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Tutoria 01 Neuro

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Módulo de Neuro 
 
Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
Tutoria 01 
Objetivo 01: Conhecer a embriologia, divisões e organização (geral e específica) do 
SNC e nervos cranianos (SNP) 
EMBRIOLOGIA 
1. Processo Notocordal e notocorda 
O processo notocordal cresce cefalicamente entre o ectoderma e o endoderma até atingir a placa 
pré-cordal- pequena área circular onde o ecto e o endo estão fundidos. 
** A placa pré-cordal da origem ao endoderma da membrana orofaríngea 
A notocorda, por sua vez, é um bastão celular que: 
 Define o eixo do embrião, dando-lhe uma certa rigidez 
 É a base para o esqueleto axial 
 Indica a futura área dos corpos vertebrais 
 Induz o ectoderma adjacente a formação da placa neural 
 
2. Placa Neural e tubo neural: 
O espessamento do ectoderma, situado 
acima da notocorda, forma a placa neural 
por volta do 20º dia. 
A placa neural cresce progressivamente, 
tornando-se mais espessa e adquire um 
sulco longitudinal denominado sulco 
neural, que se aprofunda e forma a 
goteira neural. Os lábios da goteira 
neural se juntam para formar o tubo 
neural. 
O ectoderma não diferenciado se fecha sobre o tubo neural, isolando-o do meio externo. 
Módulo de Neuro 
 
Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
**O tubo neural da origem a elementos do SNC 
** O processo de fechamento para formação 
do tubo neural inicia-se do meio da goteira 
neural para as extremidades (local de 
fechamento mais lento). Assim, em uma 
determinada idade é possível perceber o 
tubo neural no meio do embrião e a goteira 
nas extremidades. 
Mesmo em fases mais adiantadas, permanece 
dois orifícios nas extremidades cranial e 
caudal, respectivamente, neuróporo rostral e 
neuróporo caudal. 
Paredes do tubo neural: 
O crescimento das paredes e a diferenciação não são uniformes e se dividem em: 
 Duas lâminas alares 
 Duas lâminas basais 
 Uma lâmina de assoalho 
 Uma lâmina de teto 
Das lâminas alares e basais derivam neurônios e grupos de neurônios (núcleos) ligados, 
respectivamente, a sensibilidade e à motricidade, situados na medula e no tronco encefálico. 
Dilatação do tubo neural 
O calibre do tubo neural não é uniforme. A 
parte cranial dá origem ao encéfalo do adulto, 
torna-se dilatada e constitui o encéfalo 
primitivo, ou arquencéfalo; a parte caudal, 
constitui a medula primitiva do embrião e da 
origem a medula do adulto. 
Cavidades do tubo neural 
A luz da membrana primitiva forma, no adulto, o canal central da medula, ou canal do 
epêndima, que no homem é muito estreito e parcialmente obliterado. 
A cavidade dilatada do robencéfalo forma o IV ventrículo 
As cavidades dilatadas do diencéfalo e da parte mediana do telencéfalo formam o III ventrículo 
A luz do mesencefalo une o III e o IV ventrículo 
A luz das vesículas telencefálicas laterais forma, de cada lado, os ventrículos laterais, unidos ao 
III ventrículo pelos dois forames interventriculares. 
**Todas as cavidades são revestidas por um epitélio cuboidal denominado epêndima e, com 
exceção do canal central da medula, contém o líquido cérebro-espinhal, ou liquor. 
Módulo de Neuro 
 
Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
3. Crista neural 
No ponto em que o ectoderma se encontra na goteira neural, formando o tubo neural, 
desenvolvem-se células que formam de cada lafo uma lâmina longitudinal chamada de crista 
neural. 
** A crista neural da origem ao elementos do SNP, além de elementos não pertencentes ao 
sistema nervoso (gânglios sensitivos; gânglios do SNA; medula da glândula suprarrenal; 
melanócitos; células de schwann; etc). 
Elas rapidamente se dividem e dão origem aos fragmentos que irão formar os gânglios 
espinhais, localizados na raiz dorsal dos nervos espinhais. 
4. Diferenciação e organização neuronal 
Proliferação e migração neuronal 
A proliferação neuronal se intensifica após a formação do tubo neural. A partir de certo 
momento as células percussoras do neurônio passam a se dividir de forma assimétrica, 
formando outra célula percussora e um neurônio jovem se inicia. 
Existem células cujas prolongamentos se estendem da superfície ventricular até a superfície 
externa, chamadas de glia radial, precursoras dos astrócitos. Os neurônios migram aderidos a 
prolongamentos da glia radial e param até chegar a camada subsequente 
Diferenciação neuronal 
Após a migração, os neurônios jovens irão adquirir as características morfológicas e 
bioquímicas próprias da função que irão exercer. Começam a emitir seus axônios. A 
diferenciação depende de fatores indutores liberados por determinados grupos de neurônios. 
Morte neuronal programada e eliminação de sinapses 
Após as etapas da embriogênese, o número de neurônios e sinapses existentes é maior do que o 
que caracteriza o ser humano após o nascimento. Por isso, ocorre uma morte neuronal 
programada, regulada pela quantidade de tecido-alvo presente. Esse tecido alvo produz uma 
série de fatores neurotróficos, que bloqueiam um processo ativo de morte celular por apoptose 
nos neurônios. 
Ocorre então, uma competição entre os neurônios, e aqueles que conseguem estabilizar suas 
sinapses e assegurar quantidade suficiente de fatores tróficos sobrevivem, enquanto os demais 
sofrem apoptose e morrem. Ocorre também a eliminação de sinapses não utilizadas ou 
produzidas em excesso. 
Mielinização 
Na medula espinhal, as bainhas de mielina começam a formar-se durante o final do período fetal 
e continuam a formar-se durante o primeiro ano pós-natal. As bainhas de mielina, que envolvem 
as fibras nervosas situadas na medula espinhal, são sintetizadas por oligodendrócitos. A 
membrana plasmática destes se enrola em torno dos axônios, formando um certo número de 
camadas. 
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Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
A bainha de mielina em torno dos axônios das fibras nervosas periféricas é formada pela 
membrana plásmatica de células do neurolema (de Schwann), análoga aos oligodentrócitos. 
Estas células neurogliais originam-se de células da crista neural que migram para a periferia e 
enrolam-se em torno dos axônios somáticos motores e dos neurônios motores autônomos pré- 
ganglionares, quando estes saem do sistema nervoso central. Com aproximadamente 20 
semanas, as fibras nervosas periféricas começam a tomar um aspecto esbranquiçado, resultante 
do depósito de mielina. 
A última região a concluir este processo é o córtex da região anterior do lobo frontal do cérebro, 
responsável pelas funções psíquicas superiores. Ela cresce até os 16, 17 anos, quando inicia o 
processo de eliminação de sinapses. O processo de mielinização no lobo frontal só está 
concluído próximo aos 30 anos. 
ORGANIZAÇÃO GERAL DO SN 
Os neurônios sensitivos, cujos corpos estão nos gânglios sensitivos, conduzem à medula ou ao 
tronco encefálico (sistema nervoso segmentar) impulsos nervosos originados em receptores 
situados na superfície ou no interior do animal. 
 - 
 
 -se, assim, arcos ref 
 
 
chapa quente. - 
 - 
 
 - -- 
de 
 
 
motores situados no sistema nervoso segmentar. 
 
 
 
envia, por meio de vias descendentes complexas, impulsos capazes de coordenar a resposta 
motora. 
DIVISÕES DO SNC 
Sistema nervoso central: É aquele que se 
localiza dentro do esqueleto axial 
(cavidade craniana e canal vertebral) 
Sistema nervoso periférico: É aquele que 
se localizam fora desse esqueleto (nervos 
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**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
e gânglios). 
Encéfalo + Medula = SNC 
Medula (cap.4 machado) 
Tronco encefálico e cerebelo (cap.5 machado) 
Cérebro: Diencéfalo (cap. 6 machado)/ Telencéfalo (cap. 7 machado) 
 Medula Espinhal: 
Medula significa miolo e indica tudo o que está dentro 
**A medula espinhal é uma massa 
cilindroide, de tecido nervoso, situada 
dentro do canal vertebral, sem ocupa-
lo completamente. 
Cranialmente, a medula limita-se com 
o bulbo, aproximadamente ao nível do 
forame magno. O limite caudal tem 
importância clínica e, no adulto, situa-
se geralmente na 2 vertebra lombar. A 
medula termina 
Seu calibre não é uniforme, pois 
apresenta duas dilatações denominadas intumescência cervical e intumescência lombar. Essas 
intumescências correspondem a áreas em que fazem conexão com a medula as grosseiras raízes 
nervosas que formam o plexo braquial e o plexo lombossacral. 
Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta a forma de 
uma borboleta ou de um H. É possível observar a presença de três colunas: coluna anterior, 
posterior e lateral (apenas na parte torácica e lombar alta). 
No centro da substância cinzenta localiza-se o canal central da medula (ou canal do epêndima), 
resquício da luz do tubo neural no embrião. 
A substância branca é formada por fibras, a maior parte delas mielínicas, que sobem e 
descem na medula e podem ser agrupadas de cada lado em três funículos ou cordões. 
Nos sulcos laterais anterior e posterior da medula, pequenos filamentos nervosos fazem 
conexão, denominados filamentos radiculares, que se unem para formar as raízes ventral e 
dorsal dos nervos espinhais. As duas raizes (ventral e drosal) se unem para formar os nervos 
espinhais. 
Existem 31 pares de nervos espinhais, aos quais correspondem a 31 segmentos medulares assim 
distribuidos: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e, geralmente, 1 coccígeo. 
**Existem 8 pares de nervos cervicais, mas somente 7 vertebras. O primeiro par cervical 
emerge acima da 1 vertebra cervical. Já o 8 par emerge abaixo da 7 vertebra cervical. 
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**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
IMPO: No adulto, a medula não ocupa todo o canal medular, uma vez que termina no nível da 
2ª vertebra lombar (LII). Abaixo o canal vertebral contém apenas meninges e as raizes nervosas 
que formam a cauda equina. 
**Até o quarto mês de vida intrauterina medula e coluna crescem no mesmo ritmo. Por isso a 
medula ocupa todo o comprimento da coluna. A partir do quarto mês a coluna começa a 
crescer mais do que a medula, sobretudo em sua porção caudal. 
Envoltórios da medula: 
**A medula é envolvida por membranas fibrosas denominadas meninges, que são: dura-máter, 
arcnóide e pia-máter 
 Dura-máter: 
Meninge mais externa formada por abundantes fibras colágenas que a tornam espessa e 
resistente. 
Envolve toda a medula 
Os orifícios necessários a à 
passagem de raízes ficam 
então obliterados, não 
permitindo a saída de liquor 
 Aracnóide 
Se dispõem entre a dura-
mater e a pia-máter. 
 Pia-Máter 
Meninge mais delicada e interna. Ela adere intimamente o tecido nervoso da superfície da 
medula. 
Espaços entre as meninges 
Em relação as meninges que envolvem a medula, existem três cavidades ou espaços: epidural, 
subdural e subaracnóideo. 
 Espaço epidural 
Situa-se entre a dura-máter e o periósteo do canal vertebral 
Contém tecido adiposo e um grande número de veias que constituem o plexo venoso vertebral 
interno** 
**As veias desse plexo tem comunicação com as veias da cavidade torácica, abdominal e 
pélvica. 
 Espaço subdural 
Situado entre a dura-máter e a aracnoide 
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**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
É uma fenda estreita com pequena quantidade de líquido 
 Espaço subaracnóideo 
É o mais importante, situado entre a aracnoide e a pia-mater 
Contem uma quantidade razoável de liquor 
Entre o nível LII (término da medula) e o nível SII (termino do saco dural e aracnoide) o espaço 
subaracnóideo é maior, contém maior quantidade de líquido e raízes que formam a cauda 
equina. Desse modo, é o local utilizado para: Retirada de líquido para fins terapêuticos ou 
diagnósticos; medida de pressão do liquor; introdução de anestésicos; e administração de 
medicamentos. 
 Tronco Encefálico 
Interpõe-se entre a medula e o diencéfalo 
Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou emitem 
fibras nervosas que entram na constituição dos nervos 
cranianos. Dos 12 pares, 10 fazem conexão com o tronco 
encefálico. 
O tronco encefálico se divide em: Bulbo, situado caudalmente; 
mesencéfalo, situado cranialmente; e ponte, situado entre 
ambos. 
IMPO: O plexo coronoide o IV ventrículo produz o líquido cerebroespinhal 
 Bulbo ou medula oblonga 
**Controle dos batimentos cardíacos, movimentos respiratórios, deglutição, transmissão de 
informações sensoriais motoras (tb da face), aprendizagem de novos movimentos (núcleo 
olivar) 
A superfície do bulbo é percorrida longitudinalmente por sulcos que continuam com os sulcos 
da medula. Estes sulcos delimitam as áreas anterior, lateral e posterior. 
Na área ventral do bulbo, observa-se a fissura mediana anterior, e de cada lado dela existe uma 
pirâmide formada por um feixe compacto de fibras nervosas descendentes que ligam as áreas 
motoras do cérebro aos neurônios motores da medula- trato corticoespinhal. 
Entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior, temos a área lateral do bulbo, onde se observa 
uma eminência oval, a oliva, formada por uma grande massa de substancia cinzenta. 
Ventralmente a oliva emergem, do sulco lateral anterior, os filamentos radiculares do nervo 
hipoglosso (XII). Do sulco lateral posterior, emergem filamentos radiculares que se unem para 
formar os nervos glossofaríngeo (IX) e vago (X), além dos filamentos que constituem a raiz 
craniana do nervo acessório (XI), a qual se une a raiz espinhal vinda da medula. 
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**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
A metade caudal do bulbo é percorrida por um 
estreito canal, continuação direta do canal central 
da medula, que se abre para formar o IV ventrículo. 
Entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral 
posterior está a área posterior do bulbo. Essa é 
dividida em fascículo grácil e fascículo cuneiforme 
pelo sulco intermédio posterior. Estes fascículos 
são constituídos por fibras nervosas ascendentes, 
provenientes da medula, que terminam em duas 
massas se subst.. cinzenta, os núcleos grácil e 
cuneiforme 
 Ponte 
**Postura corporal, equilíbrio e manutenção do 
tônus muscular. 
Está situada ventralmente ao cerebelo e repousa 
sobre a parte basilardo osso occipital e o dorso da 
sela turca do esfenoide. Sua base, situada ventralmente, apresenta estriação transversal em 
virtude da presença de numerosos feixes de fibras que a percorrem. Esses feixes convergem de 
cada lado para formar um volumoso feixe, o pedúnculo cerebelar médio. 
No limite entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio emerge o nervo trigêmeo (V). Esta 
emergência se faz por duas raízes, uma maior, ou raiz sensitiva e outra menor , ou raiz motora. 
Percorrendo longitudinalmente a parte ventral da ponte tem-se a o sulco basilar no qual se aloja 
a artéria basilar. 
A parte ventral da ponte é separada do bulbo pelo sulco bulbo-pontino, de onde emergem de 
cada lado, a partir da linha mediana, o nervo abducente (VI), nervo facial (VII) e nervo 
vestíbulo-coclear (VIII). Entre o nervo VII e VIII emerge o nervo intermédio, que é a raiz 
sensitiva do VII par. 
 Mesencéfalo 
**Recepção e coordenação 
da contração muscular, 
postura corporal e reflexos 
visuais e auditivos. 
O mesencéfalo interpõe-se 
entre a ponte e o diencéfalo. 
É atravessa por um estreito 
canal o arqueduto cerebral 
que se une ao III e IV ventrículos. 
Ventralmente ao teto do mesencéfalo estão os dois pedúnculos cerebrais que, por sua vez, se 
dividem em uma parte dorsal, predominantemente celular, o tegmento (separado da base pela 
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**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
substancia negra, formada por neurônios que contém melanina), e outra ventral, formada por 
fibras longitudinais, a base do pedúnculo. 
Do sulco medial emerge o nervo oculomotor (III) 
Em vista dorsal, o teto 
do mesencéfalo 
apresenta quatro 
eminências 
arredondadas, os 
colículos superiores e 
inferiores. 
Caudamente a cada 
colículo inferior 
emerge o nervo 
troclear (IV)- único 
dos pares que emerge 
dorsalmente 
Os colículos se ligam a 
pequenas eminências 
ovais do diencéfalo, os 
corpos geniculados, através de feixes de fibras nervosas denominadas braços dos colículos. 
**O colículo inferior se liga ao corpo geniculado medial pelo braço do conículo inferior, e faz 
parte da via auditiva. 
**O colículo superior se liga ao corpo geniculado lateral pelo braço do coniculo superior e faz 
parte da via óptica 
 Cerebelo 
Fica situado dorsalmente ao bulbo e a ponte, contribuindo para a formação do teto do IV 
ventrículo. 
Repousa sobre a fossa cerebelar do osso occiptal e está separado do lobo occipital do cérebro 
por uma prega da dura-máter denominada tenda do cerebelo. 
Liga-se a medula e ao bulbo pelo pedúnculo cerebelar inferior e a ponte e ao mesencéfalo pelo 
pedúnculo cerebelar médio e superior, respectivamente. 
**O cerebelo é importante para manutenção da postura, equilíbrio, coordenação dos 
movimentos e aprendizagem de habilidades motoras. 
Anatomicamente, distingue-se no cerebelo uma porção impar e mediana, o vérmis, ligado a duas 
grandes massas laterais, os hemisférios cerebelares. A superfície do cerebelo apresenta sulcos de 
direção predominantemente transversal, que delimitam lâminas finas denominadas folhas do 
cerebelo. Existem também sulcos mais pronunciados, as fissuras do cerebelo, que delimitam 
lóbulos. 
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Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
É constituído de um centro com substância branca, o corpo medular do cerebelo, de onde 
irradiam as lâminas brancas do cerebelo, revestidas externamente por uma fina camada de 
substancia cinzenta, o córtex cerebelar. 
No interior do corpo medular existem quatro pares de núcleos de substancia cinzenta, que são os 
núcleos centrais do cerebelo: denteado, interpósito, subdividido em emboliforme e globoso, e o 
fastigal. **Deles saem todas as fibras nervosas eferentes do cerebelo 
 Diencéfalo 
O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, que corresponde, pois, ao telencéfalo. 
O diencéfalo compreende o tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo, todas em relação ao III 
ventrículo 
 III Ventrículo 
A cavidade do diencéfalo é uma estreita fenda impar e mediana denominada III ventrículo 
Continuar... 
 Tálamo 
Os tálamos são duas massas volumosas de substância cinzenta, de forma ovoide, dispostas uma 
em cada lado na porção laterodorsal do diencéfalo. 
A extremidade anterior de cada tálamo apresenta uma eminência, o tubérculo anterior do tálamo 
que participa da delimitação do forame interventricular 
Na parte posterior encontra-se uma eminência maior, o pulvinar, que se projeta sobre os corpos 
geniculados lateral e medial. O corpo geniculado medial faz parte da via auditiva e, o corpo 
geniculado lateral faz parte da via óptica e ambos são considerados por alguns autores como 
constituindo uma divisão do diencéfalo denominada metatálamo 
**O tálamo é uma área muito importante do cérebro, relacionada sobretudo com a 
sensibilidade. 
 Hipotálamo 
Situado abaixo do tálamo, com importantes funções, relacionadas sobretudo com o controle da 
atividade visceral. Compreende: corpos mamilares, quiasma óptico (recebe as fibras do nervo 
óptico), túber cinéreo (local onde prende-se a hipófise), infundíbulo. 
**Regula o sistema nervoso autônomo e as glândulas endócrinas e é o principal responsável 
pela homeostase 
 Epitálamo 
Seu elemento mais evidente é a glândula pineal (melatonina). A base do corpo pineal prende-se 
anteriormente a dois feixes transversais de fibras que cruzam o plano mediano, a comissura 
posterior e a comissura das habênulas. A comissura posterior situa-se no ponto em que o 
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Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
aqueduto cerebral se liga ao III ventrículo e é considerada como o limite entre o mesencéfalo e o 
diencéfalo. 
A pineal secreta melatonina que tem uma grande importância para o ritmo circadiano. Ela é 
sintetizada pelos pinealócitos a partir da serotonina e o processo de síntese é ativado pela 
noradrenalina liberada pelas fibras simpáticas. Durante a noite, este processo é ativado. 
O epitálamo é formado por: 
Trígono da Habênula – área triangular na extremidade posterior da tênia do tálamo junto ao 
corpo pineal. 
Corpo Pineal – é uma estrutura semelhante a uma glândula, de aproximadamente 8 mm de 
comprimento, que se situa entre os colículos superiores. Embora seu papel fisiológico ainda não 
esteja completamente esclarecido, a glândula pineal secreta o hormônio melatonina, sendo 
assim, uma glândula endócrina. A melatonina é considerada a promotora do sono e também 
parece contribuir para o ajuste do relógio biológico do corpo. 
Comissura Posterior – é um feixe de fibras arredondado que cruza a linha mediana na junção do 
aqueduto com o terceiro ventrículo anterior e superiormente ao colículo superior. Marca o limite 
entre o mesencéfalo e diencéfalo 
 Subtálamo 
Zona de transição entre o diencéfalo e o tegmento do mesencéfalo. Apresenta o núcleo 
subtalâmico, o qual tem conexões nos dois sentidos com o globo pálido através do circuito 
pálido-subtálamo-palidal, importante para a regulação da motricidade somática 
 Telencéfalo 
Compreende os dois hemisférios cerebrais e a lâmina terminal. Os dois hemisférios são unidos 
pelo corpo caloso e possuem cavidades, os ventrículos laterais direito e esquerdo, que se 
comunicam com o III ventrículo pelos forames interventriculares. 
Cada hemisfério possui três poloso: frontal, occipital e temporal; e três faces: dorsolateral, 
medial e inferior. 
A superfície do cérebro do homem apresenta depressões denominadas sulcos, que delimitam os 
giros cerebrais. A existência dos sulcos permite considerável aumento da superfície sem grande 
aumento do volume cerebral. Em cada hemisfério cerebral, os dois sulcos mais importantes são 
o sulco lateral (de Sylvius) e o sulco central (de Rolando). 
Os sulcos ajudam a delimitar os lobos cerebrais, querecebem sua denominação de acordo com 
os ossos do crânio, com os quais se relacionam – lobos frontal, temporal, parietal e occipital. 
Além destes, existe a ínsula, situada profundamente no sulco lateral. A divisão em lobos não 
corresponde a uma divisão funcional, exceto pelo lobo occipital, que está todo, direta ou 
indiretamente, relacionado com a visão 
Lobo Frontal: 
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**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
Sulco Pré-central: mais ou menos paralelo ao sulco central. 
Sulco Frontal Superior: inicia-se na 
porção superior do sulco pré-central 
e dirigi-se anteriormente no lobo 
frontal. É perpendicular a ele. 
Sulco Frontal Inferior: partindo da 
porção inferior do sulco pré-central, 
dirige-se para frente e para baixo. 
Giro Pré-central: localiza-se entre o sulco central e o sulco pré-central. Neste giro se localiza a 
área motora principal do cérebro (córtex 
motor). 
: localiza-se acima Giro Frontal Superior
do sulco frontal superior. 
Giro Frontal Médio: localiza-se entre o 
sulco frontal superior e inferior. 
Giro Frontal Inferior: localiza-se abaixo do sulco frontal inferior. O giro frontal inferior do 
hemisfério esquerdo é o centro cortical da palavra falada 
Lobo Temporal: 
Sulco Temporal Superior: inicia-se próximo ao pólo temporal e dirige-se para trás paralelamente 
ao ramo posterior do sulco 
lateral, terminando no lobo 
parietal. 
Sulco Temporal Inferior: 
paralelo ao sulco temporal 
superior é geralmente formado 
por duas ou mais partes 
descontinuas. 
Giro Temporal Superior: localiza-se entre o sulco lateral e o sulco temporal superior. 
Giro Temporal Médio: localiza-se 
entre os sulcos temporal superior e 
o temporal inferior. 
localiza-se Giro Temporal Inferior: 
abaixo do sulco temporal inferior e 
se limita com o sulco occípito-
temporal. 
 
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**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
 
Lobos Parietal 
Sulco Pós-central: localiza-se 
posteriormente ao giro pós-central. 
É paralelo ao sulco central. 
Sulco Intraparietal: geralmente 
localiza-se perpendicular ao sulco 
pós-central (com o qual pode estar 
unido) e estende-se para trás para 
terminar no lobo occipital. 
Giro Pós-central: localiza-se entre o sulco central e o sulco pós-central. É no giro pós-central 
que se localiza uma das mais 
importantes áreas sensitivas do 
córtex, a área somestésica. 
Lóbulo Parietal Superior: localiza-
se superiormente ao sulco intra-
parietal. 
Lóbulo Parietal Inferior: localiza-
se inferiormente ao sulco intraparietal. Neste, descrevem-se dois giros: o giro supramarginal, 
curvando em torno da extremidade do ramo posterior do sulco lateral, e o giro angular, 
curvando em torno da porção terminal e ascendente do sulco temporal superior. 
Lobo Occipital: 
O lobo occipital ocupa uma porção relativamente pequena da face súpero-lateral do cérebro, 
onde apresenta pequenos sulcos e giros irregulares e inconstantes. 
Lobo da Ínsula: 
O lobo da ínsula é visualizado afastando-se os lábios do sulco lateral. A ínsula tem forma cônica 
e seu ápice, voltado para baixo e para frente, é denominado de límen da ínsula. 
Sulco Central da Ínsula: parte do 
sulco circular, na porção superior da 
ínsula, e dirige-se no sentido antero-
inferior. Divide a ínsula em duas 
partes: giros longos e giros curtos 
Sulco Circular da Ínsula: circunda 
a ínsula na sua borda superior. 
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**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
Giros Longos da Ínsula: estão 
localizados posteriormente ao sulco 
central da ínsula. 
Giros Curtos da Ínsula: estão 
localizados anteriormente ao sulco 
central da ínsula. 
 Núcleos da base: 
Consideram-se como núcleos da base os aglomerados de neurônios existentes (substância 
cinzenta) na porção basal do cérebro. 
Núcleo caudado: relaciona-se em toda a sua extensão com os ventrículos laterais. A cabeça do 
núcleo caudado funde-se com a parte anterior do putâmen. Os dois núcleos são, em conjunto, 
chamados de estriado, e têm funções relacionadas sobretudo com a motricidade. 
Núcleo lentiforme: medialmente relaciona-se com a cápsula interna que separa do núcleo 
caudado e do tálamo; lateralmente relaciona-se com o córtex da ínsula, do qual é separado por 
substância branca e pelo claustrum. É dividido em putâmen e globo pálido por uma fina lâmina 
de substância branca. O globo pálido é subdividido, por outra lâmina de substância branca, em 
uma porção lateral e outra medial, e tem função sobretudo motora. O núcleo caudado e o núcleo 
lentiforme constituem o corpo estriado dorsal. 
Claustrum: é uma delgada calota de substância cinzenta situada entre o córtex da ínsula e o 
núcleo lentiforme. Separa-se daquele por uma fina lâmina branca, a cápsula extrema. Entre o 
claustrum e o núcleo lentiforme existe outra lâmina branca, a cápsula externa. 
Corpo amigdaloide: relacionada com a cauda do núcleo caudado. Tem importante função 
relacionada com as emoções, em especial com o medo. 
Núcleo accumbens: massa de substância cinzenta situada na zona de união entre o putâmen e a 
cabeça do núcleo caudado. É uma importante área de prazer do cérebro. 
NERVOS CRANIANOS 
Nervos craneanos são os que fazem conexão com o encéfalo. A maioria deles liga-se ao tronco 
encefálico, excetuando-se apenas o nervo ofatório e óptico, que se ligam, respectivamente, ao 
telencéfalo e ao diencéfalo 
 Nervo Olfatório (I) 
É constituído por feixes nervosos que se originam na parte olfatória da mucosa das fossas 
nasais, atravessam a lâmina crivosa do osso etmóide e terminam no bulbo olfatório. É um nervo 
exclusivamente sensitivo, responsável pela condução dos impulsos olfatórios, sendo então 
classificado como Aferente Visceral Especial. 
 Nervo Óptico (II) 
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**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
Constitui-se por feixes de fibras nervosas originadas na região da retina que penetram no crânio 
através do canal óptico. Os dois nervos ópticos unem-se no quiasma óptico, onde há um parcial 
cruzamento de suas fibras, que continuam no trato óptico até o corpo geniculado lateral. É um 
nervo totalmente sensitivo, classificando-se como Aferente Somático Especial. 
 Nervo Oculomotor (III), Nervo Troclear (IV) e Nervo Abducente (VI) 
São Nervos responsáveis pela inervação dos músculos extrínsecos do Olho, que são os 
seguintes: Músculo Elevador da Pálpebra Superior, Músculo Reto Superior, Músculo Reto 
Inferior, Músculo Reto Lateral, Músculo Reto Medial, Músculo Oblíquo Superior, Músculo 
Oblíquo Inferior. Todos esses músculos são inervados pelo Nervo Óculomotor, excetuando-se o 
Músculo Reto Lateral(Inervado pelo Nervo Abducente) e o Músculo Oblíquo Superior(Inervado 
pelo Nervo Troclear). As fibras destes três Pares de Nervos são classificadas como Eferentes 
Somáticas. 
 Nervo Trigêmeo (V) 
Possui uma raiz Sensitiva, consideravelmente maior, e uma raiz motora, sendo então 
considerado um nervo misto. 
Os Três Ramos ou Raízes do Nervo Trigêmeo, responsáveis pela sensibilidade somática geral 
de grande parte da cabeça, são: 
V.1 – Nervo Oftálmico: Responsável pela sensibilidade da cavidade orbital e seu conteúdo. 
Possui três ramos terminais: nasociliar, frontal e lacrimal. 
V.2 – Nervo Maxilar: Inerva as partes moles compreendidas entre a pálpebra inferior, nariz e 
lábio superior. 
V.3 – Nervo Mandibular: É bastante ramificado, tendo como principais ramos o Nervo Lingual, 
que proporciona a sensibilidade geral dos 2/3 anteriores da língua, e o Nervo Alveolar Inferior, 
que percorre o interior do osso Mandibular. 
Estas ramificações do Nervo Trigêmeo conduzem tanto impulsos exteroceptivos (temperatura, 
pressão, dor, tato), como propioceptivos (originados em receptores localizadosnos músculos da 
mastigação e na ATM). A Raiz motora deste nervo acompanha o nervo mandibular, 
distribuindo-se aos músculos da mastigação e classificando-se com Eferentes Viscerais 
Especiais. 
 Nervo Facial (VII) 
Este Nervo emerge do sulco bulbopontino através de dois componentes: uma raiz motora e uma 
raiz sensitiva e visceral. Após um percurso pelo meato acústico interno, o Nervo Facial emerge 
do Crânio pelo forame estilomastóideo, possuindo cinco componentes funcionais. Desses cinco 
componentes, os três mais importantes são: 
VII.1 – Fibras Aferentes Viscerais Especiais: Para os Músculos Mímicos, Músculo Estilo-
Hióideo, e ventre posterior do Músculo Digástrico. 
VII.2 - Fibras Eferentes Viscerais Gerais: Responsáveis pela inervação pré-ganglionar das 
glândulas lacrimal, submandibular e sublingual. 
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**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
VII.3 – Fibras Aferentes Viscerais Especiais: Recebem impulsos gustativos provenientes dos 
2/3 anteriores da língua. 
 Nervo Vestibulo-coclear (VIII) 
Trata-se de um nervo exclusivamente sensitivo que ocupa, juntamente com os nervos Facial e 
Intermédio, o meato acústico interno. Compõe-se de uma parte vestibular e uma parte coclear, 
que, apesar de unidas em um tronco comum, possuem origens, funções e conexões centrais 
diferentes. A parte vestibular é formada por fibras sensitivas que se originam dos neurônios 
sensitivos do gânglio vestibular, estando relacionada com a manutenção do Equilíbrio do corpo. 
Já a parte coclear é constituída por fibras originadas nos neurônios sensitivos do gânglio espiral, 
estando relacionada com a audição. As fibras desse nervo classificam-se como Aferentes 
Somáticas Especiais. 
 Nervo Glossofaríngeo (IX) 
É um nervo misto, formado por filamentos que se reúnem para formar o tronco do Nervo 
Glossofaríngeo, que sai do crânio através do forame jugular. Apresenta dois gânglios: 
superior(jugular) e inferior(petroso), formados por neurônios sensitivos. Seus componentes 
funcionais assemelham-se aos do Nervo Facial, sendo o mais importante aquele composto por 
fibras aferentes viscerais gerais, responsáveis pela sensibilidade geral do terço posterior da 
língua, faringe, úvula, tonsilas, tuba auditiva, seio e corpos carotídeos. Esse Nervo também é 
responsável pela inervação da glândula Parótida através de fibras eferentes viscerais gerais. 
 Nervo Vago (X) 
É o maior de todos os Nervos Cranianos, sendo misto, mas principalmente visceral. Emerge do 
crânio pelo forame jugular, atravessa o pescoço e o tórax, terminando no Abdome. No Seu 
longo trajeto o Vago dá origem a vários ramos que inervam a laringe e a faringe, entrando na 
formação dos plexos viscerais que promovem a inervação autônoma das vísceras torácicas e 
abdominais. Assim como os Nervos Facial e Glossofaríngeo, o Nervo Vago apresenta cinco 
componentes funcionais, dos quais destacam-se três principais: 
X.1 – Fibras Aferentes Viscerais Gerais: muito numerosas, conduzem impulsos aferentes 
originados na faringe, laringe, traquéia, esôfago, vísceras do tórax e abdome. 
X.2 – Fibras Eferentes Viscerais Gerais: responsáveis pela inervação parassimpática das 
vísceras torácicas e abdominais. 
X.3 – Fibras Eferentes Viscerais Especiais: Inervam os músculos da faringe e da laringe. O mais 
importate nervo motor é o nervo laríngeo recorrente. 
 Nervo Acessório (XI) 
É um nervo formado por uma raiz craniana e uma raiz espinhal. Esta última raiz é formada por 
filamentos radiculares que constituem um tronco comum que penetra no crânio pelo forame 
magno. Este tronco une-se com os filamentos da raiz craniana e depois divide-se em um ramo 
interno, que acompanha o vago, e um ramo externo, que inerva os Músculos Trapézio e 
Esternocleidomastóideo. As fibras que se originam da raiz craniana e que se unem ao vago são 
de dois tipos: 
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**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
XI.1 – Fibras Eferentes Viscerais Especiais: Inervam músculos da laringe através do laríngeo 
recorrente. 
XI.2 – Fibras Eferentes Viscerais Gerais: Inervam vísceras torácicas juntamente com fibras 
vagais. Já as fibras da raiz espinhal são Eferentes Viscerais Especiais. 
 Nervo Hipoglosso (XII) 
É um nervo sobremaneira motor que emerge do sulco lateral anterior do bulbo sob a forma de 
filamentos radiculares que se unem para formar seu tronco. Distribui-se aos músculos 
intrínsecos e extrínsecos da língua. Suas Fibras são consideradas Eferentes Somáticas. 
 
Objetivo 02: Correlacionar as funções e as áreas do encéfalo 
1. Cerebelo 
As principais funções do Cerebelo são: Manutenção do equilíbrio e da postura; controle do 
tônus muscular; controle dos movimentos voluntários; aprendizagem motora e funções 
cognitivas específicas 
2. Tálamo 
As principais funções do tálamo são relacionadas com: a sensibilidade, motricidade, 
comportamento emocional, memória e ativação do córtex 
3. Hipotálamo 
As principais funções do Hipotálamo são: Controle do Sistema nervoso autônomo; Regulação 
da temperatura corporal; Regulação do comportamento emocional; Regulação do equilíbrio 
Hidrossalino e da pressão arterial; Regulação da Ingestao de alimentos; Regulação do sistema 
endócrino; Relação e regulação de ritmos circadianos; Regulação do sono e vigília; e interação 
do comportamento sexual. 
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**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
Para manter seu papel básico de controlador das funções viscerais, o hipotálamo mantém 
conexões aferentes e eferentes com os neurônios da medula e do tronco encefálico. O 
hipotálamo recebe informações sobre a atividade das vísceras, através de suas conexões diretas 
com o núcleo do trato solitário. Este núcleo recebe toda a sensibilidade visceral, tanto geral 
como especial (gustação), que entra no sistema nervoso pelos nervos NC VII, IX e X. 
O hipotálamo anterior controla principalmente o sistema parassimpático. Já a estimulação do 
hipotálamo posterior controla principalmente o sistema simpático. 
**Centro de perda de calor: hipotálamo anterior ou pré-optico 
**Centro de conservação de calor: hipotálamo posterior 
**Estímulo a alimentação ou Centro da fome: Hipotálamo lateral 
**Estímulo a saciedade ou Centro da saciedade: Hipotálamo ventromedial 
4. Subtálamo 
Função motora 
 
Objetivo 03: Entender a avaliação da consciência e coma (Glasgow e Jouvet) 
1. Escala de Glasgow: 
A Escala de Coma de Glasgow (ECG) surgiu com o objetivo de avaliar o estado de consciência 
do doente. A avaliação do nível de consciência é o aspecto mais importante da avaliação 
neurológica, da qual também faz parte a avaliação dos movimentos, dos sinais pupilares e 
oculares, dos padrões respiratórios e dos sinais vitais. 
 O nível de consciência pode apresentar-se sob um estado de consciência total, de alerta e 
cooperação, ou numa ausência total de reação a qualquer forma de estímulo externo. Durante a 
avaliação da consciência, são observados seus dois componentes fundamentais: 
 Estado de vigília: corresponde ao nível mais elementar da consciência, onde o doente 
reage de maneira apropriada a estímulos verbais e dolorosos. 
 Conhecimento da consciência: diz respeito à avaliação da orientação do doente em 
relação a si próprio, ao tempo e ao espaço que o rodeia. 
Através da avaliação do conhecimento da consciência e das respostas do doente, são 
determinados os graus crescentes de confusão e desorientação. 
O nível de consciência depende da integridade do córtex cerebral e de sua ativação por uma 
estrutura do tronco encefálico, chamada Sistema Ativador Reticular Ascendente (SARA), 
localizada na região pontomesencefálica. Para que exista uma alteração do nível de consciência 
há necessidade que ocorra: lesão ou disfunção de SARA; lesão ou disfunçãointensa e difusa do 
córtex cerebral ou ambos. 
A ECG baseia-se na observação de três parâmetros: abertura dos olhos, melhor resposta motora 
e melhor resposta verbal. Em cada parâmetro, a melhor resposta corresponde a uma pontuação e 
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**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
pelo somatório obtém-se um valor que caracteriza o estado de consciência do doente. Os scores 
são: 
Score máximo (15): pessoa desperta e totalmente alerta 
Score igual ou inferior a 8: associado ao coma com prognóstico reservado 
Score mínimo (3): doente num coma profundo, completamente não responsivo 
 
Abertura ocular: 
O indicador abertura ocular está diretamente ligado à aparência de vigília que é um parâmetro 
de avaliação do funcionamento do mecanismo de ativação do córtex cerebral, ou seja, do 
SARA. 
Os nervos cranianos envolvidos na motricidade ocular são o III, o IV e o VI, cujos núcleos 
localizam-se no mesencéfalo e ponte, portanto apresentando íntima relação com o SARA. Os 
núcleos desses nervos estão intimamente relacionados através do fascículo longitudinal medial. 
Pela proximidade e associação destes com o SARA, a análise adequada da motricidade ocular 
extrínseca (MOE) horizontal é fundamental em casos de alteração do estado de consciência, 
permitindo concluir se há integridade dessa estrutura. 
Resposta verbal: 
A resposta verbal quando presente de forma coerente indica o mais alto grau de integração do 
Sistema Nervoso Central. 
**Se o paciente estiver intubado, a Escala de Coma de Glasgow possui apenas a abertura 
ocular e a resposta motora e então, um “T” é acrescentado para assinalar a incapacidade de 
resposta verbal. 
Resposta motora: 
A posição decorticada é a postura observada em casos de 
“ 
superior, isto é, cujo córtex cerebral não está 
 ” S 
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**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
quando em posição decorticada mantém-se deitado, numa postura imóvel e muito rígida. 
Quando aplicado algum estímulo, pode haver uma exacerbação da postura, podendo o tronco 
apresentar-se em opistótono, ou seja, arqueado 
A via motora se estende do giro pré-central até a porção baixa do tronco (bulbo), onde decussa 
para o lado oposto para atingir a medula cervical. Pela extensão, é comumente afetada em lesões 
estruturais do sistema nervoso central (SNC). Por isso, a presença de sinais motores focais, 
geralmente assimétricos, sugere doença estrutural, com raras exceções. A avaliação do padrão 
motor deve se basear na observação da movimentação espontânea do paciente, pesquisando 
tônus e reflexos (como a pesquisa do sinal de Babinski) e verificando o padrão motor à 
estimulação dolorosa em leito ungueal, região supra-orbitária e esterno. Com isso 
caracterizamos alguns padrões motores localizatórios: 
 hemiparesia com comprometimento facial: lesão acima da ponte contralateral; 
 Decorticação: lesão ou disfunção supratentorial; 
 Descerebração: lesão ou disfunção de tronco encefálico ou até diencéfalo; 
 Ausência de resposta: lesão periférica, pontina ou bulba 
A aplicação dessa escala é rápida, de fácil compreensão e permite concordância entre 
avaliadores. Por isso, ela tem sido usada frequentemente, principalmente nos quadros agudos e 
de trauma. Nessa escala a maior dificuldade está no indicador melhor resposta motora, para 
diferenciação entre os itens: padrão flexor, retirada inespecífica e localiza estímulos. 
2. Escala de Jouvet: 
Nessa escala são avaliados dois parâmetros: perceptividade e reatividade. Dentro do 
parâmetro reatividade é considerada a reatividade inespecífica; específica e autonômica. 
Os indicadores utilizados para essa avaliação são os apresentados por Jouvet para realização da 
avaliação clínica e incluem: execução de ordem escrita; orientação no tempo e espaço; execução 
de ordem verbal e reflexo de "blinking" - na avaliação da perceptividade. Para avaliação de 
reatividade inespecífica é verificada a presença de reação orientada e reação de despertar. A 
reatividade específica ou reação à dor é determinada a partir da observação de mímica facial, 
reatividade vocal, reação de despertar, retirada de membros, perante aplicação de estímulo 
doloroso. A reatividade autonômica é avaliada pela observação de variações respiratórias, 
mudanças vasomotoras, mudanças no ritmo cardíaco, mudanças no tamanho pupilar após 
estimulação dolorosa. 
Perceptividade: 
Para avaliação desse parâmetro é aplicado os seguintes testes. 
 O 1º teste consiste em solicitar ao paciente para obedecer uma ordem escrita: "feche os 
olhos" ou "ponha a sua língua para fora". 
 O 2º teste é elaborado para testar a orientação no tempo e espaço: "Você sabe onde 
está? Você sabe que dia estamos? Que mês? Que ano?". 
 No 3º teste é analisada a habilidade do paciente em obedecer um comando oral "feche 
seus olhos" ou "ponha a sua língua para fora". 
 O 4º teste é para verificar e reflexo de "blinking" que consiste no fechamento dos olhos 
aos estímulos visuais de ameaça (5). 
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**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
No parâmetro perceptividade o indivíduo é classificado em cinco categorias: 
 P1- indivíduos com nenhuma perda de consciência, neurologicamente normais no que 
se refere ao nível de consciência. Estes pacientes devem receber pontuação máxima 
também nos itens referentes aos 3 tipos de reatividade 
 P2- representa "obnubilação "; estes pacientes estão desorientados no tempo e no espaço 
ou são incapazes de obedecer a um comando escrito, porém executam ordens verbais; 
 P3- representa o que tem sido reconhecido classicamente como "torpor". Inclui 
indivíduos com pobre compreensão da linguagem. Para eles, uma ordem verbal precisa 
ser repetida muitas vezes antes de ser obedecida e mesmo assim o faz lentamente. 
Apresenta o reflexo de "blinking" normal; 
 P4- refere-se a pacientes que apresentam somente resposta a "blinking" (fechamento 
dos olhos aos estímulos visuais de ameaça); 
 P5- para aqueles incluídos nessa categoria, toda a percepção está ausente, indicando um 
distúrbio orgânico ou funcional dos neurônios corticais. 
Reatividade: 
Na reatividade inespecífica é considerado reação orientada positiva, aquela reação do 
indivíduo que quando tem seus olhos abertos, volta o olhar para o lado da cama onde 
ocorreu o barulho forte ou chamaram o seu nome; e a reação de despertar é considerada 
presente quando o indivíduo abre os olhos pelo estímulo de alguma manobra que é 
realizada. 
Quanto a reatividade inespecífica pode-se designar o indivíduo em três grupos: 
 R1- inclui os indivíduos que mostram uma reação orientada positiva com seus olhos 
abertos e uma reação positiva de despertar com os olhos fechados; 
 R2- inclui aqueles que perdem a reação orientada com os olhos abertos, mas puderam 
ainda abrir seus olhos quando desafiados; 
 R3- inclui indivíduos que perdem a capacidade de apresentar reação de despertar. 
Na reatividade à dor pode-se dividir os pacientes em quatro grupos: 
 D1- é o grupo que apresenta reação normal. Há mímica característica, o choro e a 
retirada do membro; 
 D2- ocorre perda da reação facial e vocal para dor, apresenta reação de despertar 
quando estimulado durante o sono e pode ainda retirar o membro; 
 D3- os indivíduos incluídos nesses grupos apresentam como reação à dor somente a 
retirada do membro; 
 D4- neste grupo são incluídos os pacientes com perda de todas as formas de reação à 
dor. 
Na reatividade autonômica é avaliada a resposta do sistema nervoso autônomo à 
estimulação dolorosa. A reação à dor causa um período de apnéia seguido por uma mais 
duradoura taquipnéia. O ritmo cardíaco pode acelerar ou diminuir,é freqüente mudanças 
vasomotoras ocasionando rubor, sudorese. Midríase também é muito comum. Neste indicador 
os pacientes são incluídos em dois grupos: 
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**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
 V1- inclui aqueles indivíduos que apresentam reações neuro-vegetativas ao estímulo 
doloroso; 
 V2- são classificados nesse grupo aqueles que nenhuma reação autonômica à dor pode 
ser notada. 
 
A pontuação final nessa escala é dada pela somatória dos números que seguem as letras de cada 
item avaliado. 
Objetivo 04: Compreender os mecanismos da formação de memoria (circuito de papez) 
Memória é a capacidade de se adquirir, armazenar e evocar informações 
1. Tipos de Memória 
Os dois critérios mais importantes são: a natureza da memória e o tempo de retenção do evento 
memorizado. Quanto ao primeiro critério distinguem-se dois tipos: memória declarativa (pode 
ser descrita por meio de palavras ou símbolos) e memória não-declarativa ou de procedimento 
(não podem ser descritos de maneira consciente). Neste caso, encontra-se a memória de 
procedimentos ou memória motora através da qual as pessoas aprendem sequencias motoras que 
lhes permitem executar tarefas como nadar e andar de bicicleta. Quanto ao segundo critério 
distinguem-se três tipos: memória operacional, ou de trabalho; memória de curta duração e 
memória de longa duração. 
Memória operacional, ou de trabalho 
Este tipo de memória permite que informações sejam retidas por segundos ou minutos, durante 
o tempo suficiente para dar sequencia a um raciocínio. 
Uma pessoa com um déficit de memória operacional, como ocorre nas primeiras fases do 
Alzheimer, não consegue lembrar onde colocou um objeto segundos depois 
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**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
O córtex pré-frontal determina o conteúdo da memória operacional que será selecionado para 
armazenamento, conforme a relevância do conteúdo naquele momento. Para isso, ele tem acesso 
as diversas áreas mnemônicas do córtex cerebral e verifica na memória curta ou longa se essa 
informação já existe ou não, e se vale guardar como memória curta ou longa. 
Memória de curta ou longa duração 
A memória de curta duração permite a retenção de informação por horas até que seja 
armazenada de forma mais duradoura 
Segundo Izquierdo, a memória de curta duração dura de 3 a 6 horas 
A memória de longa duração necessida de um mecanismo mais complexo 
**Esses dois tipos de memória dependem do hipocampo. 
2. Áreas telencefalicas relacionadas com a memória: 
 Hipocampo 
**Responsável pela consolidação das 
memórias 
É uma eminência alongada e curva situada no 
assoalho do corno inferior do ventrículo lateral 
acima do giro para-hipocampal 
Constituído de Arquicórtex 
O hipocampo recebe, através do córtex 
entorrinal, aferências de grandes áreas 
neocorticais e através do fórnix projeta-se aos 
corpos mamilares do hipotálamo 
Recebe também fibras da amigdala, que 
reforçam a memória de eventos associados a situações emocionais. 
O grau de consolidação da memoria pelo hipocampo é modulado pela aferência que ele recebe 
da amigdala. Essa consolidação é maior 
quando a informação a ser memorizada está 
associada a um evento de grande importância. 
**O hipocampo é responsável também pela 
memória espacial ou topográfica 
 Giro denteado 
É um giro estreito e denteado situado entre a 
área entorrinal e o hipocampo. Sua estrutura é 
formada por apenas uma camada de neurônios 
(substancia cinzenta) 
 Córtex Entorrinal 
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**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
Ocupa a maior parte do giro para-hipocampal medialmente a sulco rinal 
É um tipo de córtex primitivo (arquicortex) 
Recebe fibras do fórnice e envia fibras ao giro denteado que, por sua vez, se liga ao hipocampo 
**O córtex entorrinal funciona como um portão de entrada para o hipocampo, recebendo as 
diversas conexões que a ele chegam. 
Lesão no córtex entorrinal, mesmo estando intacto o hipocampo resulta em grande déficit de 
memória. O córtex entorrinal geralmente é o primeiro afetado na doença de Alzheimer 
 Córtex para-hipocampal 
Ocupa a parte posterior do giro para-hipocampal continuando-se com o córtex cingular posterior 
a nível do istmo do giro do cíngulo 
Estudos de neuroimagem mostram que o córtex para-hipocampal é ativado pela visão de 
cenários, especialmente mais complexos, como uma rua ou paisagem. Entretanto a ativação só 
ocorre com cenários novos e não com os já conhecidos. 
**É ativado para memorizar cenários novos 
Pacientes com lesão no giro para-hipocampal são incapazes de memorizar cenários novos., 
embora consigam evocar cenários já conhecidos. Isso mostra que o córtex para-hipocampal não 
é o local de armazenamento de cenários (ele é ativado para memorizar os cenários novos). 
Deve-se armazenar em outras áreas, muito provavelmente no isocórtex, pis cenários antigos são 
lembrados 
 Córtex cingular posterior 
O córtex cingular posterior, em especial a parte situada atrás do esplênio do corpo caloso, 
recebe muitas aferencias dos núcleos anteriores do tálamo que, por sua vez, recebem aferências 
do corpo mamilar pelo trato mamilotalâmico, integrando o circuito de papez 
O córtex cingular posterior está também relacionado com a memoria topográfica, ou seja, a 
capacidade de se orientar no espaço e memorizar caminhos e cenários novos, bem como 
evocar os já conhecidos. 
**lesão resulta na desorientação e incapacidade de encontrar caminhos já memorizados 
 Área pré-frontal dorsolateral 
Tem diversas funções, entre elas o processamento da memória operacional 
O processamento da memória se faz na parte dorsolateral da área pré-frontal 
 Áreas de associação do neocórtex 
Nessas áreas são armazenadas as memórias de longa duração, cuja consolidação depende da 
atividade do hipocampo 
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**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
Diferentes categorias de conhecimento são armazenadas em locais diferentes do neocórtexe 
podem ser lesadas separadamente 
3. Áreas diencefálicas relacionadas com a memoria 
As estruturas diencefálicas envolvidas com a memoria são os corpos mamilares do hipotálamo, 
que recebem aferencias do córtex entorrinal e do hipocampo pelo fórnix e que, através do trato 
mamilotalâmico projetam-se aos núcleos anteriores do tálamo. 
4. Mecanismo de formação das memórias 
 Em relação a memória de trabalho, ocorre uma excitação prolongada das espinhas dendríticas 
das sinapses da área pré-frontal. Entretanto, essa excitação permanece por pouco tempo, como é 
característico da memoria de trabalho. 
Nos neurônios relacionados com a memoria ocorrem complexas reações químicas, envolvendo 
uma cascata de segundos-mensageiros, ao final das quais há ativação de alguns genes que 
determinam a transcrição de proteínas utilizadas na formação de novas sinapses ou na 
ampliação da área pre-sinaptica. Assim, na consolidação da memoria na Aplysia (molusco 
marinho que foi estudado), o numero de sinapses dobra, podendo diminuir com o tempo, na 
etapa do esquecimento. 
O mesmo fenômeno ocorre na consolidação das memorias de curto e longo prazo em 
mamíferos, como pode ser avaliado pelo aumento das espinhas dendriticas. Assim, a 
consolidação da memoria decorre da plasticidade sináptica. 
CIRCUITO DE PAPEZ 
O circuito de papez é composto pelo hipocampo, fornix, corpo mamilar, trato mamilotalamico, 
núcleos anteriores do tálamo, cápsula interna, giro do cíngulo, giro para-hipocampal e 
novamente o hipocampo, fechando o circuito. 
Módulo de Neuro 
 
Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 
**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Módulo de Neuro 
 
Carolina Lucchesi | MedicinaUNIT 
**Nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores)

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