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RESENHA A ARTE DA GUERRA

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TZU, Sun – A Arte da Guerra: os treze capítulos / Sun Tzu; Tradução Pedro Manoel Soares. 1ª ed. Barueri: Ciranda Cultural, 2015.
A ARTE DA GUERRA
*Witor Carvalho Bomjardim
A obra a Arte da guerra, remonta a turbulenta época dos estados de guerra da china, e foi escrito pelo General Sun Tzu a partir de seus sentimentos e suas experiências das guerras em que participou, estima-se que ele viveu entre os anos de 544 a 496 a.C. E os relatos de suas batalhas no comando dos exércitos de Wu, atravessaram os séculos sendo descritas no decorrer deste livro.
Este livro é formado por princípios de tática e estratégia militar, e um dos principais fundamentos é a não violência, e o uso do intelecto no lugar da força. Nos treze capítulos de A Arte da Guerra estão os segredos para o sucesso.
O primeiro capítulo, descrito como Avaliações, Sun Tzu descreve a importância da guerra para as nações, em que a mesma é uma questão de vida ou morte, com importância vital para o estado, e uma vez que seus ensinamentos fossem compreendidos, todos, do líder até o soldado estaria motivado para vencer.
E neste capítulo são descritos cinco princípios que podem ajudar a prever o desfecho de uma batalha “Se quisermos que a glória e o sucesso acompanhem nossas armas, jamais devemos perder de vista os seguintes fatores: a doutrina, o tempo, o espaço, o comando, a disciplina.”
Sobretudo, se você entende A Arte da Guerra, e os princípios contidos nele, terá nas mãos o poder para prever o resultado de qualquer batalha.
Capítulo dois, do comando da guerra, Sun Tzu diz, “Na guerra o essencial é a vitória e não campanhas prolongadas”, esse capítulo ressalta a importância de conhecer bem seu potencial bélico bem como seus suprimentos, recurso e permanecer o menor tempo possível em batalha. Pois quanto mais tempo em campanha maior será o desgaste das tropas e equipamentos e as despesas da guerra, e com isso o povo será penalizado.
Sobretudo, saiba porque está lutando esta guerra, se há a real necessidade de dispor de tantos recursos, quanto maior o conhecimento, mais perto da vitória.
No capítulo três, Da arte de vencer sem desembainhar a espada, Sun Tzu diz, que vencer cem batalhas não é o auge da habilidade, mas sim, subjugar seu inimigo sem lutar. Logo ele diz, conheça seu inimigo e conheça a si mesmo, e em cem batalhas você nunca correrá perigo, se ignorar seu inimigo, mas conhece a ti mesmo, suas chances serão iguais, agora, se ignorar teu inimigo e a ti mesmo, só conhecera a derrota.
Capitulo quatro, Da arte de manobrar as tropas, Sun Tzu diz, a invencibilidade está na defesa, a possibilidade de vitória, no ataque, quem se defende mostra que sua força é inadequada, quem ataca, mostra que é abundante. Logo este capitulo descreve disposições de defesa e ataque e o papel de seus comandantes ao tirar proveito de terreno e condições climáticas.
E descreve cinco elementos da arte da guerra: a medida do espaço; a avaliação das quantidades; as regras de cálculo; as comparações; as chances de vitória. Contudo um bom estrategista deve se aproveitar das distrações do inimigo, e atacá-lo onde não é esperado.
Em seu quinto capitulo, Sun Tzu diz que, dirigir muitos é o mesmo que dirigir poucos, sendo apenas uma questão de organização. E aqui temos os confrontos diretos e indiretos. Logo, os generais devem escolher suas forças de forma a aproveitar ao máximo as qualidades e habilidades de cada soldado, conforme a situação disposta.
O capitulo fala sobre as forças diretas e indireta, combinadas de forma a criar possibilidades de vencer a batalha. Onde as forças diretas têm o intuito de fixar e distrair, criar iscas. Sun Tzu diminui a importância de um ataque direto e põe ênfase nas manobras, na surpresa e no engodo. Já as forças indiretas atacam onde o golpe não é esperado. Ou seja, as forças diretas formam o desfecho da batalha e as indiretas consolidam a vitória.
Sobretudo, Sun Tzu diz, a ordem e a desordem dependem da organização, a coragem e a covardia das circunstancias, a força e a fraqueza das disposições. Ou seja, quando o general é preciso em suas decisões, e as tropas estão em vantagem, o covarde se torna bravo.
Do cheio e do vazio, ou seja, o capitulo seis descreve os princípios das forças e das fraquezas. Sun Tzu relata sobre a importância de se antecipar na ocupação do campo de batalha, pois isso trará vantagens às tropas. Logo, nunca ataque o inimigo no auge de sua força, busque os pontos fracos e se possível conduza-o para o terreno que tenha a vantagem, o ideal é atrai-lo para seu terreno.
Sun Tzu diz, evite a força, ataque a fraqueza. Ataque aquele ponto, onde seu inimigo não se preparou para defender. E para que o mesmo não aconteça com você, defenda até mesmo os locais mais improváveis de ataque. Conheça seu inimigo, suas estratégias, onde suas forças são abundantes, e sobretudo, onde elas são deficientes.
Da arte do confronto, no sétimo capitulo, o autor ressalta, que nada é mais difícil que a arte das manobras, mais difícil ainda é tornar direto o percurso aparentemente tortuoso e transformar os infortúnios em vantagens. E antes de lançar suas tropas ao combate, é de extrema importância, conhecer a geografia, o terreno, ter em mãos mapas, para que com isso não fique atrelado a lugares perigosos e de difícil travessia. Sobretudo, no tocante ao ataque, espere momentos de fraqueza, momentos em que as tropas inimigas estejam exaustas e desorganizadas, para assim ataca-las.
Capítulo oito, Da arte das mudanças, este capítulo descreve as nove variáveis em que o general deve estar atento e ter discernimento para cumpri-las da melhor forma possível. Não acampar em terrenos baixos; juntar-se aos aliados em terrenos contíguos; não permanecer muito tempo em terreno pobre; usar a imaginação em terreno fechado; em terreno de morte, lutar, pois, a batalha é inevitável; há estradas que não devem ser percorridas; tropas que não devem ser atacadas; cidades que não devem ser assaltadas; terrenos que não devem ser disputados.
O autor diz, um general versado nas vantagens dos nove fatores variáveis sabe como empregar as suas tropas. Ele também descreve cinco pontos negativos no caráter de um general: se é ousado, pode ser abatido; se é covarde, capturado; se é exaltado, pode fazer figura de louco; se tem um sentimento de honra delicado, pode ser caluniado; se é de natureza misericordiosa, é fácil de perturbar.
O autor descreve estas cinco características como falhas graves em um general e sempre desastrosas em operações militares.
Capítulo nove, da importância da geografia, este capítulo traz a importância de saber se movimentar em diferentes tipos de terrenos, água, travessia de rios, florestas, locais montanhosos etc. Sun Tzu diz, posicionar-se frente ao inimigo, após a travessia de montanhas, instruindo-se que fique próximo dos vales, acampe em terrenos altos e voltados para o lado soalheiro. Sempre ataque descendo, e nunca suba para atacar, afaste-se do rio quando o atravessar.
Capítulo dez, da topografia, este capítulo ressalta as diferentes classificações dos terrenos. Ele ressalta sobre os terrenos que você deve manter distância, e outros que devem prioriza-se, mas de suma importância, deve-se conhecer todos. O terreno conforme sua natureza, pode ser classificado como acessível, enredante, indeciso, apertado, precipitado e distante.
Sun Tzu diz, “conheça teu inimigo e conheça a ti mesmo, e a vitória será garantida. Conheça o terreno e o tempo, e sua vitória será total.”
Capitulo onze, as nove variedades de terreno que podem ser aproveitados, como vantagens ou desvantagens para as tropas. E em relação ao emprego de tropas, os terrenos podem ser classificados como, dispersivo, fronteiriço, chave, comunicante, focal, sério, difícil, cercado e mortal.
O dispersivo deve ser usado em combates em seu próprio território. O fronteiriço diz respeito ao avanço em pequenas distâncias em território inimigo. Em terrenos chave, as vantagens são iguais para ambos os lados. O terreno comunicativo, é de fácil acesso por ambas as tropas. O focal é de suma
importância controla-lo, pois faz fronteira com mais três estados. Tropas adensadas profundamente em território inimigo, e com difícil possibilidade de regressão, tem-se o nome de terreno sério. No difícil tem-se a dificuldade de locomoção, pois tem como obstáculo a própria geografia, com florestas, desfiladeiros, pântanos entre outros. Cercado é aquele cujo acesso é apertado e cercado, facilitando emboscadas de tropas inimigas, ainda que menores. 
Este terreno é descrito por Sun Tzu como um dos mais hostis, e desafiadores pois a única possibilidade para as tropas é lutar ou morrer, eles iram combater as tropas inimigas com toda a sua bravura, e coragem, esse é denominado de território mortal.
No capítulo doze, sob o titulo de pirotecnia, o autor relata sobre as maneiras de combater com o emprego de fogo. Para tal feito, ele instrui que se deve planejar para que não haja imprevistos e que se aproveite ao máximo as situações favoráveis. Diz sobre a preparação dos materiais para o ateamento de fogo e os cuidados com a fumaça, adverte sobre a observação do tempo para decidir se é propício para atear ou alastrar o fogo.
Ele enumera cinco maneiras de combater com fogo detalhadamente, e ressalta que se seguidas proporcionarão vitória plena sobre o inimigo. Mesmo com essas orientações de como usar o fogo a seu favor em uma guerra, ele ressalta que ela é a última solução para o problema. Pois mesmo para o vencedor, as consequências da guerra são ruins, e orienta a nunca tomar decisões em momentos de fúria e raiva. Lembre-se de propagar a paz, defendendo sempre os interesses coletivos, para gerir uma guerra com excelência.
Por fim, em seu capitulo treze, o autor descreve a importância dos Espiões, que tem importância fundamental, e que pode definir o destino de uma guerra. E existem cinco tipos para serem empregados no decorrer da guerra. São eles, os nativos que são originários da própria terra inimiga; os internos que podem ser denominados os oficiais inimigos que nos servem; os agentes duplos são os espiões que nos servem; pode-se dizer que os dispersáveis são os nossos que levam informações erradas; e os vivos são os que voltam com as informações. O autor ressalta ter cautela com espiões, pois eles são de fundamental importância, mas podem ter passado para o lado inimigo e estar dando informações falsas.
A Arte da Guerra de Sun Tzu, um filósofo que consegue extrair de suas experiencias os princípios de tática e estratégia militar, fundamentando suas ideias no uso do intelecto no lugar da força, apesar de ser um livro voltado para as estratégias militares, ele não buscava a guerra, a violência, mas dava a ela título de importância vital para o estado, tendo-a como o caminho para a sobrevivência ou a ruína.
Ou seja, tratava-se de uma questão de vida ou morte, sendo esse o princípio básico de seus ensinamentos, e uma vez compreendido, todos, do líder até o soldado, estaria motivado para vencer. E nos treze capítulos de A Arte da Guerra, estão os segredos para o sucesso. Sun Tzu destaca algumas premissas importantes:
“Conheça seu inimigo e conheça a si mesmo, e em cem batalhas você nunca correrá perigo.” “Vencer cem batalhas não é o auge da habilidade, mas sim, subjugar o inimigo sem lutar.” “Evite a Força, ataque a fraqueza.”
Ele era muito centrado na noção de como atingir seus objetivos com a menor quantidade de recursos e com a menor quantidade de destruição. Diminuindo a importância de um ataque direto, e pondo ênfase nas manobras, na surpresa e no engodo. E deixou bem claro que toda guerra deve ser baseada no intelecto.
Conclui-se que, temos atualmente um cenário totalmente diferente, as batalhas não são mais travadas com espadas e soldados, mas sim em escritórios, em grandes e pequenas empresas. Mas os ensinamentos deixados por Sun Tzu, permanece até os dias atuais, e os generais agora são economistas e administradores que buscam em suas estratégias militares se destacarem no mundo dos negócios, e na vida pessoal. Sobretudo, “Entenda as lições de A Arte da Guerra e você vencerá, ignore-as e você lutará na escuridão.”
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Acadêmico do curso de Engenharia Civil, da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão - UEMASUL

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