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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO DE HISTÓRIA – LICENCIATURA
Natalia Silva do Nascimento
A importância da EJA e o papel do professor nessa modalidade de ensino
SENA MADUREIRA
2020
Natalia Silva do Nascimento
A importância da EJA e o papel do professor nessa modalidade de ensino
Trabalho apresentado ao Curso de História da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas: Metodologia Científica, Educação de Jovens e Adultos, Fundamentos da Educação, Educação Formal e Não Formal, Didática: planejamento e avaliação, Práticas Pedagógicas: Gestão da Sala de Aula.
Professores: Tatiane Mota Santos Jardim,
 Camila Aparecida Pio,
 Natalia Gomes dos Santos,
 Maria Luzia Silva Mariano,
 Mari Clair Moro Nascimento.
 
Tutora eletrônica: Caroline Torres Minorelli.
SENA MADUREIRA
2020
Sumário
1. INTRODUÇÃO	1
2. HISTÓRICOS POLÍTICOS E SOCIAS NA EJA	2
3. A FUNÇÃO SOCIAL E A FORMAÇÃO ESCOLAR	3
3.1. LDBEN e o direito a educação de jovens e adultos	3
3.2. A importância da EJA no contexto educacional brasileiro	4
4. O PAPEL DO PROFESSOR E O PROCESSO AVALIATIVO NA EJA	5
4.1. Desafios do Docente e possibilidades na EJA	6
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS	7
REFERÊNCIAS	8
INTRODUÇÃO
A educação de jovens e adultos (EJA) é uma modalidade de ensino que tem como função proporcionar o aprendizado da leitura e da escrita a indivíduos que não obtiveram acesso ao ensino na idade apropriada, ampliando sua participação nas práticas de letramento. As dificuldades e possiblidades enfrentadas por esse público no ciclo histórico, social, político e cultural enfatiza os reflexos de uma sociedade educacional brasileira à mercê das elites em que as escolas públicas não proporciona um ensino de qualidade para os educandos da EJA.
Ao considerar que a permanência dos jovens e adultos na rede pública de ensino é marcada por diversas dificuldades: conciliar trabalho, estudo, problemas familiares, socias e de certa forma o descaso por parte dos governantes, ela procura mecanismos para transformar esta realidade e elencar o que Paulo Freire almejava uma educação libertadora em que todos tivesse o direito ao estudo e a participação como cidadão em uma sociedade igualitária e justa para o negro, o índio, o pardo e o mestiço.
Este trabalho visa mostrar a importância da escolarização de jovens e adultos prevista na constituição federal de 1988, e na LDBEN (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Nº 9394/96), e seus reflexos na sociedade. 
Por fim, analisa a influência e a importância do papel do docente, a falta de interesse de alguns alunos, a situação de alfabetização, direitos educacionais e as metodologias e a importância da atuação do Docente nesta.
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HISTÓRICOS POLÍTICOS E SOCIAS NA EJA
A trajetória histórica da educação de jovens e adultos, realizou-se como prática social através de instituições formais e não formais. No Brasil é possível perceber as dificuldades enfrentadas nessa modalidade de ensino, desde o período que os jesuítas eram responsáveis pela educação até os dias de hoje.
Faz se necessário, dizer que ainda na década de cinquenta, surgiram rigorosas e críticas à campanha da EJA, devido ao caráter superficial do aprendizado, ao curto período e o inapropriado método para população adulta, era aplicado de forma igual nas diferentes regiões do país. Devido a campanha não ter obtido bons resultados em diversas regiões do país, principalmente na Zona Rural, foi extinta longo em seguida, essas campanhas tais como: Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA); Campanha Nacional de Educação Rural (CNER); Campanha Nacional de Erradicação de Analfabetismo (CNEA); Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) entre outras, tinham como objetivos em comum, a educação, para aqueles que não tiveram acesso na idade adequada.
Ademais, o fato de existir políticas e iniciativas ao longo da história que visam à complementação da formação escolar para jovens e adultos implica que o universo da educação no brasil é excludente. Em outras palavras, as classes menos favorecidas pela sociedade, basicamente trabalhadores de baixa renda, juntamente com etnias pardas, negras e mestiças em geral, estão excluídas de uma práxis verdadeiramente educativa e de consciência transformadora. A consequência é uma educação favorável as elites de melhor qualidade e cujo o acesso está focando só em alunos de classe social e política viáveis, restando para os alunos de classe e etnias citadas, uma educação precária e de qualidade questionável.
A finalidade social, política deveria ser institucional da escola, tendo como fundamento na construção de uma sociedade mais justa, igualitária, organizada e humana na sociedade brasileira.
	
A FUNÇÃO SOCIAL E A FORMAÇÃO ESCOLAR 
A função social e a formação escolar de indivíduos criativos e críticos que possam plenamente exercer a cidadania, participando das transformações e processos de construção da realidade. Tendo clareza da escola, do homem em base a função social que se pretende formar a prática é essencial para que seja competente a pedagógica e socialmente comprometida, assim as funções do Ensino de Jovens e Adultos claramente, mostram seu valor e necessidade de existência para a sociedade atual.
As pessoas de formação por meio da EJA que carecem e padecem em virtude da chaga do analfabetismo, referente aos que não sabem ler e escrever ao menos um bilhete simples. Por esse motivo, em pleno século XXI, quando questões relacionadas a alfabetização ou letramento digital, há uma discursão como base formativa. 
Torna-se mais necessárias as ações privadas e públicas que efetivem ações de qualidade para a formação educativas de jovens e adultos. A ação deve fazer parte dos processos de atualização de desempregados brasileiros em paralelo a formação técnica oferecidas para sua melhor qualificação e recolocação no mercado. Os governantes poderiam investir por meio culturais e empresas de projetos socias e que fossam incentivada por meio de benefícios fiscais a oferecer formação, obtendo desta forma acesso a mão de obra mais qualificada.
LDBEN e o direito a educação de jovens e adultos
 A educação de jovens e adultos está fundamentada em vários marcos jurídicos que abordam as leis sobre a qual funciona o nosso sistema educacional brasileiro, notavelmente a de seu estatuto social a LDBEN, que expende os principais direitos da EJA. Vejamos alguns princípios sobre a qual os direitos na educação de jovens e adultos se apoia: Aos jovens e adultos que não conseguiram efetuar seus estudos na idade regular o sistema educacional deverá promover oportunidades educacionais e melhores condições de vida mediante a exames e cursos.
Vale destacar que a educação de jovens e adultos perpassa por vários processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no círculo social, no trabalho, nas instituições de pesquisa e ensino, nas manifestações culturais e movimentos sociais.
O direito na educação da EJA é o dever de educar e competência do Estado com a rede pública de ensino dos mesmos ser destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos nos ensinos fundamental e médio na idade própria e constituirá instrumentos para a educação e a seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante a cursos e exames.(Redação dada pela Lei nº13.632, de 2018).
A importância da EJA no contexto educacional brasileiro
O EJA manifestou-se para substituir o antigo supletivo, apresentar a oportunidade para adultos e jovens retomarem os estudos.
Predisposição e o acesso à educação é excepcionalmente importante, afinal dessa forma avultada as oportunidades de trabalho dessas pessoas, que obtém o acesso a vagas melhores e com salários mais altos, além da formação como indivíduo e cidadão.
O tempo para concluir o EJA dependerá muito de onde você parou os estudos. Por exemplo,quem não concluiu o ensino médio poderá finalizar os estudos em, mais ou menos, 1 ano e meio, já que cada semestre equivale a um dos 3 anos perdidos.
O EJA atua em módulos com 6 meses de duração que são equivalentes aos anos ainda não cumpridos. Assim como na escola regular, as aulas acontecem de segunda à sexta, com carga horária diária de 4 horas.
Esse amplo campo abrange a problemática dos direitos fundamentais e do direito à educação em particular, bem como as consequências da estrutura federativa brasileira de educação e a distribuição de competências entre as autoridades federais, estaduais e federais. Sob a Constituição de 1988. Além disso, levanta questões atuais relacionadas à educação indígena, educação religiosa e ação afirmativa; e rastreia a jurisprudência recente do Supremo Tribunal Federal do Brasil e o papel dos promotores públicos, na tentativa de encontrar indicadores para avaliar a implementação e a eficácia do direito à educação.
O PAPEL DO PROFESSOR E O PROCESSO AVALIATIVO NA EJA
É inegável que a avalição é um processo cultural que se desenvolveu ao longo da história da educação, refletindo o pensamento político acerca do papel do cidadão na sociedade e qual modelo de sociedade se quer perpetuar.
No processo avaliativo, pode-se assegurar que os jovens e adultos na EJA, tem o direito de estar em sala de aula e o mestre transmitindo seus conhecimentos adquiridos em seu dia a dia, para que estes jovens e adultos comecem a compreender o processo avaliativo de acordo as suas necessidades. Contudo, cabe ao docente, utilizar uma metodologia eficaz e coerente, utilizando livros didáticos que abordem conteúdos que poderá ajudar na avaliação de seus discentes.
Segundo Luckesi (2010), a avaliação constitui-se de uma relação ética entre educador e educando:
“O princípio ético que pode e deve nortear a ação avaliativa do educador é a solidariedade com o educando, a compaixão; o que quer dizer desejar com o educando o seu desejo e garantir-lhe suporte cognitivo, afetivo e espiritual para que possa fazer o seu caminho de aprender e, consequentemente, de desenvolver-se na direção da autonomia pessoal, como sujeito que sente, pensa, quer e age em favor de si mesmo e da coletividade na qual vive e com a qual sobrevive e se realiza”
Além do mais, estar aberto ao diálogo cabe ao professor, não somente com o aluno, mas também, com a realidade a sua volta e com a comunidade. Pois estar aberto aos novos horizontes o ato de educar. Segundo Paulo Freire educar é o ato de querer bem os educandos, isto é um ato de amor: “A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem. Não pode temer o debate. A análise da realidade. Não pode fugir à discussão criadora, sob pena de ser uma farsa.”
Por fim, o educador não deve somente amar os alunos, mas sim libertá-los da inocência no qual vivem respeitando seus conhecimentos cognitivos, especificidades, necessidades, construindo assim um pensamento reflexivo perante o mundo ao seu redor.
Desafios do Docente e possibilidades na EJA
O Relatório Global, publicado pela Unesco, sobre a aprendizagem de Adultos, existem no mundo cerca de mais 700 milhões de adultos analfabetos. Desse total, os jovens são cerca 115 milhões, ou seja, tem entre 15 a 24 anos de idade. 
Além disso, a maioria dos estudantes, nos primeiros ciclos da EJA, não dominam a leitura e escrita. Isso acontece devido a nunca terem estado em uma escola antes ou por não terem prosseguido com os estudos, mas também é importante salientar que esses indivíduos vivenciam diariamente inúmeras experiências envolvendo a leitura e escrita, pois atualmente vivemos em uma sociedade letrada, cercada pelas informações, tecnologias, uma sociedade em que a o escrito, mas com déficit de letramento, que geram por si só contradições. Devido a diferentes fatores, muitos jovens e adultos fracassam na escola; uma delas é a formação e atuação dos professores nas salas de aula, pois muitas vezes a formação que possuem para exercerem é insuficiente, para tais práticas pedagógicas, os matérias didáticos, a compreensão cultural e social com o público da EJA acarreta na falta de preparação nessa modalidade de ensino.
De fato, o professor da EJA deve constantemente pensar sobre suas práticas docentes e adotar em sua pratica metodologias e pedagógicas que estimulem e facilitem o processo de ensino - aprendizagem em seus alunos.
A analisar Educação de jovens e Adultos (EJA) e a sua trajetória, é possível ver os avanços importantes na direção e de seu conjunto expressivo de sujeitos de reconhecimento como direito para uma, ou por diversas circunstâncias e motivos, não tiveram possibilidade de permanência ou acesso de um dos bens públicos mais valorizados em nossa sociedade, a educação. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este portfólio de natureza científica tem por finalidade demonstrar a educação de jovens e adultos (EJA) na qual todo cidadão que não teve acesso ao ensino na idade própria deve usufruir, do verdadeiro ensino- aprendizagem, em que a educação é igual para todos, pois é direito garantido por lei previsto na carta magna do estado brasileiro.
A educação brasileira é muito precária do ponto de vista no ensino da EJA sendo que isso gera uma série de desarranjos das mais diversas ordens, levando a nação a uma vergonhosa posição mundial quando ranqueada e comparada com a educação de jovens, adultos analfabetos de outros países do mundo.
O reflexo dessas causas se manifesta na sala de aula, no dia a dia, quando o professor se depara com a realidade social, familiar, emocional, espiritual e cultural do aluno, que representa o sistema de maneira camuflada.
A prova clara disso tudo são as fortes desigualdades sociais, políticas e culturais que provoca uma grande separação na educação quanto ao processo de aprendizagem, pois, a lei define uma coisa mais na prática e muito diferente da realidade, uma escola elitizada com privilégios para classes dominantes e outra para os jovens, adultos, negros, pardos, índio, amarelo e mestiços excluídos socialmente, politicamente e economicamente.
	
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Adriana; CORSO, Ângela. A educação de Jovens e Adultos: Aspectos Históricos e Socias. Disponível em: http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/22753_10167.pdf . Acesso em: 14 mar. 2020. 
ALMEIDA, João. O analfabetismo e a Educação de Jovens e Adultos no Brasil. 10 de julho. de 2018. Disponível em:< http://www.plannetaeducacao.com.br/portal/a/119/o-analfabetismo-e-a-educacao-de-jovens-e-adultos-no-brasil> . Acesso em: 14 mar. 2020. 
ALVES, Paula. Leituras na Alfabetização de Jovens e Adultos. Disponível em: < http://alb.org.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais17/txtcompletos/sem02/COLE_1075.pdf> . Acesso em: 14 mar. 2020. 
ARAUJO, Damares; SOCORRO, Maria. Educação de Jovens e Adultos: desafios e possibilidades na alfabetização. Disponível em: http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/reducacaoemancipacao/article/viewFile/4980/3060 . Acesso em: 14 mar. 2020. 
COSTA, Liliane. EJA: Aspectos Históricos, Econômicos, Políticos, Ideológicos e Legislação Federal. Disponível em < http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/22753_10167.pdf> . Acesso em: 14 mar. 2020. 
CUNHA, Adilton. A Educação de Jovens e Adultos e o Movimento Brasileiro de Alfabetização. Disponível em: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/historia/a-educacao-jovens-adultos-movimento-brasileiro-alfabetizacao.htm . Acesso em: 14 mar. 2020.
Direito à Educação: Direito à igualdade, direito à diferença. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0100-15742002000200010 .Acesso em 14 mar.2020.
LOPES, Edjonas. et al. Campanhas de Educação de Jovens e Adultos- EJA: Aspectos Históricos e Avanços. Disponível em https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/518 . Acesso em: 14 mar. 2020. 
LOPES, Henrique. Avaliação na educação EJA: Desafios e perspectivas para além da sala de aula. Disponível em: < https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/avaliacao-na-educacao-eja-desafios-e-perspectivas-para-alem-da-sala-de-aula/57211> . Acessoem: 14 mar. 2020.
LUCKESI, Cipriano Carlos. A base ética da avaliação da aprendizagem na escola. In: Congresso Internacional sobre Avaliação da Educação. 2011. p. 34-35.
O papel dos professores da EJA: Perspectivas e Desafios. Disponível em: https://editorarealize.com.br/revistas/eniduepb/trabalhos/TRABALHO_EV043_MD1_SA13_ID1700_30072015131818.pdf Acesso em: 14 mar. 2020.
Os Desafios da EJA e sua relação com a evasão. Disponível em:
https://upplay.com.br/restrito/nepso2013/uploads/Projetos_EJA/Trabalho/08_03_25_Artigo_-_Os_desafios_da_EJA_e_sua_relacao_com_a_evasao.pdf . Acesso em 14 mar.2020.
PRESTES, Andreia; RIBEIRO, Eliane. Educação de Jovens e Adultos: avanços e desafios. 11 de ago. 2017. Disponível em: < http://www.cartaeducacao.com.br/especiais/vale/educacao-de-jovens-e-adultos-avancos-e-desafios/> . Acesso em: 14 mar. 2020.
SILVA, Edna. Avaliação e a pedagogia de Paulo Freire. Disponível em: < https://ednacristinadasilvasouza.jusbrasil.com.br/artigos/112145595/avaliacao-e-a-pedagogia-de-paulo-freire> . Acesso em: 14 mar. 2020.
SOUZA, Claudenôra. et al. O processo avaliativo na Educação de Jovens e Adultos- estudo de caso da escola municipal Suécia- Lagarto/ Sergipe. Disponível em: < https://periodicos.set.edu.br/index.php/cadernohumanas/article/download/2250/1967> . Acesso em: 14 mar. 2020.
ZAMPIN, Ivan. A escola e o ensino de Jovens e Adultos (EJA): Uma função Social. 19 set. 2017. Disponível em: < http://www.gestaouniversitaria.com.br/artigos/a-escola-e-o-ensino-de-jovens-e-adultos-eja-uma-funcao-social> . Acesso em: 14 mar. 2020.

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