Resumo - Bases de Dados, Citações e Referências

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Júlia Figueirêdo – HABILIDADES GERAIS I 
MEDICINA UNIME – 2019.1 
PESQUISA EM BASE DE DADOS: 
PALAVRAS-CHAVE: 
É possível encontrar artigos buscando 
palavras-chave ou o nome dos autores. Para 
otimizar a busca, conhecer as palavras-
chaves (ou descritores) é fundamental: 
 Usar o DeCS (decs.bvs.br); 
 MeSH: descritor específico do PubMed 
(ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/); 
BASE DE DADOS: 
O SciElo (scielo.org ou scielo.br) apresenta 
artigos e periódicos nas mais diversas áreas 
da ciência. Para garantir um resultado o mais 
otimizado possível, deve-se refinar a busca 
por palavra no título, resumo, autor, ano 
de publicação, etc. 
É possível buscar artigos por assunto, tendo 
o mesmo procedimento quanto a refinar a 
pesquisa. 
A BIREME (bvsalud.org) é uma biblioteca 
mais ampla, que aceita pesquisas simples e 
avançada (OPERADORES ESTÃO EM 
BUSCA AVANÇADA, NA SIMPLES É 
NECESSÁRIO DIGITAR). Apresenta 
múltiplas plataformas de acesso a artigos. 
OPERADORES DE PESQUISA: 
 AND: une dois termos, refina a pesquisa; 
 OR: ligam palavras relacionadas, faz com 
que os resultados das duas palavras se 
somem; 
 AND NOT: é mecanismo de exclusão de 
termos, faz com que não apareça a 
palavra após o item de exclusão; 
 Cifrão ($): Usado para truncar a palavra, 
amplia os resultados da busca – NÃO É 
TÃO USADO; 
 Aspas (“ ”): Especificam a palavra 
A LILACS (lilacs.bvsalud.org/) é outra 
plataforma que permite a pesquisa científica 
(Clicar, ao acessar o site em “Pesquisa via 
formulário iAH”). 
OBSERVAÇÃO: A PESQUISA TAMBÉM 
PODE SER REFINADA POR “ÁREA”, 
ALÉM DOS BOXES DE BUSCA 
PESQUISA EM BASE DE DADOS: 
A CAPES (periodicos.capes.gov.br) é outra 
plataforma de pesquisa de dados que conta 
com múltiplos recursos, desde artigos até 
imagens e audiovisual. A pesquisa pode ser 
(é recomendado que seja) feita por assunto, 
contando com ferramentas de busca 
avançada e filtros diversos, como restritor e 
ampliador do sentido dos termos buscados. 
O Google Acadêmico é uma plataforma que 
garante amplos resultados, mas deve ser 
usado com cautela justamente por esse 
motivo. 
O PubMed (ncbi.nlm.nih.gov/pubmed) é hoje 
a maior base de dados para pesquisa do 
mundo, os termos devem SEMPRE ser 
buscados em INGLÊS devido à difusão 
mundial desse site. Filtros podem ser 
encontrados do lado esquerdo da página, 
mas também podem ser acrescentados via 
AND e OR. A maioria dos artigos é paga, 
mas a ativação de um filtro apresenta apenas 
aqueles gratuitos. Ao selecionar um artigo, o 
PubMed recomenda, do lado direito da 
página, textos semelhantes. 
A EBSCO é uma plataforma paga, entretanto 
seu acesso via portal do aluno é gratuito. 
Para utilizar de seus benefícios basta entrar 
pela biblioteca virtual. Seus mecanismos de 
busca são iguais aos das plataformas 
anteriores. 
CLASSIFICAÇÃO DE PERIÓDICOS: 
A classificação de uma revista varia entre A1 
e C, sendo o primeiro o mais elevado e o 
último equivalente a peso zero. 
Para buscar o peso de uma revista, basta 
buscar seu nome no Webqualis (também 
conhecido como Plataforma Sucupira). Na 
 
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busca, é só manter o evento de classificação 
entre 2013 e 2016 e inserir o título da revista. 
ATENÇÃO: NÃO HÁ TESES NO SciElo 
NEM NO PubMed, MAS SIM NO CAPES 
ESTRUTURA DO ARTIGO CIENTÍFICO: 
Produções científicas possuem organização 
estrutural padronizada de modo a 
uniformizar os textos divulgados, tornando 
mais fácil sua análise e a procura de 
informações ao longo do documento. Segue 
a seguinte organização: 
 DOI (identificação eletrônica do artigo); 
 Título: subtítulo (se houver); 
 Autores; 
 Resumo (descrição breve acerca do 
assunto desenvolvido no artigo); 
 Palavras-chave (descritores utilizados 
para encontrar o texto em bases de 
dados); 
 Abstract (resumo em inglês); 
 Keywords (palavras-chave em inglês); 
 Introdução (definição do assunto 
abordado, detalhando o motivo de 
realização da pesquisa); 
 Objetivos (O que o trabalho propõe 
como resultados, o que se pretende com 
a elaboração do artigo); 
 Metodologia OU Materiais e Métodos 
(como foi elaborado o estudo e quais 
ferramentas foram empregadas); 
 Tipo de Estudo (como o estudo foi 
delineado e como se deu o processo de 
seleção das amostras, incluindo a 
aprovação do Comitê de Ética caso seja 
necessário); 
 Resultados (exposição do que foi obtido 
por meio do estudo, com a apresentação 
estatística [gráficos e tabelas], incluindo 
também dados que foram relevados 
pelos autores); 
 Discussão (interpretação dos dados 
levantados, correlacionando-os aos 
objetivos propostos. Inclui também os 
acréscimos ao estudo do tema como um 
todo obtido por meio do artigo); 
 Referências Bibliográficas (incluir 
todas as fontes empregadas na 
construção do texto). 
A numeração da página pode se inserir no 
cabeçalho da página ou no seu rodapé, 
sempre na margem direita. As informações 
da revista (título, volume, número, data de 
publicação, páginas) podem ter posição 
variável conforme o artigo em análise. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
Referências bibliográficas são informações 
padronizadas úteis para facilitar o acesso 
aos textos usados como fonte para a 
produção de um trabalho científico. No Brasil, 
o modelo padrão é a NBR 6023, protocolada 
pela ABNT e atualizada em 2018, mas outros 
modelos são utilizados, como o Vancouver, 
empregado em periódicos nacionais e 
internacionais, servindo como base para a 
elaboração da norma nacional, e o APA, 
idealizado pela Associação Americana de 
Psicologia, bastante usado em pós-
graduações. 
Devem ser inseridas ao final do texto, em 
fonte Arial 12, com alinhamento à esquerda 
e espaçamento simples entre as linhas, com 
um espaço em branco entre cada material 
referenciado. A forma mais comum de 
destacar termos nesse item é o negrito, mas 
itálico e sublinhado também são aceitos, 
desde que usados de forma constante ao 
longo do documento. 
A forma de referenciar um material é variável 
conforme seu tipo e meio de suporte: 
 Livro: 
o No todo: SOBRENOME DO AUTOR, 
Nome do autor. Título: subtítulo (se 
houver). Edição (se houver). Local: 
Editora, data de publicação. Número 
de páginas, volume, ISBN (opcional). 
 
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o Capítulo: SOBRENOME DO AUTOR 
DO CAPÍTULO, Nome do autor do 
capítulo. Título do capítulo. In: 
SOBRENOME DO AUTOR DO 
LIVRO, Nome do autor do livro. 
Título do livro: subtítulo (se houver). 
Edição (se houver). Local de 
publicação: Editora, data de 
publicação. Página inicial-página final. 
o Livro em meio eletrônico: 
SOBRENOME DO AUTOR, Nome do 
autor. Título do livro: subtítulo (se 
houver). Edição (se houver). Local: 
Editora, data de publicação. E-book. 
Disponível em: <link>. Acesso em: 
<data de acesso>. 
 Tese/Monografia/TCC: SOBRENOME 
DO AUTOR, nome do autor. Título da 
obra: subtítulo (se houver). Ano de 
publicação no repositório. Tipo de 
trabalho (Grau e Curso) – Vínculo 
acadêmico, Local, data de 
apresentação/defesa. 
 Artigo numa publicação periódica: 
SOBRENOME DO AUTOR, Nome do 
autor. Título do artigo: subtítulo (se 
houver). Título do periódico: subtítulo 
(se houver). Local de publicação, volume, 
número, página inicial-página final. Data 
ou período de publicação. 
SE TIRADO DE MEIO ELETRÔNICO, 
INSERIR OS TERMOS “Disponível 
em:<link>” E “Acesso em: <data de 
acesso>” 
 Redes sociais: SOBRENOME DO 
AUTOR ou ENTIDADE, Nome do autor. 
Título. Local de publicação (se 
houver), mês (se houver), data ou 
período de publicação. Nome da 
rede: perfil/página acessado. Disponível 
em: <link>. Acesso em: <data de 
acesso>. 
 Atos administrativos/Normativos: 
AUTORIA INSTITUCIONAL. Título. 
Local: Editora, data de publicação. Total 
de Páginas. 
o Outra opção: PAÍS,ESTADO ou 
MUNICÍPIO. Entidade governamental. 
Título. Local: Editora, data de 
publicação. 
CITAÇÃO: 
É a indicação de uma informação retirada 
de outra fonte para fundamentar a 
argumentação num trabalho. Pode ser 
estruturada de diversas formas: 
 Ao final do parágrafo: (SOBRENOME, 
ano) ou (SOBRENOME et al., ano) se o 
texto citado tem mais de 3 autores. 
 Embutida no texto: 
Segundo/Conforme/De acordo com 
Sobrenome […] (ano). 
ATENÇÃO: O PONTO FINAL VEM APÓS 
A INDICAÇÃO DE ANO 
 Citação direta: A ESCRITA DEVE SER 
EXATA AO TEXTO DO AUTOR 
ORIGINAL. 
o Com até três linhas: a citação pode 
vir no corpo do texto, sempre entre 
ASPAS (“ “), com o processo normal 
de citação; 
o Com mais de três linhas: o texto deve 
ter RECUO DE 4cm, com FONTE 
MENOR e SEM ASPAS, com 
ESPAÇO SIMPLES entre as linhas. 
O processo de citação segue do 
mesmo modo (SOBRENOME, ano). 
 Citação indireta: o texto do autor original 
é usado como FONTE para a escrita do 
documento. É feita SEM O USO DE 
ASPAS, iniciada com palavras como 
conforme, segundo, de acordo com e 
 
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demais expressões de mesmo valor. 
NÃO PODEM SER ALTERADOS NEM O 
CONTEXTO, NEM AS IDEIAS DO 
AUTOR ORIGINAL. A citação é feita 
normalmente. 
 Citação de citação: é utilizada quando o 
autor do documento não obtém aceso à 
fonte utilizada por uma de suas 
referências na construção do argumento. 
A expressão “apud” é empregada nessas 
situações, significando algo semelhante à 
“citado por”. 
o Exemplo: Sobrenome original 1 e 
Sobrenome original 2 (ano do texto 
original apud SOBRENOME DO 
AUTOR DO SEGUNDO TEXTO, ano 
de publicação do segundo texto). 
 Citação de múltiplos autores: os 
sobrenomes devem ser escritos entre 
parênteses em ORDEM DO ANO DE 
PUBLICAÇÃO, iniciando com as fontes 
MAIS RECENTES, seguindo o padrão 
abaixo: 
o Exemplo: (SOBRENOME MAIS 
RECENTE, ano mais recente, 
SOBRENOME 2, ano 2, 
SOBRENOME MAIS ANTIGO, ano 
mais antigo). 
A página do material de onde foi retirado 
o argumento pode estar incluída na 
citação para facilitar a consulta, sendo 
escrita junto ao ano, entre parênteses – 
(ano, p.xx) – Isso ocorre mais facilmente 
em citações embutidas no texto. 
Para citações com dois ou três 
autores, todos os sobrenomes devem 
ser escritos, como em: Segundo 
Sobrenome 1 e Sobrenome 2 (ano) […] 
OU […] (SOBRENOME 1, 
SOBRENOME 2, SOBRENOME 3, ano). 
 Nesses casos, os verbos devem ser 
conjugados na 3ª pessoa do plural. 
 
Uma letra pode acompanhar o ano na 
citação (SOBRENOME, ano b), o que ocorre 
para diferenciar publicações de autores 
com MESMO SOBRENOME e publicadas 
no MESMO ANO, de modo a facilitar a 
consulta, esclarecendo à qual autor a citação 
se refere. Deve ser incluída nas referências 
bibliográficas. 
PLÁGIO: 
Plágio é o termo que designa o uso de 
citações e argumentos sem dar o devido 
crédito ao autor original, situação punível por 
lei pelo Art. 184 do Código Penal ao violar os 
direitos autorais daquela produção 
intelectual. Divide-se nos seguintes tipos: 
 Integral: compreende a cópia de um 
trabalho por completo, sem a citação das 
devidas fontes; 
 Parcial: colagem de parágrafos e ideias 
de diversos autores a formação de um 
novo texto, porém sem dar crédito a 
esses indivíduos nem incluir ideias do 
autor atual; 
 Conceitual: deturpação do contexto da 
obra original para a construção de um 
novo texto; 
 Autoplágio: ocorre quando um mesmo 
autor utiliza de seus textos já 
apresentados ou defendidos para a 
composição de um novo documento sem 
a nova citação; 
 Fontes: se a citação às fontes for feita de 
maneira incorreta, utilizando de 
documentos não relacionados ao tema 
principal ou empregando as fontes 
utilizadas elo autor de um texto sem a 
inserção da partícula latina “apud”. 
A forma mais eficaz de evitar o plágio é 
referenciar corretamente os textos, além 
de inserir as ideias individuais junto aos 
 
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argumentos fundamentados pelas fontes 
escolhidas, de modo a formar uma 
composição única. 
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE: 
Dados são valores quantitativos ou 
qualitativos para caracterizar um fato, a 
matéria-prima para a informação. 
Informação é a descrição de uma situação 
real associada a um referencial 
sistematizado, a atribuição de juízo de 
valor aos dados obtidos 
A tomada de decisões deve levar em conta 
as informações advindas da coleta de dados 
para reduzir a incerteza envolvida no 
processo: 
As decisões devem passar por diversos 
setores (planejamento, controle e avaliação, 
auditoria, vigilância epidemiológica [elabora 
os boletins epidemiológicos] e vigilância 
sanitária) antes de serem colocadas em 
prática, sendo avaliadas por diversos níveis: 
 Operacional: esse setor atua em 
atividades rotineiras, exige pouca 
capacidade de decisão, podendo ser 
facilmente automatizado; 
 Gerencial/Tático: envolvido em 
atividades de supervisão, requer 
habilidade de tomada de decisões a nível 
social, fazendo uso de informações 
gerenciais; 
 Estratégico: por trabalhas com decisões 
de cunho global, é necessário empregar 
habilidades e informações estratégicas. 
o O médico pode atuar em qualquer 
uma das três áreas acima, seja no 
exercício diário da profissão, 
ocupando cargos de gestão ou agindo 
diretamente no Ministério da Saúde); 
o O nível de complexidade aumenta em 
direção ao nível estratégico, 
requerendo maior qualificação. 
A OMS define os Sistemas de Informação 
em Saúde (SIS) como processamento, 
análise e transmissão de decisões no 
Sistema de Saúde, transformando-as em 
informações pertinentes àqueles que nele se 
inserem e à sociedade como um todo. 
Os SIS são utilizados para respaldar o 
processo de decisão e a gestão em Saúde, 
apoiando seus serviços e a produção de 
conhecimento na área. A computação de 
dados também auxilia a manter atual o 
conhecimento das tendências de 
mortalidade e morbidade, dinamizando o 
monitoramento de uma região e avaliar seus 
resultados. 
A inserção dos SIS no sistema de saúde 
nacional se deu por meio da Lei 8080/90 (lei 
de implementação do SUS), e teve como 
objetivo reduzir a burocracia, universalizar o 
acesso a informações condizentes com a 
área da Saúde, de modo a ampliar os 
processos de promoção, prevenção e 
reabilitação do bem-estar, entretanto o Brasil 
apresenta diversos problemas 
governamentais referentes ao 
direcionamento de verbas, infraestrutura 
precária nos centros de saúde, isolamento e 
falta de informação generalizada, o que 
dificulta a lenta utilização desses sistemas e 
dos benefícios dele advindos. 
 
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As informações em saúde são classificadas 
conforme sua aplicação: 
 Informações de caráter clínico da 
atenção individual, como o número de 
atendimentos, exames solicitados; 
 Informações epidemiológicas capazes 
de revelar tendências nas condições de 
saúde. 
o PREVALÊNCIA = Volume de casos 
na região em um período de tempo; 
o INCIDÊNCIA = Número de novos 
casos de uma doença numa região, a 
taxa de manifestação dessa moléstia. 
 Informações que definem condições 
gerais de vida, como saneamento 
básico, escolaridade e indicadores 
demográficos; 
 Informações de caráter administrativo 
referentes a recursos humanos e 
infraestrutura, exemplificados pelo 
número de leitos hospitalares, pela oferta 
de profissionais da área de enfermagem 
ou pelo estoque de medicamentos de um 
determinado tipo. 
No Brasil, a RNIS (Rede Nacional de 
Informações em Saúde) é responsável por 
integrar todos os dados colhidos em 
hospitais, clínicas e laboratórios, 
apresentando tais informações abertamente 
pela internet. 
O Cartão Nacional de Saúde começou a ser 
implementado em2011 como uma tentativa 
de automatizar o registro de pacientes ao 
construir um histórico médico virtual 
constantemente atualizado, permitindo 
assim um atendimento mais rápido e 
eficiente, aumentando a receptividade da 
população ao Sistema Único de Saúde 
(SUS). 
Os sites do Portal de Vigilância em Saúde 
(acessado via Biblioteca Virtual de Saúde) e 
da Secretaria Estadual de Saúde são 
plataformas úteis para a pesquisa de dados 
epidemiológicos e estratégicos em saúde.