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Síndromes Neurológicas Periféricas

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SÍNDROMES 
- Motora 
- Sensitiva 
- Sensitivo – Motora 
 
SÍNDROME DE GUILLAN – BARRÉ 
Polineuropatia inflamatória, autoimune, aguda, autolimitada, 
desmielinizante ou axonal (grave atrofia), pós infecciosa 
Desencadeada por infecção prévia (até 4 semanas) de vias 
respiratórias (EBV, CMG, IVAS) ou do trato gastrointestinal 
(Campylobacter jejuni). 
Quadro clínico: instalação hiperaguda (horas ou dias). Inicia-se 
com lombalgia associada a disestesia nas extremidades dos 
MMII. 
 Paraparesia/paraplegia flácida e arreflexa, tetraparesia 
progressiva ascendente, hipo/arreflexia tendinosa profunda, 
distribuição simétrica, envolvimento de nervos cranianos, 
fraqueza muscular facial, disfunção autonômica, disfagia, 
disfonia, disartria, paresia da musculatura respiratória. 
Exame físico: paresia ou plegia + arreflexia + flacidez simétrica. 
Pode haver síndrome motora, sensitiva ou as duas, a mais 
comum é a motora.. 
Diagnóstico: Exame neurológico + líquor + ENM + anticorpos 
 Líquor: dissociação albuminocitológica, aumento de 
proteínas sem aumento da celularidade. 
 ENM: padrão desmielinizante ou axonal 
 Anticorpos antigangliosídeos: anti-GM1a e anti-G1Qb 
* SGB + HIV: pleocitose + hiperproteinorraquia 
Tratamento: internação em UTI + profilaxia do 
tromboembolismo venoso + evitar escaras + nutrição enteral 
+ fisioterapia motora. 
 (1) Imunoglobulina 400mg/kg/dia por 5 dias 
 (2) Plasmaférese 2-3L de plasma em 4-6sessões por 2sem 
*Os corticoides não tem benefício nessa doença (piora¹¹¹) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLINEUROPATIA INFLAMATÓRIA 
DESMIELINIZANTE CRÔNICA (PIDC) 
É a versão crônica da Guillan – Barré 
Quadro clínico: piora progressiva da força muscular, com 
períodos de exacerbação e remissão.. 
 Tetraparesia proximal simétrica, hipo/arreflexia tensinosa 
profunda, déficit sensitivo distal de fibras grossas, 
propriocepção, palestesia, barestesia, evolução > 8 semanas 
Exame físico: semelhante à SGB, porém com maior 
comprometimento sensitivo e menor simetria 
Pode ser uma síndrome paraneoplásica em: CA broncogênico 
ou gamopatia monoclonal 
Tratamento: corticoideoterapia 
 (1) Metilprednisolona 1g/dia, 5 dias e dps 1g/mês por 6 meses 
 (2) Prednisona em doses imunossupressoras 
 (3) Plasmaférese 4-6 sessões 
 (4) Imunoglobulina 2g/kg/5dias e dps manutenção 
*Fazer eletroneuromiografia 
 
DOENÇA DE CHARCOT – MARIE – TOOTH 
(CMT) 
Neuropatia hereditária mais comum 
Síndrome sensitivo – motora distal simétrica 
Quase 100% tem histórico familiar 
É lenta e progressiva (20 – 30 anos) 
Fraqueza distal: inicia nos MMII, poupa cintura e pelve 
Diagnóstico: genético 
* Pé caído, dedos em martelo e atrofias de MMII que poupa a 
coxa (garrafa de champagne invertido) 
 
 
POLINEUROPATIAS 
 - Proximal: cintura – escapular (trapézio, deltoide, bíceps) 
 - Distal: pés, mãos 
 - Simétricas ou Assimétricas 
 
 
NEUROPATIA DIABÉTICA 
Geralmente crônica e insidiosa 
Maior causa de neuropatia periférica ( aumento da glicose) 
É axonal, pode haver arritmias (fibras autonômicas) 
(A) Bota e luva: tetraparesia em mãos e pés 
 Polineuroparia distal simétrica 
(B) Plexopatia: dor na coxa, troncopatia *lombosacro 
(C) Mononeuropatia múltipla: nervo ulnar, mediano, fibular 
(D) Desautonomica: coração, intestino 
*Dor neuropática: em queimação, formigamento 
Tratamento: controle glicêmico e sintomáticos em caso de 
dor (não fazer para dormência, parestesia, APENAS DOR) 
 
MONONEUROPATIA MÚLTIPLA 
(1) Hanseníase: acomete primeiro o nervo ulnar 
(2) Vasculites: primárias ou secundárias *biópsia: at inflamatória 
(3) Diabetes 
 
DOENÇA DE HANSEN 
É uma doença insidiosa (5 anos), não precisa ter lesões 
cutâneas 
Mycobacterium leprae, BAAR 
Axonal e desmielinizante 
O bacilo de Hansen tem tropismo por nervos, cotovelos e 
orelhas (áreas frias) 
*Pode se manifestar afetando só um nervo, por exemplo 
Diagnóstico: ENM, baciloscopia, PCR, biópsia de nervo, 
anticorpo anti – PGL1 
 
 
 
 
 
 
 
 
NERVO MEDIANO DO PUNHO 
Fibras do fascículo medial e lateral: pronador redondo faz 
pronação, flexor radial do carpo e pronador quadrado 
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO 
Compressão do nervo mediano 
Parestesia, dor, hiperestesia, diminuição da força na abdução 
do polegar, fasciculações 
Dedos I, II, III e metade lateral do IV 
Diagnóstico: sinal de Phalen, ENM (espessamento do nervo > 
9mm) , USG 
Tratamento: conservador (órteses) e cirúrgico 
(descompressão) 
 
PARALISIA FACIAL PERIFÉFICA 
Periférica: uma hemiface inteira e olho aberto 
Central: consegue franzir a testa, piscar, tem desvio de rima 
e talvez hemiparesia ipsilateral do corpo 
Dor atrás do ouvido precedendo fraqueza muscular, 
lacrimejamento., hiperacusia, disgeusia 
Instalação aguda progredindo em 48h (até 5 dias) 
Diagnóstico: clínico 
Tratamento: Prednisona 1mg/kg/dia por 7 dias ou 15 dias com 
desmame 
*Não fazer o uso de aciclovir 
Encaminhar para fisioterapia 
Não é o remédio que cura, apenas acelera a recuperação

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