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Anatomia e Fisiologia Respiratória Aula1 Prof.ª Dr.ª Talita Leite Ladeira Disciplina Fisioterapia Respiratória 1 ► VAs superiores: nariz faringe e laringe. ► VAs inferiores (condução e respiração): • Traqueia • Brônquios (principais, lobares e segmentares) • Bronquíolos (terminais e respiratórios) • Ductos alveolares • Sacos alveolares • Alvéolos (unidade funcional da respiração) 2 Aspectos morfofuncionais do Sistema Respiratório Condicionamento do ar: aquece, filtra e umidifica 3 ► Pulmões • Alvéolos: surfactante (lipoproteína) – evita o colabamento alveolar 4 ► Pleuras • Parietal→ recobre a parede do tórax • Visceral→ recobre a parede do pulmão • Cavidade pleural (impede o colapso): líquido pleural ( ↓ atrito) • Pressão negativa. 5 ► Caixa torácica • 12 vértebras torácicas • 12 costelas • Esterno Expande para permitir a entrada de ar e não permite o colabamento da CT (estabilidade) 6 ►Músculos respiratórios • Fibras tipo I: contração rítmica, intermitente e durante toda a vida. • Em repouso: esforço mínimo. • Se a demanda for muito aumentada: fadiga. 7 • Deslocam ritmicamente a parede do tórax para a ventilação. Músculos inspiratórios ►Diafragma: • Principal músculo inspiratório. • Forma de cúpula (zona de aposição – vantagem biomecânica). • Separa a cavidade abdominal da cavidade torácica. • Aumento do diâmetro vertical do tórax. 8 Músculos inspiratórios ► Intercostais externos: • Tracionam costelas para cima e para a frente. • Localizados entre as costelas. 9 ►Músculos acessórios: esforço. • Peitorais maior e menor: elevam as costelas. • Escalenos: elevam as 2 primeiras costelas. • ECOM: elevação da 1ª costela e esterno. • Trapézio, serrátil anterior, rombóides: estabilização da caixa torácica e escápulas. Músculos expiratórios • Em repouso a expiração passiva. ►Abdominais: expiração forçada e na tosse. • Contração: parede abdominal para dentro e costelas tracionadas para baixo: 10 ► Intercostais internos: tracionam costelas e esterno para baixo e para dentro. 11 Mecânica da ventilação pulmonar (1) Movimento de subida e descida: aumenta ou diminui a cavidade torácica; (2) Elevação e depressão das costelas: aumenta ou diminui o diâmetro anteroposterior da cavidade torácica. (1) Braço de Bomba (2) Alça de balde 12 13 14 Entendendo melhor por experimento .... Funções pulmonares • Principal função: troca gasosa (O2 e CO2) → oxigenação dos tecidos e remoção de dióxido de carbono. • Equilíbrio térmico e hídrico ( ventilação → perda de calor e água). • Equilíbrio ácido-básico: qto > gás carbônico > acidez • Reservatório de sangue. • Fonação. • Defesa contra agentes agressores: células ciliadas e macrófagos. 15 Funções pulmonares • Metaboliza substâncias vasoativas: surfactante e enzima conversora de angiotensina ECA (vasoconstrictor – regulador da PA) 16 Controle Neural da Ventilação • Controla: frequência, profundidade e padrão da respiração; contração coordenada do diafragma, da caixa torácica e do componente abdominal. • Se ↑ concentração de gás carbônico (CO2) : ↑ FR. • Se ↓ concentração de gás carbônico (CO2) : ↓ FR. • Regulação do centro respiratório: • SNC: ponte e bulbo • Receptores quimiossenssíveis: respondem a alterações na composição química do sangue (pCO2, pO2, pH) • Receptores pulmonares • Mecanorreceptores musculares e da parede torácica. 17 Função Respiratória 18 • Ventilação: o ar da atmosfera chega aos alvéolos; • Perfusão: o sangue venoso procedente do coração chega aos capilares dos alvéolos; • Difusão: O2 alvéolos → sangue CO2 sangue → alvéolos. • Sistema Respiratório: troca de gases (O2 e CO2) • Sistema Cardiovascular: nutrientes e metabólitos • Manutenção das atividades celulares (tecidos, órgãos e sistemas) Função Respiratória 19 20 Lei de Fick (difusão) •A velocidade de troca de gazes depende da diferença de concentração entre os lados. •É proporcional ao tamanho de sua área. • É inversamente proporcional a sua espessura. Ventilação pulmonar • Pressões durante o ciclo respiratório: • Ppleural • Palveolar 21 Ventilação pulmonar Pressões durante o ciclo respiratório: 22 Volumes e capacidades pulmonares • Relacionados com a constituição física do indivíduo. • Volume corrente (VC) = volume de ar inspirado e expirado a cada respiração (500 ml) • Volume de reserva inspiratório (VRI) = volume máximo inspirado além do normal – suspiro (3000 ml) • Volume de reserva expiratório (VRE) = vol. máximo de ar que pode ser expirado além da expiração normal, pela expiração forçada (1.100 mL) • Volume residual (VR) = volume de ar que não pode ser expelido dos pulmões (1200ml). Importante: mantém ar dentro dos alvéolos = aeração do sangue nos intervalos das respirações. 23 Volumes e capacidades pulmonares 24 Volumes e capacidades pulmonares • Capacidade inspiratória (CI) = VC + VRI (3.500 mL) • Capacidade residual funcional (CRF) = VRE + VR = quantidade de ar que fica nos pulmões após a expiração normal (2.300 mL) • Capacidade vital (CV) = CI + VRE = volume de ar que se pode expelir dos pulmões, após inspiração máxima, seguida de expiração máxima (homem 4.500 mL e mulher 3.200mL) • Capacidade pulmonar total (CPT) = CV + VR (5.800 mL) Os volumes e as capacidades pulmonares são cerca de 20 a 25% menores no sexo feminino e são maiores nos indivíduos de maior porte físico e nos atletas. 25 Volumes e capacidades pulmonares 26 Volumes e capacidades pulmonares • Ventilação alveolar: é a velocidade com que o ar alveolar é renovado a cada minuto pelo ar atmosférico, na área de trocas gasosas dos pulmões. • Volume minuto = VC (500 mL) X FR (12irpm) = 6 L/min 27 • V/Q → razão entre ventilação e sangue que chega aos pulmões (perfusão) • Mede a funcionalidade do sistema respiratório. • Troca gasosa ideal → volume ar alveolar (V) próximo ao volume de sangue que passa no pulmão (Q) • Desequilíbrios V/Q→ trocas gasosas defeituosas Relação V/Q 28 Espaço morto • Espaço onde não há trocas gasosas por redução da perfusão. • Espaço morto anatômico: volume de ar fresco que preenche as VAs de condução • Espaço morto alveolar: porção da ventilação alveolar que não faz troca gasosa porque não esta sendo perfundida. • EM fisiológico = EM anatômico + EM alveolar • Ex: embolia pulmonar. 29 Shunt pulmonar • Obstrução da ventilação com a perfusão mantida. O sangue venoso não é oxigenado. • PO2 arterial < PO2 alveolar • Causas: • Extra-pulmonar: malformações cardíacas congênitas (CIA, CIV) • Pulmonar: áreas pulmonares sem nenhuma ventilação (atelectasias, líquido ou secreção no pulmão) 30 Relação V/Q Aumentando V/QDiminuindo V/Q Normal 31 ↓ V/Q (perfusão melhor que ventilação) Relação V/Q • Normal: áreas com diferentes V/Q ↑ V/Q (ventilação melhor que perfusão) 32 Complacência • Capacidade de distensibilidade do pulmão. • É a mudança de volume por unidade de variação de pressão. • Pulmão menos complacente: • ↑ tecido fibroso • ↓ ventilação ↓ volume (atelectasia) • Fibrose pulmonar • Alterações produzidas por cirurgia torácica • Pulmão mais complacente: • Idade (mais velhos) • Enfisema pulmonar 33 Tensão superficial • Líquido que reveste os alvéolos • Força de atração entre as moléculas do líquido → tendência superfície interna→ gera pressão: • Pressão = 4 x tensão superficial/raio 34 Tensão superficial • Surfactante pulmonar: • Produzido por pneumócitos tipo 2 • tensão superficial do líquido que reveste os alvéolos • complacência • trabalho respiratório • Promove estabilidade dos alvéolos • Mantém os alvéolos secos • Síndrome de angústia respiratória do recém-nato ou membrana hialina 35 Com surfactante Sem surfactante Circulação Pulmonar Átrio e Ventrículo Direito Átrio e Ventrículo Esquerdo Artéria Pulmonar Veia Pulmonar Sangue rico em CO2 Sangue rico em O2 Veia Cava Artéria Aorta 36 Interface sangue-gás• Troca gasosa pulmonar: • Movimento de O2 do alvéolo para o sangue capilar • Movimento de CO2 do sangue capilar para o alvéolo Membrana alvéolo-capilar Membrana Respiratória 37 Transporte de O2 • O2: pouco solúvel no sangue (dissolvido no sangue) • O2 se liga rápida e reversivelmente à Hb - oxihemoglobina (eritrócitos) 38 Transporte de O2 • Dependendo da PaO2 teremos determinada SaO2 • PaO2 = 80 a 100 mmHg ou 100 – (0,32 x idade) • SaO2 > 90% 39 Transporte de CO2 • O CO2 é transportado por três caminhos: • Dissolvido no plasma; • Ligado com hemoglobina, como carboxihemoglobina (HbCO2); • Proteínas plasmáticas convertido em íons bicarbonato. 40 Referências Bibliográficas • WEST , J.B. Fisiologia Respiratória: princípios básicos. 9 ed., Porto Alegre: Editora Artmed. 2013. • GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 6ª edição, Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan. 1988. • CAVALHEIRO, L.V. & GOBBI, F.C.M. Fisioterapia Hospitalar. Série Manuais de Especialização do Einstein. 1ª edição, São Paulo: Editora Manole. 2012. 41
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