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13 - INFLAMAÇÃO

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Características Básicas 
- Inflamação é induzida por mediadores químicos liberados 
pela célula do hospedeiro. 
- Pode ser aguda (curta, fluxo de neutrófilos) ou crônica (longa, 
fluxo de linfócitos e macrófagos). 
- Normalmente é controlada e autolimitada (IL anti-
inflamatórias e Treg). 
- Sinais cardinais – manifestação externa da inflamação – 
calor, rubor, tumor, dor e perda de função. 
- Etapas: Reconhecimento > Recrutamento > Remoção > 
Controle > Reparo 
Inflamação Aguda 
- Estímulos – Infecções, trauma, agentes físicos ou químicos, 
necrose, corpos estranhos, reações imunológicas de 
hipersensibilidade. 
1) Reconhecimento 
- Expressão de PRR (receptores de reconhecimento padrão) – 
toll-like e inflamossoma (complexo proteico, reconhece produtos 
de células mortas e alguns micróbios). 
 São designados para reconhecer Pamp’s quando ocorre 
liberação de histamina e Il-1 (atrai leucócitos) e começa 
a fase 2. 
 Histamina – causa vasodilatação das artérias, causando 
aumento do fluxo sanguíneo, sinais cardinais (rubor e 
calor), microcirculação se torna mais permeável 
(extravasamento de líquido rico em proteína para o 
tecido – exsudato) | Exsudato – causa pus (neutrófilos e 
células necróticas mais exsudato) sinais cardinais 
(edema), estase (concentração de hemácias – aumenta 
a viscosidade do sangue e diminui a velocidade da 
circulação. | logo, os neutrófilos se acumulam na 
superfície endotelial vascular – marginalização) 
Obs: ocorre aumento do fluxo da linfa para auxiliar a 
drenagem do fluido do edema, leucócitos e restos celulares 
do espaço extracelular. 
2) Recrutamento 
- etapas: Marginalização, rolagem, aderência, transmigração, 
migração. 
- Rolagem: diminui a velocidade do leucócito – libera il1 e TNF 
alfa – expressa moléculas de adesão nas células endoteliais 
- Adesão: fixação dos leucócitos nas células endoteliais – 
mediada por integrinas (na superfície dos leucócitos) ligam-se a 
ligantes (ICAM-1 e ICAM-2) 
- Transmigração: diapedese (orientada por citocinas, e pela 
PECAM-1 – media as interações necessárias para atravessar o 
endotélio). 
- Migração: Substâncias que atraem – produtos bacterianos, 
citocinas, sistema complemento e leucotrieno B4. E se dá pela 
emissão de pseudópodes. 
OBS> 24 h de inflamação – predomínio de neutrófilo | 48 h – 
monócito. 
3) Remoção: 
- Ativação dos leucócitos. 
- Depende dos microorganismos e dos produtos das células 
necróticas. 
- Função – destruir microorg e células mortas, produzir 
mediadores inflamatórios, liberação de substâncias p/ destruir 
microorg extracelulares, fagocitose (3 fases – reconhecimento, 
englobamento e destruição). 
4) Controle 
- Mecanismos anti-inflamatórios – lipoxinas e proteínas do 
sistema complemento. 
 
 
 
- IL10: diminui as respostas dos macrófagos ativados 
- TGF-b: mediador da fibrose no tecido de reparação após 
inflamação. 
5) Reparo: 
Macrófagos com ativação alternativa – ativada Il 13 – TgfB - 
reparo tecidual, fibrose – e il 4 – il 10 e TGb – efeitos anti-
inflamatórios. 
Resultados da inflamação aguda: Sempre vai ser um desses 
3 possíveis – regeneração e reparo rápida, com pouca lesão), 
inflamação crônica ou cicatrização. 
Inflamação Crônica 
Ocorre quando a aguda não é suficiente, doenças autoimunes 
ou interrupção do processo agudo. 
- características: 
Infiltração de células mononucleares (macrófago, linf, 
plasmócitos), destruição tecidual induzida pelos produtos das 
células inflamatórias, reparo: profileração de vasos 
(angiogenese) e fibrose. 
Obs: Macrófagos aglomerados – formam granulomas 
- pode ser sucedida – restauração ou reparo ou cticatrização. – 
reparo após destruição tecidual substancial – tecidos que não se 
regeneram ou não conseguem devido ao alto dano > são 
substituídos por tecido conjuntivo (fibrose) – perda de função; 
Sistema Complemento 
- 3 vias: Clássica, alternativa e Lectina 
- Clássica: adaptativa – Ativação pela ligação de um 
anticorpo IgG ou IgM com a proteína C1. 
- Alternativa: inata – ativação pela presença de 
microorganismos. 
- Lectina: inata – ativação pela ligação de MBL (lectina 
ligante à manose) à parede celular de bactérias com manose. 
- C3 opsoniza o patógeno – cliva em C3a e C3b (c3 
convertase) – C3b + c5 convertase forma a MAC. 
- C3 convertase cliva em c3a (histamina e outros mediadores) 
e c5a (atrai neutrófilos) 
OBS: estímulo da clivagem de C4 e C2 para formar a C3 
convertase: via lectina (MASP1 E MASP2 enzimas) e via 
clássica (c1 – C19 – C1r e C1s) 
Metabolismo do Ácido Araquidônico (AA) 
- São componentes das membranas celulares, mais 
especificamente dos fosfolipídeos. 
- Liberados dos fosfolipídio através da ativação de fosfolipases 
celulares. A ativação é feita por mediadores celulares ou 
estímulos mecânicos, fisícos e/ou químicos. 
AA – cicloxigenase (COX1 e COX2) – Pgo2 PGE2 
(vasodilatador, causa dor, permeabilidade vascular) e PGl2 
(prostaciclina – vasodilatação e inibe a agregação plaquetária). 
AA – Lipoxigenase – a4 e b4 (lipoxinas – inibem a adesão e a 
quimiotaxia) C4,C4,E4 (leucotrienos – aumenta a 
permeabilidade vascular). 
Mecanismos de ação dos AINES 
OBS: As prostalglandinas diminuem o limiar (tolerância) 
da dor. Por isso, os AINES (aspirina) atuam inibindo a ação 
do COX1 e COX2 diminuindo a produção de 
prostalglandinas, diminuindo a dor. 
OBS2: Prostalglandinas associadas ao IL6, ao chegar no 
hipotálamo, causam febre (reajuste da temperatura corporal 
pela ação de neutrotransmissores. 
Efeitos Sistêmicos da inflamação 
- Febre, choque séptico (baixa irrigação do sangue nos tecidos 
e provem da vasodilatação), aumento da fcard e fresp. 
 
Formação da Febre 
Elevação da temperatura corporal acima da faixa de 
normalidade (37,5°C-axilar/ 37,8°C-oral/ 38°C-retal) associada 
a um aumento no ponto de ajuste hipotalâmico (o que a 
diferencia de uma hipertermia, que não provoca alteração no 
centro hipotalâmico). A febre não é uma doença, é um 
mecanismo de resposta do organismo a alguma anomalia. 
 
A Fisiopatologia 
A febre ocorre pela ação de fatores pirogênicos sobre o centro 
termorregulador do hipotálamo, elevando o limiar térmico e 
desencadeado respostas metabólicas de produção e 
conservação de calor (tremores, vasoconstrição periférica, 
aumento do metabolismo basal). Essa ação pode se dar por 
basicamente duas vias: a via humoral 1 e a via humoral 2. 
A via humoral 1 - ativação dos receptores TLR-4 na barreira 
hematoencefálica pelos fatores exógenos (principalmente 
microorganismos). Estes pirogênios exógenos estimulam os 
leucócitos a liberar pirogênios endógenos como a IL-1 e o TNF 
que aumentam as enzimas (ciclo-oxigenases) responsáveis 
pela conversão de ácido araquidônico em prostaglandina. 
No hipotálamo, a prostaglandina (principalmente a 
prostaglandina E2) promove a ativação de receptores do 
núcleo pré-optico, levando ao aumento do ponto de ajuste 
hipotalâmico. 
A via humoral 2 pode ser direta ou indireta. No caso da via 
indireta, as citocinas irão ativar os receptores TLR-4 na barreira 
hematoencefálica, desencadeado toda a sequência descrita na 
via humoral 1. Já na via direta, as citocinas atuam diretamente 
no núcleo pré-óptico, aumentando o ponto de ajuste 
hipotalâmico. 
Quando a temperatura ultrapassa o novo limiar, são 
desencadeados mecanismos de dissipação de calor 
(vasodilatação periférica, sudorese e perspiração) que tendem a 
reduzi-la novamente. Desta forma, na resposta febril a 
termorregulação é preservada, ainda que em nível mais elevado, 
mantendo-se inclusive o ciclo circadiano fisiológico (temperatura 
máxima entre 16 e 20hrs, mínima entre 4 e 6hrs). 
Os principais pirogênios endógenos são as IL-1 e IL-6, o TNF e 
o IFN e, mais recentemente descritos, a IL-8 e o MIP-1. Já 
principais os pirogênios exógenos são os microorganismos 
intactos, produtos microbianos, complexos imunes, antígenosnão-microbianos, drogas e outras agentes farmacológicos.

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