Buscar

Resumo laboratorio hematologia - eixo 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESUMO LABORATÓRIO UC XII - HEMATOLOGIA 
Eritrograma 
O sangue é composto por uma parte líquida (plasma) 
e uma parte sólida, composta por células 
diferenciadas (leucócitos, eritrócitos e plaquetas). 
• Essas células são produzidas nos órgãos 
hematopoiéticos, os quais possuem um 
microambiente favorável para a manutenção 
e maturação destas células. 
• Durante a vida fetal esses órgãos são o baço e 
o fígado, já no adulto, o microambiente se 
localiza na medula óssea. 
Hematopoese: produção das células sanguíneas a 
partir de células tronco hematopoeticas (CTH). 
 
Microambiente medular 
1) automanuntenção do pool indiferenciado de CTHs; 
2) geração e manutenção do pool de células de 
linhagem hematológica (chamadas precursoras) 
3) proliferação e diferenciação de células precursoras 
em células diferenciadas que migram para a corrente 
sanguínea. 
Células tronco hematopoéticas (CTHs) 
Capazes de dar origem às mais diversas linhagens 
hematopoéticas e reconstituir a hematopoese após 
terapias supressoras como radioterapia ou 
quimioterápicos. 
São classificadas em: 
➢ LH-HSC (Long Term Hematopooetic Stem Cell). 
➢ ST-HSC ( Short Term Hematopooetic Stem Cell). 
 
 
Eritropoeise 
 
Um adulto produz cerca de um adulto produz cerca de 
200 bilhões de hemácias por dia, substituindo número 
equivalente de células destruídas mantendo estável a 
massa total de hemácias do organismo. 
 
A eritropoiese possui 3 fases: 
➢ a vinculação da célula progenitora pluripotencial 
com a diferenciação eritroide,
➢ a fase eritropoetina-independente ou precoce
➢ fase eritropoetina-dependente ou tardia
 
 
RESUMO LABORATÓRIO UC XII - HEMATOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Reticulócitos: são eritrócitos jovens 
(células anucleadas). 
Os fatores de crescimento (eritropoetina 
e interleucina 3, e os hormônios tireoidianos e 
andrógenos) estimulam o desenvolvimento e a 
maturação. Eritropoetina- regula a maturação e 
também apoptose de hemácias. 
Eritrócitos 
As funções primordiais dos glóbulos vermelhos são: 
➢ Transportar oxigênio dos pulmões aos tecidos 
➢ Transportar C02 dos tecidos aos pulmões 
A hemoglobina (tem vida média de 120 dias) é a 
responsável por essas funções. 
Dosagem de hemoglobina 
➢ Amostra = sangue total colhido com citrato, EDTA 
ou oxalato.
➢ Armazenamento = 7 dias a 4ºC
➢ Reagente de Drabkin
➢ Padrão de hemoglobina = solução com valor
➢ conhecido de hemoglobina 
 
Homogeneizar aguardar 3 minutos e ler 540nm após 
zerar com o branco. 
Cálculos 
Hb (g/dL) (amostra) = absorbância amostra x 
(concentração do padrão/absorbância do padrão)
Valores de referência descritos por Henry (E.U.A.) – 
usar tabelas em função de sexo e idade
13 a 18g Hb/dL, para o sexo masculino. 
11 a 16g Hb/dL, para o sexo feminino. 
 
Exemplo: 
Concentração do padrão = 12 g/dL 
Ap = 0,32nm 
Aa = 0,25nm 
Qual a concentração da amostra? 
Hb (g/dL) = absorbância amostra x (concentração do 
padrão/absorbância do padrão) 
Hb (g/dL) = 0,25(12/0,32)= 9,4 
TÉCNICA DO MICROHEMATÓCRITO 
Preencher um tubo capilar com sangue até ¾ da sua 
altura. 
Fechar uma das extremidades na chama do bico de 
busen (massa de modelar ou outros materiais podem 
ser utilizados para a oclusão do capilar). 
Colocar o capilar em uma centrífuga apropriada 
(centrífuga própria para microhematócrito) por 5 
minutos em 10000 a 12000 rpm. 
Fazer a leitura na placa de leitura de 
microhematócrito. 
Teste de falcização 
*Técnica: Colocar em um tubo 50µl de sangue total + 
100µl de solução fisiológica 0,9%, misturar por 
inversão,adicionar 100µl de metabissulfito de sódio a 
2%. Misturar por inversão; 
*Colocar na lâmina de microscopia 10 a 20µl da 
mistura e espalhar, cobrir a preparação com lamínula 
e vedar os quatro lados com esmalte (ou sebo de 
vela). 
*Conservar a preparação em câmara Úmida (placas de 
Petri com algodão embebido com água); 
*Examinar em microscópio com objetiva 10 ou 40x, 
após 1 hora, 3 horas, 6 horas, 12 horas e 24 horas 
RESUMO LABORATÓRIO UC XII - HEMATOLOGIA 
Hemograma automatizado 
O exame é realizado em três etapas, chamadas 
eritrograma, leucograma e plaquetas. Tais etapas 
analisam as seguintes características: 
▪ Contagem de Hemácias; 
▪ Hemoglobina; 
▪ Hematócrito; 
▪ VCM (Volume Corpuscular Médio); 
▪ HCM (Hemoglobina Corpuscular Média); 
▪ CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular 
média); ▪ Contagem de Leucócitos; 
▪ Contagem diferencial de leucócitos: neutrófilos 
(segmentados e bastonetes), linfócitos, monócitos, 
eosinófilos e basófilos; 
▪ Contagem de Plaquetas. 
 HEMATOSCOPIA: Esfregaço sanguíneo (para a 
realização da contagem diferencial e análise 
morfológicas das células). 
 
Erros mais comuns na confecção do esfregaço 
 
 
 
Coloração na hematoscopia 
1. Cobrir cada lâmina (esfregação sanguíneo) com 10 
a 15 gotas do corante (Leishman). Fixar a lâmina com 
o corante durante 01 minuto. 
2. Distribuir sobre a lâmina igual número de gotas de 
água destilada ou solução tampão. Homogeneizar a 
mistura de corante com água. A partir deste 
momento, começa a atividade de coloração. Corar por 
3 a 4 minutos. 
3. RESULTADOS ESPERADOS 
I. Hemácias: róseo 
II. Plaquetas: azul 
III. Leucócitos: 
a. Linfócitos: núcleo azul-violeta e citoplasma azul 
b. Monócitos: núcleo (lobulado) azul-violeta e 
citoplasma azul claro 
c. Neutrófilos: núcleo azul escuro, citoplasma rosa 
pálido e granulações de tons róseos a azul claro 
d. Basófilos: núcleo púrpura a azul escuro, 
granulações volumosas cobrindo todo o citoplasma de 
azul escuro 
e. Eosinófilos: núcleo azul, citoplasma rosa pálido e 
grânulos volumosos vermelho a vermelho alaranjado. 
Histogramas 
 
Interpretação do eritrograma 
Diagnóstico de anemia: Caracterizada por 
hemoglobina < 13,5 g/dL e/ou hematócrito < 41 % em 
homens, e hemoglobina < 12,0 g/dL e/ou hematócrito 
< 36% em mulheres. 
Volume Corpuscular Médio (VCM): Considera-se 
normal de 80-100 fL. 
< 80 fL = Microcitose: Anemia ferropriva; talassemias; 
anemia sideroblásticas; anemia de doença crônica 
(tardia); deficiência de cobre; 
80-100 fL = Normocitose: Anemia ferropriva 
(precoce); anemia de doença crônica; perda aguda de 
sangue; doença renal crônica; anemia aplásica e 
supressão medular; hipotireoidismo; hipopituitarismo; 
> 100 fL = Macrocitose: Abuso de álcool; deficiência 
de ácido fólico; deficiência de vitamina B12; 
reticulocitose (recuperação de anemias hemolíticas, 
carenciais e sangramentos); síndromes 
mielodisplásicas; leucemia mielóide aguda; 
hepatopatia crônica; medicamentos (ex.: zidovudina, 
hidroxiureia); hipotireoidismo; 
 >115 fL: Macrocitose > 115 fL é quase que 
exclusivamente causada por deficiência de vitamina 
B12 e/ou ácido fólico. 
Hemoglobina Corpuscular Média (HCM): Considera-
se normal de 28-34 g/dL de hemácias. 
 < 28 = Hipocromia:Anemia ferropriva; talassemias; 
 > 34 = Hipercromia: Costuma acompanhar 
macrocitoses. 
Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média 
(CHCM): Considera-se normal de 31-36 g/dL de 
hemácias. 
< 31:Anemia ferropriva; talassemias; 
 > 36: Esferocitose (hereditária ou adquirida); doença 
falciforme e hemoglobinopatia C. 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO LABORATÓRIO UC XII - HEMATOLOGIA 
Reticulócitos: revela a atividade medular de produção 
de eritrócitos, estando aumentado em estados 
hiperproliferativos e diminuído em estados 
hipoproliferativos: 
 Aumentados: Reflete uma resposta hematopoiética 
aumentada (hemólise contínua ou perda de sangue); 
Diminuídos: Reflete uma resposta hematopoiética 
inadequada (anemia aplásica, invasão medular, 
infecção, quimioterapia e outras causas de supressão 
medulares). 
Distribuição da população de hemácias (RDW): é 
uma medida quantitativa da anisocitose. Considera-se 
normal de 11 a 16%, dependendo do equipamento 
utilizado. 
Aumentado: Anisocitose é o termo que se dá quando 
o RDW se encontra aumentado, podendoser visto 
no esfregaço sanguíneo uma grande variação de 
tamanho entre as hemácias. O RDW pode estar 
aumentado em algumas situações, como: anemia por 
deficiência de ferro; anemia megaloblástica; 
talassemia; doenças do fígado. Além disso, pessoas 
em tratamento quimioterápico ou com algum antiviral 
também podem apresentar RDW aumentado. 
Diminuído: O RDW baixo normalmente não apresenta 
significado clínico quando interpretado isoladamente, 
no entanto, caso sejam verificadas outras alterações 
no hemograma, pode indicar anemia causada por 
doença crônica, como doenças do fígado, problemas 
renais, HIV, câncer ou diabetes, por exemplo. 
 
 
▪ A presença de coágulos na amostra, principalmente 
nas punções venosas mais difíceis, continua um 
importante fator de erro, quando não percebido. 
▪ A concentração de hemoglobina média (CHCM) é um 
dos índices hematimétricos calculados que fornece 
mais indicações de possíveis erros, uma vez que utiliza 
o número de eritrócitos, a concentração de 
hemoglobina e o VCM. 
▪ Qualquer desproporção pode causar o falso 
aumento da CHCM: amostras hemolisadas ou 
lipêmicas, aglutinação de hemácias e 
hiperleucocitose. 
 
 
 
Interpretação do leucograma 
 A primeira análise do leucograma é feita pela 
verificação da contagem total dos leucócitos: quando 
os mesmos estão acima do valor padrão para a idade 
denomina-se por LEUCOCITOSE, e quando abaixo por 
LEUCOPENIA. Especialmente a leucocitose deve ser 
adjetivada em discreta (ou leve), moderada e 
acentuada, de acordo com os valores do leucograma. 
As leucocitoses ocorrem em três situações: 
 ▪ Leucocitose fisiológica – geralmente de grau leve é 
comum em gestantes, RN, lactantes, após exercícios 
físicos e em pessoas com febre; 
▪ Leucocitose reativa – estão notadamente 
relacionadas com o aumento de neutrófilos e se 
devem às infecções bacterianas, inflamações, necrose 
tecidual e doenças metabólicas; 
▪ Leucocitose patológica – estão relacionadas a 
doenças mieloproliferativas (leucemias mielóides, 
policitemia vera,mieloesclerose) e linfoproliferativas 
(leucemias linfóides e alguns linfomas). 
RESUMO LABORATÓRIO UC XII - HEMATOLOGIA 
 
Desvio a esquerda 
A neutrofilia pode estar relacionada ao chamado 
“desvio à esquerda”, situação em que há aumento de 
células imaturas granulocíticas como mielócitos e 
metamielócitos, ou uma concentração de bastonetes 
maior que 10% da concentração dos neutrófilos 
segmentados. Esses achados ocorrem sobretudo em 
quadros infecciosos e inflamatórios e em pacientes 
com doenças mieloproliferativas crônicas. 
 
 
 
 
Histograma da contagem diferencial de leucócitos 
 
 
Interpretação do plaquetograma 
▪Plaquetas: Os valores considerados normais variam 
entre 150 a 450 mil por microlitro. 
▪ Trombocitopenia: Pode sugerir: anemia aplásica, 
supressão medular, sepse, deficiência de vitamina B12 
e ácido fólico, e hiperesplenismo; 
▪ Nesta situaçãopode haver sangramento,dependendo 
do grau da plaquetopenia: 
▪ < 10.000 à risco de sangramento espontâneo. 
 ▪ < 50.000 à risco de sangramento quando submetido 
a trauma ou procedimentos de pequeno e médio 
porte. 
 ▪ < 100.000 à risco de sangramento quando 
submetido a trauma ou procedimentos de grande 
porte (cirurgia da cabeça, do coração ou dos olhos). 
▪ Trombocitose: Pode refletir resposta medular, 
sugerindo: deficiência de ferro, anemia de doença 
crônica, sepse, neoplasia e doenças 
mieloproliferativas e mielodisplásicas 
 
RESUMO LABORATÓRIO UC XII - HEMATOLOGIA 
TP, TTPA e inibidor circulante 
Hemostasia é o mecanismo que o organismo realiza 
para prevenir hemorragia ou para refratá-la quando já 
esteja estabelecida. 
Coagulação plasmática- é uma série de reações que 
tem por finalidade transformar uma proteína solúvel 
(fibrinogênio) em proteína insolúvel (fibrina). 
Fibrinólise- Processo de destruição do fibrinogênio e 
dos coágulos de fibrina que ocorre tanto em estado 
fisiológico como patológico. 
 
 
A formação do coágulo de fibrina no sítio de lesão 
endotelial constitui processo crucial para a 
manutenção da integridade vascular. Os mecanismos 
operantes nesse processo são dependentes da 
integridade anatômica e funcional do sistema 
hemostático, e devem ser finamente regulados de 
modo a simultaneamente contrapor-se à perda 
excessiva de sangue e evitar a formação de trombos 
intravasculares decorrentes de formação excessiva de 
fibrina. 
 
Quando houver uma lesão no vaso sanguíneo, a 
primeira prioridade (Hemostasia primária) é 
"formar tampão" nessa lesão (neste 
extravasamento). Os principais atuantes do sangue 
são as plaquetas e o fibrinogênio, que reagem 
juntos e interrompem o extravasamento pela 
formação de um tampão de plaquetas. 
Após essa primeira etapa, a formação de um 
coágulo (coagulação) interrompe qualquer 
sangramento futuro (Hemostasia secundária). Esse 
processo consiste em uma série de reações 
químicas que envolvem diversos componentes do 
plasma. Até o momento, sabe-se que dez fatores de 
coagulação importantes estão envolvidos nesse 
processo. Essas interações complexas levam à 
transformação de uma proteína solúvel, o 
fibrinogênio, em uma proteína insolúvel, a fibrina, 
que forma a estrutura do coágulo. A cicatrização da 
ferida por fim encerra essa ligação e a fibrinólise 
dissolve ao coágulo. 
Fase plasmática 
O modelo antigo esquema da coagulação era 
baseado em eventos em cascata, no qual os fatores 
inativos em circulação eram ativados em cascata. Já 
o modelo atual apresenta eventos simultâneos. 
 
 
Esquema para avaliação laboratorial 
TS - Função hemostática das plaquetas, vasos e FVW 
TC- idem TTPA 
Prova do laço –fragilidade capilar. 
 
RESUMO LABORATÓRIO UC XII - HEMATOLOGIA 
Tempo de protrombina (TP) 
O tempo de protrombina ou TP é um exame de 
sangue que avalia a capacidade do sangue para 
coagular, isto é, o tempo necessário para estancar 
uma hemorragia, por exemplo. 
 
 
 
➢ O TP é mais sensível á deficiência do fator VII e 
tem menor sensibilidade aos fatores da via 
comum. 
TP prolongado: Deficiências hereditárias (fator VII), 
adquiridas (deficiência de vitamina k), doença 
hepática, coagulação intravascular disseminada e uso 
de medicamentos. 
➢ O TP é o teste de escolha para monitorar o uso 
de anticoagulantes orais anti-vitamina k. 
A origem da tromboplastia interfere na sua 
sensibilidade, por isso os resultados de um TP podem 
variar de um laboratório para outro 
➢ Todos os fabricantes devem padronizar sua 
tromboplastina de acordo com a de referência 
internacional RNI, que define a sensibilidade do 
reagente e fornece o índice numérico de 
sensibilidade para o regente = ISI ( ISI mai próximo 
de 1 , mais sensivel). 
 
TP paciente- resultado do TP do paciente em 
segundos. 
TP normal- pool de indivíduos normais. 
ISI – a sensibilidade da tromboplastia. 
 
Para analisar o resultado de atividade e NRI, é 
necessário olhar na 1ª coluna o valor de TP teste e ver 
qual valor se relaciona com TP pool, ai vê o valor da 
atividade . 
Para saber o INR ou RNI, calculamos o R e vemos qual 
o valor de RNI esta na tabela . 
R= TP amostra/T pool 
Exemplo: 
 
TP amostra teste = 13 segundos; TP pool = 12 
segundos, qual a atividade e qual RNI? 
NA 
TABELA 13 segundos para pool de 12 
segundos seria relatado como: 14,2 
segundos=68,7% 
Relação seria 14,2/12 
=1,18
 
- com conta = mesmo 
valor da = 1,18 que 
RESUMO LABORATÓRIO UC XII - HEMATOLOGIA 
Tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPA) 
Tempo de tromboplastina parcial ativada, TTPa ou 
KTTp, corresponde ao tempo gasto para ocorrer a 
coagulação do plasma recalcificado em presença de 
um fosfolípede (cefalina) após adição tromboplastina 
parcial. 
• O TTPA estará aumentado quando o paciente 
tiver deficiência de fatores da via intrínseca 
(fatores XII, XI, IX e VII) e de fatores da via comum 
(X, V, II e fibrinogênio) da cascata da coagulação. 
• É o caso depacientes com hemofilias A e B, 
doenças hepáticas, uso de anticoagulantes e 
deficiência de vitamina K, uma vez que os fatores 
II, IX e X dependem desta vitamina. 
 
 
• O TTPA é o teste de escolha para monitorizar o 
uso de heparina. 
• O TTPA fica aumentado na deficiência de FWV 
(von WIllebrand), proteína de adesão, atua na 
fase primária e na fase secundária transporta o 
fator VIII, fator VIII livre é rapidamente inativado. 
Hemofilia- doença hemorrágica hereditária 
caracterizada pela deficiência dos fatores VIII 
(hemofilia A) ou IX ( hemofilia B). Na forma adquirida 
há desenvolvimento de anticorpos que inibem fator 
VIII/IX e causam distúrbio hemorrágico. Também 
podem surgir por ocasião da terapia , o que dificulta o 
tratamento. 
 
 
 
Pesquisa de inibidor 
Anticorpos neutralizantes da função coagulante do 
FVIII ou FIX = inibidores. 
• Inibidor circulante = altera TTPA 
• Inibidor presente = TTPA aumentado 
Anticoagulante lúpico :são autoanticorpos produzidos 
pelo sistema imunológico contra fosfolípides e 
proteínas associadas a ele. 
• Aumentam TTPA, mas não causam sangramentos 
• Aumentam o risco de trombose e abortos 
recorrentes. 
 
Correção 
Correção (em segundos) do TTPA após a mistura com 
plasma TTPA deverá ser maior que 50% da diferença 
entre o TTPA do paciente pré-mistura e o TTPA do 
pool de plasma normal. 
 
 
 
 
 
RESUMO LABORATÓRIO UC XII - HEMATOLOGIA 
Exercício 
Pool de plasma normal = 30 segundos 
Plasma teste (sem mistura) = 90 segundos 
Plasma teste após mistura com plasma normal = 35 
segundos. 
Houve correção? 
• Diferença entre corrigido (35) e não corrigido (90) 
= 55 segundos 
• Diferença entre o normal e o plasma sem mistura 
= 90 
30 = 60 / 2 = 30 segundos; correção > 30 segundos 
• 55 (tanto que corrigiu) > 30 que é o limite para 
indicar correção, portanto indica correção por 
fator. 
Sensibilidade dos testes 
• TP e TTPA= poucos sensíveis, analisam muitas 
variáveis. 
• Atualmente fator X e Xa. 
• Anticoagulação oral direta. 
 
Controle da anticoagulação 
Além das drogas AK, atualmente os anticoagulantes 
orais diretos (DOAC) vem sendo utilizados. 
➢ DOAC inibem seletivamente e de forma reversível: 
- O fator IIa (Dabigatrano) ou o 
- Fator Xa (Rivaroxabano, Apixabano e Edoxabano) 
DOAC: alternativa atrativa à terapêutica convencional 
vantajosa por: 
• Administração oral em doses fixas 
• Sem interações alimentares 
• Ausência de necessidade de monitorização 
➢ Controle (ajuste) por: TTPA, fator X e Xa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO LABORATÓRIO UC XII - HEMATOLOGIA 
 Hematoscopia 
 
Tamanho das hemácias 
 
 
Na aglutinação, quando a contagem é automatizada, 
ocorre um erro na contagem de hemácias. 
Anisocitose -> quando não há homogeneidade no 
tamanho eritrocitário. 
Coloração 
Hipocromia – centro muito mais opaco. 
Hipercromia – hemácias 100% coradas. 
Formato 
Normal – anucleada, rosada, com palidez central 
ocupando cerca de 1/3 das dimensões de 7 – 7,5 
Poiquilocitose – alterações de vários formatos 
diferentes (+ de 1 formato). 
Quando tem 1 formato diferente do normal, 
descrevemos o formato. 
Esferócitos 
Hemácias de biconcavidade e diâmetro reduzidos, 
geralmente hipercorados, forma esferocítica devido a 
diminuição da superfície de membrana (pequenas, 
redondas e hipercoradas). 
Podem ser encontrados na esferocitose hereditária e 
anemias hemolíticas. 
 
 
Eliptócitos 
São hemácias com forma oval 
ou elíptica decorrente de 
defeitos genéticos que afetam 
as membranas do 
citoesqueleto. 
Visto aneliptocitose hereditária e pequeno número de 
eliptócitos (<10%) também pode ser visto nas anemias 
microcíticas e megaloblásticas e nas síndromes 
mieloproliferativas. 
Estomatócitos 
São hemácias com a membrana 
retraída em cúpula . Na lâmina é 
visto a área pálida central em 
forma de fenda. Associado a um 
grão de café. 
Pode ocorrer no RN, estomatocitose hereditária, 
doenças hepáticas, uso de asparaginase. 
Drepanócitos 
Caracteriza-se pela presença 
de hemácias em foice ou 
forma de banana. O 
eliptócitos é mais oval , 
drepanócitos tem uma 
curvinha. 
Pode ocorrer decorrente da presença da hemoglobina 
S, presente em indivíduos portadores do gene da 
anemia falciforme. 
Equinócitos 
São hemácias que apresentam 
espículas regularmente 
distribuídas em sua superfície, 
também conhecidos por 
hemácias crenadas. 
Podem surgir em patologias como uremia, no 
hipotireoidismo e no uso de heparina intravenosa (o 
melhor anticoagulante na amostra é o DPA que não 
altera a morfologia das células). 
Acantócitos 
São hemácias com menor 
número de espículas e 
dimensões irregulares. 
São comuns em hepatopatias, 
pós esplenectomia. 
LEPTÓCITOS OU TARGET CELLS 
São hemácias delgados com 
excesso de membrana. 
Ao distender-se na lâmina 
coram-se mais no centro e na 
periferia, por este motivo são 
chamadas target cells 
(hemácias em alvo). 
Pode ocorrer nas hemoglobinopatias C e S, na 
ßtalassemia e alterações da composição lipídica do 
plasma que estão em contínua troca com as 
moléculas de colesterol e lectina da membrana, como 
nas icterícias obstrututivas. 
RESUMO LABORATÓRIO UC XII - HEMATOLOGIA 
Dacriócitos 
São eritrócitos em forma de 
gota, hemácias em gota. 
Quando numerosos são bem 
característicos de mielofibrose, 
quando vistos em pequeno 
número podem estar presentes em diversas anemias. 
HEMÁCIAS FRAGMENTADAS 
(HELMET CELLS, BITE CELLS) 
A hemácia não tem seu aspecto 
completo (em forma de capacete). 
As hemácias fragmentadas se originam por vários 
mecanismos: trauma por colisão em zonas de fluxo 
turbulento, trauma ao passar por depósitos 
intravasculares de fibrina ou agregados plaquetários, 
trauma mecânico (próteses valvares), agressão 
térmica (queimaduras), agressão química por 
fármacos oxidativos. 
Esquisócitos 
Quando a fragmentação é mais 
intensa como em 
microangipatias hemolíticas, 
geram pedaços de eritrócitos em 
meia-lua, triângulo ou outras 
formas, denominados esquisócitos. 
Quando não tem nenhuma de outras alterações e a 
hemácia não está normal, chamamos de esquisócitos. 
CORPOS DE HOWELL-JOLLY 
São restos nucleares 
remanescentes, vistos quando há 
hipofunção esplênica, pela falta de 
função filtrante do baço. 
Vistos também em doenças com deseritropoiese 
(anemias megaloblásticas, mielodisplasias ...) 
PONTILHADO BASOFÍLICO 
É um artefato de coloração pela 
precipitação dos ribossomos, 
quando muito ricos em RNA. 
Pode ser visto em grandes 
policromatocitoses, nos micrócitos da ß-talassemia, 
deficiência genética de pirimidina 5-nucleotidase, e 
um pontilhado grosseiro é visto na intoxicação pro 
chumbo (saturnismo). 
CORPOS DE HEINZ 
São corpúsculos maiores 
de hemoglobina 
desnaturada , precipitados 
por corantes como verde 
de metila, azul cresil 
brilhante e novo azul de 
metileno. 
Pode ocorrer nas variantes instáveis da 
hemoglobina, crises hemolíticas da deficiência de 
G6PD. São removidos pelo baço, de modo que são 
numerosos em pacientes esplenectomizadas. 
 
SIDERÓCITOS 
São grânulos de ferro dispersos 
de modo irregular na periferia 
das hemácias. 
São vistos na coloração de Perls 
(para ferro-com azul da Prússia). 
Podem ocorrer nas síndromes mielodisplásicas. 
ANÉIS DE CABOT 
 São restos de membrana 
nuclear em forma de 
filamento que permanece na 
hemácia. 
Apresenta-se corado de 
vermelho violeta e em diferentes formas: nó, oito, 
anel .. dentro das hemácias. 
Seu aparecimento constitui sinal de regeneração, 
ocorrendo em algumas anemias graves e pós 
intoxicação por chumbo. 
INCLUSÕES PARASITÁRIAS▪ Os eritrócitos podem conter 
hematozoários da malária. 
 
Presença de células imaturas 
ERITROBLASTO 
São eritrócitos imaturos, ainda 
células nucleadas, não existem 
normalmente no sangue 
periférico. 
Aparecem em hiperegenerações 
eritróides extremas, metaplasia 
mielóide em baço e fígado, quando a medula está 
ocupada por fibrose, disseminação tumoral ou 
necrose. 
Contagem de reticulócitos 
Na medula óssea normalmente encontramos 
eritroblastos iniciais, intermediários e desenvolvidos. 
No sangue devem ser encontrados eritrócitos e 
reticulócitos. 
RESUMO LABORATÓRIO UC XII - HEMATOLOGIA 
 
Na prática, a contagem de reticulócitos deve 
considerar o grau de anemia. 
▪ Em um paciente anêmico, a porcentagem de 
reticulócitos pode parecer aumentada porque estes 
são liberados mais precocemente da medula óssea 
(prolongando a fase de “reticulócito” no sangue), e 
porque há redução na proporção de células maduras. 
Ao serem liberados mais precocemente, o tempo de 
maturação dos reticulócitos em circulação aumenta 
de um dia para dois a três dias. 
Para corrigir esses efeitos, calcula-se a Contagem de 
Reticulócitos Corrigida (CRC), levando-se em conta o 
hematócrito do paciente em relação ao hematócrito 
normal de 45%. 
▪ Contagem de reticulócitos corrigida = Reticulócitos 
(%) × (Hematócrito/45) 
▪ Em indivíduos normais, a CRC deve estar ao redor de 
1%; em pacientes com anemia, com hematócrito de 
35%, a CRC deve estar em 2 a 3%, e quando o 
hematócrito está em 25% ou menos, a CRC deve estar 
em 3 a 5%. 
Técnica 
1. Colocar no tubo 50µl da solução corante (azul de 
cresil brilhante). Em seguida acrescentar 50µl do 
sangue colhido com EDTA. 
2. Misturar e colocar em banho-maria a 37ºC de 15 
minutos. 
3. Retirar de banho-maria. Homogeneizar e fazer 
esfregaço da maneira usual. 
4. Secar e examinar ao microscópio sob imersão. 
5. Contar mil hemácias, em vários campos 
microscópicos, anotando o número de reticulócitos 
encontrados. Expressar o resultado em porcentagem. 
6. Cálculos: Reticulócitos por 1000 hemácias/10 = % 
de reticulócito ou % de Reticulócitos x Hm/mm3/100 
= reticulócito/mm3 de sangue. 
Contagem de reticulócitos: 
 
Contagem diferencial de leucócitos 
 
 
CONTAGEM DIFERENCIAL 
Citopenias e citoses relativas nada significam se não 
acompanhadas de citopenias ou citoses absolutas. A 
única exceção em que o valor percentual tem 
significado interpretativo é no número de neutrófilos 
bastonados. 
 
RESUMO LABORATÓRIO UC XII - HEMATOLOGIA 
HEMATOSCOPIA DOS LEUCÓCITOS 
Presença de células imaturas -> desvio a esquerda. 
 
 
PELGER-HUËT 
É um defeito genético autossômico dominante, sem 
significado patológico, da 
segmentação de neutrófilos, 
com presença apenas de 
bastonados e bissegmentados. 
Desvio à esquerda constante, 
que é normal no caso do 
portador da anomalia. Poderá ser considerado pelo 
médico, se não for informado a característica da 
anomalia 
VACUOLIZAÇÃO DO CITOPLASMA 
Vacúolos citoplasmáticos 
ocorrem pela exocitose de 
material fagocitado e do 
conteúdo de conglomerados de 
lisossomos. 
▪ São frequentes em infecções. 
▪ A conservação in vitro com EDTA causa vacuolização. 
HIPERSEGMENTAÇÃO 
Presença de neutrófilos com 
5 ou mais lóbulos são ditos 
neutrófilos hiper 
segmentados. 
É notada em: 
 ▪ Defeito genético ▪ IRC ▪ 
Neutrofilias de longa duração ▪ Hematopoise 
megaloblástica ▪ Tratamento com Interferon (para 
hepatite C) ▪ Queimaduras extensas-neutrófilos 
botrióides (neutrófilos com hipersegmentaçãonuclear 
bizarra, com aspecto em cacho de uva). 
 
GRANULAÇÕES TÓXICAS 
 Quando a granulopoiese é 
continuadamente exigida, 
pela extensão e duração de 
um foco inflamatório, há 
encurtamento do estágio 
intermitótico e diminuição dos prazos de maturação 
das células precursoras; sendo assim, os neutrófilos 
chegam ao sangue periférico com granulações 
primárias, própria dos pró-mielócitos. 
 ▪ São grânulos grandes, ricos em enzimas e coram-se 
em roxo-escuro. Quando tais granulações estão 
presentes em neutrófilos são ditas granulações 
tóxicas. 
▪ O tratamento com filgrastima também pode causar 
o aparecimento de granulações tóxicas. 
Neutrófilo apoptótico com cromatina picnótica 
Devido a morte celular ou uma patologia (insuf renal). 
Neutrófilos com roseta de hemácias 
observado em anemias hemolíticas autoimune 
 
Eosinófilos 
São células da linhagem 
mielóide podendo ser 
metamielócitos, bastonetes, 
segmentados que apresentam 
granulação grosseira em 
núcleo de cor negro-azulada e 
em citoplasma de cor 
vermelho-laranja. 
Basófilos 
São células da linhagem 
mielóide podendo ser 
metamielócitos, bastonetes, 
segmentados que apresentam 
granulação grosseira de cor 
negro-azulada em núcleo e 
granulações violeta-escuro em citoplasma. 
Muito difícil ter alterações dos eosinófilos e basófilos. 
 
 
 
RESUMO LABORATÓRIO UC XII - HEMATOLOGIA 
MONÓCITOS 
Os monócitos circulam 
brevemente no sangue e 
exercem suas funções nos 
tecidos, onde se localizam como 
macrófagos fixos. 
 ▪ É uma célula com cerca de 14-
21μ com núcleo em forma de 
ferradura ou chanfrado, as vezes com imagens 
semelhantes a circunvoluções, relação N/C 1:1, sem 
nucléolos. 
▪ Citoplasma azul-acinzentado, com numerosas 
granulações azuladas finas lembrando poeira, 
presença ocasional de vacúolos. 
LINFÓCITOS 
Os linfócitos pequenos, que 
predominam no sangue , são 
células de 7-15μ cromatina 
densa que oculta os nucléolos, 
e escasso citoplasma hialino de 
cor azul-celeste a azulescuro, 
geralmente sem grânulos. Relação N/C 3:1. 
▪ Os linfócitos grandes tem mais citoplasma e o núcleo 
pode ter pequena chanfradura, que podem confundir-
se com monócitos. 
▪ Normalmente 70-90% dos linfócitos sanguíneos são 
T e 5-20% são B. 
Linfócitos atípicos 
Os linfócitos vivem longamente, 
circulam no sangue e na linfa e 
localizam-se por prazo variável 
nos órgãos linfóides, onde 
podem ativar-se e proliferar em 
resposta a estímulos 
imunológicos. 
▪ Os linfócitos ativados têm cromatina frouxa, 
nucléolos perceptíveis e citoplasma amplo, quando 
vistos no sangue periférico são ditos linfócitos 
atípicos. 
Plasmócitos 
Da proliferação terminal de 
Linfócitos B originam-se os 
plasmócitos, células de núcleo 
denso e excêntrico e 
citoplasma muito basófilico, 
especializadas na síntese de 
imunoglobulinas. 
▪ Plasmócitos surgem no sangue em respostas 
imunológicas, principalmente à viroses. 
 
 
HEMATOSCOPIA DAS PLAQUETAS 
 
Alterações morfológicas 
MACROPLAQUETAS 
Plaquetas grandes, quase do tamanho de hemácias. 
 
Problemas cardíacos, diabetes, leucemias e síndromes 
mieloproliferativas 
AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA 
 
Consequente do processo de coagulação. 
Formação de pontes de fibrinogênio, que se liga GP 
IIb/IIIa, que na presença do Ca++ forma um complexo 
estável na superfície das plaquetas ativadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO LABORATÓRIO UC XII - HEMATOLOGIA 
TAD (Coombs Direito) e PAI (Cooms indireto). 
 
Hemólise- dissolução ou destruição dos glóbulos 
vermelhos do sangue, tanto fisiológica quanto 
patológica, com liberação de hemoglobina; sinônimos: 
hematólise, eritrocitólise, eritrólise. 
 
Tubo 1: eritrócitos suspensos, verifica a turvidez. 
Tubo 2: eritrócitos em sedimentação (depósito no 
fundo do tubo). 
Tubo 3: eritrócitos em hemólise. O tom rosado é 
translucido e propiciado pela liberação da 
hemoglobina (as células foram rompidas). Caso elas 
estivessem parcialmente rompidas, apresentaria um 
botão de eritrócito, mas sempre com o sobrenadante 
de tonalidade rosa translucido em graus variados – 
depende de quantos eritrócitos foi lisado. 
Hemólise in vitro: ocorre fora do organismo e é 
observada nos testes laboratoriais. 
Hemólise in vivo: ocorre dentro do organismo e pode 
ser dividida em intravascular (no vaso) e extravascular 
(fora do vaso). A hemólise in vivo pode ocorrer emvárias condições e causa anemia hemolítica caso haja 
um rompimento contínuo de eritrócitos. Nesses casos, 
os testes são importantes. 
Principais causas de anemia hemolítica (hemólise “in 
vivo”):danos mecânicos (danos recorrentes do 
choque dos eritrócitos entre si, dos eritrócitos com 
bifurcações de vasos, dos eritrócitos com stents na 
veia), reações transfusionais (indivíduo pode receber 
um antígeno estranho e desenvolver anticorpos anti-
eritrocitários que vão fazer o rompimento de 
eritrócitos), deficiência da enzima 6GPD (leva a 
alterações nos eritrócitos e anemia hemolítica), 
infecções, anemia hemolítica autoimune (formação de 
anticorpos), hemoglobinopatias 
(deficiências/alterações hereditárias das 
hemoglobinas), hemoglobinúria paroxística noturna e 
efeitos da membrana eritrocitária. 
• Os testes que serão abordados são importantes 
especialmente para diagnóstico das anemias 
hemolíticas autoimune. Com a formação de 
anticorpo anti-eritrocitário. 
 
 
 
 
 
Antígenos eritrocitários 
Os antígenos presentes nos eritrócitos e nas plaquetas 
desempenham papel preponderante na prática 
transfusional, pela sua capacidade de induzir resposta 
imunitária. 
O eritrócito circulante tem todos os antígenos 
expressos na sua superfície e estes são determinados 
geneticamente. Assim, uma pessoa com o antígeno A 
em suas células sanguíneas tem anticorpos contra o 
antígeno B no soro ou plasma, e o indivíduo com 
antígeno B tem anticorpos contra o antígeno A. O 
“doador universal” não tem antígenos em suas 
células, mas tem anticorpos circulantes contra A e B 
no plasma ou no soro. 
Esses antígenos, quando desconhecidos, podem levar 
a formação de anticorpos anti-eritrocitários. 
Anticorpo anti-eritrocitários 
Aglutininas são anticorpos do plasma sanguíneo 
específicos contra determinados aglutinogênios 
(substância antigênica que estimula a formação de 
uma aglutinina específica). 
Os aloanticorpos são formados em resposta a uma 
aloimunização (quando um indivíduo recebe hemácias 
com antígenos diferentes) mas provenientes de 
indivíduos da mesma espécie (ex.: transfusão ou 
gestação), e se organismo o reconhece como não-
próprio. Os aloanticorpos correspondem aos 
antígenos de grupo sanguíneo (ABO) e podem ser 
divididos em duas categorias: naturais e imunes. 
Os anticorpos naturais usualmente não atravessam a 
placenta. Já os anticorpos induzidos atravessam a 
placenta, podendo atingir os eritrócitos e ocasionar 
hemólise. Nos indivíduos A e B, os anticorpos naturais 
são predominantemente IgM e as imunoglobulinas 
dessa classe reagem muito pobremente a 37oC, essa é 
uma das razões que tem poucas doenças hemolíticas 
do recém-nascido relacionado a grupo sanguíneo e 
não Rh. 
Os aloanticorpos do sistema Rh não existem de forma 
natural no soro, dessa forma, são anticorpos 
imunes/induzidos e predominantemente da classe 
IgG. Causam maiores danos, pois sobrevivem em 
37°C, produzindo hemólise. Ex.: anticorpos dirigidos 
contra as substâncias de grupo que se desenvolvem 
por transfusão de sangue incompatível ou por 
gravidez heteroespecífica (por exemplo, feto B em 
mãe A ou O, feto Rh+ em mãe Rh-). 
 
 
 
RESUMO LABORATÓRIO UC XII - HEMATOLOGIA 
2Hemólise imune/ auto imune 
Contato com agente estranho (gestação, transfusão, 
etc) -> anticorpo induzido ->produção de IgG (também 
são produzidos um pouco de IgM) ->reage bem a 
37°C ->hemólise. 
 
Sistemas / anticorpos 
• ABO: expressiva produção de anticorpos. Causa 
20% das Doenças Hemolíticas dos Recém-nascidos 
(DHRN), ou seja, tem pouca expressão fetal, por 
essa razão na gravidez é incomum o 
desenvolvimento de doenças hemolíticas. Ocorre 
mais em reações tranfusionais imediatas/tardias. 
• Rh: causa expressivamente a DHRN e ocorre em 
reações transfusionais imediatas/tardias. 
• Lewis: não causa DHRN. Induz a formação de 
anticorpos IgM, que não se ligam bem aos 
eritrócitos para promover hemólise; 
• MNSs: raramente causa DHRN; Diego: induz 
produção de anticorpos IgG. Ocorre em reações 
tranfusionais imediatas/tardias; 
• Kell: mais imunogênico que os sistemas ABO e Rh. 
Causa DHRN e ocorre em reações transfusionais. 
• Duffy: causa moderada de DHRN; 
• Kidd: causa DHRN e ocorre em reações 
transfusionais moderadas. 
Doenças hemolíticas dos recém-nascidos (DHRN) 
Mãe Rh- e filho Rh+ ->mãe recebe esse antígeno e 
produz anticorpo IgG -> IgG vai para o feto e se liga às 
hemácias -> hemólise -> aumenta a produção de 
eritrócitos na medula óssea para compensar a perda 
celular -> ao nascer, RN tem o sangue rico em 
eritroblastos que são liberados devido ao esforço da 
medula na tentativa de compensar perda -> 
eritroblastose fetal. 
Obs.: ocorre na 2ª gestação, pois a mãe está se 
sensibilizando ao antígeno na 1ª. Existe a vacina que 
consiste em inibir os anticorpos durante a segunda 
gravidez para evitar a Doença Hemolítica. 
 
 
 
ERITRÓCITOS SENSIBILIZADOS/ANTICORPOS NO 
PLASMA 
Laboratorialmente é preciso pesquisar anticorpos nos 
eritrócitos e pesquisar anticorpos no soro ou plasma. 
São dois os objetivos: 
1. detectar hemácias sensibilizadas por anticorpos in 
vivo (TAD/Coombs direto); 
2. detectar anticorpos antieritrocitários circulantes 
no plasma (PAI/Coombs indireto). 
Obs: a gravidez e/ou transfusão não são as únicas 
condições que induzem a produção de anticorpos. 
Algumas doenças ou medicamentos também 
induzem. 
 Provas de antiglobulina humana (soro de COOMBS) 
Aplicar o plasma humano no coelho, assim o 
organismo dele vai produzir anticorpo antiglobulina 
humana (AGH) que é o soro de Coombs. 
Soros poli-específicos: anti-IgG, anti-IgM, anti-IgA, 
anti-C3b, anti-C3c, anti-C3d. 
 Soros mono-específicos: anti-IgG, anti-IgM, anti-IgA, 
anti-C3b, anti-C3c, anti-C3d. 
OBS: Tanto no Coombs direto quanto para o Coombs 
indireto, não necessita do preparo especial do 
paciente ou doador para a coleta da amostra. O 
sangue deve ser colhido com técnica asséptica e o 
soro ou plasma separado o mais breve possível para 
realização do teste. As amostras devem ser estocadas 
entre 2° e 8° C se as análises não forem realizadas 
imediatamente. Contaminação bacteriana pode 
falsear os resultados. 
PROVA DIRETA DE ANTIGLOBULINA 
TAD COOMBS DIRETO 
É realizada para a detecção de eritrócitos 
sensibilizados “in vivo” por anticorpos ou por frações 
do complemento. 
Aplicações: doença hemolítica perinatal, anemias 
hemolíticas auto-imunes, anemias hemolíticas 
induzidas por drogas e reações hemolíticas pós-
tranfusionais. 
Procedimento: Em geral é realizado com uma 
suspensão a 5% de eritrócitos em soro fisiológico, que 
é lavada por algumas vezes para remover os resíduos 
de soro. O soro de Coombs (anti-Ig humana) é então 
adicionado à solução, misturado e centrifugado para a 
verificação da aglutinação. 
 
RESUMO LABORATÓRIO UC XII - HEMATOLOGIA 
Resultados: um resultado negativo do teste significa 
que o sangue não tem anticorpos ligados aos 
eritrócitos. 
Um resultado positivo do teste significa que o sangue 
tem anticorpos contra os eritrócitos. Pode ser 
causado por uma transfusão incompatível ou estar 
relacionado a certas condições, como a anemia 
hemolítica ou a doença hemolítica do recém-nascido. 
 
 
Prova indireta da antiglobulina (Coombs indireto) 
É utilizado para detecção de anticorpos anti-
eritrocitários no plasma do indivíduo utilizando 
sensibilização de hemácias “in vitro”. 
O material utilizado será o soro ou o plasma. Na parte 
inferior ficam os eritrócitos, e na superior o plasma 
com anticorpos. 
Pode ser realizada em meio salino, em meio 
albuminoso, em solução de baixa força iônica, com 
hemácias tratadas com enzimas, com uso de poli-
etileno-glicol (PEG), em tubos, em micro-placas, em 
gel-card, em fase sólida, automatizadas. 
Aplicações: pesquisa de anticorpos irregulares no soro 
de pacientes politransfundidos (recebeu várias 
transfusões, recebe eritrócitos compatíveis ABO e Rh, 
mas pode haver incompatibilidade em relação a 
outros sistemas e o indivíduocomeça a produzir 
anticorpos irregulares), gestantes, doadores, etc, 
identificação das especificidades de anticorpos 
irregulares em painel de hemácias, investigação das 
reações hemolíticas pós-tranfunsionais e identificação 
de antígenos eritrocitários (fenotipagem). 
Procedimento: sensibilização dos eritrócitos “in vitro” 
(primeira fase), detecção dos eritrócitos sensibilizados 
(segunda fase). 
 
 
 
 
1ª etapa: é feita em temperatura ambiente e meio 
salino. Coloca-se 2 gotas do plasma e 1 gota de cada 
uma dessas suspensão de eritrócitos. Observar se 
houve hemólise. Se a hemólise acontecer, é indicativo 
de anticorpo IgE. 
 
2ª etapa: chega anticorpos da classe IgM. Eles são 
detectados em meio proteico, então adiciona-se 2 
gotas de albumina bovina e a antiglobulina humana. 
Se houver hemólise ou aglutinação é positivo, a 
ausência de aglutinação ou hemólise e formação de 
botão é negativo. 
 
Resultados: um resultado negativo do teste significa 
que o sangue não possui anticorpos livres que possam 
atacar eritrócitos. No caso de transfusões, o sangue 
do receptor é compatível com o do doador. Além 
disso, um teste negativo de Coombs indireto para o 
fator Rh (titulação de anticorpos Rh) em uma mulher 
grávida significa que ela não desenvolveu anticorpos 
contra o sangue Rh-positivo do bebê, ou seja, a 
sensibilização Rh não ocorreu. 
Um resultado positivo do teste significa que o sangue 
analisado é incompatível com o sangue do doador. Se 
o teste de título de anticorpos Rh for positivo em uma 
mulher grávida ou que planeja engravidar, isso quer 
dizer que ela tem anticorpos contra o sangue Rh + 
positivo (sensibilização ao Rh). Portanto deverá 
realizar o teste no início da gravidez para verificar o 
tipo sanguíneo do bebê. Se o bebê tiver sangue Rh + 
positivo, a situação da mãe será acompanhada 
durante a gravidez para evitar riscos à criança. 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO LABORATÓRIO UC XII - HEMATOLOGIA 
 
Controle de PAI: é necessário usar um controle 
positivo e um controle negativo. 
O controle negativo não tem aglutinação e no positivo 
haverá aglutinação. 
Na pesquisa de anticorpos irregulares deve-se colocar 
um tubo com o soro do indivíduo a ser testado, com 
os eritrócitos do próprio indivíduo. Ao invés de utilizar 
eritrócitos do triacel 1 e 2, utiliza-se o eritrócito do 
próprio indivíduo. Se o resultado for positivo, o 
indivíduo tem auto-anticorpos e não deve utilizar o 
próprio sangue. É muito utilizado na auto-transfusão 
(antes de cirurgias). 
 
TRIACEL: REAGENTE DE GLÓBULOS VERMELHOS 
HUMANOS PARA DETECÇÃO DE ANTICORPOS 
IRREGULARES 
Consiste em um teste para detecção do(s) 
anticorpo(s) testando o soro ou plasma com as 
hemácias conhecidas do TRIACEL. 
TRIACEL I e II pode levar a diagnóstico de presunção e 
auxiliar na identificação de um anticorpo irregular. No 
entanto, identificação de especificidade somente 
poderá ser feita após teste do soro com o painel de 
hemácias. 
Coleta e preparo da amostra: não é necessário 
nenhum preparo especial do paciente ou doador para 
a coleta da amostra. O sangue deve ser coletado com 
técnica asséptica, com ou sem anticoagulante e o soro 
ou plasma separado o mais breve possível para 
realização do teste. As amostras devem ser estocadas 
entre 2°C a 8°C se as análises não forem realizadas de 
imediato. A contaminação bacteriana da amostra 
pode causar falsos resultados. 
 
 
PROCEDIMENTO TRIACEL: 
1ª. Etapa: Meio salino em temperatura ambiente Esta 
etapa visa detectar anticorpos salinos (aglutininas 
salinas da classe IgM das imunoglobulinas) reativos 
em temperatura ambiente (20°C a 25ºC). 
1. Ressuspender os glóbulos vermelhos de TRIACEL® I 
e II invertendo os frascos pelo menos 10 vezes. NÃO 
HOMOGENEIZAR BRUSCAMENTE. 
2. Dispensar em cada um de dois tubos de ensaio 
(10x75mm ou 12x75 mm), previamente identificados I 
e II, 2 gotas* do soro ou plasma a ser testado. 
3. Acrescentar 1 gota* da suspensão de TRIACEL® I ao 
“tubo I” e 1 gota* de TRIACEL® II ao “tubo II”. 
HOMOGENEIZAR BEM. 
4. Centrifugar os tubos durante 15 segundos a 3.400 
rpm (900 - 1000g) ou 1 minuto a 1.000 rpm (100- 
125g). 
5. Ressuspender delicadamente o “botão” de 
hemácias em cada tubo, observando a presença ou 
não de hemólise e/ou aglutinação. 
2ª.Etapa: Meio protéico em temperatura ambiente 
Esta etapa visa detectar anticorpos salinos (IgM) que 
tem sua ação intensificada em meio protéico 
(potencializador Albumina Bovina a 22%) e anticorpos 
incompletos albumínicos mais potentes (anticorpos da 
classe IgG das imunoglobulinas). 
6. Adicionar a cada tubo 2 gotas* de ALBUMINA 
BOVINA A 22%. Homogeneizar bem. 
7. Centrifugar os tubos durante 15 segundos a 3.400 
rpm (900 - 1000g) ou durante 1 minuto a 1.000 rpm 
(100 - 125g). 
8. Ressuspender delicadamente o “botão” de 
hemácias em cada tubo, observando a presença ou 
não de hemólise e/ou aglutinação. 
3ª. Etapa: Meio protéico em temperatura de 37ºC 
Esta etapa visa detectar anticorpos incompletos 
albumínicos reativos a 37ºC, como os anticorpos do 
sistema Rh. 
9. Incubar os tubos em banho-maria a 37ºC, durante 
15 minutos. 
10. Centrifugar todos os tubos durante 15 segundos a 
3.400 rpm (900 - 1000g) ou durante 1 minuto a 1.000 
rpm (100 - 125g). 
11. Ressuspender delicadamente o “botão” de 
hemácias em cada tubo, observando a presença ou 
não de hemólise e/ou aglutinação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO LABORATÓRIO UC XII - HEMATOLOGIA 
Sistema ABO e Fator RH

Continue navegando