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Exame Parasitológico de Fezes

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1 Gabrielle Nunes |P2|2020.1 
[Habilidades.laboratoriais] 
PARASITOLÓGICO DE FEZES 
O exame parasitológico de fezes (EPF), também conhecido 
como protoparasitológico, é usado para identificar 
alterações gastrointestinais, auxiliando no diagnóstico de 
parasitoses intestinais por meio das fezes. 
 Para que serve? Identificar ovos e lavas de 
helmintos, cistos, trofozoítos ou oocistos de 
protozoários. 
 É um exame de baixo custo, não invasivo e de fácil 
execução, que pode evitar a realização de exames mais 
complexos, como a endoscopia ou outros exames de 
imagem. 
O médico poderá solicitar a coleta de três amostras em dias 
alternados, e para isso, o laboratório fornecerá um frasco 
contendo o conservante para a preservação das fezes. 
COLETA E ARMAZENAMENTO 
Condições do paciente: 
1. O paciente não deve utilizar medicamentos ou 
produtos químicos por um período de 7 a 10 dias antes 
da colheita das fezes. 
2. O paciente não deve estar em uso de laxantes ou ter 
sido submetido a contrastes radiológicos nos 3 dias 
anteriores à coleta. 
3. Evitar e informar o uso de antiparasitários e antibióticos 
nas últimas 3 semanas. 
4. Evitar e informar o uso de antidiarreicos e anti-
inflamatórios nas últimas 72 horas 
Coleta: 
 Fezes colhidas em recipiente limpo e seco (deve ser de 
plástico e tampa de rosca) 
 20 a 30g de fezes são suficientes. 
 As fezes não devem ser congeladas 
OBS: Lembrar da identificar a amostra, com horário e dia 
de coleta. 
Conservação: 
Se a coleta for sem conservantes (formalina ou acetato de 
sódio-ácido acético-formaldeído), a amostra deve ser 
enviada imediatamente ao laboratório; se isso não puder 
ser feito, deve-se manter em baixas temperaturas (5 a 10°C) 
até que seja realizado o exame. Já na coleta com 
conservantes, o laboratório fornece o frasco adequado e, 
por isso, a amostra não precisa ser enviada imediatamente. 
ANÁLISE 
O EPF se divide na análise macroscópica e na microscópica. 
Macroscópica: observa-se os aspectos notáveis sem uso do 
microscópio, como a consistência e odor das fezes; 
elementos como muco, restos de alimentos ou sangue; e se 
há vermes adultos ou parte deles. 
 A consistência das fezes está diretamente ligada à 
quantidade de água que contém, e são classificadas 
em: fezes formadas, semiformadas, pastosas, diarreicas 
ou líquidas. 
Microscópico: permite identificar ovos e larvas de helmintos, 
trofozoítos, oocistos e cistos de protozoários, podendo ser 
classificado em quantitativo ou qualitativo. 
HELMINTOS PROTOZOÁRIO 
Ascaris lumbricoides 
(Ascaridíase, lombriga) 
Entamoeba histolytica 
(Ameba) 
Ancylostoma duodenale 
Necator americanos 
(Ancilostomíase) 
Giardia lamblia 
(Giardíase) 
Enterobius vermiculares 
(Oxiuríase) 
Isospora belli 
(Diarreia crônica em 
pacientes imunossupressos) 
Strongyloides stercolaris 
(Estrongiloidíase) 
Cryptosporidium parvum 
Trichuris trichiura Cyclospora cayetanensis 
Schistosoma mansoni 
(Esquitossomose) 
Entamoeba coli 
Taenia sp. 
(Teníase) 
Endolimax nana 
 
MÉTODOS 
Os métodos quantitativos são os menos utilizados e esses 
permitem avaliar a intensidade do parasitismo, sendo 
quantificado os ovos nas fezes. Os mais conhecidos são os 
métodos de Stoll-Hausheer e o de Kato-Katz. 
Os qualitativos, por sua vez, são mais usados, identificando 
a forma parasitária presente, sem evidenciar sua carga. 
QUANTITATIVO 
MÉTODO DE KATO-KATZ 
Método importante para dimensionar a gravidade do 
processo parasitológico e p/ acompanhamento de 
tratamentos. 
As fezes são comprimidas em uma malha para concentrar 
a amostra e separar os detritos. Em seguida as amostras são 
transferidas para uma lâmina através de uma placa 
perfurada que define uma quantidade uniforme de fezes. 
Só então a placa perfurada é removida e a amostra 
coberta por um por um papel celofane umedecido em 
glicerina ou verde malaquita, aplicando-se uma pressão 
sobre a lâmina. 
Após 30 minutos de repouso, o material pode ser analisado 
no microscópio. 
 
2 Gabrielle Nunes |P2|2020.1 
 É indicado para pesquisa de ovos de S. mansoni, A. 
lumbricoides, T. trichiura e Ancilostomídeos. 
 Cistos de protozoários não são visualizados nessa 
preparação. 
 Não é possível a execução deste método em fezes 
diarreicas. 
QUALITATIVOS 
EXAME DIRETO 
Dissolução das fezes em solução fisiológica 9% e posterior 
análise na lâmina. Identificação de trofozoíto > Protozoário 
 Morfologia e movimentação dos protozoários através 
da lâmina. 
MÉTODO DE WILLIS/FAUST 
Método de centrífugo-flutuação utilizado para a pesquisa 
de cistos de protozoários e ovos de helmintos. 
As fezes são diluídas e homogeneizadas, filtradas em gaze e 
depositadas em um tubo cônico com uma solução 
saturada de sulfato de zinco. Após a centrifugação, retira-
se a película superficial com uma lamínula e esta é 
depositada em uma lâmina para observar no microscópio. 
 É capaz de identificar lavar, ovos leves e alguns oocistos. 
É utilizado para a pesquisa de ovos de helmintos, excluindo-
se os chamados ovos pesados, estando indicado para 
pesquisa de ovos com densidade especifica baixa como os 
de ancilostomídeos. Além dos ovos leves, cistos de Giardia 
lamblia e cistos de Entamoeba histolytica. 
MÉTODO DE LUTZ/HOFFMAN 
É o método de sedimentação espontânea para a análise de 
ovos mais pesados- capazes de sedimentar, como os ovos 
de lombriga e do Schistosoma mansoni. 
Diluição de amostras fecais em água e filtração, através de 
uma tira de gaze, e deposição em vidro de sedimento. 
Ovos e cistos tendem a sedimentar na água, que auxilia na 
diminuição de contaminação bacteriana, muco e gordura. 
É utilizado para detectar a presença de ovos, larvas de 
helmintos e cistos de protozoários, não serve para trofozoítos. 
MÉTODO DE RUGAI > BAERMANN-MORAES 
Utiliza a propriedade de hidrotermotropismo das larvas. 
Serve apenas para Helminto. Permite a detecção de larvas 
vivas, estimuladas pelo calor brando. 
Recipiente permeável, com as fezes sobre água com 40ºC 
durante 1 hora > Como as larvas tendem a se mover para 
áreas de temperaturas mais altas movem-se para a água > 
Análise da água. 
 Este procedimento é simples e eficiente para pesquisa 
de larvas de Strongyloides stercoralis nas fezes e 
também de Ancilostomídeos. 
 Para a execução desse método, o ideal é que as fezes 
sejam colhidas no dia do exame, pois a refrigeração diminui 
a viabilidade das larvas. Fezes diarréicas ou coletadas em 
conservador não se são adequadas para esse método. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 Gabrielle Nunes |P2|2020.1 
ACHADOS NAS LÂMINAS 
 
Giardia lamblia. A infecção é por fezes 
e água, através da boca. Os sintomas 
mais comuns são diarreia, dor 
abdominal, perda de peso. Muito 
comum é crianças e pacientes com 
imunidade baixa. 
 
 
 
 
Entamoeba histolytica – Amebiase: A 
infecção é por água e alimento 
contaminados com fezes. Os sintomas 
mais comuns são diarreia leve disenteria 
e abscesso amebiano. Pode ser 
assintomática em indivíduos ou 
populações. 
 
Cisto multinucleado. 
 
Ascaris lumbricoides – Ascaridiase 
(lombriga): A infecção é por 
contaminações fecais do solo (ovos) e 
vegetais contaminados. Os sintomas 
mais comuns são cólicas abdominais. Os 
vermes podem bloquear o intestino e 
ductos biliares e pancreáticos. 
 
 
Strongyloides stercoralis – 
Estrongiloidíase: A infecção é por 
contaminação fecal do solo (larvas), 
entrando pela pele geralmente pela 
pele, geralmente dos pés (larvas). 
Causa dor irradiada do estômago, 
diarréia, urticária linear. Os vermes 
podem bloquear o intestino e ductos 
biliares e pancreáticos. 
 
 
 
 
 
 
Trichuris trichiura: A infecção é por 
contaminação fecal do solo (ovos), 
entrando pela pele geralmente pela 
boca. Sintomas são diarreia, dor 
abdominal, anemia e perda depeso. 
Pode produzir disenteria, apendicite 
aguda ou prolapso retal em crianças. 
 
Enterobius vermicularis (Oxiúros): A 
infecção é através de ovos em fômites 
contaminados (ânus-dedo-boca), 
entrando pela boca. Os sintomas são 
pruridos perianais (coceira muito forte 
no anûs e proximidades). Quando a 
infestação é alta, podem-se observar a 
olho nú, os vermes na entrada do ânus. 
 
 
 
 
 
 
 
4 Gabrielle Nunes |P2|2020.1 
 
 
Hymenolepis nana: A infecção é por 
ovos contaminando o meio ambiente, 
entrando pela boca. Causa diarréia, 
desconforto abdominal em infestações 
massivas em crianças. Pode ser 
assintomático. 
 
 
 
 
 
 
 
Taenia saginata e Taenia solium 
(solitaria) – Teniase: A infecção é através 
de carne de gado (saginata) e porco 
(solium) crua ou inadequadamente 
cozida. Causa desconforto abdominal, 
apendicite aguda. Partes do verme 
(proglotes) podem ser expelidas nas 
fezes. 
 
Schistosoma mansoni – 
Esquistossomose: A infecção é através 
de água contaminada contendo larvas 
de hospedeiros caramujos. Causa 
disenteria, fibrose das paredes intestinal 
ou da bexiga, fibrose hepática, 
hematúria.

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