Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
• É uma doença bacteriana aguda, contagiosa e sistêmica. • Causada pela Salmonella enterica do grupo D e sorotipo typhi, um bacilo gram-negativo da família das enterobactérias. • Áreas endêmicas: regiões com precárias condições sanitárias; Europa, áfrica, ásia, américa do Sul. • Nas áreas endêmicas, é mais frequente nas crianças em idade escolar e nos adultos jovens. Nas áreas não endêmicas acomete todas as faixas etárias. • Podem sobreviver por várias semanas em água, gelo ou leite, onde se multiplicam sem modificar o seu aspecto exterior, e também em roupas e na poeira. • Transmissão: através da ingestão de água e moluscos, assim como de leite e seus derivados, principais alimentos responsáveis pela sua transmissão. • Outros alimentos quando manipulados por portadores podem veicular essas salmonelas, inclusive sucos e frutas. • A contaminação de alimentos geralmente é feita por portadores ou pacientes oligossintomáticos. Raramente as moscas participam da transmissão. • Antígeno O: carrega a endotoxina bacteriana. • Antígeno flagelar H: pode ser destruído pelo álcool a 50%. • Antígeno Vi: protege o antígeno O. • O principal mecanismo de infecção é a via digestória, através da ingestão de bacilos presentes nos alimentos. • O inóculo bacteriano para tornar-se patogênico necessita sobreviver à barreira do ácido gástrico e também das células epiteliais do intestino delgado, além de alcançar as células M para penetração nas placas de Peyer. Essas células M são especializadas em proteger a superfície mucosa. • Quando as bactérias vencem essa barreira, disseminam-se através da lâmina própria da mucosa intestinal. • Em seguida, alcançam a lâmina própria das veias mesentéricas, chegando até o fígado e baço e outros órgãos por disseminação hematogênica. • A ação patogênica da S. typhi decorre da multiplicação bacteriana nos tecidos Introdução Sobrevivência e transmissão Sorotipos Mecanismo de ação e da ação da endotoxina liberada pela lise bacteriana nos macrófagos. • Período de incubação: Em média, 2 semanas, compreendendo o momento do contato inicial com o agente infectante até o aparecimento das primeiras manifestações clínicas. • Período inicial: febre de caráter contínuo, dor abdominal, vômitos, anorexia, astenia e cefaleia. • Período de estado: 2a e 3a semanas da doença. Ocorre diarreia com evacuação de fezes líquidas várias vezes ao dia, mialgia nítido estado de prostração, evoluindo gradativamente até instalar-se torpor e delírio. O abdome é doloroso à palpação, o fígado e o baço aumentam de volume. Pele: roséolas tíficas, pequenas manchas pouco numerosas e de curta duração, indolores e mais visíveis no tórax e no abdome, porém difíceis de serem identificadas no paciente de pele negra. Úlceras na mucosa bucal podem ser encontradas. Sinal de Faget: temperada elevada, porém pulso fraco. Icterícia: hepatite tifóidica. • Período de declínio: acontece na 4a semana, habitualmente com queda da temperatura, melhora do estado de consciência e da cefaleia. • Convalescença: inicia a fase de recuperação da doença. Permanece, porém, a astenia e certo grau de desnutrição. • Pacientes com esquistossomose mansônica que se infectam pela S. typhi ou outras enterobactérias apresentam um quadro atípico de sepse crônica, similar ao CALAZAR. • O paciente encontra-se emagrecido, anêmico, com hepatoesplenomegalia de características de cronicidade (consistência endurecida, indolor, borda romba). Pode haver epistaxe e exantema purpúrico. • O diagnóstico diferencial com o calazar é realizado por exames laboratoriais. • Perfuração intestinal e a hemorragia resultante da ulceração intestinal, Acontece na 2a e/ou 3a semana da doença, surgindo em 2% a 3% dos casos. • A hemorragia pode acontecer na 3a semana da doença em 8% a 10% dos casos. • Surtos psicóticos, nefrite, colecistite, hepatite, angina de Louis, abscesso retrofaringeano meningoencefalite. • O método diagnóstico mais utilizado é o isolamento do organismo infeccioso. Para tanto, tem-se à disposição culturas e exame histopatológico, além da possibilidade de identificação de antígenos e anticorpos da Salmonella através de métodos imunodiagnósticos. • São eles: Hemocultura (mais utilizado), mielocultura, coprocultura, urocultura, widal. • OBS: ELISA POUCO UTILIZADO. • Hemograma: leucopenia, neutropenia, linfocitose relativa e ausência de eosinófilos. A presença de anemia e plaquetopenia moderadas é frequente. Períodos da doença Febre tifóide prolongada Complicações Diagnóstico específico Diagnóstico inespecífico • Bioquímica sanguínea: será realizada para observar alterações das funções renal (ureia, creatinina) e hepática (transaminases, atividade de protrombina). • De 7 a 10 dias. • Fluoroquinolonas: ciprofloxacino, levofloxacino e ofloxacino. • Cefalosporinas: ceftriaxona e cefepima. • Consiste em: hidratar o paciente, reposição hidroeletrolítica, prescrição de analgésicos quando necessário. • Nos casos de complicações indica-se a utilização de corticosteroides. • Deve-se indicar transfusão sanguínea nos casos de hemorragia ou quando houver anemia. • Nos pacientes com febre tifoide prolongada deve ser realizado o tratamento da esquistossomose. • A vacinação de populações de alto risco é considerada uma estratégia promissora no controle da febre tifoide. • Recomenda-se que idosos, crianças em idade escolar e adultos jovens nas áreas endêmicas devam ser vacinados. • A melhor estratégia para controle real desta doença continua sendo a aplicação de medidas higiênico- sanitárias básicas, incluindo o destino e tratamento adequado das fezes, água tratada e encanada, combate a moscas e baratas e educação sanitária. Tratamento específico Tratamento inespecífico Profilaxia
Compartilhar