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Liana Ribeiro Afecções da glândula mamária 1. Hematomas: traumatismo auto-induzido, esforços para subir ou deitar e trauma externo causado por coices; ● Região caudal: trombose e/ou ruptura da veia perineal; Sinais clínicos: ● Aumento de volume nos tecidos moles cranial ao úbere; ● Região ventral à vulva: comum em vacas secas; ● Características: flutuante, macio ou firme, dependendo da quantidade de sangue que causa a distensão; geralmente é indolor; ● Anemia: palidez das membranas mucosas e tetos, ritmo cardíaco e respiratório elevado e fraqueza; Diagnóstico: ● Anamnese, sinais clínicos; ● Aumento de volume flutuante progressivo adjacente ao úbere associado à anemia progressiva e ausência de febre; ● Exames complementares: ○ Ultrassom: massa cheia de líquido; ○ Abcesso*; Tratamento: ● Repouso e monitoramento; ● AINES; ● Drenagem natural; 2. Abcessos: qualquer parte do tecido mamário ou adjacentes glandulares; ● Punção cutânea; ● Secundários à mastite - arcanobacterium pyogenes; Sinais clínicos: ● Aumento de volume firme e quente; ● Dor à palpação; ● Leite do quarto afetado geralmente é normal e os abscessos tendem a ser bem encapsulados; Diagnóstico: ● Anamnese, sinais clínicos; ● Exames complementares: ultrassonografia ou aspiração; Tratamento: ● Abordagem conservadora; ● Drenagem guiada por ultrassom; ● Lavagem diária: solução anti-séptica; 3. Edema de úbere: ● Fisiológico ou patológico; ● Fisiológico: começa várias semanas antes do parto e é mais proeminente em novilhas; ● Patológico: condições cardíacas, trombose da veia caudal, trombose das veias mamárias e hipoproteinemia resultante de várias doenças; ● Excesso de potássio e sódio na dieta total rebanho; Sinais clínicos: ● Fisiológico aumenta até o parto e começa a desaparecer gradualmente ao longo de 2 a 4 semanas; ● Patológico persiste por mais tempo: meses após o parto ou durante toda a lactação; ● Edema abdominal ventral; Liana Ribeiro ● Edema grave: impede saída completa do leite dor; mastite; ● Alteração na estrutura de suporte; Diagnóstico: ● Anamnese + sc; ● Inspeção e palpação (godet); ● Avaliação das secreções de leite para descartar mastite; ● Diferencial: abscesso do úbere ou hematoma; Tratamento: ● Vacas pré-parto: edema grave + vazamento de leite; ● Diuréticos: furosemida - 0,5 a 1,0 mg / kg; SID ou BID; 2 a 4 dias; ● Ordenha; ● Colostro; ● Hipocalcemia; Tratamento: ● Vacas pós-parto: furosemida e/ou dexametasona; ● Enfermagem: massagem no úbere, ordenha mais frequente e exercícios leves; ● Edema do úbere endêmico: consultas nutricionais; 4. Mastite: inflamação e infecção da glândula mamária; ● Disseminação: máquinas de ordenhar e patógenos ambientais; Fatores de risco: ● Idade, estágio da lactação; ● Holandês; ● Morfologia do úbere e tetos, higiene, estado nutricional; Mastite clínica: mudanças físicas na aparência do leite e úbere; Subclínica: não são observadas mudanças na aparência do leite, testes adicionais são necessários; Aguda ou crônica; A - Bactérias, toxinas e leucócitos em tecido lesado impedem a funcionalidade das células; B - Alvéolos: reduzem de tamanho e não há produção de leite; C - Debris de tecidos lesados, leucócitos e bactérias obstruem os ductos que drenam o tec. glandular; D - Grumos permanecem, o leite acumula-se nos alvéolos produzindo edema e aumentando a pressão nas células sadias; E - Bactérias e toxinas ao permanecerem em contato com os alvéolos destroem as células mioepiteliais e há substituição por tecido fibroso /cicatricial; Liana Ribeiro Organismos contagiosos: colonizam a glândula mamária; ● Stafilococcus, Streptococus, Micoplasmas; Organismos ambientais; ● Presentes no ambiente: E.coli, Pseudomonas; Sinais clínicos: SUBCLÍNICA: ● Redução permanente da produção; ● Elevações na CCS; ● Raramente apresentam sinais sistêmicos; CLÍNICA: ● Dor; ● Aumento de temperatura; ● Enrijecimento; ● Febre; ● Depressão; ● Anorexia; ● Grumos de leite ou sangue; Diagnóstico: ● Anamnese, sinais clínicos; ● Exames complementares: ○ Califórnia Mastite Teste; ○ Caneca de fundo escuro; ○ Contagem de células somáticas; Liana Ribeiro Liana Ribeiro Tratamento: ● ATB intramamário ou sistêmico; ● AINES; ● Correção de desequilíbrios hidroeletrolíticos; ● Ocitocina/ordenha manual; ● Enfermagem; Controle e prevenção: ● MANEJO; ● Pré e pós dipping; ● Alimentação após ordenha; ● Manutenção dos equipamentos; ● Higiene ambiental; ● Cuidados do operador; ● Ordenar ordenha; ● Sanidade do rebanho; 5. Lesões de teto: extremidades são mais afetadas; ● Locais: músculos do esfíncter, canal do teto ou ambos; ● Traumas pelo próprio dígito; ● Pisadura; ● úberes pendentes; ● Pressão excessiva de vácuo; Liana Ribeiro Sinais clínicos: ● Aumento de volume; ● Dor; ● Pele hiperêmica ou com lesões; ● Ausência de leite; - Relutância na ordenha; ● Lesões agudas: inflamação, hemorragia e edema; ● Lesões crônicas: fibrose, tecido de granulação; Tratamento: ● Ordenha completa - manual; ● Higienização do teto; ● Cânulas de plástico: facilita saída de leite e previne a fibrose; ● Antibióticos intramamários; ● Anti-inflamatórios; ● Evitar novos traumas: separação do rebanho, cama adequada; ● Obstrução: tratamento cirúrgico;
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