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Farmacocinética Clínica Calcula e leva em conta todas as variáveis do organismo do indivíduo (plasma, urina, fluido cerebral e outros tecidos) para que chegue a dose individual visando um tratamento de sucesso. Leva em consideração a concentração e o tempo de curso de ação de uma droga como início, intensidade e duração de ação. Seu objetivo é aumentar a eficácia e reduzir a toxicidade do fármaco no paciente em terapia medicamentosa. Através de cálculos matemáticos, é possível analisar a concentração plasmática de uma droga após uma determinada quantidade de horas no SNC, além de suas ações farmacodinâmica (PK- PD). Analisando duas posologias: um paciente que faz uso de uma determinada droga, fez o uso em duas posologias diferentes (A e B). Toma-se amostras de sangue de tempos em tempos (ex: 2h em 2h), e mede-se a concentração plasmática do fármaco que o paciente tomou. Para que uma droga tenha uma ação terapêutica desejada, necessita-se de uma concentração mínima (Cmin) ex: 500mg de Ibuprofeno. Existe também a concentração máxima (Cmax), onde o fármaco tem o efeito farmacológico sem causar toxicidade. A janela terapêutica é o intervalo da Cmin e Cmax, onde ocorre o efeito terapêutico sem que ocorra a toxicidade. Se utilizarmos uma quantidade menor que a Cmin, ocorre a ineficiência terapêutica, onde o fármaco não atua. No gráfico abaixo, é possível analisar que a posologia A alcança uma estabilidade na janela terapêutica, sendo um tratamento eficaz e seguro. Na posologia B, logo na primeira dose a concentração plasmática sobe rapidamente e ultrapassa o Cmax, chegando ao nível da toxicidade. Área sob a curva (ASC) A área sob a curva é a parte de dentro da curva, onde calcula-se um retângulo dentro dela. Essa área da a noção de concentração de fármacos dentro de um determinado tempo nos tecidos em quem deseja-se a ação farmacológica. Ela é uma das bases para determinar a biodisponibilidade e bioequivalência da droga. Taxa de ligação à proteínas plasmáticas; Volume de distribuição (Vd) Relação entre a quantidade (dose) do fármaco no corpo com a concentração dele no sangue, plasma ou água Vd = D (dose) / K(AUC) Não é um volume real, mas traz noção de comportamento do fármaco. Fármacos com Vd muito alto – se concentram no tecido extravascular em grande quantidade; Fármacos com Vd muito baixo – são retidos no compartimento vascular, quase sempre. Significado de Vd Para cada droga Vd é constante; Em caso de doenças, o Vd pode ser alterado; Mudanças no peso corporal total e na massa magra (ocorre com a idade) também afetam o Vd. Clearance (CL) É a medida de eliminação de droga, sem identificação de mecanismo ou processo. CL = velocidade de eliminação / C (concentração do fármaco) Tempo de meia-vida Tempo necessário para que a concentração plasmática do fármaco se reduza à metade durante a eliminação ou infusão constante. Ele é responsável por dar a posologia, dando uma noção de quanto em quanto tempo o fármaco é excretado do organismo, além dos efeitos terapêuticos / tóxicos e a dose necessária para manter a concentração plasmática do fármaco. Seria o platô que acontece depois de algumas doses do fármaco, sendo um estado de equilíbrio entre o Cmin e Cmax. Tal estado é desejável em tratamentos prolongados. A velocidade de administração deve ser igual à velocidade de eliminação. Dose que eleva de imediato a concentração plasmática do fármaco para a concentração alvo. É a fração do fármaco inalterado que alcança o sítio de ação ou um fluido biológico com acesso ao sítio de ação para ter o seu efeito farmacológico, visto que pode sofrer efeitos de primeira passagem, etc. Via endovenosa – 100% (=1) Via Oral – Absorção incompleta ou eliminação pela primeira passagem (<1) Os estudos de biodisponibilidade foram necessários pois os laboratórios faziam a mesma droga na mesma forma farmacêutico, porém, da forma que desejavam, onde os fármacos atuavam de forma diferente, não tinham efeitos ou eram tóxicos. São medicamentos similares ou genéricos que devem ter o mesmo efeito farmacocinético que o medicamento de referência. São feitos estudos comparando o candidato e o de referência, comparando o comportamento de ambos no intervalo de confiança (80 a 125%).
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