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Empreendedorismo Tema 4 completo

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OPERAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO 
DE EMPRESAS 
DESCRIÇÃO: Apresentação tanto dos conceitos gerenciais e 
financeiros quanto das normas voltadas para atividades ligadas à 
operação e à regulamentação de empresas. 
PROPÓSITO: Compreender os conceitos fundamentais 
relacionados aos aspectos operacionais cotidianos de uma 
empresa e os elementos voltados para a produção, a venda e a 
distribuição de produto ou serviços, assim como as ferramentas 
de gerenciamento financeiro e das normas de formalização 
jurídica. 
OBJETIVOS TEMA 4 
Módulo 1- Descrever conceitos importantes para a operação 
de uma empresa 
Módulo 2- Identificar ações de formalização jurídica de uma 
empresa 
MÓDULO 1 - Descrever conceitos 
importantes para a operação de uma 
empresa 
PRIMEIRAS PALAVRAS: Falaremos neste tema sobre a 
operação e regulamentação de empresas. Nesse momento, o 
empreendedor já tem amadurecida sua estratégia de negócio. Ele 
começa a colher os frutos dos esforços de planejamento 
estratégico da empresa e a colocar em prática os objetivos do 
empreendimento. Em outras palavras, é como se ele tivesse que 
arrumar a casa para que a empresa começasse a funcionar. Isso 
nem sempre é uma tarefa prazerosa, mas pode evitar dores de 
cabeça no futuro. Tendo isso em vista, descreveremos neste 
módulo os conceitos, as ferramentas, as práticas de gestão e as 
normas jurídicas envolvidas em uma operação do tipo. Afinal, tais 
conhecimentos serão fundamentais para a condução de um 
negócio. 
1- Em primeiro lugar, identificaremos as ferramentas que ajudam 
no planejamento das tarefas cotidianas de um negócio — as 
operações de produção, venda e distribuição de produtos ou 
serviços. 
2- Em seguida, conheceremos alguns conceitos importantes de 
gerenciamento financeiro de uma empresa — a tradução em 
números do que serão as suas operações. 
3- Por fim, discutiremos a regulamentação de empresas no Brasil, 
falando sobre as formalidades de abertura de empresas e 
pagamento de impostos. 
OPERAÇÕES E FINANÇAS DE UMA EMPRESA 
A estrutura de operações é a gestão do dia a dia da empresa e 
consiste na execução das seguintes atividades: 
• Produção 
• Venda 
• Distribuição dos produtos ou serviços do 
empreendimento 
As operações da empresa são o momento em que o 
empreendedor coloca em prática o planejamento estratégico — a 
etapa anterior quando foi elaborado o plano de negócios, o 
estudo de mercado, o estudo de produto etc. 
Assim como o planejamento estratégico, a estrutura de 
operações é fundamental para qualquer empreendimento. Sendo 
assim, ela jamais poderá ser ignorada ou menosprezada. 
Devemos sempre nos lembrar de que, quanto melhor for a gestão 
dos processos gerenciais da empresa, maiores serão a chances 
de sucesso do negócio. 
Com esse pensamento, consegue-se evitar aquele momento no 
qual se percebe que uma lista de tarefas e metas é impossível de 
se colocar em prática. Isso também significa uma oportunidade 
de identificar gargalos nas etapas produtivas da empresa. 
Destacaremos a seguir pontos importantes que um 
empreendedor deve levar em consideração ao elaborar seu 
planejamento de operações ou mesmo ao revisar as operações 
de uma empresa já existente. 
Os fluxos de trabalho diário de uma organização variam bastante 
conforme o setor econômico (área de atuação da empresa). Por 
conta disso, o empreendedor deverá considerar as questões 
levantadas a seguir e adaptá-las à realidade e às necessidades 
do seu negócio. 
LOGÍSTICA E OPERAÇÕES 
É importante entendermos, antes de tudo, a diferença entre a 
logística e as operações. 
A logística de uma empresa é o gerenciamento do fluxo 
de recursos entre o ponto de origem e o de consumo. Muitos 
empreendedores a confundem com a escolha de um lugar para 
armazenar o inventário da organização e a contratação de 
caminhões para entrega. Entretanto, a logística é mais do que 
isso. Ela deve ser um processo eficiente de transporte, 
armazenamento e entrega de mercadorias — sempre tendo como 
objetivo a redução de tempo e de custos de produção da 
empresa. 
 
 Para Goldsby (2014), as operações vão muito além dos 
aspectos de logística. A estrutura de operações é composta por 
todos os processos envolvidos na obtenção de recursos dos 
fornecedores, na transformação deles em produtos ou serviços e 
na entrega para os clientes. O coração dos processos de 
operação é o trabalho de transformação de ideias e insumos em 
produtos ou serviços que geram valor para os clientes da 
empresa. 
O inventário de uma empresa é formado por: 
• Conjunto de produtos já finalizados e prontos para a venda: 
estoque; 
• Matérias-primas ou insumos já disponíveis na empresa para 
serem utilizados nas etapas de produção; 
• Lista de bens (máquinas, equipamentos e móveis) que a 
empresa tem como propriedade. 
Dica: Quando o empreendedor mantém o inventário da 
empresa atualizado, ele previne desperdícios ou problemas na 
produção e na venda de produtos ou serviços. 
Nas etapas de produção — transformação de ideias e insumos 
em produtos e serviços de valor —, a empresa lança mão de 
certas tecnologias. Essas escolhas tecnológicas vão influenciar 
diretamente a capacidade e os custos de produção do 
empreendimento. 
Exemplo: Um programa de computador pode diminuir o tempo 
de produção de um produto ou de uma prestação de serviço. 
Segundo Chiavenato (2007), as tecnologias possuem dois tipos 
de classificação: 
Classificação 1: Tecnologia incorporada 
Representada pelo conjunto de máquinas, equipamentos, 
instalações etc. Ou seja, ela está fisicamente visível na empresa, 
sendo o objeto material a incorporar a tecnologia em seu 
respectivo processo de produção 
Classificação 2: Tecnologia não incorporada 
Todo o conhecimento empregado nas operações da empresa: 
habilidades, métodos e processos de trabalho, programas etc. 
Em outras palavras, são elementos abstratos e não materiais; 
portanto, eles não estão visíveis dentro de uma organização. 
Localização 
Este tópico também merece muita atenção, pois a escolha do 
local onde o empreendimento realiza suas operações depende da 
estratégia de inserção da empresa em seu mercado consumidor 
– além, claro, de seu setor de atuação. 
Apresentaremos a seguir dois exemplos que, segundo 
Chiavenato (2007), possuem algumas características típicas 
javascript:void(0)
javascript:void(0)
desejadas por uma organização para a escolha do local. Um 
exemplo aborda um empreendimento que produz bens (produtos 
físicos/indústria); o outro, uma empresa prestadora de serviços. 
Uma localização ideal seria aquela em que todas essas 
características estariam contempladas. Ela deveria contar, pelo 
menos, com as que são consideradas prioritárias para a 
estratégia da empresa. 
Exemplo 1 
Localização industrial 
• Proximidade com o local de moradia (residência) da mão de 
obra: os funcionários da empresa; 
• Proximidade com o mercado consumidor: os clientes; 
• Boa infraestrutura de energia, seja ela de eletricidade e/ou 
gás natural; 
• Possibilidade de incentivos fiscais; 
• Custo baixo do terreno ou imóvel. 
Obs: incentivos fiscais: São os benefícios direcionados a 
empresas concedidos pela administração pública (governo) das 
esferas federal, estadual ou municipal. O objetivo deles é 
estimular e melhorar as condições para que uma atividade 
empresarial se desenvolva em determinado local. O que são 
esses benefícios? Eles podem ser descontos, compensações 
ou isenções (se retirar a obrigação) totais na cobrança de 
impostos sobre a atividade da empresa. A ideia é que, com 
condições de negócios mais favoráveis, suas chances de 
sucesso se tornem maiores. O governo abriria mão de parte de 
suas receitas (ganhos) em nome do potencial de geração de 
empregos e do crescimento econômico. 
Exemplo 2 
Localização comercial 
• Proximidade com os clientes; 
• Facilidade de acesso — estacionamento e transporte público; 
• Proximidade com áreas de lazer; 
javascript:void(0)
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• Visibilidade — estar em uma posiçãode destaque em relação 
aos clientes, como, por exemplo, localização em uma grande 
avenida ou rua principal; 
• Custos baixos ou moderados de aluguel e condomínio; 
• Aparência do imóvel — a decoração e os aspectos de estilo 
do local fazem parte da estratégia de marketing da empresa 
Atenção: Na escolha do local de implantação de um negócio, 
o empreendedor precisa planejar seu arranjo físico ou layout. É 
neste momento que se define a distribuição dos diversos setores 
da empresa. 
Deve-se, na medida do possível, contratar um profissional 
qualificado (arquiteto ou engenheiro) para fazer o desenho 
do layout. 
Um arranjo físico bem planejado consegue, por exemplo, gerar: 
• Ganhos de produtividade da equipe 
• Melhorias na comunicação entre funcionários da empresa 
• Maior facilidade de circulação de clientes no espaço de 
venda 
Esta figura oferece um exemplo de layout de uma empresa do 
setor de produção de alimentos: 
 
 
PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO 
Tenha em mente que a organização da estrutura de produção de 
uma empresa significa um esforço detalhista para a análise de 
cada processo – mesmo as pequenas tarefas – de todas as 
atividades cotidianas da empresa. Além disso, é nesta etapa que 
se define o horário de operação dela, os horários de atendimento 
a clientes, os dias de funcionamento etc. 
Fluxograma de produção: Uma ferramenta valiosa para o 
cumprimento desse objetivo é o desenho dos fluxogramas de 
produção. 
Mas você sabe o que é um fluxograma? 
Ele é uma representação gráfica (um desenho) de uma 
sequência operacional. Em outras palavras, um fluxograma serve 
para ilustrar um fluxo de trabalho, ou seja, tarefas que seguem 
uma ordem de tempo cronológica. 
Dessa maneira, o empreendedor descreve o passo a passo das 
suas atividades, usando, para isso, figuras e setas. Na medida do 
possível, ele precisa indicar uma estimativa do tempo a ser gasto 
em cada tarefa. 
 
A figura seguir fornece um bom exemplo de fluxograma. Nela, é 
demonstrada uma das atividades de uma empresa de prestação 
de serviço: um salão de beleza. 
 
Eficiência e eficácia 
Outro benefício do planejamento das operações, afirma 
Chiavenato (2007), é aumentar a eficiência e a eficácia da 
produção. Isso é ótimo, pois nem sempre se consegue ter as 
duas coisas. 
A eficiência é um conceito que diz respeito ao modo de se fazer 
as tarefas de dentro de uma empresa. Trata-se de um olhar sobre 
o caminho percorrido até a conclusão do objetivo de cada 
processo operacional. Não desperdiçar tempo e/ou insumos de 
produção, realizar as tarefas dentro do tempo esperado e cuidar 
das máquinas e equipamentos do processo produtivo são 
exemplos de eficiência. 
Já a eficácia é um conceito de estratégia que observa os 
resultados e verifica se os objetivos foram conquistados. Ela está 
voltada, por exemplo, para o exame do número exato de bens 
produzidos ou serviços prestados, a quantidade real de vendas 
realizadas e o pagamento em dia dos fornecedores e 
funcionários. 
Atendendo à demanda dos clientes 
Destacaremos agora outros três conceitos importantes no 
planejamento das operações de uma empresa: 
A) NÍVEL DE ESTOQUE 
Quantidade de produtos produzida em um recorte de tempo 
anterior que não foi vendida. Em outras palavras, significa a 
sobra da produção passada que se acumulou e foi armazenada 
nos depósitos da empresa. 
O estoque é considerado para o cálculo de produtos disponíveis 
para venda. Ter um grande estoque de produtos constitui, na 
maioria das vezes, uma desvantagem para a empresa. As 
práticas atuais de negócios dão prioridade, portanto, a operações 
mais enxutas. Isso quer dizer que os estoques devem ser baixos 
com o objetivo de evitar desperdícios de recursos produtivos. 
O fato de uma quantidade grande de produtos estar parada no 
estoque significa que o dinheiro da empresa também está 
estagnado ali, podendo ser destinado para outras finalidades de 
forma mais satisfatória. 
Vale destacar que esse conceito não se aplica a empresas 
prestadoras de serviço. Afinal, uma prestação de serviço 
acontece no momento solicitado pelo cliente, não sendo algo que 
pode ser armazenado. 
B) CAPACIDADE PRODUTIVA OU INSTALADA 
Volume máximo de produtos ou serviços que uma empresa pode 
produzir em um recorte de tempo. 
Exemplo: Um período semanal, mensal, bimestral, trimestral, 
semestral ou anual. 
Em outras palavras, podemos dizer que tal capacidade configura 
uma medida da velocidade de produção de uma empresa. Outro 
fator considerado é a capacidade de distribuição pelos canais de 
venda de produtos ou prestação de serviços. 
Um excesso de capacidade produtiva pode levar a estoques altos 
e comprometer a lucratividade da empresa. Da mesma forma, 
sua falta pode diminuir o potencial de vendas e as receitas dela. 
C) PREVISÃO DE VENDAS 
Estimativa em relação à quantidade de produtos ou serviços a 
serem vendidos pela empresa em determinado recorte de tempo. 
As vendas previstas também podem ser detalhadas por regiões e 
áreas de atuação da empresa. 
Essa previsão leva em consideração aspectos externos à 
empresa, como, por exemplo, a demanda passada, as tendências 
futuras de procura dos clientes e o volume de vendas de 
empresas concorrentes. Essas informações fazem parte dos 
dados coletados na etapa de pesquisa de mercado. 
Quanto aos aspectos internos da empresa, verificamos que a 
previsão de vendas também depende da quantidade de produtos 
ou serviços que o empreendimento consegue disponibilizar aos 
clientes. Esse volume é constituído pela capacidade produtiva e 
pela disponibilidade de estoque. 
Um desdobramento da previsão de vendas é o cálculo da 
previsão de receitas com vendas, que é quando multiplicamos o 
preço de venda de produtos ou serviços pela quantidade total de 
vendas previstas. Desse cálculo, obtemos o valor estimado de 
receitas com vendas que a empresa terá no período em questão. 
Padrões de controle 
É fundamental que um empreendedor crie os chamados controles 
de operação. Eles são indicadores que acompanham a execução 
das tarefas produtivas da empresa. 
Tê-los em um negócio nos ajuda a entender problemas de 
operação e a achar soluções (um plano B) para as ocasiões em 
que alguma coisa fora do planejado acontece. Dois exemplos 
disso são um fornecedor que atrasa a entrega de um material e 
uma máquina que apresenta defeitos. 
Listaremos a seguir alguns exemplos de padrões de controle:. 
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De quantidade: O volume de produtos ou serviços finalizados, o 
número de produtos parados no estoque e o número de horas 
trabalhadas por todos os funcionários; 
De qualidade: A fatia de clientes que ficaram satisfeitos com o 
produto ou serviço; a quantidade produtos ou serviços que foram 
finalizados dentro da qualidade esperada — o empreendedor 
deve especificar as características desejadas para os produtos ou 
serviços oferecidos; 
Padrões de tempo: Tempo médio que o produto permanece no 
estoque e velocidade de produção ou prestação do serviço; 
Padrões de custo: O custo médio de produção; o custo de 
manutenção de estoques; o custo de vendas. 
CANAIS DE VENDAS 
Como falamos, a capacidade de vender de uma empresa 
influencia naturalmente seu volume de vendas e, como 
consequência desse processo, o seu faturamento. Por esse 
motivo, devemos estabelecer os canais de vendas dela. 
Esses canais são os mecanismos pelos quais as empresas 
vendem seus produtos ou serviços. São lugares físicos ou digitais 
em que os clientes têm acesso ao que é oferecido pela empresa. 
Destacaremos a seguir alguns exemplos de canais de venda em 
suas duas categorias: físicas e digitais. 
Canais físicos (vendas offline) 
a) Lojas próprias: Uma loja própria é talvez o primeiro canal de 
vendas que vem à cabeça quando pensamos em 
empreendedorismo. Com isso, uma empresa tem a oportunidade 
de fazer vendas diretas aos clientes em um esquema presencial, 
o chamado olho no olho. 
Trata-se de uma experiência diferenciada tanto para ela quanto 
para o cliente.Essa interação direta deve gerar um valor a mais 
para o consumidor, porque o empreendedor pode se aproximar 
ainda mais das necessidades dos clientes. 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/operacao_e_regulamentacao_de_empresas/index.html#collapse-steps1
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/operacao_e_regulamentacao_de_empresas/index.html#collapse-steps2
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/operacao_e_regulamentacao_de_empresas/index.html#collapse-steps3
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/operacao_e_regulamentacao_de_empresas/index.html#collapse-steps4
Entretanto, fazer a gestão de uma loja própria pode não ser algo 
tão simples. Os aluguéis de lojas físicas, em geral, têm um preço 
alto em boas localizações. Ao mesmo tempo, os hábitos dos 
consumidores estão mudando rapidamente diante das 
alternativas de compras sem sair de casa. 
b) Distribuidores: São empresas que fazem a intermediação (o 
meio de campo) entre a empresa produtora e os clientes. Os 
distribuidores são, portanto, os responsáveis pela revenda de 
produtos ou serviços. Nesse modelo clássico de vendas, a 
empresa de origem tira vantagem do acesso facilitado que os 
distribuidores têm ao mercado consumidor. 
Isso significa que uma empresa consegue expandir seu alcance a 
lugares em que ela não teria condições ou interesse de fazer 
vendas diretas. Os distribuidores, por sua vez, tiram seus ganhos 
cobrando uma comissão ou uma fatia das vendas concretizadas 
sob sua responsabilidade. 
c) Franquias: Trata-se de um modelo de negócio bastante 
popular no Brasil. Uma franquia conta com o poder de uma 
marca, patente ou propriedade de uma empresa já bem 
estabelecida no mercado. 
Isso acontece quando uma organização que possui uma marca 
de prestígio entre os consumidores (o franqueador) vende o 
direito de uso da sua marca a outras empresas (franqueados). 
Além de permitir a expansão de sua marca, a empresa 
franqueadora aumenta seu alcance de mercado. Os franqueados 
abrem um ponto físico de vendas — uma loja de rua ou em um 
shopping — e contam com as facilidades de visibilidade 
e expertise da empresa franqueadora. 
É como se o franqueado não começasse seu negócio do zero, 
pois ele já conta com o histórico da marca. Em troca, ele faz 
pagamentos regulares à empresa franqueadora. Existe uma 
grande variedade de franquias no país. 
Exemplo: Salões de beleza, bares, restaurantes, lojas de 
chocolate, lavanderias, pet shops e oficinas mecânicas. 
Canais digitais (vendas online) 
a) Loja digital: A internet abriu um mundo novo de negócios para 
as empresas. Uma loja online oferece diversas vantagens para os 
empreendimentos — e a principal delas é seu alcance. Ter uma 
loja digital significa que qualquer pessoa pode acessar seu 
empreendimento em qualquer lugar do mundo a qualquer hora. 
Claro que nem todas as empresas terão a capacidade de atender 
a clientes em qualquer lugar. Na comparação com uma loja física 
tradicional, o alcance que a internet proporciona é sem igual, não 
tendo nada equivalente. 
Um dos principais desafios deste tipo de canal de vendas é atrair 
o cliente para a loja digital. Para lidar com isso, uma estratégia de 
publicidade digital ganha mais importância. Outro ponto é que a 
loja física precisa oferecer segurança para que os clientes façam 
compras com a garantia de que seus dados pessoais e 
financeiros estão sendo bem protegidos. 
Como não existe o olho no olho entre o empreendedor e o 
cliente, a empresa precisa mostrar-se confiável e séria; afinal, os 
golpes pela internet ainda são muito frequentes. 
b) Marketplaces: De origem inglesa, a 
palavra marketplace significa algo como uma feira ou um 
mercado de vendedores. Na prática, ela funciona como um 
shopping virtual que reúne várias lojas em uma mesma página 
web. 
Alguns marketplaces no Brasil começaram como pontos de 
venda digitais de grandes lojas de departamentos. Aos poucos, 
essas empresas foram abrindo suas lojas digitais para que outros 
vendedores ofertassem seus produtos no mesmo local. 
A ideia por trás desse canal de vendas é que ele conta com 
grande visibilidade por parte dos consumidores (muitos acessos 
por dia), o que facilita a divulgação de pequenas e médias 
empresas sem tantos gastos relativos à publicidade e/ou à 
manutenção de uma infraestrutura digital (loja virtual). 
Além disso, são locais de venda digital em que os clientes se 
sentem seguros. São páginas web onde eles têm garantia de que 
seus dados estão protegidos, de que não vão cair em um golpe e 
de que ainda podem contar com o suporte da empresa 
proprietária do marketplace para resolver quaisquer problemas de 
compra. 
A desvantagem deste canal de vendas é que o empreendedor 
paga uma taxa fixa para participar do marketplace e/ou uma 
comissão fixa por todos os produtos vendidos. 
Exemplo: No caso brasileiro, podemos citar as seguintes 
páginas: Lojas Americanas, para a venda de produtos próprios e 
de terceiros; e Airbnb, para os serviços de hospedagem. Isso, 
aliás, revela uma grande variedade de oferta nessa área. 
Internacionalmente, o maior exemplo é a Amazon, uma das 
maiores empresas do mundo no setor. 
c) Redes sociais: À medida que as redes sociais foram ficando 
cada vez mais populares, as empresas proprietárias dessas 
plataformas precisaram desenvolver canais de vendas integrados 
a seus perfis. 
Resumidamente, isso funciona da seguinte forma: é como se, 
dentro dessas redes, funcionassem marketplaces nos quais as 
empresas podem oferecer seus produtos ou serviços. A diferença 
é que elas estão mais presentes na vida do cliente, 
estabelecendo uma relação mais próxima dos consumidores. 
Uma venda pode ser concretizada na própria ferramenta de 
vendas da rede social. Além disso, os clientes podem ser 
direcionados para uma loja digital própria do vendedor, um 
telefone de vendas ou outro canal qualquer. 
d) Afiliados na internet: A ideia de um canal de vendas por 
afiliados é algo próximo dos distribuidores e revendedores físicos. 
Os afiliados são pessoas que trabalham na divulgação de 
produtos ou serviços de uma empresa na internet. 
Eles são, portanto, revendedores online que usam a própria 
influência sobre sua rede de contatos para influenciar decisões 
de compra. É uma mistura de publicidade e distribuição de 
produtos ou serviços. 
Em geral, os afiliados recebem um pagamento pela divulgação 
e/ou cada venda realizada através da indicação deles. A empresa 
com a qual eles fazem parcerias aumenta seu alcance de 
mercado de uma forma não convencional e pouco custosa. 
Exemplo: O Google AdSense remunera sites que exibem 
anúncios das empresas interessadas. 
ESTRUTURA FINANCEIRA 
Assim como um bom planejamento de operações, a capacidade 
de administrar financeiramente uma empresa é fundamental para 
o sucesso dela. Lidar com dinheiro nunca é uma tarefa simples. 
Sem planejamento e controle administrativo, uma situação 
financeira pode facilmente sair do controle, virando uma 
verdadeira bola de neve de dívidas. 
Atenção: É comum a ideia de que as finanças de uma 
empresa podem ser administradas com a mesma experiência de 
administração das finanças pessoais. Contudo, temos de ter 
consciência de que são mundos de finanças diferentes. Por isso, 
devemos descrever as principais ferramentas de planejamento 
financeiro para os empreendedores. 
As tarefas ligadas à construção da estrutura financeira não são 
tão complexas quanto podem parecer no início. Na verdade, o 
planejamento financeiro é a tradução em números das decisões 
de negócio que o empreendedor já tomou em momentos 
anteriores. 
Exemplo de Decisões: Como vai ser a estratégia do 
negócio, como a empresa disputará o mercado consumidor e 
como serão suas operações. 
Investimentos de implantação 
Todo empreendimento precisa de uma quantidade de recursos 
financeiros para começar a funcionar. Os investimentos de 
implementação representam todo o dinheiro que o empreendedor 
terá de gastar nos primeiros anos da empresa ou até queela 
consiga caminhar com as próprias pernas. 
Investimentos de implantação são aqueles considerados 
necessários para a abertura e o funcionamento nos períodos 
iniciais da empresa. 
O empreendedor faz o cálculo dos investimentos de implantação 
pela soma de dois tipos de investimento (fixos e pré-
operacionais) com o capital de giro. 
Observaremos agora essa operação de forma detalhada: 
A) INVESTIMENTOS FIXOS: O empreendedor precisa 
comprar os bens materiais que farão parte da vida operacional da 
empresa de maneira fixa. São assim classificados os 
investimentos compreendidos desde a compra de um imóvel 
(terreno ou prédio), passando por veículos, máquinas, móveis de 
escritório e utensílios de cozinha para o refeitório dos 
funcionários. O empreendedor deve fazer uma lista de todas as 
compras incluídas nessa categoria. É interessante, contudo, 
avaliar sua real necessidade. Dependendo do produto, pode ser 
mais econômico alugar em vez de comprar – prática, aliás, que já 
é comum no caso de veículos. 
B) INVESTIMENTOS PRÉ-OPERACIONAIS: São todas as 
despesas necessárias no período anterior à abertura das portas 
da empresa. Trata-se de uma classificação de investimento muito 
parecida com a dos investimentos fixos. Sua diferença, porém, é 
que os investimentos pré-operacionais não são gastos alocados 
para a compra de bens materiais. Neste caso, eles podem ser 
despesas de treinamento de funcionários, custos para a reforma 
do imóvel onde a empresa funcionará, gastos com as burocracias 
de licenciamento etc. 
C) CAPITAL DE GIRO: A má compreensão acerca desse 
conceito constitui, muitas vezes, a causa de alguns problemas na 
empresa. O capital de giro é uma reserva financeira inicial que 
fica no caixa do novo empreendimento para ser usada no 
pagamento das despesas cotidianas ou eventuais. As despesas 
cotidianas incluem os gastos que fazem parte das operações da 
empresa. Exemplo: Pagamento de funcionários e 
fornecedores, de contas de consumo (água, luz, gás, telefone e 
internet) e de aluguéis, além do recolhimento de impostos. 
Já as eventuais ocorrem de forma inesperada. 
Exemplo: O defeito de uma máquina. 
O capital de giro será necessário durante toda a vida da empresa. 
Além disso, é particularmente importante planejá-lo nos anos 
iniciais, período em que não se pode contar ainda com os 
recursos gerados pela operação. 
Conforme já apontamos, é importante que o empreendedor não 
seja otimista demais na estimativa dessas despesas. Calcular o 
capital de giro abaixo da necessidade pode levar uma empresa à 
falência, pois ela ficará sem dinheiro para pagar as despesas 
cotidianas e estará impossibilitada de continuar funcionando. 
Gerenciamento financeiro 
Como todos sabemos, o objetivo de um empreendedor é ter 
ganhos financeiros, ou seja, obter um lucro com a empresa que 
compense os riscos da atividade empreendedora. 
 
a) Conceitos: O gerenciamento financeiro de uma organização 
pode ser uma tarefa complexa dependendo do seu tamanho. 
Ainda assim, um empreendedor precisa acumular alguns 
conhecimentos básicos sobre a manutenção das finanças. Dois 
conceitos interconectados são fundamentais para o 
gerenciamento financeiro de uma 
empresa: rentabilidade e liquidez. 
Rentabilidade (ou lucratividade) 
A rentabilidade é um termômetro de sucesso muito conhecido 
pelas pessoas em geral. Quando o empreendedor investe seu 
dinheiro na empresa e tem um retorno desse investimento, isso 
significa que ele obteve a rentabilidade do investimento. Quanto 
maior for a rentabilidade de uma empresa, maior será o retorno 
para o empreendedor. 
Liquidez 
Trata-se de um conceito menos conhecido. Ele diz respeito à 
facilidade com que um investimento pode ser convertido em 
dinheiro. 
Em outras palavras, podemos pensar que os investimentos 
líquidos são mais flexíveis. Quanto mais líquido for um 
investimento ou bem material, mais rápida será a transformação 
dele em dinheiro. Já um investimento com pouca liquidez será 
menos acessível, porque sua conversão em dinheiro será mais 
lenta. 
A liquidez possui duas funções: proteger o empreendedor contra 
riscos e definir a capacidade da empresa de honrar seus 
compromissos de pagamento. Outro aspecto importante do 
conceito de liquidez é o valor. Um investimento com boa liquidez 
é aquele facilmente transformado em dinheiro sem a perda 
significativa de valor. 
Uma boa liquidez não sacrifica o valor do bem material ou do 
investimento. Um exemplo de bem material com baixa liquidez 
são os imóveis (casas, apartamentos etc.): quando se deseja 
vendê-los com rapidez, é preciso baixar o valor deles. Já um 
exemplo de alta liquidez é a conta poupança na qual podemos 
depositar e retirar dinheiro a qualquer momento. 
b) Equilíbrio entre liquidez e rentabilidade: Precisamos prestar 
atenção a um ponto importante do gerenciamento financeiro. 
Como falamos, ter uma boa rentabilidade e uma boa liquidez são 
características muito positivas para uma empresa. 
O problema é que não pode haver a maior rentabilidade possível 
e, ao mesmo tempo, a maior liquidez possível. O empreendedor 
precisa sacrificar um objetivo em nome do outro. Isso quer dizer 
que uma rentabilidade máxima pode sacrificar a liquidez – e vice-
versa. 
Como a liquidez máxima diminui drasticamente os retornos do 
empreendedor, a solução, na maioria dos casos, é encontrar um 
meio-termo que priorize a rentabilidade sem deixar de garantir 
alguma liquidez. 
c) Ferramentas de gerenciamento financeiro: A gestão 
financeira de uma empresa passa, em grande parte, por aspectos 
de contabilidade. Nada substitui as orientações de um 
profissional da área, já que ele vai poder assessorá-la em suas 
operações. 
De todo modo, é importante que um empreendedor tenha 
conhecimentos de gerenciamento financeiro. Desse modo, 
listaremos a seguir algumas ferramentas básicas: 
Controle de caixa 
É a tesouraria da empresa, o setor que cuida das entradas e saídas de 
recursos financeiros. O controle deve saber, a qualquer momento, o saldo 
bancário e a quantidade de dinheiro em espécie em poder da empresa. 
Conciliação bancária 
Trata-se da comparação entre o controle das movimentações financeiras feito 
pela tesouraria e aquele descrito no extrato da conta corrente no banco. Essa 
conciliação serve para a verificação de pendências (pagamentos não 
realizados ou não registrados) e a identificação de eventuais erros. 
Contas a pagar 
São as obrigações de pagamento que a empresa assumiu: fornecedores e 
funcionários, obrigações de impostos, despesas administrativas em geral etc. A 
tesouraria organiza e agenda os pagamentos segundo os prazos acordados. 
Contas a receber 
Elas estão relacionadas às receitas futuras da empresa, podendo ser créditos a 
receber de vendas realizadas a prazo. A tesouraria também organiza os 
recebimentos de acordo com os prazos acordados, identifica eventuais atrasos 
nos recebimentos e sugere providências de cobrança. 
Fluxo de caixa 
Indica o fluxo de dinheiro na empresa no presente e no futuro. Este instrumento 
é o resultado do cálculo das contas a receber menos o valor daquelas a pagar. 
Esse resultado pode ser um saldo positivo, indicando dinheiro disponível 
(capital de giro), ou negativo, apontando que ele está em falta. Neste caso, 
talvez seja necessário obter um empréstimo para cobrir esse buraco nas 
finanças. 
ESTRUTURA FINANCEIRA (VÍDEO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
 
1. Estudamos como o planejamento da estrutura de 
operações é vantajoso para qualquer 
empreendimento. Sobre as vantagens dessa etapa 
de concepção de uma empresa, é correto afirmar 
que: 
Pode evitar gargalos no processo produtivo. 
Pode evitar uma carga tributária excessiva. 
Pode garantir a fidelização de clientes. 
Pode fomentar a inovação na empresa. 
Pode incentivar o treinamento de novos funcionários. 
Parabéns! A alternativa"A" está correta. As operações de uma 
empresa são tarefas realizadas diariamente na atividade 
empreendedora. Parar e pensar na descrição dessas atividades 
ajuda o empreendedor a identificar pontos fracos no processo 
produtivo 
 
2. Sobre a relação entre as finanças pessoais e as de uma 
empresa, é correto dizer que: 
Dívidas são prejudiciais para empresas e pessoas. 
Não se pode gastar mais do que se arrecada. 
Gastos devem ser sempre evitados. 
Saldos negativos durante vários meses são um sinal de alerta. 
São mundos de finanças diferentes. 
Parabéns! A alternativa "E" está correta. Muitos 
empreendedores podem cometer o erro de pensar que o 
gerenciamento de finanças pessoais é igual ao de uma empresa. 
Na verdade, o empreendedor precisa conhecer os conceitos de 
gerenciamento financeiro de empresas para evitar riscos 
desnecessários no seu negóci 
 
 
MÓDULO 2 - Identificar ações de 
formalização jurídica de uma empresa 
PRIMEIRAS PALAVRAS: Neste módulo, falaremos sobre os 
aspectos jurídicos de uma empresa. Trata-se de um tópico 
complexo, uma vez que ele não depende do empreendedor. Na 
verdade, ele é regido por leis e normas definidas pelo governo. 
Comentário: Infelizmente, essas normas, em muitos casos, 
estão ultrapassadas ou são burocráticas demais. O governo 
brasileiro ainda precisa avançar bastante em sua legislação sobre 
as empresas. O que deveria ter sido feito para incentivar o 
empreendedorismo está, na prática, atrapalhando tal ramo de 
atividade. 
Organização internacional ligada às Nações Unidas, o Banco 
Mundial publica todos os anos o relatório Doing business (2020), 
que, em português, significa “fazendo negócios”. Tal publicação 
compara o ambiente de negócios em mais de 190 países e 
estuda a regulamentação de empresas em cada um deles. 
Figura: Unidade do Banco Mundial em Washington, Estados 
Unidos da América.Fonte: Kristi Blokhin / Shutterstock.com 
No estudo publicado em 2020, o Brasil ficou classificado em uma 
das piores posições no mundo: 124º lugar. Já no âmbito da 
América Latina, o país ocupa a modestíssima 17ª posição. Na 
classificação do Banco Mundial, a pior nota do Brasil foi atribuída 
à sua complexidade no pagamento de impostos. 
Outra nota que está entre as piores é a classificação 
relativa à facilidade de abertura de empresas. 
Apesar desse cenário desfavorável, ainda existem boas 
oportunidades de negócio em nosso país. Mesmo sendo um 
processo estressante, o empreendedor precisa entender a melhor 
forma de abrir sua empresa dentro das possibilidades jurídicas 
em vigor e de sua estratégia de negócios. 
O objetivo é que a empresa se encaixe na melhor classificação 
jurídica possível, gerando, assim, o menor peso sobre as 
atividades dela. 
Atenção: Mais uma vez, devemos nos lembrar de que o 
assessoramento jurídico e o contábil serão muito bem-vindos 
sempre que isso for possível para garantir a viabilidade 
financeira, a rentabilidade e a sobrevivência da empresa. Isso 
não significa que o empreendedor possa abrir mão da aquisição 
de algumas noções básicas sobre o tema. 
REGULAMENTAÇÃO DE NEGÓCIOS 
A ABERTURA DE UMA NOVA EMPRESA 
Ao longo desta seção, descreveremos os principais aspectos 
legais para a criação de uma empresa. Esse conhecimento 
garante que um empreendimento esteja legalmente estabelecido 
e constituído para o desenvolvimento pleno das atividades às 
quais se propõe. 
Vale destacar que os aspectos legais de uma empresa variam 
bastante conforme sua área da atuação. Neste momento, 
descreveremos aspectos genéricos que podem ser utilizados por 
grande parte dos empreendedores. 
Quem é quem pela legislação brasileira? 
a) Empresário 
A legislação brasileira considera empresário ou empresária 
“quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada 
para a produção ou circulação de bens ou de serviços”. 
Uma empresa pode contar com um único empresário. Neste 
caso, há quatro possibilidades para o empreendedor: 
Possibilidade 01: Microempreendedor individual (MEI): é 
o caso mais simples. Falaremos mais sobre ele adiante; 
Possibilidade 02: Empresário individual (EI): o processo 
para abrir uma empresa é mais complexo que no caso do 
MEI, sendo necessário obter autorizações — em geral, 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/operacao_e_regulamentacao_de_empresas/index.html#collapse-steps5
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/operacao_e_regulamentacao_de_empresas/index.html#collapse-steps6
da junta comercial e da prefeitura. Não possui limite de 
faturamento; 
Possibilidade 03: Empresa individual de responsabilidade 
limitada (Eireli): é necessário fazer um investimento inicial 
(capital social) de 100 salários mínimos. Contudo, existe um 
ganho em relação a MEI ou EI: a separação entre o 
patrimônio da empresa e o do empresário. Ou seja, caso a 
firma tenha uma dívida que não possa ser honrada, o 
empresário não será obrigado a pagá-la com seus recursos 
pessoais. Não possui faturamento máximo; 
Possibilidade 04: Sociedade limitada unipessoal: é uma 
versão nova e simplificada da Eireli. Criada em 2019, ela 
dispensa o empreendedor da exigência de um aporte inicial 
de 100 salários mínimos. 
Atenção: A proteção do patrimônio individual no caso de Eireli 
e MEI não é absoluta. Alguns tipos de dívidas podem exigir seu 
pagamento com recursos pessoais. Os casos mais importantes 
são as dívidas trabalhistas (com os funcionários) e fiscais (com o 
governo). Ainda assim, ocorre um ganho relevante de proteção 
do patrimônio pessoal em comparação com MEI ou EI. 
b) Sociedades 
Quando mais de uma pessoa se reúne para a realização de 
negócios conjuntos e cria uma empresa, o empreendimento 
passa a ser considerado uma sociedade. 
Ao contrário do empresário e do autônomo, que atuam 
individualmente, todas as pessoas em uma sociedade tomam 
decisões em conjunto e compartilham dos resultados. 
As sociedades podem assumir as seguintes formas:. 
Sociedade 01: Sociedade empresária: associação de dois 
ou mais empresários para a produção ou a circulação 
conjunta de bens ou serviços; 
Sociedade 02: Sociedade simples: associação de dois ou 
mais autônomos que exercem profissão intelectual — de 
natureza científica, literária ou artística —, contribuindo e 
compartilhando resultados de forma conjunta; 
Sociedade 03: Sociedade limitada: associação de duas ou 
mais pessoas cuja responsabilidade, diante dos direitos e 
javascript:void(0)
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/operacao_e_regulamentacao_de_empresas/index.html#collapse-steps7
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http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/operacao_e_regulamentacao_de_empresas/index.html#collapse-steps11
das obrigações da empresa, se limita ao valor do capital 
registrado no capital social. Como resultado disso, os sócios 
não poderão distribuir lucros ou retirar algum dinheiro caso 
isso signifique uma baixa de capital; 
Sociedade 04: Sociedade anônima ou sociedade por 
ações: organização na qual o capital social é dividido em 
ações. Neste tipo de empresa, cada sócio e acionista 
responde apenas pelo valor das ações que adquiriu. Esse 
modelo de sociedade é mais comum em grandes 
empreendimentos, porque garante uma maior segurança 
jurídica a todos os acionistas. 
Contrato social 
Após haver definido o tipo da empresa, chegou o momento de o 
empreendedor dar um passo mais concreto para a abertura do 
negócio: a formulação do contrato social. Este documento é tão 
fundamental para as empresas como sua certidão de nascimento 
é para você, pessoa física. 
No contrato social, constam as regras e as condições sob as 
quais uma empresa deve funcionar, assim como os direitos e as 
obrigações de cada pessoa quea constitui. 
Faremos agora algumas considerações sobre esse documento.1 
1. Deve haver a definição do tipo de empresa, uma descrição 
dos sócios e as atribuições de cada um. 
2. Ele descreve o fechamento do capital social, listando o total 
de investimento inicial da empresa e como cada sócio 
arcará com as essas despesas. 
3. Vale destacar que nenhum dos sócios de uma nova 
empresa pode ter dívidas de impostos não pagos. Na 
medida do possível, o empreendedor pode buscar, neste 
momento, a assessoria de um advogado ou contador para 
escrever o contrato social — principalmente no caso de 
sociedades mais complexas. 
4. O contrato social deve ser registrado na junta comercial do 
estado para que a empresa passe a existir oficialmente. 
Com isso, qualquer alteração nele, como, por exemplo, a 
entrada de um novo sócio, também precisa ser registrada 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/operacao_e_regulamentacao_de_empresas/index.html#collapse-steps12
como alteração contratual. Essa informação, portanto, será 
incorporada à nova versão do contrato. 
5. No contrato, também deve constar a definição do código 
CNAE – sigla que significa Classificação Nacional de 
Atividades Econômicas – da empresa. 
Trata-se de um passo fundamental, porque é com base 
nessa definição que as regras de tributação da empresa 
serão pautadas. 
São inúmeras as combinações possíveis de atividades primárias 
e secundárias de uma empresa. O empreendedor pode consultar 
a página web do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE) para ter acesso a uma lista completa com todas as 
classificações do CNAE. 
Listaremos a seguir alguns exemplos de códigos do CNAE: 
• 7020-4/00 — CNAE para empresa de consultoria 
administrativa; 
• 6911-7/01 — CNAE para empresa de consultoria jurídica; 
• 5611-2/02 — CNAE para bares e outros estabelecimentos 
especializados em servir bebidas; 
• 5611-2/05 — CNAE para bares e outros estabelecimentos 
especializados em servir bebidas, com entretenimento; 
• 4771-7/01 — CNAE para comércio varejista de produtos 
farmacêuticos, sem manipulação de fórmulas; 
• 4771-7/02 — CNAE para comércio varejista de produtos 
farmacêuticos, com manipulação de fórmulas; 
• 4771-7/03 — CNAE para comércio varejista de produtos 
farmacêuticos homeopáticos; 
• 4771-7/04 — CNAE para comércio varejista de 
medicamentos veterinários. 
MODELOS DE TRIBUTAÇÃO 
O Brasil tem como modalidade de governo a República 
Federativa. Isso significa que, pela Constituição de 1988, o poder 
político e as obrigações com os cidadãos são divididos entre seus 
entes federativos: o governo federal, os estados e os municípios. 
Por isso, a arrecadação (cobrança) de impostos também é 
dividida entre eles. 
De todos esses atores governamentais, o governo 
federal é o principal regulador e cobrador de 
impostos. 
Órgão do governo federal, a Receita Federal estabelece os três 
modelos básicos de tributação de empresas: 
• Lucro real; 
• Lucro presumido; 
• Simples Nacional. 
Os regimes de tributação dos lucros real e presumido são mais 
complexos e utilizados por empresas médias e grandes. Por esse 
motivo, nosso foco estará voltado para o regime do Simples 
Nacional, já que ele é seguido por organizações de pequeno 
porte. 
A Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte 
instituiu um tratamento diferenciado e mais favorável às 
pequenas empresas. 
O Simples Nacional, como o próprio nome diz, é um 
regime simplificado de tributação implementado em 
2007. Ele unifica oito impostos em um único boleto 
de cobrança, reduzindo a carga tributária federal 
para pequenas empresas. 
Um dos principais objetivos desse regime é a desburocratização 
do cálculo e do recolhimento de impostos e contribuições. Os 
tributos unificados pelo Simples Nacional são os seguintes: 
Impostos unificados pelo Simples Nacional: 
Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ); 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); 
Contribuição para o PIS; 
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS); 
Imposto sobre Importação (IPI); 
Contribuição para Seguridade Social (INSS). 
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Como podemos saber se uma empresa se enquadra 
no regime do Simples Nacional? 
A Receita Federal enquadra as micro e pequenas empresas 
levando em consideração seu faturamento anual e o tamanho 
delas. Tendo isso em vista, demonstraremos agora as variações 
existentes entre as organizações que fazem parte desse grupo: 
MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) 
Este é o tipo de empresa mais comum hoje no país, contando 
com milhões de CNPJs registrados. É possível obter o CNPJ em 
dois dias acessando o site do Portal do Empreendedor. 
Existem restrições, porém, em relação às atividades que podem 
ser exercidas. Justamente por ser o modelo mais simples de 
tributação, este caso é particular. Apesar de se enquadrar no 
regime do Simples Nacional, o empreendedor individual fica 
isento de alguns impostos federais (imposto de renda, PIS, 
COFINS, IPI e CSLL) e paga um valor fixo mensal destinado à 
Previdência Social e aos impostos que não são federais, como o 
ICMS e o ISS. 
Comentário: Impostos cobrados pelos governos estaduais: 
Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias 
e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e 
Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). 
Imposto cobrado pelos governos municipais: Imposto sobre 
Serviços de Qualquer Natureza (ISS). 
A empresa MEI pode ter, no máximo, um funcionário contratado, 
desde que ele receba um salário mínimo ou o piso da categoria. 
De acordo com a Receita Federal, o faturamento anual de uma 
empresa MEI não pode ultrapassar o valor de R$81.000. Além da 
vantagem tributária, as empresas classificadas como MEI 
conseguem realizar a abertura da conta bancária vinculada ao 
CNPJ de forma simplificada. Além disso, é menos burocrático 
pedir empréstimos e emitir notas fiscais. 
Tudo isso tem como objetivo fomentar a atividade 
empreendedora e ajudar o pequeno empreendedor a se legalizar. 
MICROEMPRESA (ME) 
A ME ocupa um patamar de faturamento anual logo acima da 
empresa MEI. Para a Receita Federal, ela precisa ter um 
faturamento anual inferior ou igual a R$360.000. As empresas 
com uma receita anual superior a tal valor passam a ser 
classificadas no patamar seguinte da escada de faturamento. 
 
EMPRESA DE PEQUENO PORTE (EPP) 
Segunda a Receita Federal, uma empresa de pequeno porte tem 
um faturamento anual superior a R$360.000, não podendo 
ultrapassar o patamar de R$4.800.000. Organizações com receita 
bruta anual superior a esse valor já não podem ser enquadradas 
no regime do Simples Nacional. 
Toda empresa precisa — à exceção do MEI – de um contador 
registrado. Portanto, em um cenário ideal, o empreendedor deve 
buscar a assessoria de um contador já no momento de abertura. 
Esse profissional poderá ficar encarregado da consultoria contábil 
quando a empresa já estiver em funcionamento. 
 
Mas o que é um CNPJ? Ele é o cadastro nacional de 
pessoa jurídica. Trata-se do número de registro da empresa para 
fins tributários. Você precisará dele para praticamente todas as 
suas atividades empresariais, desde a simples emissão de uma 
nota fiscal até o ato de efetuar uma venda. Para emitir o CNPJ, 
você deve usar o Coletor Nacional da Receita Federal, o qual, 
aliás, pode ser acessado no site da REDESIM. Essa página 
também ajudará o empreendedor em outras etapas da abertura 
de uma empresa. 
ESTRUTURA FINANCEIRA (VÍDEO) 
LICENCIAMENTO AMBIENTAL 
Antes de concretizar a abertura de uma empresa, o 
empreendedor ainda tem de saber se ela irá precisar do 
licenciamento ambiental para funcionar. O compromisso com o 
meio ambiente deixou de ser apenas um diferencial para seu 
produto ou serviço, passando a ser exigido por lei, caso o seu 
negócio se enquadre dentre as categorias de: 
• Agricultura; 
• Mineração; 
• Indústrias; 
• Transporte;• Serviços; 
• Obras civis; 
• Empreendimentos turísticos, urbanísticos e de lazer; 
• Biotecnologia. 
Dessa forma, esse licenciamento funciona como uma ferramenta 
de gestão pública para garantir o controle das ações humanas 
sobre o meio ambiente. A necessidade de licenciamento 
ambiental normalmente inclui: 
• Autorização da localização em que se deseja instalar uma 
empresa (licença prévia); 
• Instalação (licença de instalação); 
• Futuras ampliações e operação de atividades (licença de 
operação). 
Caso a empresa se enquadre nas categorias listadas acima e 
não esteja com as licenças ambientais regularizadas, o 
empreendedor correrá o risco de ter de pagar multas, além de – é 
claro – prejudicar o meio ambiente em volta do local de operação. 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. O contrato social é um documento que deve ser elaborado 
antes de a empresa começar a funcionar. Sobre ele, é correto 
afirmar que: 
Lista os benefícios trabalhistas dos funcionários. 
Descreve as obrigações de responsabilidade social da 
empresa. 
Descreve os direitos e as obrigações de cada sócio da 
empresa. 
Identifica o valor que a empresa entregará aos seus clientes. 
Indica o regime tributário escolhido pelos sócios da empresa. 
Parabéns! A alternativa "C" está correta. O contrato social é um 
documento no qual estão estabelecidas as regras e as condições 
sob as quais uma empresa funciona. Além disso, descreve quais 
são os direitos e as obrigações de cada sócio da empresa. 
 
2. Quais são os riscos de uma empresa de agricultura 
funcionar sem licenciamento ambiental? 
Nenhum: empresas desse ramo são isentas de licenciamento 
ambiental. 
A perda do selo de origem do produto agrícola. 
Ter de pagar um adicional de insalubridade para os 
funcionários. 
Degradar o meio ambiente e receber uma multa dos órgãos de 
fiscalização. 
Prejudicar suas vendas para mercados d 
Parabéns! A alternativa "D" está correta. Empresas do setor de 
agricultura são obrigadas a fazer seu licenciamento ambiental. 
Caso contrário, poderão ser multadas pelos órgãos competentes. 
produtos orgânicos. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apresentamos neste tema o 
conceito de administração operacional e vários outros 
importantes para a operação de uma empresa. Também 
identificamos suas ações de formalização jurídica. No módulo 1, 
compreendemos os conceitos fundamentais ligados aos aspectos 
operacionais cotidianos de uma empresa, assim como os 
elementos relacionadas à produção, à venda e à distribuição de 
produto. Ainda pudemos conhecer as ferramentas de 
gerenciamento financeiro. Já o módulo 2 ficou reservado para a 
identificação do passo a passo requerido na regulamentação de 
um empreendimento. Por conta disso, apresentamos suas 
normas de formalização jurídica. Pudemos perceber, desse 
modo, que os conceitos de administração operacional de uma 
empresa lidam com seu dia a dia, abarcando desde as pequenas 
tarefas até a programação de produção, distribuição e vendas. Se 
as atividades cotidianas de uma organização forem bem 
executadas, as chances de que ela seja bem-sucedida serão 
definitivamente maiores. Isso também é verdade em relação a 
seu gerenciamento financeiro: um erro de cálculo do capital de 
giro pode levar um negócio à falência. A gestão de uma 
organização, portanto, requer um esforço contínuo de atenção a 
todos os detalhes das operações diárias.

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