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1 • São classificados quanto ao efeito causado no sistema nervoso central • Psicoléptico → Fármaco depressor do SNC. Utilizado em quadros de excitação exagerado do SNC. Ex.: ansiedade. • Psicoanaléptico → Fármaco excitador do SNC, aumenta a atividade. Utilizado em quadros depressivos. • Psicodisléptico → Fármacos perturbadores do SNC. Ou seja, hora é depressor, hora é excitador. Muitos são utilizados como drogas recreativas, como LSD, maconha e etc. o Pode potencializar o efeito adverso de outros fármacos e se tomar junto com anti-histamínico de 1ª geração aumenta o efeito adverso (sono). Obs.: É preciso saber reconhecer os sintomas e as dosagens corretas para que um paciente com ansiedade não entre em um quadro de depressão profunda. o Um antidepressivo (excitador) pode ser utilizado em outros quadros psíquicos como ansiedade. → Depressão → Ansiedade → Distúrbio bipolar → Sono → Esquizofrenia → Parkinson → Alzheimer → Convulsões • São conhecidos como psicotrópicos ou entorpecentes. • Os fármacos utilizados nesses distúrbios necessitam de receita e só podem ser dispensados na presença de farmacêutico. • Portaria 344/1998 → ANVISA • Alteração direta ou indireta da neurotransmissão → Podem causar aumento ou atenuação da ação dos neurotransmissores. • O neurotransmissor é liberado na fenda sináptica e se liga aos seus receptores específicos na membrana do neurônio pós-sináptico. • A ação farmacológica dos antidepressivos atuam inibindo a recaptação dos neurotransmissores possibilitando uma estimulação do receptor por muito mais tempo. • Ação direta: Se liga ao receptor induzindo (agonista) ou bloqueando (antagonista) a ação do neurotransmissor. • Ação indireta: Aumenta ou reduz as concentrações dos neurotransmissores na fenda sináptica, induzindo uma resposta. o Aumentar a liberação ou síntese o Bloqueio da recaptação o Inibição da MAO (degradação). Obs.: Na depressão não se sabe o seu nível, ou seja, não se sabe a quantidade de neurotransmissores nem de receptores envolvidos no quadro depressivo. Logo, é preciso testar os fármacos disponíveis e caso não haja melhora no quadro deve-se trocar a medicação do paciente. • Acetilcolina → Receptores: Nn e M1-5. o Alerta e vigília, excitabilidade do córtex cerebral, processamento sensorial, memória e aprendizagem. • Noradrenalina → α1, α2, β1, β2 e β3 o Atenção, respostas emocionais aversivas, afeto, fome e saciedade. • Dopamina → D1-5 o Controle motor voluntário, motivação, comportamento, atenção, avaliação correta da realidade, controle do pensamento. • Serotonina → 5-HT 1-7 o Transtornos depressivos, ansiedade, obsessivos-compulsivos, ideia suicida, vômito, fome, dor e saciedade. A ação do medicamento é percebida a partir da função do neurotransmissor. Se o fármaco for não-seletivo o efeito é mais amplo e com maiores efeitos adversos pois agem em muitos receptores do SNC. 2 • Pode ser totalmente incapacitante, interferindo no trabalho, sono e alimentação. • Pode culminar em psicose → Transtorno mental caracterizado por uma desconexão da realidade. Obs.: Se algum dos pais de um paciente tiver desenvolvido quadro depressivo e se deu bem com uso de ISRS seus filhos, caso desenvolva depressão, também podem usar. → Fatores genéticos. • Alterações cíclicas de humor • Pode ocorrer quadros mistos Obs.: Pacientes bipolar ora estão em fase maníaca, ora estão em fase depressiva e isso pode ser confundido com depressão ou ansiedade. Logo, é preciso fazer um diagnóstico correto para utilizar medicamento estabilizantes de humor. • Emocionais: Apatia; pessimismo; baixa autoestima; sentimento de culpa; indecisão e perda da motivação. • Biológicos: Retardo do pensamento e ação; perda da libido; distúrbio do sono; perda do apetite. • Teoria da neuroplasticidade e efeitos tróficos → A depressão associa-se à perda neuronal no hipocampo e córtex pré- frontal. • Teoria neuroendócrina → A hiperfunção de corticotrofina, bem como a hipofunção das monoaminas, pode associar-se à depressão. • Teoria monoaminérgica → A depressão resulta de uma diminuição patológica na neurotransmissão de 5-HT (serotonina), noradrenalina (NA) e/ou dopamina (DA). o Teoria mais aceita → No tratamento deve-se aumentar as concentrações de serotonina e noradrenalina. Obs.: Déficits representam depressão enquanto que excesso caracteriza manias. Obs.: Os fármacos antidepressivos não alteram as concentrações de dopamina. o A redução da dopamina caracteriza a esquizofrenia e doença de Parkinson, logo são medicamentos específicos. Antidepressivos tricíclicos (ADT) • Não-seletivos → Inibem a recaptação das monoaminas NA, 5-HT e DA. • Baixa seletividade → Bloqueia receptores M1, H1 e alfa-1 → Taquicardia, sono, boca seca, hipotensão e etc. • O efeito terapêutico só é percebido entre 2-4 semanas, mas o mecanismo de ação se inicia desde o primeiro dia. → Clomipramina (Anafranil) → Imipramina (Trofranil) → Amitriptilina (Tryptanol) → Nortriptilina (Pamelor) → Protriptilina (Vivactil) → Amoxapina (Asendin) • Farmacocinética o Sofrem efeito de primeira passagem e se tornam metabólitos ativos. o Amitriptilina tem como metabólito ativo nortriptilina → Meia vida prolongada, podendo ser um objetivo terapêutico ou não. o São fármacos lipossolúveis para atravessarem a BHE com facilidade → Se ligam às proteínas plasmáticas no sangue. o Clomipramina → Excreção biliar, logo apresenta efeito prolongado e não deve ser prescrito para pacientes com problemas hepáticos. o Interação farmacológica → Drogas sedativas, anti-histamínicos e anticolinérgicos. o Nortriptilina é o que menos causa hipotensão ortostática. • Efeitos adversos dos ADT o Cardiovascular → Arritmias e problemas de condução com risco de morte súbita. Hipotensão ortostática. Antagonismo de alfa-1. o Endócrino → Diminuição da libido e ereção. 3 o Antimuscarínicos → Xerostomia, constipação, visão borrada, prejuízo sobre memória e retenção urinária. o Neuropsíquicos → Ansiedade, delírios, insônia, mudança rápida de humor (piora do quadro no início). o Idosos → Síndrome anticolinérgica central – Alterações do nível de consciência são acompanhadas de alucinações, delírio, agitação, hipertensão arterial e outros sintomas anticolinérgicos. o Outros → Distúrbios hematológicos, rash cutâneo (exantema - manchas avermelhadas pelo corpo). • Contraindicações o IMAO – Sinergismo o AAS – Potencialização dos efeitos tóxicos o Anti-hipertensivos – Reduzem a eficácia dos anti-hipertensivos. o Antipsicóticos e anticonvulsivantes – Aumenta o metabolismo hepático reduzindo o efeito. o Álcool – Efeito potencializado. Obs.: Retirada do medicamento → Substituir um IMAO por um ADT (intervalo de 15 dias); substituir um ADT por um IMAO (intervalo de 5 dias). Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) • Mecanismo de ação → Inibem a recaptação de 5-HT, são mais seletivos e apresentam menores efeitos colaterais. • Indicação → Casos de idosos, pacientes com problemas cardiovasculares – Isso porque os ADT podem agir em receptores adrenérgicos e provocar arritmias e nos idosos porque não irá interferir no metabolismo hepático de outros medicamentos, pois não interagem com CP450. → Fluoxetina (Prozac) – Apresenta interação hepática, mas eficácia maior. → Paroxetina (Paxil e Aropax) → Citalopram (Cipramil e Seropram) → Sertralina (Zuloft) – Não apresenta interação hepática, mas eficácia menor. → Fluvoxamina (Fluxifral) • Farmacocinética o São bem absorvidos por via oral e apresentam meia-vida de 15 a 36h. (exceto fluoxetina – 7 a 15 dias). o Apresenta início do efeito terapêutico entre 2-4 semanas o Paroxetina e fluoxetina causam inibição enzimática aumentando a toxicidade dos ADTs e antiarrítmicos.o Fluoxetina tem maior tempo de meia- vida, mas interage com CYP-450. o Apenas o citalopram não apresenta ciclo entero-biliar. • Efeitos adversos o Baixa da libido e impotência o Distúrbios do TGI → Diarréia (sertralina) e constipação (paroxetina) o Pacientes -18 → Excitação, insônia, agressividade, ideias suicidas. o Síndrome da serotonina → Associação de ISRS + IMAO → Hipertermia, rigidez muscular, mioclonias, tremores, colapso cardiovascular e morte. Obs.: Quanto mais seletivo o fármaco menor os efeitos adversos, logo os ISRS são a melhor escolha pois os ADTs podem apresentar efeitos em receptores periféricos. Obs.: Recomenda-se iniciar o tratamento com ISRS com doses pequenas até que o paciente se adapte. • Mecanismo de ação → São fármacos inibidores da enzima MAO, que degradam neurotransmissores. o MAO-A → Degrada 5HT e NA o MAO-B → Degrada Dopamina (São utilizados em fármacos para doença de Parkinson) Clássicos não-seletivos e irreversíveis • Fenelzina; Iproniazida; Tranilcipromina e Isocarboxazidan. • Agem em MAO-A e B → Usados no tratamento da depressão, mas a ação em MAO-B não é eficaz contra a depressão. • Apresentam mais efeitos adversos pois irá amentar a concentração de vários neurotransmissores. 4 Reversíveis e seletivos • Inibidores MAO-A: Moclobemida e Toloxatone. São utilizados no tratamento de depressão. • Inibidores MAO-B: Selegelina. São utilizados apenas para Doença de Parkinson → Pois inibe a recaptação apenas da Dopamina. Farmacocinética – IMAO • Bem absorvidos via oral • Lipofílicos • Metabolização hepática • Excreção renal • 4 semanas para o efeito antidepressivo • O efeito de uma única dose pode durar vários dias • Interage com ISRS, ADT e fármacos adrenérgicos. Efeitos adversos • Anticolinérgico • Impotência e diminuição da libido • Aumento de peso • Tremores • Excitação, insônia e convulsões • Crise hipertensiva grave (devido aumento de NA e adrenalina) Obs.: Fármacos IMAO apresentam reação do queijo que é rico em tiramina → Risco de crise hipertensiva grave. Obs.: Retirada do medicamento → Abstinência grave (24/48hrs); náuseas, vômitos, mal-estar, agitação, pesadelos, psicose e convulsões. Esperar 2 semanas para um novo tratamento com ISRS ou ADT. • São comercializados, mas não apresentam a melhor eficácia clínica. • São usados quando nenhum outro antidepressivo funcionou ou em associação. Venlafaxina (Efexor) • Inibe a recaptação de NA e 5-HT, com eficácia menor que ISRS. Mirtazapina (Remeron) • Potencializa a neurotransmissão de DA e aumenta a neurotransmissão de 5-HT. Sibutramina (Biomag) • Inibe a recaptação de NA e seus metabolitos agem inibindo a recaptação de NA e 5-HT. • Usado como anorexígeno pois reduz a fome. Buprapriona (Bup) • Inibidor quase seletivo da recaptação de NA e DA, baixo efeito sobre 5-HT. Nefazodona • Inibidor fraco da recaptação de NA. • Fármacos que inibem a recaptação de serotonina e noradrenalina. • Apresentam maior potencial antidepressivo, equivalente aos ADTs e causam menos efeitos colaterais. • Venlafaxina → Meia-vida de 15 a 21h. Efeitos colaterais: Náuseas, insônia e disfunção sexual. • Duloxetina → Meia-vida de 10 a 15h. Efeitos colaterais: Náuseas. • Aumento da dose → Depois de 2-4 semanas • Associação com outros antidepressivos com mecanismo de ação diferente. • Troca do medicamento, respeitando o tempo de meia-vida. • Psicoterapia e eletroconvulsoterapia. • Vertigem, distúrbios sensórias e do sono, ansiedade, inquietude, tremores, confusão, cefaléia, náuseas, diarréia e sudorese. • Redução gradual da dose em 4 semanas • A descontinuação pode desencadear quadros suicidas. • Bebês cujo a mãe fez uso de antidepressivos no 3º trimestre podem apresentar síndrome de abstinência. • Precisa controlar o humor do paciente → Não pode diminuir demais e causar depressão nem aumentar demais e causar mania. • Episódios de extrema depressão e extrema felicidade/mania • Risco de suicídio 5 • Menor necessidade de sono • Fala rápida, latente e ininterrupta • Diagnóstico complicado devido aos quadros mistos. Depressão x Mania • Principal medicamento: Lítio • Inibição da liberação de NA e DA dependente de Ca+2: bloqueiam os canais de cálcio e por isso inibem a exocitose de neurotransmissores. • Inibição da enzima inositol monofosfatase: diminui algumas contrações, o metabolismo de algumas células e inflamação. • Inibição da adenilil ciclase: a adenilil ciclase é um segundo mensageiro que estimula a atividade da célula. Quando inibida, reduz a atividade intracelular. • Inibição da enzima glicogênio sintetase cinase 3ß: reduz a atividade/metabolismo do paciente. • Ações: Controlam as oscilações do humor e reduzem os episódios depressivos e maníacos. • Interações medicamentosas: Diuréticos, AINEs, Inibidores da ECA, Haloperidol, ISRSR e anticonvulsivantes. • Efeitos adversos: Decorre da hipofunção celular. Disfunção tireoidiana, diabetes insipido nefrogênica, náuseas, vômitos, diarréias, tremores, disfunções neuromusculares, ataxia, delírios, etc. Obs.: Durante os quadros depressivos pode- se fazer o uso de antidepressivo normalmente. • Gabapentina: potencializa o GABA, que é inibitório, então reduz atividade. • Valproato: aumenta os níveis de GABA no cérebro (bloqueia canais de Na+ → inibe sinapses/neurotransmissão). • Risperidona: bloqueio combinado dos receptores D2 (dopamina) e 5-HT2 (serotonina), diminuindo psicose e alucinação. • Olanzapina: não está esclarecido o mecanismo de ação, mas bloqueia receptores de dopamina. Psicose também é tratada com ela. • → Metanfetamina e Ecstasy o Aumentam a liberação de catecolaminas e inibem a MAO; o Estado de alerta, diminui a fadiga e o apetite; o Provoca déficit de atenção e narcolepsia (sonolência excessiva); o Provoca vertigem, insônia, confusão, potencial de abuso, náusea, êmese e diarréia. • → Teorilina e Cafeína o Inibem a fosfodiesterase e bloqueia receptores de adenosina; o SNC: diminui a fadiga e aumenta o estado de alerta; o Broncodilatadores; o Provoca insônia, ansiedade, agitação, êmese, convulsões, arritmias e aumento do DC. • → Ritalina o Inibe o transporte de dopamina o Provoca déficit de atenção e narcolepsia o Dor abdominal, náuseas, anorexia, insônia, nervosismo, febre e convulsão. o Interfere no metabolismo: Varfarina, fenitoína, fenobarbital e ADT
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