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ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Material desenvolvido por Alberto Ponzo Neto albertoponzo@physiocursossp.com.br Coordenador e docente da empresa Physio Cursos SP Docente do Curso de Especialização em Fisioterapia Intensiva - FABIC Especialista em Fisioterapia Cardiorrespiratória - InCor HCFMUSP Atuou como Fisioterapeuta dos Hospitais Samaritano, Beneficência Portuguesa de São Paulo e Hospital Evaldo Foz TÓRAX FUNÇÕES Ø Troca gasosa Ø Metabolizar compostos Ø Reservatório sanguíneo Ø Equilíbrio térmico Ø Manutenção do pH plasmático Ø Defesa Ø Fonação Ø Formado pela caixa torácica, vértebras torácicas e esterno Ø Contêm a traquéia, o esôfago, coração, pulmão e os grandes vasos TÓRAX COMPARTIMENTOS Ø MEDIASTINO – traquéia, esôfago, coração e grandes vasos Ø CAVIDADE PLEURAL DIREITA Ø CAVIDADE PLEURAL ESQUERDA FUNÇÃO DA CAIXA TORÁCICA Ø Protegem os órgãos vitais no seu interior Ø Ossos torácicos e músculos – INTERAÇÃO – aumenta e diminui o volume torácico TÓRAX MEDIASTINO Ø Divide o tórax verticalmente separando as cavidades pleurais LIMITES Ø Lateral - pleura parietal Ø Inferior – diafragma Ø Superior – entrada torácica Ø Anterior – esterno Ø Posterior – vértebras torácicas TÓRAX MEDIASTINO TÓRAX PULMÕES Ø Órgãos em forma de cone localizados na cavidade pleural e separados pelo mediastino Ø Adulto médio – 800 g – 10% de tecido e 90% de gás TÓRAX VISTA POSTERIORVISTA ANTERIOR Ø Fina camada de tecido que reveste internamente a caixa torácica e os pulmões Ø Reveste as fissuras entre os lobos, o diafragma e as porções laterais do mediastino PLEURA TÓRAX OSSOS DA CAIXA TORÁCICA Ø Composto pelas vértebras torácicas, esterno, costelas e as cartilagens costais FUNÇÃO Ø Serve de suporte e proteção as vísceras torácicas e pontos de origem e inserção para os músculos respiratórios TÓRAX OSSOS DA CAIXA TORÁCICA TÓRAX ESTERNO Ø Adulto – 18 cm PORÇÕES Ø Manúbrio Ø Corpo Ø Processo xifóide FUNÇÃO Ø Fixar as cartilagens costais e vários músculos TÓRAX ÂNGULO DE LOUIS Ø Articulação entre o manúbrio e o corpo do esterno com as segundas costelas Ø Ponto de divisão da traquéia e da margem superior do coração ESTERNO TÓRAX COSTELAS Ø 7 primeiros pares – conexão direta com o esterno – cartilagens costais Ø 8 ° a 10° – conexão com as costelas acima e indiretamente com o esterno – cartilagens costais Ø 11° e 12° - flutuantes – sem conexão com o esterno TÓRAX MOVIMENTOS DAS COSTELAS TÓRAX Ø PULMÕES – inervados pelo sistema autônomo e somático Ø Autônomos – vias motoras e sensoriais aos pulmões Ø Somático – resposta motora aos músculos respiratórios INERVAÇÃO SOMÁTICA Ø Resposta motora eferente – diafragma e intercostais. Ø Diafragma – nervos frênicos – C3 a C5 ØIntercostais – nervos intercostais – T2 a T11 INERVAÇÃO PULMONAR E DOS MM. TORÁCICOS TÓRAX VIAS EFERENTES Ø Laringe – nervo vago encurva com o nervo laríngeo recorrente Ø Hilo – fibras nervosas se subdividem com as vias aéreas Ø Vias eferentes simpáticas e parasimpáticas inervam a musculatura lisa e glândulas das vias aéreas INERVAÇÃO PULMONAR E DOS MM. TORÁCICOS TÓRAX VIAS AFERENTES Ø Fibras aferentes – origem vagal Ø Receptores vagais ü Estiramento ü Irritantes ü Receptores J INERVAÇÃO PULMONAR E DOS MM. TORÁCICOS TÓRAX ØCIRCULAÇÃO PULMONAR – transporta sangue venoso misto dos tecidos através dos pulmões para restaurar o seu conteúdo de oxigênio e remover dióxido de carbono Ø CIRCULAÇÃO BRÔNQUICA – fornece sangue arterial aos pulmões para responder as necessidades metabólicas IRRIGAÇÃO VASCULAR Circulação pulmonar é um sistema de baixa pressão e resistência – sendo o fluxo dependente da gravidade CIRCULAÇÃO PULMONAR IRRIGAÇÃO VASCULAR Ø As necessidades metabólicas dos pulmões são comparativamente baixas, sendo grande parte do parênquima pulmonar oxigenado pelo contato direto com o gás inspirado Ø 1 a 2% do débito cardíaco CIRCULAÇÃO BRÔNQUICA IRRIGAÇÃO VASCULAR Ø Constituído por vasos linfáticos, linfonodos, amígdalas, timo e o baço FUNÇÃO: remover bactéria, corpos estranhos, resíduos celulares; produzir linfócitos e células plasmáticas – defesa SISTEMA LINFÁTICO SISTEMA LINFÁTICO Ø Rede superficial (pleural) – drena a superfície pulmonar e pleural Ø Rede profunda (peribroncovascular) – drena o tecido e pulmonar ANATOMIA DO TRATO RESPIRATÓRIO Material desenvolvido por Alberto Ponzo Neto albertoponzo@physiocursossp.com.br TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR Ø Composto pelas cavidades nasal e oral, faringe e laringe FUNÇÃO Ø Conduzir gases respiratórios Ø Mecanismo de defesa Ø Umidificar o ar Ø Filtrar o ar Ø Aquecer o ar NARIZ Ø Tecido altamente vascularizado Ø Tecido estratificado pavimentoso Ø Grande superfície de troca de calor e água Ø Aquece o ar – 37°C TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR CAVIDADE ORAL Ø Digestão, fala e respiração Ø Passagem respiratória acessória Ø Respiração bucal – durante a fala e exercícios vigorosos Ø PALATO – separa a cavidade oral da nasal Ø Função da mucosa da cavidade oral – umidificação e aquecimento do ar inspirado TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR FARINGE Ø Se estende das cavidades nasais e boca até as vias aéreas e o trato digestivo (separação) Ø Revestida por epitélio escamoso estratificado TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR LARINGE Ø 9 cartilagens, músculos e ligamentos FUNÇÃO Ø Produção do som Ø Protege as vias aéreas inferiores TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR LARINGE EPIGLOTE ØDeglutição – não oclui a via aérea CORDAS VOCAIS Ø Músc., ligamen. e tec. submucoso TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR Traquéia – brônquio fonte D e E – brônquios lobares – brônquios segmentares – bronquíolos – bronquíolos terminais – bronquíolos respiratórios –ductos alveolares – sacos alveolares TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR TRAQUÉIA Ø Cartilagem cricóide Ø Ângulo Louis Ø 16 a 20 anéis cartilaginosos “C” Ø Músculo liso Ø Última cartilagem – carina – brônquio fonte D e E TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR DIVISÕES DAS VIAS AÉREAS Ø Brônquio fonte D e E Ø Brônquios lobares Ø Brônquios segmentares ü 10 a D ü 8 a E TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR DIVISÕES DAS VIAS AÉREAS ØBronquíolos ØBronquíolos terminais ØBronquíolos respiratórios ØDuctos alveolares ØSacos alveolares TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR BRONQUÍOLOS Ø Musculatura lisa e fibras elásticas Ø Epitélio cilíndrico simples ciliado Ø Epitélio cúbico simples ciliado BRONQUÍOLOS TERMINAIS TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR BRONQUÍOLOS RESPIRATÓRIOS Ø Não tem cílios Ø Pneumócitos tipo I Ø Pneumócitos tipo II Ø Pneumócitos tipo III ALVÉOLOS TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR ZONAS RESPIRATÓRIAS TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR ZONA CONDUTORA Ø Traquéia – bronquíolos terminais Ø 1a a 16a geração ØNão participa das trocas gasosas FUNÇÃO Ø Condução o ar inspirado para a região das trocas gasosas Ø Bifurcação – aumento da áera de secção transversa (20 x maior) ZONAS RESPIRATÓRIAS ZONA DE TRANSIÇÃO Ø Bronquíolos respiratórios Ø 17a geração Ø Não têm cels. Ciliadas Ø Canais de Lambert (bronq – alv.) Ø Canais de Martin (bronq – bronq) FUNÇÃO Ø Conduzir o ar + realizar algumas trocas gasosas ZONAS RESPIRATÓRIAS ZONA RESPIRATÓRIA Ø Ductos alveolares (10 a 16 alv.) Ø Sacos alveolares e alvéolos Ø 20a a 23a geração ZONAS RESPIRATÓRIAS ZONA RESPIRATÓRIA FUNÇÃO Ø Realizar a troca gasosa ALVÉOLOS Ø 100 milhões de alvéolos Ø Pneumócitos tipo I e II e III Ø Poros de Kohn ZONAS RESPIRATÓRIAS Ø Surfactante Ø Epitélio alveolar Ø Membrana basal do epitélio Ø Espaço intersticial Ø Membrana basal do capilar Ø Membrana endotelial do capilar MEMBRANA ALVÉOLO-CAPILAR MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS Material desenvolvido por Alberto Ponzo Neto albertoponzo@physiocursossp.com.br FIBRAS DO TIPO I (VERMELHAS) Ø Lentamente fatigáveis (55%) Ø Fibras oxidativas, contração lenta, resistência a fadiga Ø Metabolismo predominante aeróbio Ø Alta densidade capilar Ø Número de mitocôndria elevado CARACTERÍSTICA DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS FIBRAS DO TIPO II (BRANCAS) Ø Rapidamente fatigáveis (45%) Subtipos: Ø IIa, IIb e IIc Ø Contração rápida Ø Baixa densidadecapilar Ø Poucas mitocôndrias Ø Metabolismo anaeróbio CARACTERÍSTICA DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS FORÇA X COMPRIMENTO Ø Quanto maior for o alongamento, maior será a força produzida pelo músculo CARACTERÍSTICA DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS FORÇA X VELOCIDADE Ø Quanto mais rápido um músculo contra, menor será a força gerada CARACTERÍSTICA DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS FORÇA X FREQÜÊNCIA Ø Quanto maior o número de unidades musculares ativas (recrutadas), maior será a força desenvolvida CARACTERÍSTICA DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS INSPIRATÓRIOS PRINCIPAIS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS Responsáveis pela inspiração tranqüila Ø Diafragma Ø Intercostais externos Ø Paraesternais Ø Escalenos Ø Abdutores da laringe Ø Principal músculo da inspiração Ø Separa o tórax do abdômen Ø Forma de cúpula Ø Inervação bilateral (nervos frênicos D e E) MÚSCULOS INSPIRATÓRIOS DIAFRAGMA Ø Irrigação: mamárias, intercostais, frênicas superior e inferior Ø Movimento de 1 a 1,5 cm – RESPIRAÇÃO TRANQUILA Ø Até 10 cm – DURANTE O ESFORÇO Ø Respiração tranquila – 2/3 do volume DIAFRAGMA MÚSCULOS INSPIRATÓRIOS 3 PARTES Ø Porção costal Ø Porção crural ou vertebral Ø Centro tendíneo DIAFRAGMA (DIVISÃO) MÚSCULOS INSPIRATÓRIOS PORÇÃO COSTAL Ø Origem – margem costal (anterior) Ø Inserção – centro tendíneo DIAFRAGMA (DIVISÃO) MÚSCULOS INSPIRATÓRIOS Zona de aposição – fibras orientadas axialmente e diretamente à superfície interna da caixa torácica DIAFRAGMA (DIVISÃO) MÚSCULOS INSPIRATÓRIOS CENTRO TENDÍNEO Ø É deslocado caudalmente, aumentando a pressão abdominal, transferindo para a área de aposição, abrindo as costelas inferiores DIAFRAGMA (DIVISÃO) MÚSCULOS INSPIRATÓRIOS DIAFRAGMA (DIVISÃO) PORÇÃO CRURAL Ø Origem – vértebras Ø Inserção – centro tendíneo Ø Exerce força para baixo sobre o centro tendíneo Ø Não tem ação direta sobre a caixa torácica MÚSCULOS INSPIRATÓRIOS DIAFRAGMA INERVAÇÃO FUNCÃO MÚSCULOS INSPIRATÓRIOS DIAFRAGMA Envelhecimento Ø Redução 25% da força Ø Ausência de atrofia Ø Ausência de alterações nas fibras musculares MÚSCULOS INSPIRATÓRIOS INSPIRATÓRIOS ACESSÓRIOS Responsáveis pela inspiração FORÇADA Ø Esternocleidomastóideo Ø Peitoral maior Ø Peitoral menor Ø Trapézio Ø Serrátil anterior Ø Grande dorsal MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS EXPIRATÓRIOS Ø Reto abdominal Ø Transverso do abdômen Ø Oblíquo interno Ø Oblíquo externo Ø Intercostais internos Ø Adutores da laringe Responsável pela expiração FORÇADA MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS INTEGRIDADE DOS COMPONENTES Ø Parede torácica Ø Centro respiratório Ø Nervos Ø Junções neuromusculares Ø Sensores periféricos Ø Pulmão propriamente dito PROCESSO VENTILATÓRIO MECÂNICA RESPIRATÓRIA Material desenvolvido por Alberto Ponzo Neto albertoponzo@physiocursossp.com.br Coordenador e docente da empresa Physio Cursos SP Docente do Curso de Especialização em Fisioterapia Intensiva - FABIC Especialista em Fisioterapia Cardiorrespiratória - InCor HCFMUSP Atuou como Fisioterapeuta dos Hospitais Samaritano, Beneficência Portuguesa de São Paulo e Hospital Evaldo Foz PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Ø Elasticidade – propriedade da matéria que permite ao corpo retornar à sua forma original após ter sido deformado por uma força sobre ele aplicada INTRODUÇÃO PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Ø Lei de Hooke ü Variação do comprimento (ou volume) é diretamente proporcional à força (ou pressão) aplicada até que seu limite elástico seja atingido INTRODUÇÃO Ø O comportamento elástico dos pulmões de tender ao colapso é devido ü INTERDEPENDÊNCIA – fibras elásticas e colágeno e principalmente o arranjo geométrico das fibras dos alvéolos ü TENSÃO SUPERFICIAL DOS LÍQUIDOS PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO PULMÃO Ø O líquido existente nos alvéolos tendem a colabá-los (força de atração entre as moléculas de um líquido, líquido – gás) aumentando a retração dos pulmões ü Exemplo: gota de água TENSÃO SUPERFICIAL DOS LÍQUIDOS PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO PULMÃO TENSÃO SUPERFICIAL DOS LÍQUIDOS Ø LEI DE LAPLACE ü Quanto menor for o alvéolo, maior será a pressão de colapso PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO PULMÃO TENSÃO SUPERFICIAL DOS LÍQUIDOS Todos os alvéolos menores se colabariam e o seu conteúdo se dirigiria para um alvéolo maior? PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO PULMÃO Ø Fatores que não ocorrem o colapso dos alvéolos menores ü SURFACTANTE - é um ácido composto por fosfolipídeos pela força de repulsão entre as moléculas, gerando uma diminuição da tensão superficial TENSÃO SUPERFICIAL DOS LÍQUIDOS PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO PULMÃO TENSÃO SUPERFICIAL DOS LÍQUIDOS PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO PULMÃO Ø É a capacidade do pulmão de se distender e variar o seu volume em relação a variação de pressão Ø É a inclinação da pressão – volume Ø As pressões de distensão normal são 2 a 10 cmH2O Ø A complacência pulmonar normal é de 200ml/cmH2O PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO PULMÃO COMPLACÊNCIA C = DV DP PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO PULMÃO COMPLACÊNCIA COMPLACÊNCIA PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO PULMÃO COMPLACÊNCIA PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO PULMÃO Ø É formada pelo tórax + diafragma + parede abdominal + mediastino A parede torácica sempre tende a expansão (exceto quando atinge 75% da capacidade vital) PROPRIEDADES ELÁSTICAS DA CAIXA TORÁCICA PROPRIEDADES ELÁSTICAS DA CAIXA TORÁCICA CURVA PRESSÃO-VOLUME PULMÕES E CAIXA TORÁCICA Ø Fatores que podem alterar a complacência do sistema respiratório ü Cifoescoliose ü Anquilose vertebral ü Obesidade ü Mamas extremamente volumosas PROPRIEDADES ELÁSTICAS DA CAIXA TORÁCICA PMUS PATM Ppl PEL MECÂNICA RESPIRATÓRIA PMUS PATM Ppl PEL MECÂNICA RESPIRATÓRIA PMUS PATM Ppl PEL MECÂNICA RESPIRATÓRIA PMUS PATM Ppl PEL MECÂNICA RESPIRATÓRIA Musculatura diafragmática gera pressão negativa Pressão se transfere para espaço pleural e daí para os alvéolos Diferença de pressão gera fluxo Quando o diafragma relaxa pressão alveolar fica positiva Saída passiva de ar MECÂNICA RESPIRATÓRIA COMPRESSÃO DINÂMICA DAS VIAS AÉREAS Ø Geometria da árvore traqueobrônquica ü Comprimento ü Área de secção transversa ü Diâmetro FATORES QUE INFLUENCIAM A RESISTÊNCIA RESISTÊNCIA DAS VIAS AÉREAS ØLei de Poiseuille ü Fluxo ü Resistência FATORES QUE INFLUENCIAM A RESISTÊNCIA n = viscosidade l = comprimento r = raio RESISTÊNCIA DAS VIAS AÉREAS R = 8 n l 𝜋𝒓𝟒 Ø Volume pulmonar ü Quanto maior o raio, maior será o volume ü Maior raio – menor a resistência Ø Complacência das vias aéreas FATORES QUE INFLUENCIAM A RESISTÊNCIA RESISTÊNCIA DAS VIAS AÉREAS Ø Densidade e viscosidade do ar inspirado ü A resistência aumenta quando ocorre elevação da densidade do gás Ø Musculatura lisa das vias aéreas FATORES QUE INFLUENCIAM A RESISTÊNCIA RESISTÊNCIA DAS VIAS AÉREAS Pressão Tempo Pico Platô Peep Pressão Tempo Fluxo zero Pressão Tempo Fluxo zero Pressão resistiva Pressão Elástica Pressão Tempo Pressão resistiva1 1 R = Ppico – P platô Fluxo Pressão Tempo Pressão Elástica 2 2 C = Volume corrente P platô - Peep CÁLCULO DE MECÂNICA PULMONAR RAW (CMH2O/L/S) Raw = Pico – Plato/ Fluxo (l/s ) Raw = 45 cmH2O - 30 cmH2O/ 60 l/min Raw = 15 cmH2O / 1L/s Raw = 15 CmH2O/L/s 60 L/min = 60 l/ 60 s = 1Ls ü Vt 500 ml ü PEEP 5 ü Fluxo 60l/min ü F 12 ipm ü Fio2 x ü Pausa 2 s ü Pplatô = 30 cmH2O ü Ppico = 45 cmH2O Rva = 4 a 10 cmH2O/l/s CÁLCULO CE MECÂNICA PULMONAR CEST (ML/CMH2O) üVt 500 ml üPEEP 5 üFluxo 60l/min üF 12 ipm üFio2 x üPausa 2 s ü Pplatô = 30 cmH2O üPpico = 45 cmH2O Cest = Vt / Plato – Peep Cest = 500 ml / 30 – 5 cmH2O Cest = 500 ml / 25 cmH2O Cest = 20 ml/cmH2O Cest = 50 a 100 ml/ cmH2O VENTILAÇÃO Material desenvolvido por Alberto Ponzo Neto albertoponzo@physiocursossp.com.br VENTILAÇÃO PULMONAR DEFINIÇÕES VENTILAÇÃO PULMONAR Ø Quantidade de ar que entra e sai dentro dos pulmões VENTILAÇÃO MINUTO Ø Quantidade de ar que entra e sai dentro dos pulmões durante um minuto Volume minuto = VC x FR FATORES QUE MODIFICAM A VENTILAÇÃOØ Dor Ø Sono Ø Choro Ø Fonação Ø Tosse Ø Necessidades metabólicas Frequência respiratória Volume corrente Ritmo Ventilação alveolar VENTILAÇÃO PULMONAR MODIFICAÇÕES DA VENTILAÇÃO PULMONAR Ø EUPNÉIA – respiração normal Ø TAQUIPNÉIA – aumento da FR Ø BRADIPNÉIA – diminuição da FR Frequência respiratória Volume corrente Ø HIPERPNÉIA – aumento do VC Ø HIPOPNÉIA – diminuição do VC VENTILAÇÃO PULMONAR MODIFICAÇÕES DA VENTILAÇÃO PULMONAR Ø HIPERVENTILAÇÃO – aumento da ventilação alveolar Ø HIPOVENTILAÇÃO – diminuição da ventilação alveolar Ventilação alveolar VENTILAÇÃO PULMONAR MODIFICAÇÕES DA VENTILAÇÃO PULMONAR Ø APNÉIA – parada dos movimentos respiratórios ao final expiração basal Ø APNEUSE – parada dos movimentos respiratórios ao final da inspiração Ø DISPNÉIA – sensação subjetiva de dificuldade respiratória Ritmo VENTILAÇÃO PULMONAR VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES Ø Volume de gás contigo nas vias aéreas de condução – até os bronquíolos terminais ESPAÇO MORTO ANATÔMICO Vol Corrente = 500 ml V EM 150 ml ESPAÇO MORTO ANATÔMICO Ø É a soma do espaço morto anatômico com outros volumes gasosos pulmonares que não participam das trocas gasosas Ø Existem áreas no pulmão que são ventiladas, porém não perfundidas – se não existe troca – espaço morto Espaço morto fisiológico é sempre maior que o espaço morto anatômico ESPAÇO MORTO FISIOLÓGICO 250 ml x 32 rpm = 8000 ml/min 500 ml x 16 rpm = 8000 ml/min 1000 ml x 8 rpm = 8000 ml/min VENTILAÇÃO ALVEOLAR Inspiração Expiração forçada DIFERENÇAS REGIONAIS NA VENTILAÇÃO PERFUSÃO Material desenvolvido por Alberto Ponzo Neto albertoponzo@physiocursossp.com.br Ø Pressões baixais Ø Pressão sistólica = 25 mmHg Ø Pressão diastólica = 8 mmHg Ø Pressão média = 15 mmHg PRESSÕES NOS VASOS PULNONARES Ø Parede das artérias pulmonares e seus ramos são delgadas e com pouco músculo liso Ø Cirgulação sistêmica apresenta artérias espessas (bastante músculo liso nas arteríolas) PRESSÕES NOS VASOS PULNONARES Ø Resistência vascular pulmonar é baixa, podendo ficar ainda menor quando a pressão dentro dela se eleva Ø Aumento na pressão arterial ou venosa pulmonar = MECANISMOS PARA DIMINUIR A RESISTÊNCIA VASCULAR PULMONAR RESISTÊNCIA VASCULAR PULMONAR MECANISMOS (DISTENSÃO E RECRUTAMENTO) RESISTÊNCIA VASCULAR PULMONAR Ø VERTICAL – fluxo sanguíneo diminui quase linearmente de baixo para cima (valores baixos no ápice) DISTRIBUIÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO Ø SUPINO – aumento do fluxo apical e inalterado na base (ápice- base quase uniforme), porém o fluxo sanguíneo é maior na região posterior do que na anterior DISTRIBUIÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO 30 c m = 3 0 cm H 2O o u 23 m m H g 1,36 cm H2O = 1 mmHg VASOCONSTRIÇÃO PULMONAR HIPÓXICA Ø Mecanismo preciso não é conhecido Ø Contração do músculo liso nas paredes das pequenas artériolas na região hipóxica Ø Ocorre no pulmão isolado, não dependendo de conexões nervosas centrais CICLO ATIVO DA CIRCULAÇÃO VASOCONSTRIÇÃO PULMONAR HIPÓXICA Ø Hipótese – células do tecido perivascular liberam substâncias vasoconstritoras em resposta a hipóxia Ø Diminuição da PO2 do gás alveolar e não do sangue arterial Ø PO2 alveolar < 70 mmHg – acentuada vasoconstrição Ø GRANDE ALTITUDE – elevação na pressão arterial pulmonar CICLO ATIVO DA CIRCULAÇÃO DIFUSÃO Material desenvolvido por Alberto Ponzo Neto albertoponzo@physiocursossp.com.br GRADIENTES DE DIFUSÃO DO ORGANISMO Ø O movimento gasoso entre os pulmões e os tecidos ocorre por difusão simples Ø PO2 atmosférico = 159 mmHg Ø PCO2 atmosférico = 1 mmHg Ø PO2 na célula = 5 mmHg Ø PCO2 na célula = 60 mmHg O2 CO2 O2 CO2 LEI DE DIFUSÃO DE FICK Ø Lei de Fick Velocidade = ∆P x área de secção transversa x [ ] do gás espesseura MECANISMO DE DIFUSÃO LEI DE DIFUSÃO DE FICK MECANISMO DE DIFUSÃO MECANISMO DE DIFUSÃO GRADIENTE DE DIFUSÃO PULMONAR Ø No pulmão PO2 alveolar é de 100 mmHg PCO2 alveolar é de 40 mmHg Ø No sangue venoso PO2 é 40 mmHg PCO2 é 46 mmHg DPO2 = 100 – 40 = 60 mmHg DPCO2 = 46 – 40 = 6 mmHg MECANISMO DE DIFUSÃO Apesar da variação de CO2 é 1/10 menor que o O2, ele é 20 vezes mais difundido que o O2 SOLUBILIDADE DO GÁS Ø Constante – proporcional a solubilidade do gás e inversamente à raiz quadrada do peso molecular Constante do gás = solubilidade do gás raiz quadrada peso molecular MECANISMO DE DIFUSÃO LIMITES DE TEMPO PARA DIFUSÃO Ø Para o sangue deixar o capilar pulmonar adequadamente oxigenado, ele deve ter um tempo suficiente em contato com o alvéolo para permitir o equilíbrio Ø O tempo de difusão no pulmão depende da velocidade do fluxo sanguíneo (0,75 segundos) Ø Febre e Choque MECANISMO DE DIFUSÃO RELAÇÃO VENTILAÇÃO / PERFUSÃO V/Q Material desenvolvido por Alberto Ponzo Neto albertoponzo@physiocursossp.com.br RELAÇÃO VENTILAÇÃO / PERFUSÃO Ø Ideal (equilíbrio) = 1,0 Ø Relação aumentada = ventilação maior que a perfusão PaO2 é maior é a PaCO2 é menor ØRelação diminuida = ventilação menor que a perfusão PaCO2 é maior e a PO2 é menor V/Q CAUSAS DAS DIFERENÇAS REGIONAIS DA V/Q Ø Base – relação é menor = ↓PaO2 e ↑PaCO2 Ø Ápice = relação é maior = ↑ PaO2 e ↓PaCO2 RELAÇÃO VENTILAÇÃO / PERFUSÃO CAUSAS DAS DIFERENÇAS REGIONAIS DA V/Q A base ventila 4 vezes mais que o ápice A base perfunde 20 vezes mais que o ápice RELAÇÃO VENTILAÇÃO / PERFUSÃO v V Q Q RELAÇÃO VENTILAÇÃO / PERFUSÃO ALTERAÇÕES DA V/Q NA PO2 E PCO2 NO ALVEOLO RELAÇÃO VENTILAÇÃO / PERFUSÃO Material desenvolvido por Alberto Ponzo Neto albertoponzo@physiocursossp.com.br TRANSPORTE DOS GASES TRANSPORTE DE OXIGÊNIO (O2) Ø O sangue transporta O2 sob duas formas: ü Dissolvido no plasma e líquido intracelular ü Hemoglobina no interior do eritrócito Ø O oxigênio se difunde no sangue e logo é dissolvido no plasma e no líquido intracelular eritrocitário Ø Lei de Henry – calcular a quantidade de oxigênio dissolvido no sangue (a 37°C) Ø Oxigênio dissolvido (ml/dl) = PO2 x 0,003 Ø Gráfico linear OXIGÊNIO FISICAMENTE DISSOLVIDO TRANSPORTE DE OXIGÊNIO (O2) TRANSPORTE DE OXIGÊNIO (O2) OXIGÊNIO FISICAMENTE DISSOLVIDO HEMOGLOBINA E TRANSPORTE DE O2 Ø A hemoglobina é uma proteína conjugada, composta por 4 cadeias polipeptídicas ligadas, cada uma combinando com seu complexo denominado heme Ø Cada heme possui um íon ferroso (Fe+) localizado centralmente OXIGÊNIO COMBINADO QUIMICAMENTE TRANSPORTE DE OXIGÊNIO (O2) HEMOGLOBINA E TRANSPORTE DE O2 Ø As moléculas de O2 se ligam a hemoglobina através do íon ferroso, uma para cada cadeia protéica Ø A hemoglobina transporta 70 vezes mais O2 do que o transporte dissolvido OXIGÊNIO COMBINADO QUIMICAMENTE TRANSPORTE DE OXIGÊNIO (O2) SATURAÇÃO DA HEMOGLOBINA Ø A saturação é calculada como a proporção de HbO2 (conteúdo) em relação a hemoglobina total (capacidade) Ø Dada em porcentagem OXIGÊNIO COMBINADO QUIMICAMENTE SaO2 = [HbO2] x 100 [Hb] + [HbO2] TRANSPORTE DE OXIGÊNIO (O2) Ø É a soma do O2 dissolvido com o O2 combinado com a Hb Ø Para se obter, é necessário: ü PO2 ü Conteúdo total de hemoglobina ü Saturação da hemoglobina CONTEÚDO TOTAL DE OXIGÊNIO DO SANGUE CaO2 = (0,003 x PaO2) + (Hbtotal x 1,34 x SatO2) TRANSPORTE DE OXIGÊNIO (O2) Ø A diferença normal é de cerca de 5 ml/dl Ø Ela indica a extração de oxigênio proporcional ao fluxo sanguíneo DIFERENÇA ARTERIO-VENOSAS Ø Quanto maior o DC, menor é a diferença arteriovenosa Ø Quanto menor o DC, maior é a diferença arteriovenosa C (a – v) O2 TRANSPORTE DE OXIGÊNIO (O2) Ø A saturação da hemoglobina com O2 varia com a PO2 Ø A saturação da Hb não é linear Ø PO2 inferior a 60 mmHg a curva inclina dramaticamente – indicando baixa afinidade da Hb com o O2 CURVA DE DISSOCIAÇÃO DA HbO2 TRANSPORTE DE OXIGÊNIO (O2) AFINIDADE DA HEMOGLOBINA PELO O2 Ø pH baixo Ø Temperatura elevada Ø ↑ [ ] 2,3 DPG Ø CO2 elevado Ø Hemoglobina anormal MENOR AFINIDADE MAIOR AFINIDADE Ø pH alto Ø Temperatura baixa Ø ↓ [ ] 2,3 DPG Ø CO2 baixo Ø Hemoglobina anormal AFINIDADE DA HEMOGLOBINA PELO O2TRANSPORTE DO DIÓXIDO DE CARBONO (CO2) Ø Cerca de 45 a 55 ml/dl de CO2 são transportados pelo sangue Ø Eles podem ser transportados da seguinte forma: ü Dissolvido no plasma e no interior do eritrócito ü Combinado quimicamente com proteínas ü Ionizado como bicarbonato MECANISMO DE TRANSPORTE Ø 80% do CO2 total é transportado como bicarbonato Ø Do CO2 dissolvido no plasma, uma pequena quantidade combina com a água – HIDRÓLISE IONIZADO COMO BICARBONATO Ø Hidrólise no plasma é muito lenta, sendo que grande parte irá ocorrer no interior dos eritrócitos CO2 + H2O ↔ H2CO3 ↔ H+ + HCO3 TRANSPORTE DO DIÓXIDO DE CARBONO (CO2) REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO Material desenvolvido por Alberto Ponzo Neto albertoponzo@physiocursossp.com.br CENTRO RESPIRATÓRIO MEDULAR Ø O ciclo da respiração se origina no tronco cerebral, principalmente no bulbo Ø Os neurônios inspiratórios e expiratórios estão misturados e eles não se inibem necessariamente de forma recíproca SINAL DE RAMPA INSPIRATÓRIA CENTRO RESPIRATÓRIO MEDULAR REFLEXO DE INSPIRAÇÃO DE HERING-BREUER Ø Receptores de extensão ð musculatura lisa das vias aéreas de grande e pequeno calibre Ø Insuflação pulmonar ð ativa o receptor ð impulso inibitório via vago ð interrompe a inspiração Ø Regula a FR e a profundidade da inspiração durante exercício moderado ou vigoroso CONTROLE REFLEXO DA RESPIRAÇÃO RECEPTORES J Ø São estimulados por processos inflamatórios alveolares, pela congestão pulmonar e pelo edema Ø Uma vez estimulados ð respiração rápida e superficial, sensação de dispnéia e um estreitamento expiratório da glote CONTROLE REFLEXO DA RESPIRAÇÃO PROPRIOCEPTORES PERIFÉRICOS Ø Receptores da dor localizados nos músculos e na pele Ø ESTÍMULO ð aumento da atividade inspiratória e hiperpnéia Ø Depressão respiratória ð movimentação dos membros, jogar água na pele, outros estímulos ð VENTILAÇÃO CONTROLE REFLEXO DA RESPIRAÇÃO Ø Hiperpnéia, acidemia, hipoxemia ð estimulam quimioceptores Ø Quimioceptores centrais ð localizados no bulbo respondem os íons de H+ e indiretamente ao CO2 Ø Quimioceptores periféricos ð (aórtico e carotídeo) respondem a hipoxemia, CO2 e íons de H+ CONTROLE QUÍMICO DA RESPIRAÇÃO HIPERCAPNIA CRÔNICA Ø PaCO2 elevada persiste por dias ð rins compensa retendo bicarbonato plasmático – restaurando o pH ð bicarbonato plasmático difunde na barreira hematoencefálica ð levando o pH do LCR normal ð quimioceptores centrais detectam um meio estimulador normal, já que ele não responde a molécula de CO2 e sim de H+ Ø Oxigenoterapia suplementar CONTROLE QUÍMICO DA RESPIRAÇÃO PROPEDÊUTICA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Material desenvolvido por Alberto Ponzo Neto albertoponzo@physiocursossp.com.br Coordenador e docente da empresa Physio Cursos SP Docente do Curso de Especialização em Fisioterapia Intensiva - FABIC Especialista em Fisioterapia Cardiorrespiratória - InCor HCFMUSP Atuou como Fisioterapeuta dos Hospitais Samaritano, Beneficência Portuguesa de São Paulo e Hospital Evaldo Foz Ø Traçar o perfil do paciente, identificar os possíveis fatores de risco; Ø Avaliar a indicação da fisioterapia respiratória e motora Ø Determinar medidas terapêuticas apropriadas Ø Monitorar respostas à terapia proposta e realizada Ø Acompanhar a evolução dos pacientes OBJETIVOS AVALIAÇÃO Ø Sinais e sintomas mais freqüentes na avaliação respiratória ü Falta de ar (dispnéia) ü Tosse ü Escarro e hemoptise ü Dor torácica CARACTERÍSTICAS GERAIS ü Duração ü Gravidade ü Padrão (diário, sazonal) ü Fatores associados AVALIAÇÃO SUBJETIVA Ø Sensação subjetiva do aumento do trabalho respiratório Ø Mais freqüentes nas doenças cardíacas (ICC) e respiratórias Ø CLASSIFICAÇÃO Aguda: infecções, TEP, PNX, EAP Crônica: DPOC, intersticial, vascular DISPNÉIA AVALIAÇÃO SUBJETIVA 0 nenhum esforço/exercício leva o paciente a sentir falta de ar 1 falta de ar em exercício/esforço árduo 2 ou quando caminha apressado DISPNÉIA – Avaliação Medical Research Council AVALIAÇÃO SUBJETIVA 3 caminha bem mais devagar do que pessoas de mesma idade, no plano, ou pára para respirar enquanto caminha no próprio passo, no plano 4 pára para respirar após caminhar 90 m ou poucos minutos, no plano falta de ar/dispnéia que impeça o paciente de sair de casa ou realizar AVDs (vestir-se, banhar-se) 1/2 - leve 3 - moderada 4 - grave DISPNÉIA – Avaliação Medical Research Council AVALIAÇÃO SUBJETIVA Escala Analógica Visual nada máximo 0 10 DISPNÉIA – Avaliação AVALIAÇÃO SUBJETIVA Escala do Esforço Percebido - Borg – Dr. Gunnar Borg - anos 50 – Borg RPE (ratings of perceveid exertion) •6 a 20 descritores •correlação com a FC DISPNÉIA – Avaliação AVALIAÇÃO SUBJETIVA Escala do Esforço Percebido - Borg – Borg CR10 (category-ratio 10) modificada – linearidade com a intensidade do exercício – linearidade com a FC DISPNÉIA – Avaliação AVALIAÇÃO SUBJETIVA 6 7 Muito, muito fácil 9 Muito fácil 11 Fácil 13 Ligeiramente cansativo 15 Cansativo 17 Muito cansativo 19 Muito, muito cansativo 20 Exaustivo DISPNÉIA – Avaliação AVALIAÇÃO SUBJETIVA 0 Nada 0,5 Muito, muito leve 1 Muito leve 2 Leve/fácil 3 Moderado 4 Um pouco pesado 5 Pesado Muito pesado 6 7 9 8 10 Muito, muito pesado Exaustivo máximo DISPNÉIA – Avaliação AVALIAÇÃO SUBJETIVA Ø Reflexo de proteção que elimina secreções e corpos estranhos das vias aéreas Ø Estímulos nos receptores da faringe, laringe, traquéia ou brônquios TOSSE AVALIAÇÃO SUBJETIVA Ø Pode ser: ü Seca e persistente: doença intersticial, ICC, doença pleural ü Produtiva: crônica, indica brônquite ou bronquiectasia ü Tosse alta com som de latido: doença laríngea ou traqueal ü Recorrente: depois de beber ou comer ü Noturnas: asma, ICC TOSSE AVALIAÇÃO SUBJETIVA TOSSE Ø CLASSIFICAÇÃO ü Produtiva ou improdutiva (seca) ü Eficaz – cumpre a função de manter a via aérea limpa (até a 6ª geração) ü Ineficaz – quando não cumpre sua função AVALIAÇÃO SUBJETIVA Ø 100 ml/dia normalmente é deglutida Ø O excesso é eliminado pela tosse ou huffing Ø Pode conter: muco, detritos celulares, microorganismos, sangue, partículas estranhas ESCARRO AVALIAÇÃO SUBJETIVA Ø Importante verificar ü Aspecto: purulenta, hemoptóicos, róseo, mucóide ü Viscosidade: viscosa, fluida (hidratação) ü Quantidade: pequena, média ou grande (subjetivo) ü Odor: inodora ou fétida (anaeróbios) ESCARRO AVALIAÇÃO SUBJETIVA Ø Presença de sangue no escarro Ø CLASSIFICAÇÃO ü Franco: aumento do sangue na secreção ü Estrias: estrias de sangue na secreção HEMOPTISE AVALIAÇÃO SUBJETIVA Ø Duração, localização e irradiação Ø CAUSAS ü Parede torácica (pele, músculos, ossos) ü Pleurais e pulmonares ü Pericárdicas e cardíacas ü Vasculares e mediastinais ü Digestivas ü Psicogênicas DOR TORÁCICA AVALIAÇÃO SUBJETIVA Ø DOR PLEURÍTICA ü Origem inflamatória (pleurite) ü Bem delimitada ü Piora com a tosse e movimentação ü Melhora da dor Þ derrame pleural ü Pneumonia Þ pleurite DOR TORÁCICA AVALIAÇÃO SUBJETIVA Ø DOR ORIGEM CARDÍACA ü Localização central ü Mal delimitada ü Irradiada para braços e pescoço ü Piora com a atividades ü Melhora com o repouso DOR TORÁCICA AVALIAÇÃO SUBJETIVA Ø Ausculta pulmonar Ø Palpação Ø Percussão Ø Inspeção EXAME FÍSICO ØEstado de consciência ØEstado nutricional ØCondição da pele e tecido subcutâneo ØPresença de sondas, drenos, cateteres, bombas de infusão ØUso de oxigenoterapia ØMonitorização ØINFORMAÇÕES: Nível de gravidade e complexidade INSPEÇÃO GERAL Ø SINAIS DE DESCONFORTO RESPIRATÓRIO ü Batimento de asa de nariz ü Cianose (central ou periférica) ü Tiragens (fúrcula, intercostal, xifoideana, supraclavicular, sub- diafragmática ü Utilização da musculatura acessória INSPEÇÃO DO TÓRAX TIPOS DE TÓRAX Ø Cifoescoliose Ø Pectus escavatum Ø Cifótico ØPectus carinatum Ø Tonel INSPEÇÃO DO TÓRAX CONFIGURAÇÃO TÓRACOABDOMINAL Ø Realizado na posição dorsal ü Normal (abdominal) ü Torácico ü Paradoxal INSPEÇÃO DO TÓRAX RITMO RESPIRATÓRIO Ø Normal Ø Expiraçãoprolongada Ø Kussmaul – rápida e profunda (acidose metabólica) Ø Cheynne-Stokes – irregular, profunda até apnéia Ø Biot – movimento inspiratório e expiratório anárquicos, freqüência baixa, superficial, ritmo irregular (distúrbio SNC) INSPEÇÃO DO TÓRAX EXPANSIBILIDADE Ø Pode ser inspecionada porém é mais fidedigna na palpação PALPAÇÃO EXPANSIBILIDADE ØTÉCNICA ü Mãos espalmadas na região posterior basal do tórax, solicitar ao paciente uma expiração até o VR seguida de inspiração lenta. Observar a movimentação dos polegares (3 a 5 cm) ü Na região anterior deve espalmar as mãos na região apical e realizar a comparação qualitativa PALPAÇÃO Simétrica e diminuída ØDoenças neuromusculares ØDPOC ØDistúrbios ventilatórios restritivos ØRigidez de caixa torácica ØDor/medo à inspiração profunda ØEfeito anestésico ØDisfunções cardíacas graves EXPANSIBILIDADE PALPAÇÃO Assimétrica ØProcessos pleuro-pulmonares unilaterais: Consolidações Derrame pleural Pneumotórax ØProcessos álgicos: Fraturas de arcos costais Drenos torácicos unilaterais EXPANSIBILIDADE PALPAÇÃO SENSIBILIDADE TORÁCICA ENFISEMA SUBCUTÂNEO Ø Presença de ar no subcutâneo Ø Pode ser local ou distribuir por todo o tórax – sensação de “bolinho de areia” Ø Pesquisar fratura, neuralgia intercostal PALPAÇÃO FRÊMITO TÓRACO VOCAL (FTV) Ø Medida de vibração da voz na parede torácica para as mãos do examinador Ø É a vibração da voz na via aérea Ø Solicitar ao paciente dizer “33” enquanto o examinador coloca as mãos espalmadas sobre o tórax (ápice para a base) PALPAÇÃO ØFTV AUMENTADO Presença de consolidações pulmonares Pneumonia Atelectasia FRÊMITO TÓRACO VOCAL (FTV) PALPAÇÃO ØFTV DIMINUÍDO Líquido (derrame pleural) ou ar (pneumotórax) no espaço pleural, espessamento pleural, hiperinsuflação pulmonar (enfisema), grandes ressecções pulmonares (lobectomias e pneumonectomia) pacientes obesos ou musculosos FRÊMITO TÓRACO VOCAL (FTV) PALPAÇÃO ØTécnica realizada apenas em condições suspeitas (derrame pleural e pneumotórax) ØPouco valor quando utilizada isoladamente ØPossui limitações clínicas importantes ØForma sistemática e comparativa ØImportante: Não percutir sobre estruturas ósseas PERCUSSÃO TORÁCICA ü Normal ou atimpânico – pulmão ventilado ü Maciço (consolidação) ou submaciço (derrame pleural) ü Timpânico – quando a parede torácica está livre para vibrar sobre o espaço cheio de ar (PNTx, DPOC) Ø CLASSIFICAÇÃO PERCUSSÃO TORÁCICA Ø Som transmitido da voz através das vias aéreas e tecido pulmonar para a parede torácica, ouvindo por meio do estetoscópio a palavra “33” dita pelo paciente Ø CLASSIFICAÇÃO ü Ressonância vocal normal – rumor indistinto na maioria das vezes AUSCULTA DA VOZ Ø CLASSIFICAÇÃO üBroncofonia – refere-se aos sons vocais que são mais altos e mais claros do que o normal (pneumonia, infarto pulmonar, atelectasia) ü Egofonia – é a forma especial de ressonânica vocal que possui qualidade anasalada e metálica, comparada balido de cabra (derrame pleural). AUSCULTA DA VOZ Ø Valiosa ferramenta diagnóstica Ø Último item da avaliação Ø Confirmar os achados anteriores Ø Identificação de ruídos pulmonares Ø Avaliar os efeitos da terapia CONSIDERAÇÕES OBJETIVOS AUSCULTA PULMONAR AUSCULTA PULMONAR Ø DE ORIGEM PULMONAR ü Som pulmonar – passagem de ar pelos condutos aéreos e porções periféricas do tecido pulmonar ü Avaliar – intensidade (normal, diminuído ou abolido) e o tempo expiratório (normal ou prolongado) RUÍDO NORMAL AUSCULTA PULMONAR Ø DE ORIGEM BRONCOPULMONAR ü Roncos: presença de muco nas vias aéreas de grossos calibres (graves). Predomínio na expiração ü Sibilos: obstrução de vias aéreas por edema ou espasmo, expiratórios (expiratórios e agudos) e hipersecreção brônquica (inspiratórios) ü Estridor: obstrução das VAS (supraglótica) RUÍDOS ADVENTÍCIOS AUSCULTA PULMONAR Ø ESTERTORES CREPITANTES ü Produzido na estrutura acinar ü Predomínio no final da inspiração e início da expiração ü Alta tonalidade e curta duração ü Denotam líquido intra-alveolar ou abertura alveolar ü Não se modificam com a tosse ü Pneumonia, congestão, doenças intersticiais RUÍDOS ADVENTÍCIOS AUSCULTA PULMONAR Ø ESTERTORES SUBCREPITANTES ü Produzido nas vias aéreas medianas ü Predomínio em toda a fase inspiratória. ü Baixa tonalidade e longa duração ü Modificam com a tosse ü Denotam presença de secreção na luz brônquica ü Bronquite crônica, bronquiectasias RUÍDOS ADVENTÍCIOS AUSCULTA PULMONAR OBRIGADO albertoponzo@physiocursossp.com.br
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