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IPM 2 SEGURANÇA DO PCT

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Segurança do paciente 
A redução do risco de danos desnecessários durante a Assistência em Saúde ao grau mínimo 
aceitável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Circunstância Notável: Não aconteceu o incidente mais um evento expressivo potencial para dano 
ao paciente 
Near Miss: Incidente que não atingiu o paciente 
Incidente sem danos: Incidente que atingiu o paciente, mas não causou dano 
Incidente com danos: Incidente que atingiu o paciente e causou danos. (Evento adverso) 
 
Modelo de cauda de acidente Queijo Suiço: James Reason propôs a imagem de um “queijo suíço” 
para explicar a ocorrência de falhas do sistema, 
como os incidentes que ocorrem na prestação 
da assistência ao paciente. 
De acordo com esta teoria, em um sistema 
complexo (com o da saúde), os riscos são 
impedidos de causar danos nos pacientes por 
uma série de. Cada barreira tem fraquezas 
inesperadas, ou buracos (semelhança com as 
fatias de um queijo suíço). Essas fraquezas são 
inconstantes – ou seja, representadas pelos 
buracos abertos, ao acaso, em cada fatia de 
queijo. Quando por acaso todos os buracos estão alinhados, o perigo atinge o paciente e causa dano 
(Figura) 
 Este modelo chama a atenção para a necessidade de se implementar barreiras efetivas nos 
sistemas de saúde, em oposição ao indivíduo, e à aleatoriedade da ocorrência de erros assistenciais. 
São exemplos de “barreiras” de processos no ambiente 
de assistência à saúde: 
– Dupla checagem para a administração de cloreto de 
potássio; 
– Uso sistemático de ferramentas de comunicação 
(exemplo: SBAR, formulários de transferências 
internas); 
– Uso do código de barras para dispensação de 
medicamentos; 
– Conferência de itens de segurança pelo sistema 
informatizado; 
– Sistemática de “READ BACK” para checagem de 
orientações verbais entre profissionais de saúde; 
– Check-list de Segurança Cirúrgica; 
– Retirada dos medicamentos potencialmente perigosos 
dos estoques assistenciais. 
Comunicação 
Entre profissionais / Profissionais-paciente 
Profissionais-familiares / Médico-outros profissionais 
A voz do paciente 
Princípios da comunicação 
•Ouvir 
•Linguagem verbal e não verbal 
–O que e como falar –Postura –Distância física –Restringir intimidades 
•Conteúdo 
–Simplicidade –Clareza –Tipos de perguntas 
•Ambiência 
–Ambiente humanizado, acolhedor e resolutivo –Privacidade, conforto 
•Despir-se de preconceitos (tolerância com valores diferentes) 
–Idade, religião, gênero, cultura 
•Respeito e Empatia 
ENTENDER E SER ENTENDIDO 
•Entender o doente e ao mesmo ser entendido por ele é indispensável para a obtenção de uma 
história clínica correta. 
•Inúmeros fatores podem interferir com o entendimento perfeito: as diferenças culturais, religiosas, 
raciais, de idade, etc. entre profissional e doente constituem as dificuldades normais que tem que ser 
constantemente avaliadas e superadas. 
•Outras dificuldades decorrem da técnica de entrevista. Para que ocorra entendimento é necessário 
que ambos estejam sintonizados na mesma frequência emocional. Neste contexto podemos destacar 
duas qualidades que o profissional de saúde deve desenvolver para melhorar a comunicação entre 
ele e o doente: respeito e empatia. 
As perguntas a efetuar ao doente dividem-se em 3 tipos. 
•Perguntas Abertas - Feitas de tal maneira que o doente se sinta livre para se expressar, sem que 
haja nenhum tipo de restrição. Ex: "O que o Sr. está a sentir?" “ O que é que o traz à consulta?” 
•Perguntas Focadas - São tipos de perguntas abertas, porém sobre um assunto específico, ou seja, o 
doente deve sentir-se à vontade para falar, porém agora sob um determinado tema ou sintoma 
apenas. Ex: "Qual a parte do corpo onde sente mais dor?” 
•Perguntas Fechadas - Servem para que o entrevistador complemente o que o doente ainda não 
expressou, com questões diretas de interesse específico. Ex: "A perna dói quando o Sr. anda ou 
quando o Sr. está parado?" 
NÍVEIS DE RESPOSTA 
•Para que o profissional saúde mantenha a comunicação empática com o doente é importante 
que as respostas sejam adequadamente valorizadas. 
Categorias de reação devem ser evitadas 
•Ignorando – quando o profissional saúde não ouve o que o paciente disse ou age como se não 
tivesse ouvido. 
•Minimizando – o profissional saúde responde aos sintomas ou sentimentos expostos pelo paciente 
diminuindo a sua importância ou intensidade. 
•Desrespeito 
Pequenos procedimentos devem ser utilizados para demonstrar respeito ao doente: 
–Não demonstre intimidade que não tem com o paciente. Utilize sempre o nome do paciente e 
nunca utilize apelidos genéricos como "tia", "mãe", "avó" etc. 
–Garanta o conforto e a privacidade do paciente. 
–Sente-se próximo, mas não excessivamente, e no mesmo nível do paciente. 
–Avise sempre que vai realizar uma mudança na condução da entrevista ou uma manobra nova ou 
dolorosa no exame físico. 
Comunicação e resultado 
•Eficaz: fazer o que deve ser feito 
–Direção, energia e material 
•Eficiente: como fazer o que deve ser feito 
–valores, visão, comportamentos, atitudes, métodos, procedimentos e estilos 
•Efetivo: fazer o que deve ser feito com qualidade 
–Eficaz + eficiente + QUALIDADE 
–Comunicação efetiva 
 
Protocolos de Comunicação Área da Saúde 
 
Protocolo Spike 
•Notícias ruins 
–Ambientes 
–Especialidades 
•Oncologia 
•Medicina intensiva 
•Nefrologia 
•Medicina de 
Emergência 
•Cirurgia 
•Infectologia 
https://www.youtube.com/watch?v=ZnWjSHIl_jw –4:39 
https://www.youtube.com/watch?v=Z8dJ9d6UVWc –16:39 
BIOSSEGURANÇA NA SAÚDE 
 Biossegurança é o conjunto de estudos e procedimentos que visam a evitar ou controlar os 
riscos provocados pole uso de agentes químicos, agentes físicos e agentes biológicos à 
biodiversidade. 
Conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos 
capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, 
desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem, 
dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. (Teixeira & Valle, 
1996). 
RISCO BIOLÓGICO como se estabelece a exposição? 
Veículo ou Material biológico 
• sangue, secreção vaginal e sêmen, 
tecidos 
• líquidos de serosas(peritoneal, 
pleural, pericárdico), líquido 
amniótico, líquor, líquido 
articular 
• Saliva, suor, lágrima, fezes, urina, 
escarro, ar 
Tipo de exposição 
• Pérfuro-cortante 
• Mucosa 
• Pele íntegra 
• Inalação de gotículas/aerossóis 
https://www.youtube.com/watch?v=ZnWjSHIl_jw
https://www.youtube.com/watch?v=Z8dJ9d6UVWc
 
Como minimizar os riscos? 
• Conhecimento/ Conscientização 
• Imunização 
• Adoção de ações seguras 
• Equipamentos de Proteção Individual 
• Precauções padrão e especiais 
 
Higienização das mãos Técnicas 
• •Higienização simples das mãos; 
• •Higienização antisséptica das mãos; 
• •Fricção de antisséptico nas mãos; 
• •Anti-sepsia cirúrgica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transmissão por via aérea 
 As gotículas são geradas principalmente na pessoa fonte quando ela tosse, escarra. 
A transmissão por gotículas grandes que 
contêm o vírus (>5 μm) requer contato 
próximo entre o paciente e a pessoa 
receptora porque elas não ficam 
suspensas no ar e conseguem se deslocar 
apenas a curta distância 
(aproximadamente um metro) através do 
ar. 
•Além da transmissão por gotículas, o 
vírus pode ser transmitido através do 
contato; particularmente, com a 
contaminação das mãos e a auto 
inoculação na conjuntiva ou na mucosa 
nasal. 
A transmissão por aerossóis ocorre 
quando pequenas partículas residuais de 
gotículas evaporadas (< 5 μm) ou 
partículas de poeira contendo vírus 
permanecem suspensas no ar durante 
longos períodos de tempo. 
•Estas pequenas partículas podem ser 
trazidas em correntes de ar e ser inaladas 
por umapessoa susceptível em um 
mesmo ambiente ou a uma distância 
maior que um metro do paciente fonte. 
•Apesar de não ser a rota usual, existe a 
possibilidade de transmissão da influenza 
suína pelo ar, através de aerossóis. 
 https://www.youtube.com/watch?v=kNqIgu01WgY 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Calcando a Luva Estéril 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO 
•Troque de luvas sempre que entrar em contato com outro paciente; 
•Troque também durante o contato com o paciente se for mudar de um sítio corporal 
contaminado para outro, limpo, ou quando esta estiver danificada; 
•NUNCA toque desnecessariamente superfícies e materiais quando estiver com luvas. 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=kNqIgu01WgY
 
CAUSAS DO ACIDENTE 
COM MATERIAL 
BIOLÓGICO 
Descarte inadequado de 
pérfuro cortantes (bandeja, lixo 
comum, colchão, coletor 
excedendo capacidade, etc) 
Reencape de agulhas 
Utilização inadequada ou 
ausência de EPI’s 
Condições inseguras durante 
procedimento 
(paciente/ambiente). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atendimento centrado no paciente 
ACP 
 
Compaixão, empatia e capacidade de resposta. 
Coordenação e integração 
Informação, comunicação e educação 
Conforto físico 
Suporte emocional, aliviando o medo e ansiedade 
Envolvimento da família e dos amigos. 
 
Principios 
• Respeito pelos valores e preferencias dos 
pacientes. 
• Coordenação e integração dos cuidados 
informação e comunicação e educação 
• Conforto físico 
• Apoio emocional e alivio do medo e ansiedade 
• Envolvimento da família e dos amigos 
continuidade e cuidado 
• Acesso aos cuidados 
 
 
Ambiência 
Em saúde o conceito de ambiência se liga a politica 
de humanização dos serviços de saúde. No Brasil, o 
ministério da saúde conceitua o termo a partir de 
três eixos 
1) O espaço que possibilita a reflexão da produção do sujeito e do processo de trabalho. 
2) O espaço que visa o conforto focado na privacidade e individualidade dos sujeitos 
envolvidos, exaltando elementos do ambiente que interagem com o homem – a dizer cor, 
cheiro, som iluminação morfologia... – e garantindo conforto a trabalhadores, paciente e sua 
rede social. 
3) O espaço como ferramenta facilitadora do processo de trabalho funcional favorecendo a 
otimização de recursos e o atendimento humanizado, acolhedor e resolutivo. 
 
 Ainda de acordo com o Ministério, o conforto no ambiente hospitalar pode ser alcançado a 
partir dos seguintes elementos: 
1. A Morfologia – formas, dimensões e volumes configuram e criam espaços. 
2. A Luz – a iluminação, seja natural ou artificial, é caracterizada pela incidência, quantidade e 
qualidade. Além de necessária para a realização de atividades, contribui para a composição de uma 
ambiência mais aconchegante quando exploramos os desenhos e sombras que proporcionam. A 
iluminação artificial pode ser trabalhada em sua disposição garantindo privacidade aos pacientes 
com focos individuais nas enfermarias, facilitando as atividades dos trabalhadores e também a dos 
pacientes. A iluminação natural deve ser garantida a todos os ambientes que permitirem, lembrando 
sempre que todo paciente tem direito a noção de tempo – dia e noite, chuva ou sol. 
3. O Cheiro – considerar os odores que podem compor o ambiente. 
4.O Som – podemos propor a utilização de música ambiente em alguns espaços como enfermarias e 
esperas. Em outro âmbito é importante considerar também a proteção acústica que garanta a 
privacidade e controle alguns ruídos. 
5. A Sinestesia – diz respeito à percepção do espaço por meio dos movimentos, assim como das 
superfícies e texturas. 
6. A Arte – como meio de inter-relação e expressão das sensações humanas. 
7. A Cor – as cores podem ser um recurso útil uma vez que nossa reação a elas é profunda e 
intuitiva. As cores estimulam nossos sentidos e podem nos encorajar ao relaxamento, ao trabalho, 
ao divertimento ou ao movimento. Podem nos fazer sentir mais calor ou frio, alegria ou tristeza . 
Utilizando cores que ajudam a refletir ou absorver luz, podemos compensar sua falta ou minimizar 
seu excesso. O Tratamento das Áreas Externas – este se faz necessário já que além de porta de 
entrada, se constitui muitas vezes em lugar de espera ou de descanso de trabalhadores, ambiente de 
“estar” de pacientes ou de seus acompanhantes. Jardins e áreas com bancos podem se tornar lugar 
de estar e relaxamento. 
8. Privacidade e Individualidade – a privacidade diz respeito à proteção da intimidade do paciente 
que muitas vezes pode ser garantida com uso de divisórias ou até mesmo com cortinas e elementos 
móveis que permitam ao mesmo tempo integração e privacidade, facilitando o processo de trabalho, 
aumentando a interação da equipe e ao mesmo tempo possibilitando atendimento personalizado. 
Individualidade refere-se ao entendimento de que cada paciente é diferente do outro, veio de um 
cotidiano e espaço social específico. A arquitetura tem também seu papel no respeito à 
individualidade quando se propõe, por exemplo, a criar ambientes que ofereçam ao paciente espaço 
para seus pertences, para acolher sua rede social, dentre outros cuidados que permitam ao usuário 
preservar sua identidade.

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