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Resumo 
Fecundação 
 Resumo de Fecundação 1 
 
 
 
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1. Introdução 
A fecundação é o processo pelo qual os gametas masculino e feminino se fundem 
para gerar uma nova célula diploide que, posteriormente, originará um novo ser. Ocorre 
na região ampular da tuba uterina, a qual é a sua porção mais larga e próxima ao ovário. 
 
2. Movimentação e Capacitação dos Espermatozoides 
Após a ejaculação os espermatozoides devem chegar ao local onde se dá a 
fecundação, ou seja, na ampola da tuba uterina. Para isso, os próprios gametas 
masculinos possuem a capacidade de locomoção por meio da movimentação da sua 
cauda e, ocorrem contrações uterinas para auxiliar nesse processo até a tuba uterina. 
Alcançando o istmo da tuba os espermatozoides se tornam menos móveis e 
param sua migração. No entanto, os mesmos ainda não são capazes de fertilizar o oócito 
(célula germinativa feminina) imediatamente após a chegada de modo que, devem 
sofrer a capacitação e a reação acrossômica para adquirirem a capacidade da 
fecundação. 
Figura 1: Chegada dos espermatozoides ao oócito. FONTE: Embriologia – Langman – 12 ed. 
 Resumo de Fecundação 2 
 
 
 
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A capacitação é um período de condicionamento no trato reprodutivo feminino 
que confere aos espermatozoides as condições de realizar a fecundação. Tal processo 
ocorre através da remoção da camada de glicoproteínas e proteínas plasmáticas 
seminais presentes na membrana plasmática que recobre a região acrossômica do 
espermatozoide. A maior parte desse condicionamento acontece na tuba uterina e 
envolve as interações epiteliais entre os espermatozoides e a superfície mucosa da tuba, 
de modo que, apenas os espermatozoides capacitados podem passar pelas células da 
coroa radiada e sofrer a reação acrossômica. Vale ressaltar que, esse período dura, nos 
seres humanos, aproximadamente 7 horas. 
A reação acrossômica, que ocorre após a ligação à zona pelúcida, é induzida por 
proteínas da zona. Essa reação culmina na liberação das enzimas necessárias para a 
penetração da zona pelúcida, incluindo substâncias semelhantes à acrosina e à tripsina. 
 
3. Fases da Penetração do Espermatozoide no Oócito 
Figura 2: Fases da penetração do espermatozoide no oócito.FONTE: Embriologia – Langman – 12 ed. 
 
 Resumo de Fecundação 3 
 
 
 
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• Fase 1: Penetração da corona radiada 
Dos 200 a 300 milhões de espermatozoides depositados no trato genital 
feminino, apenas cerca de 300 a 500 alcançam o sítio de fertilização. Apenas um deles 
fecunda o oócito. Os espermatozoides capacitados atravessam livremente as células da 
coroa radiada. Observe a figura 2. 
• Fase 2: Penetração da zona pelúcida 
A zona pelúcida é uma camada de glicoproteínas que cerca o oócito, facilita e 
mantém a ligação do espermatozoide e induz a reação acrossômica. Tanto a ligação 
quanto a reação acrossômica são mediadas pelo ligante ZP3, uma proteína da zona. 
Além disso, a liberação das enzimas acrossômicas possibilita que os espermatozoides 
penetrem a zona, entrando em contato com a membrana plasmática do oócito. 
A permeabilidade da zona pelúcida se altera quando a cabeça do 
espermatozoide contata a superfície do oócito. Esse contato resulta na liberação das 
enzimas lisossomais dos grânulos corticais que estão alinhados na membrana 
plasmática do oócito e que alteram as propriedades da zona pelúcida para evitar a 
penetração do espermatozoide, inativando os sítios de receptores específicos de 
espécies para o espermatozoide na superfície da zona. Outros espermatozoides são 
encontrados imersos na zona pelúcida, mas, normalmente, apenas um é capaz de 
penetrar o oócito. 
• Fase 3: Fusão entre as membranas do oócito e do espermatozoide 
A adesão inicial do espermatozoide ao oócito é mediada parcialmente pela 
interação entre integrinas do oócito e, seus ligantes, desintegrinas do espermatozoide. 
Após a adesão, as membranas plasmáticas dos dois gametas se fundem. Como a 
membrana plasmática que cobre a cabeça acrossômica desaparece durante a reação 
acrossômica, a fusão de fato ocorre entre a membrana do oócito e a membrana que 
recobre a região posterior da cabeça do espermatozoide. Nos seres humanos, tanto a 
cabeça quanto a cauda do espermatozoide entram no citoplasma do oócito, mas a 
membrana plasmática é deixada para trás na superfície do mesmoo. 
 Resumo de Fecundação 4 
 
 
 
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Após a entrada do espermatozoide no gameta feminino a membrana do oócito 
se torna impenetrável para outros espermatozoides de modo que a zona pelúcida altera 
a sua composição para evitar tal processo. Tais reações são realizadas a fim de evitar a 
poliespermia. 
Além disso, com a entrada do espermatozoide no oócito ele dá continuidade à 
sua segunda divisão mitótica, gerando assim o segundo corpúsculo polar a partir de uma 
de suas células filhas e, o oócito definitivo ou óvulo que possui um núcleo vesicular 
conhecido como pró-núcleo feminino. Vale ressaltar que a ativação metabólica do óvulo 
tem seu fator de ativação presente no espermatozoide que desencadeia eventos 
moleculares e celulares no início da embriogênese. Enquanto isso, o espermatozoide se 
move até que fique próximo do pró-núcleo feminino e, seu núcleo aumenta e forma o 
pró-núcleo masculino. 
 
4. Fecundação 
Com a aproximação dos pró-núcleos masculino e feminino estes perdem seus 
envelopes nucleares e se fundem, os cromossomos se organizam no fuso e as 
cromátides irmãs se movem para polos opostos fornecendo às duas primeiras células 
do zigoto uma quantidade diploide de cromossomos e de DNA. Um sulco profundo se 
origina, realizando a primeira divisão em duas células e, a partir daí, as sucessivas 
clivagens. 
Com a fecundação há a restauração da quantidade diploide de cromossomos (o 
zigoto terá uma combinação de cromossomos diferente dos pais), a determinação do 
sexo do novo indivíduo e o início da clivagem que resultará no novo ser. 
 
 
 
 Resumo de Fecundação 5 
 
 
 
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Figura 3: Em A, um oócito fecundado apresentando os dois pró-núcleos e em B um zigoto em estágio de 
duas células. FONTE: Embriologia – Langman – 12 ed. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
1. SADLER, Thomas W. Langman embriologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2016. 
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