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PROCESSOS DE FUSÃO EMENTA DO CURSO Reações Físico-Químicas; Fornos de Fusão: – Cubilô; – Fornos Elétricos: • Indução; • Arco; – Forno à Óleo; – Forno à Gás; PROCESSOS DE FUSÃO EMENTA DO CURSO Ferro Fundido: – Cinzento; – Nodular; – Vermicular; Aço Fundido; Ligas Não-Ferrosas: – Alumínio; – Magnésio; Refratários: – Forno; – Panela. FORNO CUBILÔ • Fundamentos; • Descrição do Forno Cubilô; • Considerações Gerais; • Variáveis de Operação: – Cama de Coque e Coque de Fusão; – Peso da Carga Metálica; – Injeção de Ar; • Carregamento do Forno; • Início de Fusão; • Sangria; • Escória; FUNDAMENTOS • O forno cubilô ou forno de cúpula é um equipamento de fusão empregado para a produção de ferros fundidos, por meio da refusão de materiais metálicos ferrosos e funciona baseado no princípio de contra corrente, ou seja, a carga metálica e o combustível possuem um fluxo contrário ao do comburente que é o oxigênio do ar. (CARGA DESCE/GASES SOBEM) Descrição do Forno Cubilô 1 – CUBA: parte do forno compreendida no plano superior das ventaneiras até a porta de carga. 2 – CADINHO: parte inferior do forno, desde a soleira até o plano médio das ventaneiras. É o elemento básico para o dimensionamento do forno cubilô e tem por finalidade servir de reservatório para o ferro fundido e para a escória. 3 – ANEL DE VENTO: também chamado caixa de vento, podendo ter formato circular ou retangular, que envolve todo o forno. Serve para a distribuição do ar nas ventaneiras. 4 - VENTANEIRAS: orifícios para a entrada de ar. São construídas de ferro fundido e parafusadas internamente contra a carcaça do forno. 5 – VIGIAS: tem por finalidade facilitar a observação do andamento da fusão no interior do forno. 6 – PORTA DE VISITA: geralmente encontra-se do lado oposto à bica de sangria do ferro fundido. Serve para facilitar a preparação da soleira e o acendimento do forno. Descrição do Forno Cubilô Descrição do Forno Cubilô 7 – PORTA DE CARGA: serve para dar entrada aos materiais de carga. Suas dimensões dependem do tipo de carregamento. 8 – PLATAFORMA DE CARGA: Serve para facilitar a entrada dos materiais de carga bem como facilitar as operações no caso de engaiolamento do forno. 9 – CHAMINÉ: prolongamento da cuba com a finalidade de levar os gases para fora da fundição ou para estações de tratamento dos gases. 10 – BICA DE SANGRIA DO FERRO: calha de aço ou ferro fundido revestida de argamassa pela qual o ferro líquido jorra para o exterior do forno. 11 – BICA DE SANGRIA DA ESCÓRIA: destina-se a retirada da escória. Se situa 10 a 15 cm abaixo do plano inferior das ventaneiras. As bicas de escória e de ferro fundido podem constituir-se num só elemento no caso de sangria contínua. Descrição do Forno Cubilô 12 – BICA AUXILIAR: Bica alternativa para uso no caso de reparos na bica principal, solidificação do ferro no furo de sangria, etc. Também pode ser usada juntamente com a bica principal para esvaziamento do forno. 13 – TUBULAÇÃO DE ÁGUA: serve para refrigerar a carcaça do forno. 14 – VENTILADOR: Gera o ar que é injetado pelas ventaneiras. 15 – PORTA DE CARGA: serve para dar entrada aos materiais de carga. Suas dimensões dependem do tipo de carregamento. 16 – ANTECADINHO: forno de espera (holding). 17 – REFRIGERAÇÃO DO REFRATÁRIO. 18 – CAPTAÇÃO DE POEIRAS: coleta os pós e envia para a estação de tratamento e descarte. 19 – COLUNA DE SUSTENTAÇÃO: geralmente de ferro fundido ou perfis de aço soldados. Servem de sustentação do forno e construção da plataforma de trabalho. Descrição do Forno Cubilô 20 – VÁLVULA DE REGULAGEM DO AR: controlam a vazão de ar no interior do forno de acordo com a temperatura e a quantidade de metal fundido (T/h). 21 – TUBULAÇÃO DE ÁGUA: serve para lavar os gases que saem do cubilô. 22 – SAÍDA DE ÁGUA E POEIRA. 23 – REFRATÁRIO: protege a carcaça do forno. 24 – TIJOLO DE FERRO FUNDIDO: protege a carcaça do forno devido a agressão causada pela adição dos materiais de carga. 25 – SOLEIRA: fundo do forno. Pode ser feito de areia de moldar ou massa refratária. 26 – FUNDAÇÃO: estrutura preparada para suportar o peso do forno. Descrição do Forno Cubilô REGIÃO A: zona do cadinho. Região compreendida entre a soleira e o plano inferior das ventaneiras. Serve para armazenar o ferro líquido que goteja através da cama de coque. REGIÃO B: zona de combustão ou zona de oxidação. Região acima da zona do cadinho. Nesta região ocorre a oxidação do coque através do oxigênio do ar soprado. Também ocorre oxidação do silício e do manganês. REGIÃO C: zona de redução ou fusão. Região situada acima da zona de combustão até o plano inferior dos tijolos de ferro fundido. Região onde se inicia e termina a fusão da carga metálica. REGIÃO D: zona de pré-aquecimento. Situa-se acima da zona de redução até a porta de carga. Considerações Gerais • Nos fornos cubilô, as reações que promovem a formação de CO2 e CO (combustão) são responsáveis pelo fornecimento do calor necessário ao processo de fusão. • CO2 -> produto da combustão completa do carbono • CO -> produto da combustão incompleta do carbono • Reações: C + O2 CO2 (+8140 Kcal/kg C) C + ½ O2 CO (+2450 Kcal/kg C) CO2 + C 2 CO (-3240 Kcal/Kg C) Dessa forma, a formação do CO através de uma redução do CO2 deve ser evitada, pois implica na absorção de calor. Considerações Gerais • No forno cubilô, a combustão se processa mais intensamente na região situada logo acima do cadinho, onde a oxidação do coque é efetuada pelo oxigênio do ar soprado. Nesta zona, que é chamada “zona de oxidação”, os gases são altamente oxidantes e nela ocorre a oxidação do silício e do manganês que é acompanhada por uma liberação adicional de calor, que superaquece o ferro fundido que goteja no cadinho. As reações de oxidação do silício e do manganês são as seguintes: Si + O2 SiO2 (+208300 Kcal) Mn + ½ O2 MnO (+96720 Kcal) Considerações Gerais Considerações Gerais • As temperaturas mais elevadas dentro do cubilô são obtidas na zona de máximo teor de CO2 no gás. A medida que o teor de CO2 diminui e o teor de CO aumenta, a temperatura do gás decresce. Quanto maior a distância das ventaneiras, maior é a queda de temperatura no interior do forno em função da troca de calor com a carga que desce.
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