação. Existem vários limites constitucionais impostos à edição de uma emenda a constitucional, sejam eles formais ou materiais. 
· Uma das mais importantes limitações às emendas constitucionais é a  limitação material (cláusulas pétreas).
· Assim, não poderá uma emenda constitucional ferir uma  das cláusulas  pétreas, ...
· Por exemplo, na ADI 5.316, o STF julgou inconstitucional parte da emenda constitucional nº88/2015 (conhecida como "emenda Bengala").
· Segundo o STF foi declarada a inconstitucionalidade da expressão "nas condições do artigo 52 da Constituição Federal". "
ERRADO. 
Esta não é a a resposta da questão uma vez que a doutrina considera que   os enunciados  de Súmula  de jurisprudência dos tribunais não podem ser objeto de ADI. Assim sendo, caberá reclamação. 
De acordo com Pedro Lenza, Direito Constitucional Esquematizado: 
· ".. a vinculação se dá a partir da publicação da súmula vinculante na Imprensa Oficial, conforme visto. 
· Assim, todas as decisões judiciais que vierem a ser proferidas a partir de sua publicação, ou os atos administrativos, também após a edição e publicação da súmula vinculante, deverão respeitar o entendimento firmado, sob pena do cabimento de reclamação.
· Nesse ponto, naturalmente, não caberá reclamação (apesar de outros instrumentos serem adequados, como o recurso extraordinário, o mandado de segurança etc.) se a decisão judicial ou o ato administrativo que se pretende atacar for anterior à edição da súmula vinculante.
· E cuidado, não basta, para vincular, que exista súmula que, por ser persuasiva, tem natureza meramente processual e não constitucional. 
· A súmula, a propósito, para vincular e permitir o ajuizamento de reclamação no caso de sua contrariedade, negativa de vigência ou aplicação indevida, terá de ser vinculante, observando-se todo o procedimento e as formalidades... "
Ademais  o Curso de direito constitucional,  Flávio Martins Alves Nunes Junior, acrescenta quanto as súmula dos tribunais: 
· "Por mais que o novo Código Civil tenha tentado dar maior força às súmulas dos tribunais, elas não são consideradas leis ou atos normativos, motivo pelo qual , por ausência de previsão constitucional (tanto o art. 102, I, "a", como o art. 125, §2º , CF), não podem ser objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade. 
· Esse é o entendimento do STF: "Súmula da Jurisprudência Predominante. Ação Direta de Inconstitucionalidade. Ato Normativo. Súmula nº 16, do STJ. A Súmula, porque não apresenta as características de ato normativo, não está sujeita a jurisdição constitucional concentrada (ADI 594/DF, Rel, Min. Carlos Velloso).'
Conforme Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, Direito Constitucional Descomplicado:
· "Se o administrado entender que houve violação a enunciado de súmula vinculante, poderá ajuizar reclamação perante o Supremo Tribunal Federal, desde que, antes, tenha esgotado as vias administrativas (Lei 11.417 /2006, art. 7.º). 
· Acolhida a reclamação, o STF anulará a decisão administrativa e dará ciência à autoridade prolatora e ao órgão competente para o julgamento do recurso, que deverão adequar as futuras decisões administrativas em casos semelhantes, sob pena de responsabilização pessoal nas esferas cível, administrativa e penal (Lei 9.784/1999, art. 64-B)." 
ERRADA. 
Esta não é a resposta da questão uma vez que a doutrina considera que  não  caberá  ADI para questionar a constitucionalidade de ato normativo anterior à Constituição.
 O autor  Gilmar Mendes, Controle De Constitucionalidade, assim leciona: 
· “O legislador não deve obediência à Constituição antiga, já revogada, pois ela não existe mais.  Existiu, deixou de existir. 
· Muito menos à Constituição futura, inexistente, por conseguinte, por não existir ainda. 
· De resto, só por adivinhação poderia obedecê-la, uma vez que futura e, por conseguinte, ainda inexistente.
· “É por esta singelíssima razão que as leis anteriores à Constituição não podem ser inconstitucionais em relação a ela, que veio a ter existência mais tarde. 
· Se entre ambas houver inconciliabilidade, ocorrerá revogação, dado que, por outro princípio elementar, a lei posterior revoga a lei anterior com ela incompatível, e a lei constitucional, como lei que é, revoga as leis anteriores que se lhe oponham.” (“A Constituição e as leis anteriores”, Arquivos do Ministério da Justiça 180/125 (126-127), 1992.)"
CORRETA. 
Esta alternativa é a resposta já que  segundo julgados de ADI, o STF não admite a interposição de Ação direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra   lei ou ato normativo revogado ou de eficácia exaurida.
Quanto à ato normativo já revogado ou de eficácia exaurida, o autor Pedro Lenza, em sua obra Direito constitucional Esquematizado, assim elucida: 
· "O STF não admite a interposição de ADI para atacar lei ou ato normativo revogado ou de eficácia exaurida, na medida em que “não deve considerar, para efeito do contraste que lhe é inerente, a existência de paradigma revestido de valor meramente histórico”. Cf. ADI 2.980, Rel. p/ o ac. Min. Cezar Peluso, j. 05.02.2009, Plenário, DJE de 07.08.2009. No mesmo sentido: ADI 2.549, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 1.º.06.2011, Plenário; ADI 4.041- AgR-AgR-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 24.03.2011, Plenário; ADI 2.333-MC, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 11.11.2004, Plenário.
· Em razão de não caber a ADI e nem mesmo a ADC (pelos motivos expostos e em razão da ambivalência dessas ações), tendo em vista o princípio da subsidiariedade (art. 4.º, § 1.º, da Lei n. 9.882/99 — cf. item 6.7.3.6), a Corte tem admitido o cabimento da ADPF contra ato normativo revogado ou com a sua eficácia exaurida (ADPF 77-MC, Rel. p/ o ac. Min. Teori Zavascki, j. 19.11.2014, Plenário, DJE de 11.02.2015).'
ERRADO. 
Esta alternativa está errada uma vez que a doutrina afirmar que os regulamentos ou decretos regulamentares expedidos pelo Poder Executivo não podem ser objeto de ADI.   Abstraindo-se o decreto autônomo da discussão. 
Segundo o  Supremo Tribunal Federal  não é  cabível ação direta de inconstitucionalidade em face de decreto editado no exercício do poder regulamentar. Como se observa nas ementa abaixo: 
“CONSTITUCIONAL. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ATO REGULAMENTAR. ATO COM EFEITOS CONCRETOS. I. - O regulamento não está, de regra, sujeito ao controle de constitucionalidade. É que, se o ato regulamentar vai além do conteúdo da lei, ou nega algo que a lei concedera, pratica ilegalidade. A questão, em tal hipótese, comporta-se no contencioso de direito comum. Não cabimento da ação direta de  inconstitucionalidade. II. - Ação direta de inconstitucionalidade não conhecida.” (ADI nº 2.413, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 16/8/02);"
ALTERNATIVA D. 
Esta é a alternativa correta já que a doutrina considera um vício formal subjetivo de inconstitucionalidade  quando da  não observância da competência exclusiva para iniciar o processo legislativo.
O autor Pedro Lenza ainda  subdivide a inconstitucionalidade forma em duas espécies:  vício formal subjetivo e vício formal objetivo. 
· "Vício formal subjetivo: o vício formal subjetivo verifica-se na fase de iniciativa.
·  Tomemos um exemplo: algumas leis são de iniciativa exclusiva (reservada)do Presidente da República, como as que fixam ou modificam os efetivos das Forças Armadas, conforme o art. 61, § 1.º, I, da CF/88.
· Iniciativa privativa, ou melhor, exclusiva ou reservada, significa, no exemplo, ser o Presidente da República o único responsável por deflagrar, dar início ao processo legislativo da referida matéria.
·  Em hipótese contrária (ex.: um Deputado Federal dando início), estaremos diante de um vício formalsubjetivo insanável, e a lei será inconstitucional.
· Vício formal objetivo: por seu turno, o vício formal objetivo será verificado nas demais fases do processo legislativo, posteriores à fase de iniciativa. 
· Como exemplo citamos uma lei complementar sendo votada por um quorum de maioria relativa. 
· Existe um vício formal objetivo, na medida em que a lei complementar, por força do art. 69 da CF/88, deveria ter sido aprovada por maioria absoluta."
GABARITO: ALTERNATIVA D. 
ERRADO. 
A alternativa está errada uma vez que a doutrina leciona  que  o  controle difuso (concreto) foi instituído na Constituição de 1891, no entanto, o controle  concentrado  (abstrato) foi instituído pela primeira vez no Brasil em 1965, na CF/1946, através da EC 16/1965. .
Segundo  Francisco de Assis Cabral,  CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE: 
· "Na vigência da Constituição do Império de 1824, a primeira Carta Constitucional brasileira, não havia qualquer mecanismo de fiscalização jurisdicional de controle da constitucionalidade, de maneira que, no Brasil Imperial cabia ao Poder Legislativo exercer a guarda da Constituição, sem ter, no entanto, qualquer dispositivo que estabelecesse a forma pela qual seria efetivado referido controle.   
·  A Constituição Republicana de 1891 sob influência do modelo de controle de constitucionalidade americano no art. 59, § 1º, alíneas “a” e “b”, atribuía-se ao Supremo Tribunal Federal o julgamento em grau de recurso de sentenças proferidas pelos tribunais estaduais em última instância, nos casos, a saber: quando a Corte estadual proferia decisão contrária a tratados e leis federais ou quando decidia favorável pela validade de leis e atos do governo estadual em conflito com a Constituição ou leis federais. 
·  ​O controle difuso era admitido, também, pelo art. 60, alínea “a”, que atribuía competência aos juízes e tribunais federais para processar e julgar as causas em que a ação ou defesa fosse fundada em disposição da Constituição Federal.      
·  ​Os dispositivos introduzindo o controle difuso já se encontravam na Constituição provisória, publicada pelo Decreto n. 510, de 1890; todavia, a princípio, o Supremo Tribunal Federal, cuja composição, em sua grande maioria, era formada de remanescentes do antigo Supremo Tribunal de Justiça do Império, não reconhecia esse controle. ​A Lei n.º 221, de 1894, que completou a organização da Justiça Federal, foi expressa ao admitir o controle difuso da constitucionalidade, consoante regramento inserto no art. 13, § 10. 
· Assim, cabia ao Poder Judiciário, em todos seus graus, o poder de controle de constitucionalidade das leis e dos atos administrativos, nos casos concretos que lhe fossem submetidos, não se admitia, porém, o controle de constitucionalidade de lei em tese. 
· A Emenda Constitucional de 03 de setembro de 1926, não trouxe qualquer inovação no controle de constitucionalidade exercido pelo judiciário. 
· A Constituição de 1934 institui a representação interventiva, a titularidade era exclusiva do Procurador-Geral da República e a competência do Supremo Tribunal Federal. 
· O objeto da declaração de inconstitucionalidade era o ato do EstadoMembro em choque com princípios constitucionais da União, cujo desrespeito seria motivo de intervenção federal. 
· Segundo Moreira Alves, a Constituição de 1934, além de manter o sistema de controle difuso, estabeleceu em seu art. 179, a presunção de constitucionalidade das leis infraconstitucionais.
·  No direito brasileiro adotava-se o princípio de não estarem os juízes e tribunais obrigados a seguirem os precedentes do Supremo Tribunal Federal, inclusive em questão de declaração de inconstitucionalidade. 
· Para dar plena eficácia às decisões da Suprema Corte nos casos de controle de inconstitucionalidade pelo sistema difuso, a Constituição de 1934 atribuiu ao Senado Federal competência para suspender, com efeito erga omnes, a decisão da Corte Suprema que declarasse inconstitucional, em grau de recurso,  qualquer dispositivo de lei ou  ato governamental (MOREIRA ALVES, José Carlos. A evolução do controle constitucionalidade no Brasil.  Documentação e Direito Comparado, Procuradoria-Geral da República, Lisboa, 1997, p. 143).
· A Constituição de 1937 no artigo 96, parágrafo único, retirou do Senado Federal a competência competência para suspender os atos e leis declaradas inconstitucionais pelo STF, atribuindo tal competência ao Conselho Federal, que não chegou a ser instalado.
· Segundo Moreira Alves, as características do controle direto para fins de intervenção e do controle direto em abstrato de normas foram introduzidas em nosso ordenamento jurídico-constitucional pela jurisprudência do STF, resultante, primeiramente, dos julgamentos de representações e, a partir de 1965, originou-se das representações que arguem a inconstitucionalidade de normas em abstrato (MOREIRA ALVES, op. cit.,  p. 139-153). ​
· A legitimação para propositura de representação interventiva era exclusiva do Procurador-Geral da República. 
· Conforme disposição do Regimento Interno do STF, não era permitida a desistência da representação, todavia, poderia o Procurador-Geral da República ofertar  parecer final pela improcedência da representação.       
·      ​A Emenda Constitucional nº 16 de 26 de novembro de 1965 introduziu definitivamente o controle concentrado de constitucionalidade no Brasil, pois atribuía originariamente competência ao STF para processar e julgar a representação contra inconstitucionalidade de lei (em tese) ou ato normativo federal ou estadual, encaminhado pelo Procurador-Geral da República. Instaurou-se, assim, o sistema misto (difuso e concentrado).
·  ​A Constituição de 1967 manteve esse sistema misto de controle de constitucionalidade. Com a Emenda Constitucional nº. 01 de 1969 foi admitido o controle de constitucionalidade de lei municipal, feito pelo Tribunal de Justiça do Estado, nos casos de intervenção do Estado no Município. 
·  A Emenda Constitucional nº 07 de 1977 atribuiu, expressamente, competência ao STF para conceder medida cautelar nas representações de inconstitucionalidade."
 ERRADO. 
Esta alternativa está errada uma vez que o art. 7º, §2º  da  Lei 9.868/99 determina a possibilidade de  manifestação de órgãos e entidades, como amicus curiae  no controle concentrado (abstrato). 
 Lei 9.868/99
 Art. 7o Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade. (ADI)
§ 2º. O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades.
Art. 18. Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação declaratória de constitucionalidade.
De acordo com a obra  Francisco de Assis Cabral, na obra Controle de constitucionalidade: 
· '"Quanto à intervenção de terceiros (amicus curiae) no controle abstrato de constitucionalidade, o STF já se manifestou acerca do tema no sentido de que  “a intervenção de terceiros no processo da ação direta de inconstitucionalidade é regra excepcional prevista no art. 7º, § 2º, da Lei 9.868/1999, que visa a permitir que terceiros - desde que investidos de representatividade adequada - possam ser admitidos na relação processual, para efeito de manifestação sobre a questão de direito subjacente à própria controvérsia constitucional.”  (STF - Informativo nº 384- ADI 3311/DF - Relator: MIn. Joaquim Barbosa). "
Já Gilmar Mendes, em seu livro Controle de Constitucionalidade assim se manifesta:
· "Intervenção de terceiros e “amicus curiae” – A Lei n. 9.868 preserva a orientação contida no Regimento Interno do STF que veda a intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade e, agora, também na ação declaratória de constitucionalidade (arts. 7o e 18).
· Constitui, todavia, inovação significativa no âmbito da ação direta de inconstitucionalidade a autorização para que o relator, considerando a relevância da matéria e a representatividadedos postulantes, admita a manifestação de outros órgãos ou entidades (art. 7o, § 2o).
·  Positiva-se, assim, a figura do amicus curiae no processo de controle de constitucionalidade, ensejando a possibilidade de o Tribunal decidir as causas com pleno conhecimento de todas as suas implicações ou repercussões.
· A Emenda Regimental nº 15 do Supremo Tribunal Federal, de 30 de março de 2004 (DJ de 01.04.2004) acrescentou o § 3º ao artigo 131 do Regimento Interno, para admitir a intervenção de terceiros no processo de controle concentrado de constitucionalidade, facultando-se-lhes a produção de sustentação oral.
· ADIn (QO) 2675, Rel. Min. Carlos Velloso e ADIn (QO) 2777, Rel. Min. Cezar Peluso. O Tribunal, por maioria, em 26.11.2003, resolvendo questão de ordem, entendeu permitir a sustentação oral dos amici curiae na ação direta de inconstitucionalidade. Em decisão na Sessão Administrativa de 25.03.2004, o Tribunal editou a Emenda Regimental nº 15, DJ de 01.04.2004, que acrescentou o § 3º ao artigo 131 do Regimento Interno, para admitir a intervenção de terceiros no processo de controle concentrado de constitucionalidade, facultando-lhes a produção de sustentação oral. Esta proposta envolve cuidados quanto à divisão do tempo em face da possibilidade de se fazerem presentes múltiplos amici curiae."
CORRETO. 
 Esta alternativa está correta já que os arts. 5º e 16º da Lei 9868/99 preveem que é vedada a desistência na ação direta de inconstitucionalidade (ADI) e na ação declaratória de constitucionalidade (ADC). 
Lei 9868/99
 Art. 5º Proposta a ação direta, não se admitirá desistência. (ADI)
Art. 16. Proposta a ação declaratória, não se admitirá desistência. (ADC) 
Segundo Cabral, Francisco de Assis. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE :
· "A desistência formulada pelo requerente na ação direta de inconstitucionalidade não acarreta, necessariamente, a suspensão do processo.
·  O pedido inicial de instauração da ação representa, nesse contexto, um simples impulso do processo objetivo de controle.  
· O autor não pode desistir da ação direta, mesmo que parcial.
·  Esse também é o entendimento do Supremo Tribunal Federal: 
· É incabível a possibilidade de o autor desistir, ainda que parcialmente, da ação direta de inconstitucionalidade. Com esse entendimento, o Tribunal - acolhendo questão suscitada pelo Min. Sepúlveda Pertence no julgamento de mérito da ação direta ajuizada pelo Procurador-Geral da República contra o art. 4º da Lei nº 4.957/94, do Espírito Santo, e contra a Resolução nº 8/95, editada pelo TJ/ES, e Resolução nº 1.652/93, editada pela Assembleia Legislativa/ES -, determinou que se reabrisse a fase processual destinada a permitir a manifestação do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República sobre os atos estatais, que, embora impugnados pelo autor, constituíram objeto da desistência parcial não admitida. ADIn 1.500-ES, rel. Min. Carlos Velloso, 18.2.99." 
ERRADO. 
Esta alternativa está errada pois a jurisprudência  entendem ser possível que o juiz de primeira instância declare incidentalmente inconstitucionalidade de lei ou ato com objetivo de proteger direitos subjetivos das partes.  Assim sendo, não será exigido a reserva de plenário. 
 Segundo a jurisprudência ocorre a impossibilidade de aplicação da cláusula de reserva de plenário a decisão de juiz singular, conforme julgados abaixo: 
· "O art. 97 da CF/1988 e a Súmula Vinculante 10 são aplicáveis ao controle de constitucionalidade difuso realizado por órgãos colegiados. 
· Por óbvio, o requisito é inaplicável aos juízos singulares, que não dispõem de “órgãos especiais”. 
· Ademais, o controle de constitucionalidade incidental, realizado pelos juízes singulares, independe de prévia declaração de inconstitucionalidade por tribunal. 
· A tese exposta na inicial equivaleria à extinção do controle de constitucionalidade difuso e incidental, pois caberia aos juízes singulares tão somente aplicar decisões previamente tomadas por tribunais no controle concentrado e abstrato de constitucionalidade. " [Rcl 14.889 MC, rel. min. Joaquim Barbosa, dec. monocrática, j. 13-11-2012, DJE 226 de 19-11-2012.]
· "Veja-se, assim, que o objetivo da Súmula Vinculante 10 é dar eficácia à cláusula constitucional da reserva de plenário, cuja obediência é imposta aos tribunais componentes da estrutura judiciária do Estado brasileiro. 
· Ocorre que a decisão, ora reclamada, foi proferida por juiz singular, o que torna o objeto da presente ação incompatível com o paradigma de confronto constante da Súmula Vinculante 10. 
· Isso porque é inviável a aplicação da súmula ou da cláusula de reserva de plenário, dirigida a órgãos judicantes colegiados, a juízo de caráter singular, por absoluta impropriedade, quando da realização de controle difuso de constitucionalidade". [Rcl 13.158, rel. min. Dias Toffoli, dec. monocrática, j. 8-8-2012, DJE 160 de 15-8-2012.]
Súmula Vinculante nº10.  "Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte."
ERRADO. 
Esta alternativa está errada uma vez que o  art. 21 da Lei 9.698/99 prevê   a suspensão dos processos que discutem a matéria  impugnada  até o julgamento definitivo na ação declaratória de constitucionalidade (ADC). 
LEI 9698: Art. 21. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo.
Sobre a Ação Declaratória de constitucionalidade, Gilmar Mendes em sua obra Controle da Constitucionalidade nos ensina que: 
· "Demonstração da existência de controvérsia judicial na ação declaratória de constitucionalidade – Ao lado do direito de propositura da ação declaratória de constitucionalidade – e, aqui, assinale-se, estamos a falar tão-somente da ADC e não da ADIn - há de se cogitar também de uma legitimação para agir in concreto, tal como consagrada no Direito alemão, que se relaciona com a existência de um estado de incerteza gerado por dúvidas ou controvérsias sobre a legitimidade da lei. 
· Há de se configurar, portanto, situação hábil a afetar a presunção de constitucionalidade, que é apanágio da lei.
· Embora o texto constitucional não tenha contemplado expressamente esse pressuposto, é certo que ele é inerente às ações declaratórias, mormente às ações declaratórias de conteúdo positivo.
· Assim, não se afigura admissível a propositura de ação direta de constitucionalidade  se não houver controvérsia ou dúvida relevante quanto à legitimidade da norma.
· Evidentemente, são múltiplas as formas de manifestação desse estado de incerteza quanto à legitimidade da norma.
· A insegurança poderá resultar de pronunciamentos contraditórios da jurisdição ordinária sobre a constitucionalidade de determinada disposição."
A Lei federal nº W3/2018 introduziu profundas alterações no regime jurídico dos servidores públicos federais, daí resultando prejuízos para um grupo de cinquenta servidores espalhados pelo território nacional, que teve o seu direito adquirido violado.
Ao tomar conhecimento do ocorrido, a associação nacional da categoria ingressou com arguição de descumprimento de preceito fundamental, na qual requeria que fosse reconhecida a inconstitucionalidade parcial da Lei federal W3/2018 e que as perdas de cada um dos servidores fossem recompostas pela União.
Em relação ao uso da arguição de descumprimento de preceito fundamental, no caso concreto, ele é:
ALTERNATIVA B. 
Essa alternativa esta correta já que de acordo com o §1º do artigo 4º da lei 9.882/1999, em o uso da arguição de descumprimento de preceito fundamental ( art. 102,§1º da CF/88) será incabível, por não estar presente a SUBSIDIARIEDADE  (só poderia ser aplicadase não existisse outro meio eficaz para tanto) e por ser direcionada a situações INDIVIDUAIS e CONCRETAS ( o controle por ADPF é abstrato não pode tratar questões concretas e de apenas determinadas pessoas). 
CF/88 ART. 102 § 1º A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.    
Art. 4º § 1o Não será admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.
Quanto a subsidiariedade exigida, prevista no § 1º do artigo 4º da lei 9.882/1999, O autor Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, em sua obra Direito Constitucional Esquematizado : " O legislador Ordinário conferiu a ADPF a natureza de ação EXCEPCIONAL, SUBSIDIÁRIA, RESIDUAL, enfim o caráter de remédio EXTREMO. Com efeito, nos termos da lei, só será cabível a ADPF se não for possível sanar a lesividade do ato que se quer impugnar mediante a utilização de "qualquer outro meio" que seja eficaz para tanto" 
Por fim ,quanto as situações individuais e concretas . A ADPF ocorre pelo controle abstrato, e não pelo controle Difuso (concreto, individual) Segundo o O autor Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo:"Diferentemente do controle difuso, ..., que se limita a um caso concreto (como o caso da questão), o controle abstrato é efetivado em tese, sem vinculação a uma situação CONCRETA, com o objetivo de expelir do sistema lei ou ato inconstitucional.. 
Nesse mesmo sentido, os autores supracitados demonstram que:
"Se os Ministros do STF concluírem, em um determinado caso, que os meios processuais que teoricamente poderiam ser usados NÃO estariam aptos verdadeiramente a impedir a situação de lesividade a preceito fundamental, então , nessa hipótese, eles não invocarão a regra do princípio da SUBSIDIARIEDADE. "
A cláusula de reserva de plenário exige que somente pela maioria absoluta de seus membros poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder público; a mesma cláusula aplica-se também às turmas recursais dos juizados especiais, por serem órgãos colegiados. 
ERRADO. 
A alternativa está errada porque de acordo com o artigo 97 da CF/88,  a doutrina e jurisprudência : a  cláusula de reserva de plenário exige que somente pela maioria absoluta de seus membros poderão os tribunais declarar a Inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder público (art. 97 da CF/88) ; a mesma cláusula  NÃO SE aplica também às turmas recursais dos juizados especiais, por  NÃO serem órgãos colegiados (não são considerados tribunais). 
CF/88 Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.  
Sobre o assunto o autor Pedro Lenza, Direito Constitucional Esquematizado, assim se posiciona: 
· NÃO se aplicação a  cláusula de reserva de plenário  às Turmas Recursais dos Juizados Especiais, para tanto ele leciona que: "... embora órgão recursal, as Turmas de Juizados não são consideradas “tribunais”.
· O art. 97 da CF/88 refere-se aos tribunais indicados no art. 92 e respectivos órgãos especiais mencionados no art. 93, XI. As Turmas dos Juizados, no âmbito recursal, não funcionam sob o regime de plenário ou de órgão especial (ARE 792.562-AgR, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 18.03.2014, 2.ª T., DJE de 02.04.2014).
· Dessa forma, as Turmas Recursais, órgãos colegiados dos Juizados, poderão declarar incidentalmente a inconstitucionalidade de uma lei ou afastar a sua incidência no todo ou em parte sem que isso signifique violação ao art. 97 da CF/88 e à SV 10/STF.
· Isso não impede, contudo, que a parte sucumbente interponha recurso extraordinário contra a decisão da Turma Recursal, para o STF apreciar a  questão constitucional (S. 640/STF).
· Apenas se faz o alerta de que, conforme já decidiu o STF, embora a cláusula de reserva de plenário não se aplique às Turmas Recursais de Juizados, isso não significa que os requisitos de admissibilidade inerentes ao cabimento do RE (art. 102, III, da CF/88) poderão ser desrespeitados. 
· Assim, indispensável a juntada do inteiro teor da decisão que tenha declarado a inconstitucionalidade e que será objeto do recurso extraordinário. "
Nesse sentido:
"A regra da chamada reserva do plenário para declaração de inconstitucionalidade (art. 97 da CF) não se aplica, deveras, às turmas recursais de juizado especial." [RE 453.744 AgR, voto do rel. min. Cezar Peluso, j. 13-6-2006, 1ª T, DJ de 25-8-2006.]
“EMENTA: A regra da chamada reserva do plenário para declaração de inconstitucionalidade (art. 97 da CF) não se aplica, deveras, às turmas  recursais de Juizado Especial. Mas tal circunstância em nada atenua nem desnatura a rigorosa exigência de juntada de cópia integral do precedente que tenha, ali, pronunciado inconstitucionalidade de norma objeto de recurso extraordinário fundado no art. 102, III, ‘b’,
da Constituição da República, pela mesmíssima razão por que, a igual título de admissibilidade do recurso, não se dispensa juntada de cópia de acórdão oriundo de plenário” (RE 453.744-AgR, voto do Rel. Min. Cezar Peluso, j. 13.06.2006, 1.ª Turma, DJ de 25.08.2006. No mesmo sentido: RE 529.296, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 08.05.2011. Ainda, AI 561.181- AgR, RE 369.696-AgR, AI 431.863-AgR, RE 466.834).
Ao declarar a inconstitucionalidade ou a não recepção de lei, no âmbito de controle concentrado ou difuso, o STF poderá, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos dessa declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou, ainda, em outro momento que venha a ser fixado. 
CORRETA. 
A alternativa está correta de acordo com o artigo 27 da lei 9868 e artigo 102, a) e §2º da CF/88 , como também a doutrina e a jurisprudência:  no âmbito de controle concentrado ou difuso, o STF , Ao declarar a inconstitucionalidade ou a não recepção de lei, por maioria de dois terços de seus membros, poderá restringir os efeitos dessa declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou, ainda, em outro momento que venha a ser fixado. 
Lei 9868, Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
 Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federa
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
Em primeiro lugar, a LEI No 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999  dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal.
Ademais, de acordo com o Autor Pedro Lenza, da obra Direito Constitucional Esquematizado: " ..., no controle difuso, para as partes os efeitos serão (regra):
■ inter partes: a decisão está limitada às partes do processo (e essa regra terá que ser lida com os temperamentos decorrentes da perspectiva de efeito erga omnes da tese do julgamento a partir de uma perspectiva de mutação constitucional do art. 52, X, que discutimos nos itens seguintes);
■ ex tunc: consagra-se a regra na nulidade. Se a lei ou o ato normativo é inconstitucional, estamos diantede vício congênito, ou seja, vício de “nascimento”. Assim, a declaração de inconstitucionalidade produz, em regra, efeito retroativo.
Essas regras, contudo, apresentam exceções.
No tocante à perspectiva da nulidade, o STF tem admitido a técnica da modulação dos efeitos da decisão também no controle difuso, aplicando-se, por analogia, o art. 27 da Lei n. 9.868/99 (lei da ADI), que estabelece: “ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de 2/3 de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado”.
O leading case, nesse sentido, foi o julgamento do RE 197.917, pelo qual o STF reduziu o número de vereadores do Município de Mira Estrela de 11 para 9 e determinou que a aludida decisão só atingisse a próxima legislatura. 
Entendeu a Corte estar diante de “situação excepcional em que a declaração de nulidade, com seus normais efeitos ex tunc, resultaria grave ameaça a todo o sistema legislativo vigente. Prevalência do interesse público para assegurar, em caráter de exceção, efeitos pro futuro à declaração incidental de inconstitucionalidade, valendo apenas para as eleições seguintes” (se os efeitos fossem normais, toda a atuação do parlamento anterior à decisão, que atuou com 11 e o correto seriam 9 vereadores, estaria comprometida) (cf. RE 197.917, Rel. Min. Maurício Corrêa, j. 06.06.2002, Pleno, DJ de 07.05.2004)'
FIGURA: Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, Direito Constitucional Esquematizado. 
Ao apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, o STF deverá citar, previamente, o advogado-geral da União, que necessariamente defenderá o ato ou texto impugnado. 
ERRADO. 
A alternativa está errada porque o artigo 103 §3º da CF/88 prevê que Ao apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, o STF deverá citar, previamente, o advogado-geral da União (AGU) , que necessariamente defenderá o ato ou texto impugnado.  Ademais  existem casos em que  não haverá a participação do AGU. 
CF/88 ART. 103 § 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.
De acordo com a Constituição Federal Interpretada, organizada por Costa Machado: "
· "O Advogado-Geral da União é o chefe da AGU, instituição responsável pela representação da União judicial e extrajudicialmente.
·  O dispositivo em análise determina a intervenção obrigatória do Advogado-Geral da União no controle de constitucionalidade, no intuito de defender a validade da lei ou do ato normativo impugnado. Nesse caso, o Advogado-Geral da União desempenha a função de curador do princípio da validade de leis e atos normativos.
·  A participação do AGU se dará apenas no controle concentrado, pois somente nesse tipo de fiscalização é que se analisa a violação em tese da Constituição, vale dizer de forma abstrata. 
· Logo, sendo caso de controle difuso realizado pelo STF, não haverá atuação do Advogado-Geral da União. Igualmente, não haverá participação do AGU na ADI por omissão nem na ADC, tendo em vista que não há lei ou ato normativo a ser defendido.
·  Vale destacar a obrigatoriedade do Advogado- Geral da União em defender a validade do ato normativo ou lei, objeto da ação de inconstitucionalidade, ainda que os mesmos lhe pareçam de fato inconstitucionais. 
· Tal entendimento deriva da forma imperativa usada no texto constitucional, e que causa discussões e perplexidades na doutrina, pois a  função do Advogado-Geral da União, como um obrigatório defensor legis, torna a sua atuação mecânica e condicionada, retirando-lhe qualquer liberdade de agir.
·  Em que pesem as observações anteriores, o STF tem amenizado a tese do pronunciamento obrigatório do AGU pela constitucionalidade do ato impugnado na ADI, no sentido de que o Advogado-Geral da União não está obrigado a defender tese jurídica se sobre ela já existe entendimento do Supremo pela sua inconstitucionalidade (ADI n. 1.616, rei. Min. Maurício Corrêa, j. 24 .05.2001, DJ24.08.2001)."
A Constituição da República de 1891 foi a primeira a prever a possibilidade de controle difuso de constitucionalidade, de forma incidental, trazendo também importante inovação referente à denominada cláusula de reserva de plenário.
ERRADO. 
A alternativa está errada porque de acordo com a doutrina : a Constituição da República de 1891  foi   a primeira a prever a possibilidade de controle difuso  (concreto, incidental) de constitucionalidade, de forma incidental. No entanto,  foi a constituição de 1934  que trouxe a denominada cláusula de reserva de plenário (art. 97, CF) 
CF/88 Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.  
Segundo os autores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, Direito Constitucional Descomplicado.:"
· Os ordenamentos constitucionais em geral preveem dois modelos distintos de controle judicial de constitucionalidade: o controle difuso (ou jurisdição constitucional difusa), criação dos Estados Unidos da América, e o controle  concentrado (ou jurisdição concentrada), instalado inicialmente na Áustria, sob a influência do jurista Hans Kelsen.
· Ocorre o controle difuso (ou aberto) quando a competência para fiscalizar a validade das leis é outorgada a todos os componentes do Poder Judiciário, vale dizer, qualquer órgão do Poder Judiciário, juiz ou tribunal, poderá declarar a inconstitucionalidade das leis.
· Apresentamos, a seguir, um bosquejo histórico da evolução dos sistemas de fiscalização da validade das leis no Brasil, desde a Constituição de 1824 (que sequer previa o controle judicial de constitucionalidade), até a Carta vigente, que contempla um complexo e abrangente sistema de fiscalização jurisdicional. ·
· A Constituição  de 1824: A Constituição do império não contemplava qualquer sistema assemelhado aos atualmente conhecidos modelos de controle da constitucionalidade.
· Outorgava, tão somente, ao Poder Legislativo a competência para "fazer leis, interpretá-las, suspendê-las e revogá-Ias", bem como para ''velar na guarda da Constituição" (art. 15).
· A Constituição Imperial (1824)  outorgava competência ao próprio  Poder Legislativo para a fiscalização de seus atos e aferição de sua compatibilidade com a Constituição, ou seja, a validade das leis era controlada pelo próprio órgão encarregado da elaboração normativa.
·  Não se reconhecia ao Poder Judiciário competência para afastar a aplicação de normas que pudessem ser consideradas inconstitucionais, não existindo, portanto, nem mesmo o mais rudimentar modelo de controle judicial de constitucionalidade.
· A Constituição de 1891, profundamente influenciada pelo constitucionalismo dos Estados Unidos da América, abandona o sistema estritamente político de controle da constitucionalidade - albergado pela Constituição anterior (1824) , na qual somente o Legislativo realizava a fiscalização da validade de suas próprias leis - e passa a outorgar competência ao Poder Judiciário para afastar a aplicação, a um caso concreto, da lei que ele considerasse inconstitucional. 
· Inaugurava-se, assim, um abrangente sistema de controle judicial difuso no Brasil, atribuindo-se a todos os órgãos do Poder Judiciário, federais ou estaduais, a competência para aferir a compatibilidade das leis com a Constituição, desde que houvesse provocação nesse sentido.
· A Constituição de 1934 introduziu profundas alterações no sistema judicial de fiscalização das leis no Brasil, criando novos mecanismos de atuação do Poder Judiciário.
· F oi com a Carta de 1934 que passou a integrar nosso sistema de controle a denominada "reserva de plenário", segundo aqual somente a maioria absoluta dos membros dos diversos Tribunais do Poder Judiciário dispõe de competência para declarar a inconstitucionalidade das leis e atos normativos do Poder Público - fortalecendo sensivelmente o princípio da presunção de constitucionalidade das leis, em favor da segurança jurídica. "

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