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Exame físico: Ouvido

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Bruna França 
 
 
EXAME FÍSICO: OUVIDO
Anatomia 
Orelha Externa: pavilhão da orelha + meato acústico 
externo. 
Orelha Média: caixa do tímpano = tuba auditiva + 
membrana timpânica + ossículos (martelo, bigorna 
e estribo). 
Orelha Interna (labirinto): cóclea + aparelho 
Orgão de Corti, constituído de células ciliadas 
sensoriais que são estimuladas pela movimentação 
da endolinfa na janela oval e são responsáveis 
pela transformação de ondas de compressão em 
impulsos nervosos que são enviados ao SNC pelo 
nervo vestibulococlear. 
 
 
 Inspeção 
 Palpação: identificação dos pontos dolorosos, 
inchaço de linfonodos. 
 Otoscopia: Exame do meato acústico externo 
e da membrana timpânica 
Realizar observação do: 
Pavilhão auditivo 
Buscar 
lesões 
de pele, 
hiperemia, corpo estranho, secreção, 
hipersensibilidade, comprimir tragus (otite externa)/ 
mastoide (otite média). 
Membrana timpânica 
Deve ser transparente e brilhante, permitindo a 
visualização do triângulo luminoso e saliência do cabo 
do martelo. 
 
 
 
Buscar abaulamentos, palidez, hiperemia, perfuração, 
pontos de hemorragia, impressão do martelo no 
tímpano (processo curto e cabo) e impressão da 
Bigorna no tímpano. 
 
Testes auditivos 
A acumetria é a realização de testes auditivos usando 
diapasões. Os diapasões são barras metálicas em 
formato de U que, quando vibradas executam 
movimentos de vai-e-vem em direções opostas. 
Teste de Weber 
O teste de Weber permite a comparação das vias 
ósseas – lateralização. 
Para a realização do teste, o fonoaudiólogo deve 
vibrar o diapasão (batendo-o na mão, cotovelo ou 
joelho) e colocar na linha média do crânio. Após, deve 
perguntar ao paciente se ele percebe o som 
igualmente nas duas orelhas ou se é mais forte em 
uma delas. 
exame físico ouvido 
Bruna França 
 
 
Quando o som é percebido mais forte em uma das 
orelhas, indica que existe assimetria entre os limiares 
auditivos. Pode indicar um dos seguintes resultados 
 Perda auditiva condutiva unilateral: 
percepção do som no lado pior (afetado) – 
surdez de transmissão 
 Perda auditiva neurossensorial unilateral: 
Percepção do som no lado melhor (não 
afetado) – surdez neurossensorial 
 Perda auditiva condutiva bilateral assimétrica: 
percepção do som no lado com maior gap 
aéreo-ósseo 
 Perda auditiva neurossensorial bilateral 
assimétrica: percepção do som no lado 
melhor 
O resultado do Weber lateralizado deve ser marcado 
da seguinte forma: uma seta indicando o lado para o 
qual o paciente indicou ouvir mais forte: D ← → E 
Teste de Rinne 
O teste de Rinne permite que se compare a percepção 
do som por via aérea e via óssea. Após a vibração do 
diapasão, apresenta-se alternadamente o som por via 
óssea e aérea, colocando-se o cabo na mastoide e 
depois próximo ao trágus. Pergunta-se ao paciente 
onde ele percebe o som mais forte. Deve se observar 
a posição do diapasão. 
A percepção do som mais forte por via aérea indica 
que não há presença de componente condutivo (o 
paciente apresenta limiares auditivos normais ou 
perda auditiva neurossensorial). O resultado é Rinne 
positivo (+). 
A percepção do som mais forte por via óssea indica 
que existe componente condutivo (perda auditiva 
condutiva ou neurossensorial). O resultado é Rinne 
negativo (-). Pode ocorrer também a presença do falso 
Rinne negativo, quando o paciente apresenta perda 
auditiva severa ou profunda ou anacusia unilateral. 
Audiometria Tonal 
O teste tem por finalidade fixar o limiar de audição 
em cada frequência sonora. Para identifica surdez 
de transmissão, neurossensorial e mista. 
Casos clínicos: Otite externa aguda, otite média 
aguda, rotura timpânica, corpo estranho e rolha 
de cerume. 
 Hipoacusia: perda parcial da audição 
 Acusia: perda total da audição 
 Tontura 
 Vertigem: sensação de estar girando em 
torno de objetos ou os objetos em tornos de 
si. 
 Zumbido: percepção de ruídos sem que haja 
estímulo externo. 
 Otalgia: dor de ouvido 
 Otorreia: saída de líquido 
 Otorragia: saída de sangue 
Otite externa: Condutor auditivo externo e pavilhão 
auricular; 
 
Otite média: atrás do tímpano, ouvido interno, 
bigorna e martelo; 
 
Otite interna: labirinto e cóclea. 
Otite externa aguda: Celulite da pele e tecido 
subcutâneo do conduto auditivo externo, ocasionada 
por uma quebra na barreira de proteção natural 
do conduto e facilitada pela presença de umidade 
no seu interior. Tendo como causas mais comuns: uso 
de piercings, secundários a eczemas, herpes-zoster, 
acupuntura, esportes de contato e trauma 
cirúrgico. No estágio inicial apresenta como sintomas 
prurido, edema e sensação de plenitude e no estâgio 
inflamatório otalgia , otorreia clara e inodora. Já nos 
Bruna França 
 
 
quadros mais graves: sintomas mais intensos, 
otorreia espessa e seropurulenta. Não apresenta 
efusão intratimpânica e tem sensibilidade dolorosa ao 
manipular pavilhão ou realizar otoscopia. 
Otite média aguda: é mais comum em crianças tendo 
como picos de incidência de 6M – 2A e de 4A– 7A. 
Maioria dos casos são causados por bactérias, embora 
possa ter origem viral. Geralmente, ocorre após 
infecção de IVAS, principalmente, resfriados. Os 
sintomas presentes é que, geralmente, é precedida 
por uma IVAS, otalgia de instalação, otorreia, febre, 
plenitude auricular, inapetência, prostração, choro, 
dificuldade para dormir, criança coloca a mão na 
orelha e hipoacusia. No exame físico, há sinais de 
inflamação, hiperemia da membrana timpânica, perda 
da translucidez da membrana, pois pode ter edema e 
abaulamentos. 
 
Rotura timpânica: Trata-se de uma perfuração 
traumática da membrana timpânica pode causar dor, 
otorragia, perda auditiva, zumbido e vertigem. O 
diagnóstico baseia-se na otoscopia. O tratamento 
quase sempre é desnecessário. Os antibióticos podem 
ser necessários caso haja infecção. O tratamento 
cirúrgico pode ser necessário nos casos de 
perfurações que persistam por > 2 meses, 
desarticulação da cadeia ossicular ou lesões que 
afetam a orelha interna. 
 
Corpo estranho: O canal auditivo pode ser obstruído 
por cerume, objeto estranho ou inseto. Podem 
resultar em coceira, dor e perda auditiva condutiva 
temporária. A maioria das causas de obstrução é 
facilmente visível durante a otoscopia. São comuns, 
especialmente entre as crianças, que muitas vezes 
inserem objetos, sobretudo grãos, borrachas e feijão, 
dentro do canal auditivo. Os corpos estranhos podem 
permanecer despercebidos até que provoquem 
resposta inflamatória, causando dor, coceira, 
infecção, mau cheiro e otorreia purulenta. 
O tratamento consiste na remoção manual cuidadosa. 
Antes e depois de tentar remover o cerume ou corpo 
estranho, os médicos devem considerar fazer uma 
avaliação auditiva se os equipamentos necessários 
estão prontamente disponíveis. A perda de audição 
(em comparação com a orelha não afetada) que não 
melhora após a remoção da obstrução pode indicar 
que o corpo estranho (ou tentativas anteriores de 
removê-lo) danificou a orelha média ou interna. 
Rolha de cerume: Compactação de cerume no interior 
do MAE. Em alguns casos o cerume pode se acumular 
no ouvido externo, formando uma verdadeira rolha. 
Nestas situações ele pode causar sintomas 
desagradáveis, como sensação de orelha tampada, 
diminuição da audição, dor e até tontura e tosse. O 
tratamento do cerume impactado se constitui na 
retirada da rolha de cerume com o uso de 
instrumentos adequados, aspiração ou lavagem de 
ouvido. É importante lembrar que o cerume tem 
função de proteção mecânica e imunológica por 
substâncias antissépticas nele contidas.

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