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Os sinais vitais (SSVV) são indicadores do estado de saúde e da garantia das funções circulatórias, respiratória, neural e endócrina do corpo. AFERIÇÃO DE SINAIS VITAIS: UM INDICADOR DO CUIDADO SEGURO EM IDOSOS Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2015 Out-Dez; 24(4): 1071-8. Teixeira CC, Boaventura RP, Souza ACS, Paranaguá TTB, Bezerra ALQ, BachionMM, et al Sinais vitais -reflexões •Sinais, com origem etimológica no vocábulosignum, é aquilo que, seja por convenção ou por natureza, consegue substituir outro objeto ou representá-lo. •Os sinais também são sinais ou indícios de algo. •Vital, por sua vez, é um adjetivo proveniente devitālise que se refere àquilo que está relacionado com a vida, àquilo que transcende aquilo que tem muita energia. •Por sinais vitais entende-se o conjunto de variáveis fisiológicas que os médicos analisam para a valorização das funções orgânicas elementares. •Uma pessoa que careça de sinais vitais, por conseguinte, está morta: por outras palavras, a ausência de sinais vitais permite a um profissional da medicina confirmar o falecimento de um indivíduo. •Os sinais vitais que costumam ser considerados são a frequência cardíaca, a frequência respiratória, a tensão arterial e a temperatura do corpo. •Para estudar estes sinais, é analisado o ritmo da inalação e exalação na respiração, tira- se a pulsação (considerado a partir do inchaço das artérias quando passa o sangue) e usam-se termómetros e tensímetros para obter informação sobre a temperatura e a tensão. •Os valores normais dos sinais vitais dependem de diversas questões, como a idade do paciente. A frequência cardíaca de uma criança de 10 anos não é igual à frequência de um homem de 50 anos, por exemplo. •Se um médico destaca-se com um indivíduo a quem não se apanha pulso, o seu coração não bombeia sangue e não respira, pode indicar que o sujeito não mostra sinais vitais. Sinais vitais •Principais –Pulso (P) –Frequência respiratória (FR) –Pressão arterial (PA) –Temperatura (T) •Outros –Coloração das mucosas –Icterícia –Perfusão periférica –Hidratação –Oximetria de pulso –PSAP –ETC BEG CHAAAE PULSAÇÃO PERIFÉRICA Expressão do choque ondulatório visível muitas vezes e sempre palpável, na periferia, e que corresponde à pressão da ejeção sistólica ventricular esquerdatransmitida à parede elástica das artérias aorta e pulmonar. É a onda de expansão e contração das artérias, resultante dos batimentos cardíacos. Pulsação / Pulso arterial Semiologia Palpação •Topografia As artérias mais comumente utilizadas para verificar o pulso: radial, carótida, temporal, femoral, poplítea, pediosa (POTTER,1998). Pulsos Centrais Artérias do sistema circulatório central •Aorta •Carotídeo •Subclávio •Axilar •Femoral Periféricos Artérias do sistema circulatório periférico •Radial •Pedioso •Poplíteo •Tibial posterior •Temporal Sistema circulatório central •Inclui os seguintes vasos: –tronco braquiocefálico, artérias pulmonares, aorta ascendente, –veias cardíacas, veias pulmonares, veia cava superior e veia cava inferior –artérias coronárias, –artéria carótida primitiva, artéria carótida interna, artéria carótida externa, artérias cerebrais. Tipos de pulsos •PULSO NORMAL: Facilmente palpável por pressão digital. •PULSO FORTE/ CHEIO: Quando se exerce uma pressão moderada sobre a artéria e há certa dificuldade de obliterar a artéria, o pulso é denominado de cheio. •PULSO FRACO/FINO/ FILIFORME OU DÉBIL: Difícil de sentir por pressão digital. Indicam redução da força ou volume do pulso. O volume é pequeno e a artéria fácil de ser obliterada, o pulso é denominado fraco, fino, filiforme ou débil. •PULSO IRREGULAR/ARRÍTMICOS: Os intervalos entre os batimentos são desiguais. •PULSO DICRÓTICO: Dão a impressão de dois batimentos. •PULSO AUSENTE: Não palpável, medido como 0. •PULSO PARADOXAL: Redução na amplitude do pulso arterial durante a inspiração. Valores normais da frequência de pulso •BEBÊ -120-160 bpm •CRIANÇA COMEÇANDO A ANDAR -90-140 bpm •PRÉ-ESCOLAR -80-110 bpm •CRIANÇA EM IDADE ESCOLAR -75-100 bpm •ADOLESCENTE -60-90 bpm •ADULTO -60-100 bpm Causas de alteração da frequência de pulso Bradicardia •BAV •Atletas •Febre tifoide •HIC Taquicardia •Febre •Hipertireoidismo •ICC •Hipovolemia PULSO Descrição do exame normal: pulsos palpáveis, simétricos e sem anormalidades. FP = ... ppm(pulsações por minuto). -Acima de 100 ppm= taquisfigmia-Abaixo de 60 ppm= bradisfigmia Frequência respiratória •Semiotécnica –Distração do paciente: •Ex: “Tomar” o pulso –Inspeçãoe ausculta –Mensura o número de incursões respiratórias por •15 sege multiplica por 4 •30 sege multiplica por 2 •1 minuto •Valores normais –Adulto: 15 a 21 irpm/min •Alterações –Taquipneiaou polipneia(rápida e superficial) •Hiperpneia(rápida e com grande amplitude) –Bradipneia •Notação –FR: ______ ipm/min ou irpm Pressão arterial sistêmica Fisiologia •Cálculo: –PA = DC x RVS = VS x FC x RVS •0,070 L/batx 70 bpmx 18 wood= 88 mmHg •Fatores –Elasticidade –Volemia –Viscosidade –Resistência vascular •Controle –SRAA –Barorreceptores Seleção do manguito •40% do comprimento do braço •2/3 do comprimento do braço Comprimento •80-100% da circunferência do braço (CMB) Pressão arterial –Semiotécnica Preparo do paciente 1. Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso de 3 a 5 minutos em ambiente calmo. •Deve ser instruído a não conversar durante a medição. •Possíveis dúvidas devem ser esclarecidas antes ou depois do procedimento. •2. Certificar-se de que o paciente NÃO: •-Está com a bexiga cheia; •-Praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos; •-Ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos; •-Fumou nos 30 minutos anteriores. •3. Posicionamento: –O paciente deve estar sentado, com pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado; –O braço deve estar na altura do coração, apoiado, com a palma da mão voltada para cima e as roupas não devem garrotear o membro. •4. Medir a PA na posição de pé, após 3 minutos, nos diabéticos, idosos e em outras situações em que a hipotensão ortostática possa ser frequente ou Suspeitada. Hiato auscutatorio: desaparecimento do som durante a deflaglação do manguito Aferindo 1. Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre acrômio e olécrano; 2. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço (ver Quadro 3); 3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital; 4. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial; 5. Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial*; 6. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem compressão excessiva*; 7. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS obtido pela palpação*; 8. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo)*; 9. Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff) e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação*; 10. Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff)*; 11. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa*; 12. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a PAD no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da PAS/PAD/zero*; 13. Realizar pelo menos duas medições, com intervalo em torno de um minuto. Medições adicionais deverão ser realizadas se as duas primeiras forem muitodiferentes. Caso julgue adequado, considere a média das medidas; 14. Medir a pressão em ambos os braços na primeira consulta e usar o valor do braço onde foi obtida a maior pressão como referência; 15. Informar o valor de PA obtido para o paciente; 16. Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o braço em que a PA foi medida. * Itens realizados exclusivamente na técnica auscultatória. Reforça-se a necessidade do uso de equipamento validado e periodicamente calibrado. TEMPERATURA LOCAIS: INGUINAL, AXILAR, ORAL, RETAL CTI ( NASAL, ESOFAGIANA, CATETER CENTRAL) A hipertermia, que é a elevação da temperatura do corpo, ocorre quando o organismo produz ou absorve mais calor do que consegue dissipar. Constitui uma emergência médica que requer tratamento imediato para evitar complicações, inclusive a morte. A hipertermia difere da febre no fato de que nela o mecanismo de ajuste da temperatura do corpo permanece inalterado, ao contrário do que ocorre na febre. A temperatura humana normal, medida nas axilas, é de 36,5°C. Temperaturas corporais mais altas, mas inferiores a 40 °C em geral não representam risco de morte. Em casos em que a temperatura corporal eleva-se a patamares superiores a 40 °C, podem-se detectar convulsões e, se a temperatura exceder 43 °C, o quadro pode levar à morte. A hipertermia pode ser também usada como forma de tratamento médico de algumas doenças, através de sua indução por meio de medicamentos ou dispositivos médicos. Em contraste com a febre, a hipertermia ocorre sem nenhuma mudança nos centros nervosos de controle térmico
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